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Centro de

Desenvolvimento
Profissional e Tecnológico

Tutorial: Análise SWOT


Sobre a autora
Yumi Mori Tuleski é graduada em Ciências Economicas pela Unicamp, com pós-
graduação em Administração de Empresas com ênfase em Marketing, na Fundação
Getulio Vargas (CEAG/FGV). Iniciou sua carreira como trainee na 3M do Brasil, na área
de vendas, onde também atuou como executiva de vendas, no mercado de varejo
(linha de produtos de cuidados pessoais), atendendo a redes de farmácias e
distribuidores de São Paulo (capital e interior). Atualmente, coordena projetos e
fornece suporte para a área de negócios, como black-belt, utilizando a metodologia
DFSS (Design for Six Sigma) para lançamento de novos produtos. Possui grande
experiência em treinamentos de produto para equipes de vendas e distribuição, bem
como em treinamentos de merchandising, técnicas de vendas, estratégia de negócios e
DFSS. É consultora associada do CEDET, para desenvolvimento e implementação de
treinamentos nas áreas de vendas e de marketing.

Introdução
A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas como
parte do plano de marketing ou do plano de negócios. O termo SWOT vem do inglês e
representa as iniciais das palavras Strength (força), Weakness (fraqueza),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).

A idéia central da análise SWOT é avaliar os pontos fortes, os pontos fracos, as


oportunidades e as ameaças da organização e do mercado onde ela está atuando.

Sua importância no apoio à formulação de estratégias deriva de sua capacidade de


promover um confronto entre as variáveis externas e internas, facilitando a geração de
alternativas de escolhas estratégicas, bem como de possíveis linhas de ação.

Neste tutorial serão detalhados os conceitos que envolvem a realização de uma análise
SWOT.

Análise SWOT – Ambientes Interno e Externo


Como já foi dito anteriormente, a análise é dividida em duas partes: o ambiente externo
e o ambiente interno à organização. Esta divisão é necessária porque a organização
tem que agir de forma diferente em um e em outro caso.

O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da organização, já que ele é o
resultado de estratégias de atuação definidas pela própria empresa. Desta forma,
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quando percebemos um ponto forte em nossa análise, devemos ressaltá-lo ainda mais;
quando percebemos um ponto fraco, devemos agir para controlá-lo ou, pelo menos,
minimizar seu efeito.

Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Isso não


significa que não seja útil conhecê-lo. Apesar de não podermos controlá-lo, podemos
monitorá-lo e procurar aproveitar as oportunidades da maneira mais ágil e eficiente e
evitar as ameaças enquanto for possível.

A análise SWOT deve ser realizada de maneira formal, uma vez por ano, mas as
informações mais importantes devem ser monitoradas constantemente.

Ambiente Externo
Diversos fatores externos à organização podem afetar o desempenho da empresa. E as
mudanças no ambiente externo podem representar oportunidades ou ameaças ao
desenvolvimento do plano estratégico de qualquer organização.

A avaliação do ambiente externo costuma ser dividida em duas partes:

• Fatores macroambientais – questões demográficas, econômicas, tecnológicas,


políticas, legais, etc.
• Fatores microambientais – beneficiários, suas famílias, as organizações
congêneres, os principais parceiros, os potenciais parceiros, etc.

Na prática, isso significa que mudanças que estão totalmente fora do controle da
organização podem afetar (positiva ou negativamente) seu desempenho e sua forma
de atuação.

As mudanças no ambiente externo sempre afetam de maneira homogênea TODAS as


organizações que atuam numa mesma área geográfica e num mesmo mercado e, desta
forma, representam oportunidades ou ameaças iguais para todo mundo. Quando
ocorre uma mudança na legislação, por exemplo, todas as organizações são afetadas.

Uma organização que perceba que o ambiente externo está mudando e que tenha
agilidade para se adaptar a esta mudança, aproveitará melhor as oportunidades e
sofrerá menos as conseqüências das ameaças. Por isso, a análise do ambiente externo
é tão importante.

A análise da situação deve levar em consideração não apenas o que está sendo
sinalizado como uma alternativa de cenário, mas também qual é a probabilidade de que
aquele cenário se concretize. Esta análise de cenários deve ser permanente, porque o
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ambiente externo é muito dinâmico e está sendo alterado constantemente.

O ambiente externo corresponde às oportunidades e ameaças, como segue abaixo:


• Oportunidades – correspondem às oportunidades para crescimento, lucro e
fortalecimento da empresa, tais como:
o Necessidades não satisfeitas do consumidor;
o Aumento do poder de compra do mercado;
o Disponibilidade de linhas de crédito.
• Ameaças – correspondem a mudanças no ambiente que apresentam ameaças à
sobrevivência da empresa, tais como:
o Mudanças nos padrões de consumo;
o Lançamento de Produtos substitutivos no mercado;
o Redução no poder de compra dos consumidores.

Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra, é ter competência
para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e/ou enfrentando as
ameaças).

Ambiente Interno
Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente externo, o ambiente interno
deve ser monitorado permanentemente.

Em primeiro lugar, é importante fazer uma relação de quais são as variáveis que devem
ser monitoradas, por exemplo: capacidade de atendimento, demanda pelos serviços
prestados, satisfação do público alvo com o atendimento, crescimento do número de
contribuintes, nível de renovações das contribuições, dedicação dos funcionários,
capacidade de gestão das lideranças da organização, flexibilidade da organização, etc.

Em seguida, devemos criar uma escala para avaliar cada um destes tópicos, como no
exemplo da Figura 1.

Pode ser interessante avaliar, também, os seus principais concorrentes em relação aos
mesmos tópicos, para que se possa ter clareza de quais são os diferenciais
competitivos que cada organização tem em relação às outras com as quais compete
por recursos e/ou no atendimento ao público alvo.

O próximo passo é determinar qual é a importância que cada um destes itens tem em
relação aos objetivos da organização. Na mesma tabela, pode-se colocar avaliações em
relação à importância de cada item, como no exemplo hipotético da Figura 2.
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Figura 1-Matriz SWOT – Forças e fraquezas (1)

Figura 2-Matriz SWOT – Forças e fraquezas (2)

No exemplo acima, a satisfação do público alvo foi considerada um item de grande


importância e foi avaliada pela organização como sendo uma fraqueza. Isso significa
que devem ser direcionados esforços especiais no sentido de melhorar a satisfação do
público alvo com os serviços prestados.

Outros itens considerados de menor importância ou que estejam caracterizados como


pontos fortes, podem não receber recursos (financeiros, humanos e/ou materiais)
neste momento, já que, como sabemos, a organização não pode investir em todas as
áreas ao mesmo tempo e estes itens não são tão prioritários ou tão problemáticos.

O exemplo acima mostra como este tipo de análise ajuda na priorização das atividades,
o que é muito útil na administração dos recursos das organizações que são
normalmente bastante escassos.

Quando temos claro quais são as áreas de maior importância e quais as áreas com
fraquezas na organização, fica mais fácil decidirmos onde devem ser alocados os
esforços para melhoria, já que não seria possível investir em todas as áreas ao mesmo
tempo.

O ambiente externo corresponde às forças e fraquezas, como segue abaixo:


• Forças – correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser
combinados para gerar vantagens competitivas em relação a seus
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competidores. Incluem:
o Marcas de produtos;
o Conceito da empresa;
o Participação de mercado;
o Vantagens de custos;
o Localização;
o Fontes exclusivas de matérias-primas;
o Grau de controle sobre a rede de distribuição.
• Fraquezas – os pontos mais vulneráveis da empresa em comparação com os
mesmos pontos de competidores atuais ou em potencial:
o Pouca força de marca;
o Baixo conceito junto ao mercado;
o Custos elevados;
o Localização não favorável;
o Falta de acesso a fontes de matérias-primas;
o Pouco controle sobre a rede de distribuição.

De qualquer modo, deve-se atentar que muitas vezes forças e fraquezas se confundem.
Uma força atual pode se transformar em fraqueza no futuro, pela dificuldade de
mudança que a mesma provoca.

Matriz da Análise SWOT


O cruzamento entre os quatro quadrantes de análise (ver Figura 3) provê uma moldura
onde a empresa pode desenvolver melhor suas vantagens competitivas casando
“oportunidades” e “forças”, por exemplo.

No caso do cruzamento entre “oportunidades” e “fraquezas”, pode-se estabelecer as


bases para modificações no ambiente interno, de modo a poder aproveitar melhor as
“oportunidades”.

O cruzamento entre ”ameaças” e “forças” pode representar a possibilidade de se


investir na modificação do ”ambiente”, de modo a torná-lo favorável à empresa, o que
não é uma tarefa fácil de ser conseguida.

Se no cruzamento entre ”ameaças” e ”fraquezas” houver situações de alta relevância


para a empresa, provavelmente, trata-se de ocasião para modificações profundas na
empresa, incluindo sua manutenção no próprio negócio.

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Figura 3-Matriz da análise SWOT

Considerações Finais

Depois de ter realizado uma análise SWOT, a organização pode:


• estabelecer metas de melhoria dos itens que tenham sido considerados
prioritários e de baixo desempenho;
• estabelecer metas relacionadas à forma de atuação no que diz respeito ao
aproveitamento de oportunidades;
• estabelecer quais as ações que serão importantes para evitar os efeitos de
eventuais ameaças.

Estas metas serão a base do planejamento anual de atividades da organização. A


análise SWOT é, portanto, um instrumento de fácil aplicação e pode ser de grande
utilidade no planejamento das organizações.

Autora: Yumi Mori Tuleski


Última atualização em 16/04/2009

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