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CURSO AGENTE DA POLICIA FEDERAL E ESCRIVÃO

Disciplina: Noções de Administração


Prof.: Carlos Ramos
Data: Aula 05 - 03.04.09

MATERIAL DE APOIO - ENVIADO PELO PROFESSOR

Noções de Administração

Módulo VI

9. Execução da Despesa: Fases ou Estágios

Os estágios da despesa são as operações que devem ser observadas para a realização da despesa
pública.

Para muitos especialistas a despesa pública possui estágios preparatórios, que envolvem a definição
dos programas no PPA, a fixação da despesa no projeto da LOA, a programação mensal após a
aprovação da LOA, a realização da Licitação, a celebração do Contrato ou Convênio, etc... e os estágios
de execução, correspondentes ao empenho, à liquidação e ao pagamento.

A base legal para a execução da despesa é a Lei n° 4.320/64, que trata do empenho, da liquidação e
do pagamento.

Assim, pode-se dizer que os estágios das despesas públicas relativos à sua execução propriamente
dita, ou ainda, as fases legais da despesa, segundo a Lei n° 4.320/64, são: empenho, liquidação e
pagamento.

Vejamos em que consiste cada uma destas fases:

9.1. Fases legais da Despesa

a) Empenho

É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente
ou não de implemento de condição (art. 58 da Lei 4.320/64).

É de fundamental importância para a relação contratual entre o setor governamental e seus


fornecedores de bens e serviços, representando a garantia de que existe o crédito necessário para a
liquidação de uma dívida assumida.

São modalidades de Empenho:

• Empenho Ordinário: é destinado a atender despesa quantificada e liquidável de uma só vez. Ou


seja, utilizado naqueles casos onde se conhece precisamente o valor do bem ou serviço a ser
adquirido, e o pagamento ocorre de uma única vez.

• Empenho por Estimativa: destinado a atender despesa de valor não quantificável durante o
exercício. Ou seja, é utilizado nos casos em que não se possa determinar, a priori, o montante
da despesa. Por exemplo: gasto total com pessoal, com energia, com água e etc (Art. 60, § 2º).

• Empenho Global: destinado a atender despesa determinada e quantificada e a ser liquidada e


paga parceladamente, geralmente a cada mês, durante a fluência do exercício. Exemplo: um

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contrato de aluguel que será pago parceladamente (Art. 60, § 3º).

Disposições da Lei 4.320/64 sobre o empenho da Despesa:

Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos


concedidos.

Art. 60 - É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

§ 1º - Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a


emissão da nota de empenho.

Art. 61 - Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota de


empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa,
bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.

O Decreto nº 93.872, de 23/12/86, que trata da unificação dos recursos do caixa do Tesouro Nacional,
atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências, traz uma série de disposições
sobre o empenho da despesa, transcritas a seguir:

Art. 23. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito
que a comporte ou quando imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer
atribuição de fornecimento ou prestação de serviços, cujo custo excede aos limites
previamente fixados em lei (Decreto-lei nº 200/87, art. 73).

...

Art.. 24. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho (Lei nº


4.320/64, art. 60).

Parágrafo único. Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor,


admitir-se-á que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa.

Art. 25. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa
a realizar, por força do compromisso assumido.

Art. 26. O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação


orçamentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados
pela contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades gestoras em
tempo oportuno.

Parágrafo único. Exclusivamente para efeito de controle da programação


financeira, a unidade gestora deverá estimar o prazo do vencimento da obrigação de
pagamento objeto do empenho, tendo em vista o prazo fixado para o fornecimento de
bens, execução da obra ou prestação do serviço, e o normalmente utilizado para liquidação
da despesa.

Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de


vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser
executada.

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Art. 28. A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso


que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a
importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente
desonerado o limite de saques da unidade gestora.

Art. 29. Para cada empenho será extraído um documento denominado Nota de
Empenho que indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem
como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

...

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31


de dezembro, para todos os fins, salvo quando:

I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele


estabelecida;

II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a


liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da
obrigação assumida pelo credor;

III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;

IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior.

b) Liquidação

É o estágio que consiste na verificação do direito do credor, tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito. Trata-se, portanto de um conjunto de atos praticados pelos
órgãos competentes, segundo a Lei 4.320/64:

Art. 62 - O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua


regular liquidação.

Art. 63 - A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo


credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Decreto nº 4.049/2001

§ 1º - Essa verificação tem por fim apurar:

I - a origem e o objeto do que se deve pagar;

II - a importância exata a pagar;

III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

§ 2º - A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá


por base:

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I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;

II - a nota de empenho;

III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

d) Pagamento

Representa a fase final do processo da despesa pública. O pagamento somente poderá ser efetuado
quando ordenado, após sua regular liquidação. Pode ser realizado mediante ordem bancária, cheque
ou na boca do cofre. Atualmente, na União e em alguns estados, os pagamentos são realizados
mediante ordens bancárias eletrônicas.

O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A Ordem de
Pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga;
tal ordem só pode ser exarada em documentos processados pelo setor de contabilidade do órgão
público.

Vejamos o que diz a Lei 4.320/64:

Art. 64 - A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,


determinando que a despesa seja paga.

Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos


processados pelos serviços de contabilidade.

Art. 65 - O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria


regularmente instituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos
excepcionais, por meio de adiantamento.

