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AULA 04
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tema, veja antes em sua prova, que ramo do Direito está sendo
abordado. Vamos falar primeiro da Prescrição e depois da Decadência.
Antes, gostaria de falar sobre uma curiosidade (até porque já vi cair
isto em vários concursos): o Código Civil anterior não mencionava a
expressão Decadência. Para ele tudo era Prescrição. A doutrina é que
fazia a divisão. Mas não havia um consenso sobre todos os temas. Era
uma bagunça... Hoje a matéria está mais fácil. O Código diz o que é
Prescrição e o que é Decadência. E menciona os prazos de um e outro
Instituto. Além disso, tem uns “macetes” que irão diferenciá-los, que
irei mencionar depois, facilitando, ainda mais este estudo, que
confesso, é bem teórico.
I - DA PRESCRIÇÃO
Prescrição é a perda do direito da pretensão, pela inércia do seu
titular. Segundo Clóvis Beviláqua, prescrição é a perda da ação
atribuída a um direito e de toda a sua capacidade defensiva, em
conseqüência do não-uso dela durante determinado espaço de tempo.
Na vigência do Código anterior falava-se que prescrição era a
perda do direito de ação. Conceitua-se o direito de ação como “um
direito subjetivo público e abstrato dirigido ao Estado em não à parte
contrária”. Assim, por coerência aos ensinamentos processuais, o atual
Código consolidou a idéia de que a prescrição não atinge a ação
propriamente dita, mas apenas a pretensão. Isto porque se pode
ingressar com uma ação, mesmo prescrita, e ser possível sair-se
vitorioso, desde que a outra parte não alegue a prescrição.
Nossa missão aqui é objetiva. O que vem caindo nos concursos.
Evitando discussões doutrinárias e indicando que não se trata de
direito subjetivo público abstrato de ação, o atual Código adotou a tese
da prescrição da pretensão. É isso que interessa. Evite maiores
divagações sobre o tema. Prescrição é a perda do direito da pretensão.
Violado um direito nasce para o seu titular uma pretensão (o prazo
prescricional só se inicia no momento em que é violado o direito). Se
este ficar inerte, tem como pena a perda desta pretensão. É uma
sanção ao titular do direito violado (que foi negligente). Repito: não se
trata de proteger o lesante; trata-se de uma punição ao lesado por sua
inércia. Pela prescrição, se perde o direito de ajuizar a ação, ou seja, se
perde o direito de resolver a pendência judicialmente. Todavia, o direito
em si permanece incólume, só que sem proteção jurídica para
solucioná-lo. Tanto assim que, se alguém pagar uma dívida prescrita,
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Requisitos da Prescrição
• existência de uma ação judicial exercitável.
• inércia do titular da ação (não exercício).
• continuidade dessa inércia durante certo lapso de tempo.
• ausência de algum fato ou ato a que a lei confira eficácia
impeditiva, suspensiva ou interruptiva de curso prescricional.
Causas Impeditivas, Suspensivas e Interruptivas
Em princípio, uma vez exigível o direito subjetivo surge a pretensão.
A partir daí começa a correr o prazo prescricional. No entanto a lei
prevê situações em que o prazo sequer inicia seu fluxo, ainda que já
surgida a pretensão (causas impeditivas) ou que suspendem o curso da
prescrição já iniciada (causas suspensivas) ou mesmo fazem com que o
prazo reinicie (causas interruptivas). Vamos ver item por item:
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Suspensão da Prescrição
Ano Ano
1º 2º 3º 4º 5º
Fluxo de prazo Suspensão Cessada a
prescricional de 5 anos, do suspensão, o
onde já decorreram 3 prazo retoma seu
anos. Prazo fluxo pelo saldo
(no caso são 2
anos).
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Interrupção da Prescrição
Ano Ano
1º 2º 3º 1º 2º 3º 4º 5º
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Prazos
O prazo da prescrição é o espaço de tempo que decorre entre seu
termo inicial e final. O Código Civil optou por um critério simplificado
de 10 anos para o prazo prescricional geral, tanto para as ações
pessoais como para as reais, salvo quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor (art. 205 CC).
