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CAMPUS TOLEDO

APOSTILA DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA


1 ANO DO ENSINO MÉDIO

Práticas a serem realizadas na Unidade curricular


de Química do Curso Técnico de Gastronomia da
UTFPR/TOLEDO/PR.
Prof. MSc. Marcus Vinicius de Liz
Prof Dr. Gilberto da Cunha Gonçalves

TOLEDO
2007
PRÁTICA 1a - Normas de Segurança em Laboratório

Devido a presença de materiais e reagentes perigosos, algumas normas de segurança são


importantes para prevenir possíveis ocorrências de acidentes, os quais são minimizados quando o
trabalho é realizado com atenção e seriedade.
São descritas a seguir algumas normas básicas que contribuem para o desenvolvimento de
atividades em laboratórios.
1. Antes de iniciar as atividades de laboratório, leia o roteiro da prática.
Em caso de dúvida, pergunte ao professor antes de iniciar as
atividades.
2. É obrigatório o uso do guarda-pó, ou jaleco, um equipamento de proteção individual
de uso obrigatório para assistir as aulas práticas. Quando necessário será solicitado
pelo professor o uso de óculos de segurança.
3. Os materiais desnecessários à prática (bolsas, pastas, estojos) devem ser mantidos fora das
mesas de trabalho no laboratório.
4. É proibido fumar, beber e comer no laboratório.
5. O laboratório é um local de trabalho, e não um local de diversão. As
brincadeiras devem ocorrer em momento e local oportuno, não
acarretando riscos aos colegas.
6. Deve-se prender os cabelos para evitar possíveis acidentes com os mesmos, principalmente
ao lidar com chama no laboratório.
7. Não devem ser usadas lentes de contato para o trabalho em laboratório, pois algumas
substâncias são voláteis e os gases liberados podem interagir com as lentes.
8. Não se devem ingerir reagentes sólidos ou líquidos dentro dos laboratórios, pois
os mesmos podem ser venenos.
9. Cuidado com reagentes desconhecidos. Utilize somente o material e reagente
que estiver sobre sua mesa. Precisando de outros solicitar ao responsável.
Não manuseie reagentes você desconhece possíveis conseqüências de risco.
10. Identificar com etiquetas todos os materiais quando necessário.
Modelo: Nomes dos componentes da equipe
Substância data de preparo turma
11. Não impurificar os materiais, reutilizando pipetas já usadas, trocando as pipetas de frasco,
trocando as tampas de frasco, usando a mesma espátula em mais de um frasco.
12. Proceder adequadamente o descarte dos materiais ao término das práticas. Sólidos comuns
(papel, palito de fósforo, pedaço de plástico) na lixeira. Para evitar riscos de reações
indesejadas, não misture diferentes tipos de reagentes, e descarte os resíduos dos
experimentos conforme orientação do professor.
13. Não utilizar materiais escolares (lápis, caneta, régua) para agitar substâncias.
14. Algumas substâncias sofrem reações ao interagirem com a pele. Em
caso de contato direto entre reagentes e pele, avise imediatamente ao
professor. Na maioria do caso recomenda-se lavar com água em
abundância.
15. Não pipetar com a boca.
16. Ao aquecer substâncias em tubo de ensaio, dirigir a abertura deste para o lado em que não
haja nenhum colega.
17. Não cheirar diretamente qualquer substância. Manter o recipiente que a contém
afastado do rosto e, com movimento das mãos, direcionar os vapores
desprendidos para o nariz.
18. Seja observador e leia com atenção os rótulos dos frascos antes de usar seus
conteúdos.
19. Não adicionar água a um ácido concentrado (reação violenta com produção de
calor e borbulhamento intenso, podendo ocorrer liberação de gases tóxicos).
Sempre o ácido sobre a água, com cuidado.
20. Cuidado com substâncias inflamáveis ou que liberam alguns tipos de gases, estas
devem ser aquecidas através do uso de banho-maria ou manta de aquecimento.
21. Sempre que possível, evite circular com frascos pelo laboratório, principalmente
líquidos inflamáveis quando o bico de bunsen estiver sendo usado.
22. Observar a voltagem correta dos equipamentos antes de liga-lo às tomadas.
23. Após a prática, limpar a mesa e manter limpo todo o material sob sua
responsabilidade.
24. Lavar as mãos ao final de cada aula
25. Lembrar que cada um responde pela sua própria segurança e pela dos colegas.
O que fazer em caso de acidentes
1. Se ocorrer incêndio causado por:
a) Papel, madeira ou tecido, utilizar água ou extintor de espuma;
b) Álcool, gasolina, óleo, tintas, utilizar extintor com gás carbônico ou pó químico ou
espuma;
c) Material elétrico, motores ou chaves de luz utilizar extintor de gás carbônico ou pó
químico.
2. Se as vestes de um colega pegar fogo, abafar o fogo com pano grande ou peças de seu
vestuário, se for de algodão (camisas, agasalhos, toalhas, etc.) ou rolar no chão.
3. Se os olhos forem atingidos por qualquer substância irritante, devem ser lavados
imediatamente com bastante água e depois procurar um oftalmologista.
4. Se ocorrerem queimaduras provocadas por:
a) Calor: lavar com solução diluída de carbonato de sódio e aplicar pomada à base de
picrato ou mesmo vaselina.
b) Ácidos: devem ser lavadas com bastante água e neutralizadas com solução de
bicarbonato de sódio.
c) Bases: devem ser lavadas com bastante água e neutralizadas com solução de ácido
bórico.
5. Em caso de acidentes, procure o responsável pelo laboratório.