9.2. Adiantamento ou Suprimentos de Fundos

Adiantamento é o numerário que o Tesouro coloca à disposição de uma repartição, a fim de lhe dar
condições de realizar despesas que, por sua natureza ou urgência, não possam aguardar o processo
normal. O chefe da repartição designa um funcionário para responder pela movimentação do
adiantamento; ele será o único responsável pela boa aplicação do dinheiro e prestará contas dentro do
prazo regulamentar aos órgãos controladores da execução orçamentária e financeira, ao controle
interno e ao Tribunal de Contas.

O Adiantamento constitui uma forma de pagar despesas orçamentárias; é o que diz o artigo 68 da Lei
4.320/64:

Art. 68 - O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas


expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre
precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Art. 69 - Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por


dois adiantamentos.

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O decreto nº 93.872, de 23/12/86, por sua vez, traz as seguintes prescrições:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira


responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido
do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao
processo normal de aplicação, nos seguintes casos (Lei nº 4.320/64, art. 68 e Decreto-lei
nº 200/67, § 3º do art. 74):

I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços


especiais, que exijam pronto pagamento em espécie. (Redação dada pelo Decreto nº 2.289,
de 4.8.1997)

Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar


em regulamento; e

III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo
valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da
Fazenda.

§ 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do


ordenador como despesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total,
ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se
recolhidas após o encerramento do exercício.

§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é


obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de
contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das
providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das
penalidades cabíveis (Decreto-lei nº 200/67, parágrafo único do art. 81 e § 3º do art. 80).

§ 3º Não se concederá suprimento de fundos:

a) a responsável por dois suprimentos;

b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a


adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor;

c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha


prestado contas de sua aplicação; e

d) a servidor declarado em alcance.

§ 4º Os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem como o


limite máximo para despesas de pequeno vulto de que trata este artigo, serão fixados em
portaria do Ministro de Estado da Fazenda. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº 1.672, de
11.10.1995)

Art. 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação


precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e
reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados
os prazos assinalados pelo ordenador da despesa (Decreto-lei nº 200/67, art. 83).

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Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada


até 15 de janeiro seguinte.

E mais ainda:

Art. 39. Responderão pelos prejuízos que acarretarem à Fazenda Nacional, o


ordenador de despesas e o agente responsável pelo recebimento e verificação, guarda ou
aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos (Decreto-lei nº 200/67, art. 90).

Parágrafo único. O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável


por prejuízos causados à Fazenda Nacional, decorrentes de atos praticados por agente
subordinado que exorbitar das ordens recebidas.

9.3. Restos a Pagar

Constituem Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. A inscrição de determinado
compromisso em Restos a pagar corresponde a uma receita extra-orçamentária no Balanço Financeiro.

Art. 36 - Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas


até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não-processadas (Lei
4.320/64).

Decreto 93.872/86:

Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas


até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei nº
4.320/64, art. 36).

§ 1º Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as


despesas liquidadas e as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.

§ 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.

Art. 68. A inscrição de despesas como Restos a Pagar será automática, no


encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, desde que satisfaça
às condições estabelecidas neste Decreto, e terá validade até 31 de dezembro do ano
subseqüente.

Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o


pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a
despesas de exercícios anteriores.

Art. 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.

Restos a pagar processados são aqueles referentes a despesas regularmente empenhadas e liquidadas,
estando o processo pronto para pagamento. Neste caso direito do credor é líquido e certo.

Restos a pagar não processados correspondem a despesas regularmente empenhadas mas não
liquidadas. Neste caso o serviço não foi prestado, ou a mercadoria não foi entregue, a obra não foi

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executada, etc.

A inscrição em RP ocorre no encerramento do exercício financeiro, por meio dos registros contábeis
pertinentes. Os RP constituem Dívida Flutuante, devendo ser registrados por exercício e por credor,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

A prescrição dos RP ocorre em cinco anos, contados a partir da data de inscrição, salvo interrupções
decorrentes de atos judiciais. A baixa dos RP ocorre no âmbito administrativo, com base em prazo
definido em norma regulamentar ou quando verificado a não entrega do material, a não prestação do
serviço ou a não execução da obra.

O art. 42 da LRF proíbe aos titulares do poder executivo de contrair, nos dois últimos quadrimestres do
mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja disponibilidade de caixa para este feito.

9.4. Despesas de Exercícios Anteriores

É uma dotação orçamentária que se destina a dar condições de empenhar as despesas resultantes de
compromissos gerados em exercícios já encerrados, desde que o orçamento do exercício em que foram
originadas possuísse saldo suficiente para atendê-las, e estas, não tenham sido processadas à época.
Podem ser tanto despesas correntes quanto despesas de capital.

O art. 37 da Lei 4.320/64 define como Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) como sendo as
despesas para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las, que não se tenham processado à época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente, que poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento,
discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

Decreto-Lei 200/67:

Art. 74. Na realização da receita e da despesa pública será utilizada a via bancária,
de acordo com as normas estabelecidas em regulamento.

§ 1º Nos casos em que se torne indispensável a arrecadação de receita


diretamente pelas unidades administrativas, o recolhimento à conta bancária far-se-á no
prazo regulamentar.

§ 2º O pagamento de despesa, obedecidas as normas que regem a execução


orçamentária (lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), far-se-á mediante ordem bancária ou
cheque nominativo, contabilizado pelo órgão competente e obrigatoriamente assinado pelo
ordenador da despesa e pelo encarregado do setor financeiro.

§ 3º Em casos excepcionais, quando houver despesa não atendível pela via


bancária, as autoridades ordenadoras poderão autorizar suprimentos de fundos, de
preferência a agentes afiançados, fazendo-se os lançamentos contábeis necessários e
fixando-se prazo para comprovação dos gastos.

