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O que o destino me mandar

1ª. Marcos um menino praticamente criado no abrigo, chegou aos 2 anos com o seu irmão, hoje
aos 6 anos é um garoto totalmente desligado com tudo a sua volta, inclusive desligado do seu
próprio irmão. A educadora trata ele diferente por ele ser autista ( uma disfunção global do
desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo e de
socialização), para educadora falta um cuidado especial de uma família ao garoto Marcos .

2ª. Iracema infectada com o vírus HIV, chega ao abrigo entre os 4 e 5 anos, hoje com 17 anos os
pais e o irmão já falecidos ela única sobrevivente.

A mãe pegou HIV depois do seu nascimento e com o conhecimento da doença começa a se drogar
e não cuida da saúde, entrando em depressão e vem à falecer.

A garota menciona que há preconceito com adoção de crianças já grandes.

3ª. Garoto passara a ser maior de idade e terá que deixar o abrigo.
Aos 18 anos ele pretende conseguir uma casa e levar com ele sua irmã, ele segue uma rotina de
trabalho e escola. Para ele também como Iracema, há preconceito com adoção de crianças já
grandes, talvez as pessoas tenham medo, pois as crianças já tem uma personalidade formada e
também já sabem o que é o lado amargo da vida que uma criança pequena sente, mas não sabe
ainda discernir os horrores que sofrem.

O tema abordado: adoção de crianças já grandes, reflete na prática o preconceito que há nesse tipo
de adoção. Medo de criar em casa uma criança que vai trazer comportamentos ou traços no caráter
de sua antiga família.

Não existem números certos, mas estima-se que no Brasil cerca de oitenta crianças e
adolescentes vivem em abrigos, muitos aguardando para serem adotados. Sabemos por exemplo
dos que pretendem adotar, 60% só aceitam crianças no máximo com um ano de idade. Sabemos
que 90% não aceitam crianças que estejam inseridas num grupo de irmãos, que quase 95% não
aceitam crianças  que não sejam brancas e que quase 95% não aceitam crianças portadoras de 
qualquer tipo de deficiência ou suspeita de deficiência. 

Observando os depoimentos desses garotos (a) vemos que a dialética está presente no diálogo,
demonstrando uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir
claramente os conceitos envolvidos na discussão.

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