Espécies de prazo
a) ordinário (ou comum) – 10 anos em ações pessoais ou reais,
alusivas ao patrimônio do titular da pretensão.
b) especial – prazos mais exíguos para possibilitar o exercício de certos
direitos (art. 206, §§ 1º a 5º CC). Destacamos como mais importantes:
02 (dois) anos quanto à pretensão para haver prestações alimentares, a
partir da data em que se vencerem; 03 (três) anos quanto à pretensão
de reparação civil por ato ilícito; 03 (três) anos quanto à pretensão para
haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento
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II – DA DECADÊNCIA
Decadência é a perda do direito material ou do direito
propriamente dito. Como falei acima, o Código Civil atual apresenta
mais uma inovação quanto ao tema, disciplinando, expressamente, a
decadência nos artigos 207 a 211. Com a decadência, extingue-se o
próprio direito existente, de modo que nada mais resta. Não se
exercendo o direito dentro de certo prazo, tem-se a extinção desse
direito. Se alguém paga débito abrangido pela decadência, tem direito à
restituição, porque não mais existe o direito de crédito. Lembre-se se
alguém pagar algo que estava prescrito não pode pedir de volta o que
pagou. O pagamento valeu. Por que? Porque o Direito existia. Mas se
alguém paga algo em que ocorreu a Decadência, pode pedir o dinheiro
de volta, pois pagou algo que não existe mais. Não há mais o direito.
Enquanto a prescrição atinge a pretensão, a decadência atinge o
próprio direito.
IMPORTANTE - Direito de Ação X Direito Material - Para ficar
bem claro que na Prescrição perde-se o direito à pretensão e na
Decadência perde-se o direito material, costumo sempre diferenciar o
que é um direito material e o que é um direito de ação. Vou
inicialmente usar um exemplo do Direito Penal. A Constituição Federal
estabelece uma série de Direitos e Garantias ao cidadão. Um deles é o
Direito de Locomoção; o direito de ir, vir e permanecer. Logo o Direito
de Locomoção é um direito propriamente dito, é um direito material. Se
uma autoridade viola esse direito, ou seja, determina a prisão da
pessoa de forma ilegal, o que esta pessoa deve fazer?? Ingressar com
uma ação!!! Qual o nome desta ação? – Habeas Corpus. O Habeas
Corpus é, então, uma ação. Direito Material – Liberdade; Direito de
Ação – Habeas Corpus. Outro exemplo, agora no Direito Civil: eu
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Efeitos
O efeito da decadência é a extinção do direito em decorrência de
inércia de seu titular para o seu exercício. Extingue o direito,
extinguindo, indiretamente, a ação.
O prazo decadencial corre contra todos. Nem mesmo aquelas
pessoas contra as quais não corre a prescrição ficam livres de seu
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efeito, salvo no caso do art. 198 do CC, pois o prazo não corre contra
absolutamente incapazes.
A decadência, como regra, não se suspende e nem se interrompe e
só é impedida pelo efetivo exercício do direito, dentro do lapso de
tempo prefixado.
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação
contra os seus assistentes ou representantes legais que derem causa à
decadência ou não a alegarem oportunamente.
Prazos
Atualmente os prazos prescricionais estão discriminados nos
artigos 205 e 206 do CC. Logo todos os demais prazos estabelecidos
pelo Código são decadenciais. Citamos alguns, de forma
exemplificativa:
• 3 dias – sendo a coisa móvel, inexistindo prazo estipulado para
exercer o direito de preempção (preferência), após a data em que o
comprador tiver notificado o vendedor.
• 30 dias - contados da tradição da coisa para o exercício do
direito de propor a ação em que o comprador pretende o
abatimento do preço da coisa móvel recebida com vício redibitório
ou rescindir o contrato e reaver o preço pago, mais perdas e
danos (art. 445 do CC) ⎯ ação estimatória.
• 60 dias – para exercer o direito de preempção, inexistindo prazo
estipulado, se a coisa for imóvel, após a data em que o comprador
tiver notificado o vendedor.
• 90 dias – para o consumidor obter o abatimento do preço de
bem imóvel recebido com vício.
• 120 dias – prazo para impetrar Mandado de Segurança.
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• 2 anos – para mover ação rescisória (art. 495 CPC); para anular
negócio jurídico, não havendo prazo, contados da data da
conclusão do ato (art. 179 CC); para exercer o direito de
preferência se a coisa for imóvel (art. 513, parágrafo único CC);
anulação de casamento se incompetente a autoridade celebrante
(art. 1.560, II CC); para pleitear anulação de ato praticado pelo
consorte sem a outorga do outro, contado do término da
sociedade conjugal (art. 1.649 CC).
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Prescrição Decadência
1. Extingue a pretensão (ação). 1. Extingue o direito, atingindo,
indiretamente, a ação.
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3. Prescrição
• Perda da Pretensão
• Requisitos
a) impeditivas
• Causas b) suspensivas
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c) interruptivas
• Prazos
4. Decadência
• Perda do Direito em si
• Argüição
• Efeitos
• Prazos
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