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Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador


da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas
regulares suas contas pelo Tribunal de Contas.

§ 1° Ordenador de despesas é toda e qualquer autoridade de cujos atos


resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de
recursos da União ou pela qual esta responda.

§ 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por


prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente
subordinado que exorbitar das ordens recebidas.

§ 3º As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que não impugnadas


pelo ordenador, serão escrituradas e incluídas na sua tomada de contas, na forma
prescrita; quando impugnadas, deverá o ordenador determinar imediatas providências
administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição das penalidades
cabíveis, sem prejuízo do julgamento da regularidade das contas pelo Tribunal de Contas.

Art. 81. Todo ordenador de despesa ficará sujeito a tomada de contas realizada
pelo órgão de contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria interna, antes de ser
encaminhada ao Tribunal de Contas.

Parágrafo único. O funcionário que receber suprimento de fundos, na forma do


disposto no art. 74, § 3º, é obrigado a prestar contas de sua aplicação procedendo-se,
automaticamente, a tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado.

Decreto 93.872/86:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento


respectivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se
tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição
interrompida, e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destinada a atender despesas de
exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei nº 4.320/64, art. 37).

§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo,


cabe à autoridade competente para empenhar a despesa.

§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:

a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo


empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua
obrigação;

b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como


restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;

c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação


de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante
após o encerramento do exercício correspondente.

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9.5. A conta única do Tesouro

As regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacional em Conta Única foram
estabelecidas pelo Decreto nº. 93.872/1986. Até então, os recursos financeiros da União estavam
dispersos entre as várias repartições públicas, resultando numa dificuldade muito grande de controle.

Além disso, havia uma baixa eficiência no uso desses recursos, devido ao fato de que eventualmente
uma repartição poderia estar com recursos “ociosos”, parados na sua conta, sem utilização imediata.

A Conta Única do Tesouro Nacional surgiu como um instrumento fundamental para o controle das
finanças públicas da União, na medida em que representou uma otimização do uso dos recursos
financeiros, através da centralização dos mesmos e da racionalização na sua gestão.

Mantida no Banco Central do Brasil, a Conta Única destina-se a acolher todas as disponibilidades
financeiras da União, inclusive as relativas às suas autarquias, fundações públicas e fundos.

Outros ganhos adicionais com a implantação da Conta Única são a redução da pressão sobre a caixa do
Tesouro e uma maior agilidade nos processos de transferência e descentralização financeira, bem
como nos pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços ao Poder Público.

O Decreto-Lei nº. 200, de 25 de fevereiro de 1967, que promoveu a organização da Administração


Federal e estabeleceu as diretrizes para Reforma Administrativa, já ordenava ao Ministério da Fazenda
que realizasse essa unificação de recursos financeiros.

A preocupação era no sentido de obter maior economia operacional, além de racionalizar os


procedimentos inerentes à própria execução da programação financeira de desembolso.

Essa determinação legal, porém, só foi integralmente cumprida com a promulgação da Constituição de
1988. Todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos diversos agentes financeiros,
foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em Conta Única centralizada.

A partir de então, coube ao Banco do Brasil a função de atuar como agente financeiro do Tesouro.

Atualmente a Instrução Normativa STN nº 4, de 31 de julho de 1998 regulamenta a matéria dispondo


que:

Art. 1º - A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, tem por
finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União a serem movimentadas pelas
Unidades Gestoras - UG da Administração Federal, Direta e Indireta e outras entidades
integrantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI,
na modalidade “on-line”.

Art. 2º - A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será efetuada por


intermédio do Banco do Brasil S/A, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros
autorizados pelo Ministério da Fazenda.

O artigo 2º da citada Instrução Normativa traz a possibilidade de que, em situações excepcionais,


como por exemplo, numa greve dos funcionários do Banco do Brasil, a Conta Única possa ser
operacionalizada por outros agentes financeiros, devidamente autorizados pelo Ministro da Fazenda.

Em 2002 o Decreto nº 4.529 estabeleceu que a arrecadação de receitas diretamente pelo Tesouro
Nacional seria realizada através do Sistema SIAFI:

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Art. 1º - Fica o Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional,


autorizado a arrecadar diretamente receitas da União utilizando o Sistema Integrado de
Administração Financeira - SIAFI ou por meio do Sistema de Transferência de Reservas do
Banco Central, sem prejuízo de eventual exclusividade de arrecadação por parte de
instituição financeira decorrente de ato do Poder Executivo.

9.6. Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI

9.6.1. Breve Histórico

Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série de problemas de natureza
administrativa que dificultavam a adequada gestão dos recursos públicos e a preparação do orçamento
unificado, que passaria a vigorar em 1987:

• Emprego de métodos rudimentares e inadequados de trabalho, onde, na maioria dos casos, os


controles de disponibilidades orçamentárias e financeiras eram exercidos sobre registros
manuais;

• Falta de informações gerenciais em todos os níveis da Administração Pública e utilização da


Contabilidade como mero instrumento de registros formais;

• Defasagem na escrituração contábil de pelo menos, 45 dias entre o encerramento do mês e o


levantamento das demonstrações Orçamentárias, Financeiras e Patrimoniais, inviabilizando o
uso das informações para fins gerenciais;

• Inconsistência dos dados utilizados em razão da diversidade de fontes de informações e das


várias interpretações sobre cada conceito, comprometendo o processo de tomada de decisões;

• Despreparo técnico de parte do funcionalismo público, que desconhecia técnicas mais modernas
de administração financeira e ainda concebia a contabilidade como mera ferramenta para o
atendimento de aspectos formais da gestão dos recursos públicos;

• Inexistência de mecanismos eficientes que pudessem evitar o desvio de recursos públicos e


permitissem a atribuição de responsabilidades aos maus gestores;

• Estoque ocioso de moeda dificultando a administração de caixa, decorrente da existência de


inúmeras contas bancárias, no âmbito do Governo Federal. Em cada Unidade havia uma conta
bancária para cada despesa. Exemplo: Conta Bancária para Material Permanente, Conta
bancária para Pessoal, conta bancária para Material de Consumo, etc.