PRÁTICA 1.b – Principais Materiais Usados no Laboratório

1. Almofariz de porcelana com pistilo: São utilizados para triturar e pulverizar sólidos.
2. Anel metálico ou argola: É um anel metálico que se adapta ao suporte universal.
Serve como suporte para a tela de amianto, funil de separação, funil simples, etc.
3. Balão de fundo chato: são usados em aquecimento demorado de líquidos e
dissolução de substâncias.
4. Balão volumétrico: Possui um traço de aferição no gargalo que é longo e é usado no
preparo de soluções que precisam ter concentrações definidas. Existem balões cuja
capacidade varia de 50 mL a 2.000 mL. O seu aquecimento pode provocar a
dilatação do material, causando imprecisão no volume.
5. Bastão de vidro: O bastão de vidro é utilizado para agitar substâncias
facilitando a homogeneização. Auxilia também na transferência de um
líquido de um recipiente para outro.
6. Béquer: Recipiente usado em reações, dissolução de substâncias, aquecimentos de
líquidos, etc. Para levá-lo ao fogo, use tripé com a proteção da tela de amianto.
7. Bico de bunsen: É a fonte de aquecimento mais empregada em laboratório.
Apresenta uma base, um tubo cilíndrico, um anel móvel e uma válvula. Para se
fazer um bom aquecimento deve-se regular a entrada de ar através do anel móvel.
A chama do bico deve ser a azul (oxidante), pois não deixa resíduos nos materiais.
8. Bureta: Consiste de um tubo cilíndrico graduado e apresenta na parte inferior uma
torneira de vidro controladora da vazão. É empregada especificamente nas titulações.
9. Cadinho: empregado para secagem, evaporação, aquecimento e calcinação de
substância, podendo suportar altas temperaturas.
10. Cápsula de porcelana: Usada em evaporações, dissoluções a quente,
calcinação, secagem e aquecimentos.
11. Centrífuga: É um aparelho que acelera o processo de decantação. Devido ao
movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por inércia, são
arremessadas para o fundo do tubo.
12. Condensador: É empregado nos processos de destilação. Sua finalidade é
condensar os vapores do líquido. É refrigerado a água.
13. Dessecador: É usado para guardar substâncias em ambiente com pouco teor de
umidade.
14. Escova para tubos de ensaio: Permite lavar tubos de ensaio.
15. Espátulas: Permite retirar substâncias sólidas de frascos. É
confeccionada em porcelana ou metal.
16. Erlenmeyer: Empregado na dissolução de substâncias, nas reações químicas, no
aquecimento de líquidos e nas titulações. Sua capacidade é variável.
17. Estante para tubos de ensaio: Suporte de madeira ou metal, de vários
tamanhos. É utilizada como suporte para tubos de ensaio.
18. Frasco lavador ou pisseta: É empregada na lavagem de recipientes por meio de jatos
de água ou de outros solventes. O mais utilizado é o de plástico, pois é prático e
seguro.
19. Funil de vidro: Usado em transferências de líquidos e em filtrações de laboratório,
isto é na separação das fases de misturas heterogêneas.
20. Funil de Büchner: São recipientes de porcelana de diferentes diâmetros, na sua parte
interna se coloca um disco de papel de filtro. Assim, é utilizado para realizar
filtrações a vácuo.
21. Funil de separação ou decantação: Recipiente de vidro em forma de pêra, que possui
uma torneira. É Utilizado para separar líquidos imiscíveis. Deixa-se decantar a
mistura; a seguir abre-se a torneira deixando escoar a fase mais densa.
22. Garra metálica: Estas garras permitem sustentar outros
objetos nos suportes.
23. Kitassato: É utilizado em conjunto ao funil de Buchner para efetuar filtrações a
vácuo.
24. Papel filtro: Papel poroso, que retém as partículas sólidas, deixando passar apenas
a fase líquida.
25. Pinça de madeira: Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento.
26. Pinça metálica ou tenaz: Pinças metálicas são usadas para segurar, cadinhos,
cápsulas, etc., quando aquecidos.
27. Pipeta Graduada: Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não
deve ser aquecida e apresenta pouca precisão na medida de volumes.
28. Pipeta volumétrica: Usada para medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser
aquecida, pois possui grande precisão de medida. Medem um único volume, o que
caracteriza sua precisão.
29. Proveta: É empregada nas medições aproximadas de volumes de líquidos. Há
provetas cuja capacidade varia de 5 mL a 2.000 mL. Nunca deve ser aquecida.
30. Suporte Universal: É um suporte de ferro que permite sustentar vários outros
utensílios através de argolas, garras, etc.
31. Tela de amianto: Usado para sustentar frascos de vidro que vão ao aquecimento,
pois distribuí uniformemente o calor proveniente das chamas do bico de Bunsen,
evitando assim, que se quebrem.
32. Termômetro: É um instrumento que permite observar a temperatura que vão
alcançando algumas substâncias que estão sendo aquecidas.
33. Triângulo de porcelana: Usado para sustentar cadinhos de porcelana em
aquecimentos diretamente no bico de Bunsen durante uma calcinação. Fica sobre
a argola ou tripé.
34. Tripé de ferro: Usado para sustentar a tela de amianto ou o triângulo de
porcelana.
35. Tubo de ensaio: É usado para efetuar reações com pequenas quantidades de
reagentes. Pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen, com
cuidado.
36. Vidro de relógio: Permite a pesagem de reagentes ou é utilizado para cristalizar
substâncias. Também, pode ser usado para cobrir o copo de Béquer em
evaporações.

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