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CONSTRUÇÃO DO CUBO COM DOBRADURAS

Adriano Jair Girotto


Eliana Sândi Muller
Michelle Anciutti Chiqueto
Veraliz Bottega Girotto
Grupo de Estudos de Matemática

Apresentação:

Este projeto foi desenvolvido com duas turmas de 5ª e 7ª séries do Colégio Estadual
Pedro Araújo Neto (Município de General Carneiro), num período de duração de
aproximadamente 8 horas/aulas, incluindo a pesquisa, a teoria (conceitos geométricos), a
confecção do cubo feito pelos próprios alunos através de dobraduras, tornando a atividade
prazerosa, despertando a curiosidade e imaginação dos mesmos para interpretação das formas
geométricas.
Foram utilizados alguns recursos, tais como: papel sulfite, régua, tesoura, transferidor,
calculadora, lápis, livros e Internet.
Os principais objetivos deste projeto foram:
• Provocar uma saudável inquietação ao aluno levando-o a desenvolver seu
conhecimento;
• Trabalhar a coordenação motora dos alunos;
• Reconhecer as formas geométricas através da construção do cubo;
• Definir os conceitos geométricos (retas, ângulos, etc.);
• Estimular a criatividade e curiosidade do aluno, levando-o a descobrir novas figuras
geométricas.

Inventário de Experiência

Para o desenvolvimento deste projeto, partiu-se do conceito de figuras geométricas,


iniciando com a construção do cubo através de dobraduras. Para que a construção fosse
iniciada houve necessidade de seguir alguns passos básicos:
1º Passo: transformar a folha de papel sulfite em um quadrado:

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Parte destacada

2º Passo: do quadrado obtido, dobre ao meio e vinque

3º Passo: com a folha aberta, leve a extremidade de cada lado até o centro (parte vincada)

4º Passo: ficando com um retângulo, leve o canto superior até o centro da folha e o canto
inferior, até o centro da folha no sentido contrário, formando um paralelogramo.

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5º Passo: coloque o canto superior do paralelogramo por dentro da abertura. Repita o mesmo
procedimento com o lado inferior.

6º Passo: dobre as orelhas do paralelogramo que servirão de encaixe para as faces do cubo.

7º Passo: como o cubo é formado por seis faces é necessário repetir a atividade seis vezes e
depois encaixar as faces obtidas para montar o cubo.

Histórico do Origami

A palavra origami tem origem japonesa e é formada por dois radicais, ori e kam. Ori
significa dobrar, e kami significa ao mesmo tempo papel e Deus, uma indicação da
importância do papel para os japoneses que serve não só para confecção de origamis como
também na confecção de biombos, esteiras, luminárias, bolsas e sombrinhas. Apesar do Japão
ser considerado o berço do origami, diz-se também que ele pode ter surgido na China, onde a
história do papel é bem mais antiga.
No princípio, o origami era utilizado somente pelas classes nobres e nas cerimônias
religiosas, sob a forma de ornamentos. A popularização aconteceu com a dobradura original
do tsuru (cegonha), sem dúvida a mais popular no Japão. Para a Europa, o origami foi levado

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pelos árabes até a Espanha, onde foi criada uma escola de origami. Entre 1950 e 1960 os
norte-americanos impulsionaram a dissipação do origami no ocidente.
Nos anos 80 formaram-se duas correntes origamistas: a japonesa – praticada por
artistas como filosofia e arte, e não como ciência; e a ocidental – praticada por engenheiros,
matemáticos, físicos e arquitetos, lançando mão de processos matemáticos, técnicas
geométricas de desenho e recursos computacionais. Em nossos dias, não se pode fazer mais
esta distinção pois o número de cientistas no oriente que interessa por origami com o o fim
científico, também é grande.

Considerações Finais

A proposta deste trabalho foi partir de uma brincadeira com dobraduras levando o
aluno a reconhecer formas geométricas tais como: retas, retas paralelas, retas perpendiculares,
retas concorrentes, ângulos, figuras geométricas planas e espaciais e utilizar a linguagem
matemática, como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias. Desenvolvendo um
vocabulário próprio, usando palavras como igualdade, semelhança, simetria, equivalência que
ganham um significado maior do que apenas a comparação entre duas grandezas numéricas.
Segundo Tomoko Fuse:

“Todo origami começa quando pomos as mãos em movimento. Há uma


grande diferença entre conhecer alguma coisa através da mente e conhecer a
mesma coisa através do tato.”

Após a realização deste trabalho espera-se que o aluno questione a realidade


formulando problemas e trate de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a
criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e
verificando sua adequação.

Bibliografia

LONGEN,Adilson.Matemática em movimento.São Paulo: Editora do Brasil, 1999.

GIOVANNI,José Ruy.A Conquista da matemática.São Paulo: FTD, 1998.

BIGODE,Antonio José Lopes.Matemática hoje é feita assim.São Paulo:FTD, 2000.

BIEMBENGUT,Maria Sallet.Modelagem Matemática no ensino.4 ed. São Paulo: Contexto,


2005.

OLIVEIRA,Fátima Ferreira de. Origami: matemática e sentimento.


http://www.voxxel.com.br/fatima/origami (acessado em 10/11/2006)

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