A solução desses problemas representava um verdadeiro desafio à época para o Governo Federal. O
primeiro passo para isso foi dado com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em 10 de
março de 1986, para auxiliar o Ministério da Fazenda na execução de um orçamento unificado a partir
do exercício seguinte.

A STN, por sua vez, identificou a necessidade de informações que permitissem aos gestores agilizar o
processo decisório, tendo sido essas informações qualificadas, à época, de gerenciais. Dessa forma,
optou-se pelo desenvolvimento e implantação de um sistema informatizado, que integrasse os
sistemas de programação financeira, de execução orçamentária e de controle interno do Poder
Executivo e que pudesse fornecer informações gerenciais, confiáveis e precisas para todos os níveis da
Administração.

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Desse modo, a STN definiu e desenvolveu, em conjunto com o SERPRO, o Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI em menos de um ano, implantando-o em janeiro
de 1987, para suprir o Governo Federal de um instrumento moderno e eficaz no controle e
acompanhamento dos gastos públicos.

Com o SIAFI, os problemas de administração dos recursos públicos apontados acima ficaram
solucionados. Hoje o Governo Federal tem uma Conta Única para gerir, de onde todas as saídas de
dinheiro ocorrem com o registro de sua aplicação e do servidor público que a efetuou. Trata-se de uma
ferramenta poderosa para executar, acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a correta
utilização dos recursos da União.

9.6.2. Objetivos do SIAFI

O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução


orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. Desde sua criação, o SIAFI tem alcançado
satisfatoriamente seus principais objetivos:

a) Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e


patrimonial aos órgãos da Administração Pública;

b) Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do
Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;

c) Permitir que a contabilidade pública fosse fonte segura e tempestiva de informações gerenciais
destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;

d) Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar
rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do
ordenador de despesa de cada unidade gestora;

e) Permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;

f) Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;

g) Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;

h) Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e

i) Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

9.6.3. Principais Atribuições do SIAFI

O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em
todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da
Administração Pública Direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das
sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento
da Seguridade Social da União.

O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais apenas para
receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica,

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telefone, etc) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado também podem utilizar
o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da celebração de
convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o órgão
gestor do SIAFI.

Muitos são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas
podemos dizer, a título de simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as
informações pertinentes às três tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados
legalmente da sociedade:

• Execução Orçamentária;

• Execução Financeira; e

• Elaboração das Demonstrações Contábeis, consolidadas no Balanço Geral da União.

9.6.4. Estrutura do SIAFI

O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamento aos


Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de
telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que
garante o acesso ao sistema às quase 17.874 Unidades Gestoras ativas no SIAFI.

Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se estruturar por
exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do
sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja
acessar: SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002, etc.

Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes, por
módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si
características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas as diversas
operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.

Cada subsistema tem uma função própria e bem delimitada no SIAFI. Podemos organizá-los
informalmente em cinco grupos principais:

• Controle de Haveres e Obrigações:

- Dívida Pública - DIVIDA


- Haveres - HAVERES
- Controle de Obrigações - OBRIGACAO
- Operações Oficiais de Crédito - O2C

• Administração do Sistema:

- Administração do Sistema - ADMINISTRA


- Auditoria - AUDITORIA
- Centro de Informação - CI
- Conformidade - CONFORM
- Manual - MANUALMF

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• Execução Orçamentária e Financeira:

- Contábil - CONTABIL
- Documentos do SIAFI - DOCUMENTO
- Orçamentário e Financeiro - ORCFIN

• Organização de Tabelas:

- Tabelas administrativas - TABADM


- Tabelas de apoio - TABAPOIO
- Tabelas do cadastro de obrigações - TABOBRIG
- Tabelas orçamentárias -TABORC
- Tabelas de receitas orçamentárias – TABRECEITA

• Recursos Complementares com Aplicação Específica:

- Programação orçamentária - PROGORCAM


- Convênios - CONVENIOS
- Contas a pagar e a receber - CPR
- Estados e Municípios - ESTMUN.

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional

9.6.5. Principais Documentos

• Nota de empenho – NE - A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as


operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal,
ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor,
a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação
própria.

• Nota de Movimentação de Crédito – NC - A Nota de Movimentação de Crédito é o documento


utilizado para registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas anulações.

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• Nota de Dotação – ND - A Nota de Dotação é o documento utilizado para registro das


informações orçamentárias elaboradas pela Secretaria de Orçamento Federal, ou seja, dos
créditos previstos no Orçamento Geral da União (OGU). Também se presta à inclusão de
créditos no OGU não previstos inicialmente e ao registro do desdobramento do Plano Interno e
do detalhamento da fonte de recursos.

• Nota de Lançamento por Evento – NL - A Nota de Lançamento é o documento utilizado para


registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos
administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados a eventos
contábeis não vinculados a documentos específicos.

• DARF Eletrônico - DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Por
meio desse documento se registra a arrecadação de tributos e demais receitas diretamente na
Conta Única do Tesouro Nacional, sem trânsito pela rede bancária, ou seja, por meio de
transferências de recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada mais é que o instrumento de
registro dessas informações no SIAFI.

• GPS Eletrônica - GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse documento permite
registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências
de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional.

• Ordem Bancária – OB - A Ordem Bancária é o documento utilizado para o pagamento de


compromissos, bem como à liberação de recursos para fins de adiantamento, suprimento de
fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins, em contas bancárias mantidas no Banco do Brasil.

• GSE Eletrônica - GSE é a sigla para Guia do Salário Educação. A GSE é o documento que
registra o recolhimento do salário educação destinado aos seus beneficiários e do valor que lhes
é pago, mediante transferências intra-SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora recolhedora e
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.

• Nota de Programação Financeira – PF - A Nota de Programação Financeira é o documento que


permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira (PPF) e a
Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a Coordenação-Geral de Programação
Financeira da Secretaria do Tesouro Nacional - COFIN/STN e os Órgãos Setoriais de
Programação Financeira - OSPF.

9.7. Sistema Integrado de Dados Orçamentários – SIDOR

O SIDOR tem por objetivo dotar o Sistema Orçamentário da União de uma estrutura de processamento
de dados consoante com as modernas ferramentas de tecnologia da informação.

Atualmente, estão em funcionamento vários aplicativos que são utilizados, sobretudo durante a
elaboração e execução orçamentária.

Os subsistemas componentes do SIDOR mais relevantes para a elaboração e execução orçamentária


são listados a seguir:

• Subsistema de Prioridades e Metas Anuais

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Destinado à sistematização das pesquisas e análises necessárias para a definição da programação


privilegiada em cada exercício que terá precedência na alocação de recursos no orçamento e na sua
execução. Gera o anexo específico de prioridades e metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias referente
ao exercício.

• Subsistema Alinhamento de Série Histórica

Corresponde à transformação de uma série de despesas realizadas, que estejam expressas no Balanço
Geral da União, em série histórica, alinhada em relação à classificação vigente no exercício anterior a
que se refere a proposta que está sendo elaborada, permitindo a comparação de diferentes exercícios.

O processo de alinhamento incorpora efeitos de reformas administrativas institucionais que tiveram


repercussão na estrutura do aparelho de Estado e resultaram na criação, alteração ou extinção de
órgãos e unidades, exigindo uma adaptação da classificação institucional orçamentária.

Envolve também ajustamentos decorrentes de alterações de programação ou de classificação funcional


no âmbito de cada Unidade Orçamentária e de modificações nas classificações orçamentárias em geral,
ocorridas em cada exercício do período analisado, convertendo-as para uma base comum – a situação
observada no exercício vigente, tornando comparáveis os dados de realização dos exercícios passados
de (t-2) e (t-1) e com o presente exercício de t.

• Subsistema Definição de Limite

Destinado à análise do comportamento da série histórica alinhada com vistas à definição dos
parâmetros financeiros das programações de atividades dos Órgãos/Unidades Orçamentárias. Esses
limites equivalem aos dispêndios necessários para assegurar a execução das ações atualmente
desenvolvidas nos níveis correspondentes à capacidade produtiva instalada e constituem um
parâmetro monetário para a apresentação da proposta orçamentária setorial para o ano T+1.

Os limites para as atividades representam o volume mínimo de recursos necessários para assegurar a
manutenção das ações consideradas básicas da Administração Pública Federal, nos níveis
correspondentes à capacidade produtiva instalada.

Os limites resultam de ajustes efetuados sobre o valor estimado de execução provável do ano T, onde
são expurgados os fatos exclusivos do exercício em curso (ano T) e acrescidos aqueles já decididos e
que incidirão sobre o próximo exercício (Ano T+1).

Sua utilização para análise dos projetos pressupõe a análise de outras informações não identificáveis
na série histórica, mas na especificidade de cada projeto ou localizador de gasto.

• Subsistema de Cadastro de Programas e Ações

Banco de informações sobre as ações orçamentárias – atividades, projetos e operações especiais -


contidas na peça orçamentária e também as ações não orçamentárias, constantes do Plano Plurianual
– PPA.

Permite o acesso às seguintes informações acerca das ações orçamentárias: finalidade, descrição,
produto, unidade de medida, forma de implementação, clientela final, abrangência geográfica, unidade
responsável, base legal, agentes envolvidos e tipo de participação (da União, Estados, Municípios e
outros) e, no caso de projetos, as etapas, data de início e fim, valor das etapas e do total e a
repercussão financeira do projeto sobre atividades, principalmente àquela relacionadas à manutenção
administrativa.

• Subsistema Elaboração da Proposta Setorial

- 15 –
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Destinado ao momento da apresentação das propostas orçamentárias pelos órgãos e unidades


orçamentárias que compõem os orçamentos fiscal e da seguridade social. Após a definição da estrutura
programática para o exercício, definida no subsistema Cadastro de Programas e Ações e com base nos
limites monetários setoriais, é nesse subsistema que é processado o detalhamento financeiro e físico
(metas das ações) da programação.

• Subsistema Análise da Proposta Setorial

Reservado ao estudo da proposta de alocação setorial dos recursos vis-à-vis os estudos preliminares
desenvolvidos na Secretaria de Orçamento Federal (em especial no subsistema de Definição de
Limites), os parâmetros fixados, as justificativas e as diretrizes de governo. Permite o detalhamento
final da proposta orçamentária no nível necessário e suficiente para formalização do projeto de lei
orçamentária para encaminhamento ao Congresso Nacional.

• Subsistema Simulador de Fontes

Organizado para o desenvolvimento de cenários alternativos de alocação das fontes de recursos para
atendimento das programações de despesa das unidades orçamentárias, obedecendo às restrições
legais de vinculação.

• Subsistema de Compatibilização da Proposta Orçamentária

É o aplicativo que verifica as adequações da programação a instrumentos legais e formais que


norteiam sua elaboração.

• Subsistema Formalização do Projeto de Lei Orçamentária

Gera todos os documentos especificados pela Lei de diretrizes Orçamentárias quanto à estrutura e
organização dos Orçamentos da União.

• Subsistema Receita

Utilizado para a captação, acompanhamento e projeção das receitas diretamente arrecadadas e


vinculadas do Tesouro.

• Subsistema Pessoal (SIPES)

Destinado ao acompanhamento específico das despesas com pessoal e encargos sociais e da


quantidade física de servidores. Contém informações sobre todas as despesas efetivamente realizadas
pelos órgãos e entidades que compõem os orçamentos da União. Essas informações estão plotadas em
bases originadas de forma interativa com o Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
- SIAPE e com o Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI, o que lhes confere a
confiabilidade compatível com a utilização idealizada para o SIPES, propiciando o acompanhamento
sistemático e periódico das despesas e da quantidade física de pessoal, subsidiando as projeções para
elaboração da proposta orçamentária.

• Subsistema Dívida (SAOC)

Permite o registro, acompanhamento e elaboração do controle das operações de crédito contratuais e


seus encargos. Subsidia a elaboração da proposta orçamentária.

• Subsistema de Precatórios

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Possibilita o registro da relação de débitos constantes de precatórios judiciários a serem incluídos na


proposta orçamentária anual, efetuando inclusive cálculos e correções dos valores.

• Sistema de Pleitos

Aplicativo subsidiário para avaliar pressões sobre o orçamento futuro, além de funcionar como um
instrumento gerencial destinado ao controle da tramitação e análise dos pedidos de créditos
encaminhados à SOF para análise, permitindo identificar, a qualquer momento, sua evolução e
respectivo estágio de andamento. São objeto de acompanhamento, principalmente as solicitações de
alterações orçamentárias, mas também as solicitações de informação ou de providências dirigidas à
SOF, que exigem o conhecimento ou decisão do Secretário e/ou do Secretário-Adjunto. O subsistema
opera funções de registro de dados cadastrais dos pleitos/solicitações, a anotação sistemática das
análises e proposições realizadas em nível técnico, enfatizando aspectos facilitadores de consulta que
possibilita, por meio de filtros de pesquisa, recuperar informações pertinentes a cada um dos pleitos
cadastrados, durante a sua tramitação na SOF.

• Subsistemas de Execução Orçamentária

Além dos aplicativos assinalados que subsidiam o processo de elaboração orçamentária, são utilizados
pela Secretaria de Orçamento Federal, no acompanhamento da execução do orçamento, os
subsistemas de gestão de limites, o subsistema de acompanhamento da execução orçamentária e o
subsistema de créditos.

A execução orçamentária, sob o aspecto financeiro, tem como fonte primária o SIAFI, sob
responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

No que se refere é execução física, tem sido utilizado o Sistema de Planejamento – SIGPLAN, como
instrumento de registro para o monitoramento e avaliação qualitativa da programação, no contexto da
integração PPA/Orçamentos da União.

• Subsistema de Créditos

Aplicativo destinado ao registro de solicitações de alterações orçamentárias. O subsistema se norteia


por disposições expressas na LDO, LOA e Portaria de Crédito, esta última editada pela SOF. Nos dois
primeiros instrumentos são fornecidos critérios mais gerais para estas alterações. Na Portaria são
fornecidos os critérios técnicos, operacionais e prazos para tais mudanças.

As solicitações são usualmente iniciadas nas Unidades Orçamentárias, que por sua vez encaminham
aos Órgãos Setoriais e estes remetem à SOF.

As alterações são agrupadas conforme critérios oriundos da LOA e LDO, bem como os instrumentos
legais que as concretizaram, sejam Decretos, Projetos de Lei, Medidas Provisórias, etc. Além disso, o
subsistema exige que sejam fornecidos, por parte do órgão solicitante, subsídios que possam justificar
ou embasar as solicitações encaminhadas. Algumas destas informações deverão ser encaminhadas até
o Congresso Nacional.

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Questões de Concursos

01 - (ESAF) A despesa orçamentária obedece a três estágios, a saber: empenho, liquidação e


pagamento. Pergunta-se: o estágio da liquidação é aquele em que:
a) Tesouro Público entrega aos agentes pagadores os meios de pagamento
b) O credor comparece perante o agente pagador, identifica-se, recebe seu crédito e dá a
competente quitação
c) Verifica-se o direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios dos respectivo crédito
d) É procedida a licitação da despesa com objetivo de verificar, entre os vários fornecedores
habilitados, quem oferece condições mais vantajosas
e) Através de ato emanado de autoridade competente, é criada, para o Poder Público, obrigação
de pagamento, com emissão de nota de empenho.

02 - Quando se tratar de despesa cujo montante não se possa determinar, deve-se utilizar o empenho.
a) Global;
b) Estimativa;
c) Ordinário;
d) Especial;
e) Suplementar.

03 - (Procuradoria da Fazenda Nacional-ESAF) O ato que cria para o Estado obrigação de pagamento
é:
a) Ordem de pagamento
b) Adiantamento
c) Lançamento de despesa
d) Empenho de despesa
e) Liquidação de despesa

04 - (Advocacia Geral da União-ESAF) O ato de verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por
base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, é:
a) Nota de extinção de obrigação
b) Empenho
c) Liquidação
d) Ordem de pagamento
e) Verificação objetiva

05 - (MARE) - A certificação do recebimento do fornecimento, da prestação do serviço e da ocorrência


do encargo, é exigida na fase de:
a) Fixação
b) Licitação
c) Empenho
d) Liquidação

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e) Pagamento

06 - (MARE) - Pertencem necessariamente ao exercício financeiro as despesas nele:


a) Fixadas
b) Empenhadas
c) Liquidadas
d) Liquidadas e pagas
e) Empenhadas e não liquidadas

07 - (PFN) - São fases das despesas públicas:


a) Empenho e liquidação
b) Dotação e pagamento
c) Condição e ordem de pagamento
d) Liquidação e adiantamento
e) Crédito e empenho

08 - (PFN) - O ato que cria para o Estado obrigação de pagamento é:


a) Ordem de pagamento
b) Adiantamento
c) Lançamento de despesa
d) Empenho de despesa
e) Liquidação de despesa

09 - (AGU) - O ato de verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivos créditos é:
a) Empenho
b) Liquidação
c) Ordem de pagamento
d) Verificação objetiva
e) Nota de extinção da obrigação

10 - (ESAF) - Consideram-se estágios da despesa pública


a) Cota, repasse e sub-repasse
b) Fixação, arrecadação e recolhimento
c) Fixação, lançamento, arrecadação e recolhimento
d) Empenho, liquidação e pagamento
e) Pré-empenho, empenho, liquidação e pagamento

11 - (ESAF) - Os estágios da despesa pública, conforme previsto na Lei n° 4.320/64, são na sua
essência:
a) Licitação, contratação e pagamento
b) Licitação, contratação e empenho
c) Contratação, empenho e pagamento
d) Empenho, liquidação e pagamento

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e) Contratação, empenho e liquidação

12 - (ESAF) Com relação à execução da despesa, a legislação estabelece que:


a) Os valores empenhados não poderão exceder a receita realizada.
b) Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo contrato estabelecer como
data-limite, para a entrega do serviço, 31 de janeiro.
c) O empenho deve ser efetuado previamente à realização da despesa, podendo em casos
especiais, ser contemporâneo ou posterior.
d) Nos casos de contratos plurianuais, faz-se um empenho global pelo valor do contrato, no ato da
assinatura.
e) O pagamento de despesas de exercícios anteriores depende da existência de saldos de
disponibilidades dos exercícios anteriores.
13 - (ESAF) A verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária, tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao beneficio, é
denominada:
a) Empenho.
b) Adiantamento.
c) Liquidação.
d) Adjudicação.
e) Licitação.

14 - (CESPE) O empenho emitido para determinado credor e relativo a uma única prestação, de valor
indivisível, que se refere a um determinado fornecimento de material, à prestação de certo serviço ou
à execução de uma obra, em que não há parcelamento na liquidação da obrigação, nem descontos,
nem acréscimo, é denominado de:
a) Empenho global.
b) Empenho-estimativo.
c) Subempenho.
d) Anulação de empenho.
e) Empenho ordinário.

(PF/Contador - CESPE/2004) - Acerca do que, em contabilidade, é denominado restos a pagar, julgue


os itens que se seguem.

15 - São classificadas como restos a pagar as despesas que não foram empenhadas na época
oportuna, mesmo que para elas existisse dotação suficiente (CERTO ou ERRADO?).

16 - A despesa que, ao término do exercício financeiro, estiver desprovida do estágio da liquidação


será tratada como restos a pagar não-processado (CERTO ou ERRADO?).

17 - (Técnico Gestão - Pol. Civil/PA - CESPE/2006) - Segundo a Lei n.º 4.320/1964 e legislação
correlata, despesa não processada é aquela em que o empenho:

a) Foi legalmente emitido, mas não liquidado; o objeto adquirido ainda não foi entregue e, sob a
ótica do sistema orçamentário, sua escrituração contábil não está processada.

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b) Ainda não foi emitido; o objeto adquirido ainda não foi entregue e, sob a ótica do sistema
orçamentário, sua escrituração contábil não está processada.

c) Foi legalmente emitido e liquidado; o objeto adquirido ainda não foi entregue e, sob a ótica do
sistema orçamentário, sua escrituração contábil não está processada.

d) Foi legalmente emitido e liquidado; o objeto adquirido já foi entregue pelo fornecedor e, sob a
ótica do sistema orçamentário, sua escrituração contábil não está processada.

18 - (Técnico Gestão - Pol. Civil/PA - CESPE/2006) - Acerca da classificação econômica da despesa


orçamentária, assinale a opção correta.

a) Material de consumo é elemento de despesa de custeio; material permanente é elemento de


despesa de investimento. Assim, as despesas de custeio e as despesas de investimento fazem
parte das despesas de capital.

b) Material de consumo e material permanente são elementos de despesa de custeio. Assim, as


despesas dessas naturezas, despesas de custeio, fazem parte das despesas correntes.

c) Material de consumo é elemento de despesa de investimento e material permanente é elemento


de despesa de custeio. Assim, as despesas de custeio fazem parte das despesas de capital e as
despesas de investimento fazem parte das despesas correntes.

d) Material de consumo é elemento de despesa de custeio e material permanente é elemento de


despesa de investimento. Assim, as despesas de custeio fazem parte das despesas correntes e as
despesas de investimento fazem parte das despesas de capital.

19 - (Técnico Gestão - Pol. Civil/PA - CESPE/2006) - A escrituração contábil da fixação da despesa, que
corresponde ao primeiro estágio, será registrada no sistema:

a) Orçamentário.

b) Financeiro.

c) Patrimonial.

d) De compensação.

20 - (Perito Criminal/PF - CESPE/2004) – A arrecadação de todas as receitas da União é recolhida à


conta do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. Entretanto, a posição líquida dos recursos do
Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. será depositada no Banco Central do Brasil, à ordem do
Tesouro Nacional (CERTO ou ERRADO?)

21 - (Perito Criminal/PF - CESPE/2004) – O SIAFI proporciona a consolidação das informações em


diversos níveis, como unidade gestora, subórgão, órgão ou União. Entretanto, se não for informada
uma gestão, a consolidação não será realizada (CERTO ou ERRADO?).

- 21 –
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22 - (Perito Criminal/PF - CESPE/2004) – De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, relativa à classificação
da receita, julgue o item seguinte.

Lucros e dividendos recebidos pelo ente público e referentes aos resultados de uma empresa
controlada constituem receita patrimonial, enquanto o produto da venda de participação acionária
dessa mesma empresa constitui receita de capital (CERTO ou ERRADO?).

(Agente/PF - CESPE/2004) – Considerando as normas, os princípios e as técnicas aplicáveis ao


processo de elaboração e execução do orçamento público no Brasil, julgue os itens subseqüentes.

23 - No âmbito federal, a despesa pública, na Lei Orçamentária Anual, é classificada por funções, que
se subdividem em programas (CERTO ou ERRADO?).

24 - A liquidação da despesa deve sempre preceder ao seu empenho (CERTO ou ERRADO?).

25 - O pagamento de restos a pagar caracteriza-se por ser extra-orçamentário (CERTO ou ERRADO?).

Com relação a orçamento público, julgue os itens subseqüentes:

26 - (CESPE/INSS-2008) - De acordo com as classificações orçamentárias, o programa, que constitui o


elo entre o plano plurianual e os orçamentos anuais, corresponde à articulação de um conjunto de
ações, cujo resultado esperado é expresso por indicadores que permitem avaliar o desempenho da
administração (CERTO ou ERRADO?).

27 - (CESPE/INSS-2008) - A tradicional classificação da despesa pública por elementos é um critério


embasado no objeto do dispêndio. Com a adoção do orçamento-programa, a ênfase em sua concepção
é transferida dos meios para os fins, priorizando-se a classificação funcional e a estrutura programática
(CERTO ou ERRADO?).

28 - (CESPE - TCE/ES – Controlador de Recursos Públicos/2004) - Um dos objetivos do SIAFI é


possibilitar aos segmentos da sociedade a necessária transparência dos gastos públicos.

29 - (CESPE – 2004 – Contador - TERRACAP) - A operacionalização da conta única do Tesouro Nacional


é efetuada exclusivamente por intermédio do Banco do Brasil S.A.

- 22 –
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30 - (CESPE – Técnico Judiciário – TRE Alagoas – 2004) - A Conta Única é uma conta mantida junto ao
Banco Central do Brasil e destinada a acolher, em conformidade com o disposto na Constituição
Federal, os recursos financeiros da União que se encontrem à disposição, on line, das unidades
gestoras, nos limites financeiros previamente definidos.

- 23 –
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Gabarito

01 – C
02 – B
03 – D
04 – C
05 – D
06 – B
07 – A
08 – D
09 – B
10 – D
11 – D
12 – B
13 – C
14 – E
15 – ERRADO
16 – CERTO
17 – A
18 – D
19 – A
20 – ERRADO
21 – ERRADO
22 – CERTO
23 – ERRADO
24 – ERRADO
25 – CERTO
26 – CERTO
27 – CERTO
28 – CERTO
29 – ERRADO
30 – CERTO

- 24 –
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Bibliografia Complementar

BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública. Ed. Campus.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.

BRASIL. Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e
do Distrito Federal.

BRASIL. Portaria Interministerial STN/SOF nº. 163, de 4 de maio de 2001. Dispõe sobre as normas
gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, e dá outras providências.

BRASIL. Decreto nº. 93.872, de 23 de dezembro de 1986. Dispõe sobre a unificação dos recursos de
caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras
providências.

CARVALHO, Deusvaldo. Orçamento e Contabilidade Pública. Ed. Campus.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Ed. Campus.

CRUZ, Flávio. Comentários à Lei no. 4.320. Ed. Atlas.

CURY, Antonio. Organização & Métodos. Uma Visão Holística. Perspectiva Comportamental &
Abordagem Contingencial. Ed. Atlas.

GIACOMONI, James. Orçamento Público. Ed. Atlas

JUND, Sérgio. Administração Financeira e Orçamentária. Ed. Campus.

MAXIMIANO, Antonio C.A. Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana à Revolução Digital.
Ed. Atlas.

PISCITELLI, Roberto B. Contabilidade Pública: Uma abordagem da Administração Financeira Pública.


Ed. Atlas.

REBOUÇAS, Djalma. Sistemas, Organização & Métodos. Uma abordagem gerencial. Ed. Atlas.

SOUZA, Lino Martins. Contabilidade Pública: Um enfoque governamental. Ed. Atlas.

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