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DISCUSSÃO SOBRE O PAPEL DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO DO

ENCÉFALO, SUA INTERFERÊNCIA NO FUNCIONAMENTO DAS


GLÂNDULAS ENCEFÁLICAS E SUA MODULAÇÃO ATRAVÉS DE
ESTÍMULOS ACÚSTICOS.

Marcos R. M. Rodrigues1, Fernando M. Araújo-Moreira2*, Nivaldo A. Parizotto3

1
Mestrando em Biotecnologia, BIOTEC - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Campus de São Carlos-SP
2*
Departamento de Física, DF - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Campus de São Carlos-SP
3
Departamento de Fisioterapia, DF - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Campus de São Carlos-SP]

Os organismos biológicos produzem campos magnéticos através de três fontes


principais (SWITHENBY, 1987): pela criação de correntes iônicas, pela incorporação
de contaminantes ferromagnéticos e pela resposta a um campo externo aplicado. O
estudo dos campos magnéticos originados em sistemas biológicos, particularmente no
corpo humano, tem importante implicação em diversas áreas da pesquisa biológica, da
medicina e psicologia (WILLIAMSON, KAUFMAN, 1981). Os sinais magnéticos
gerados pela atividade neuronal são extremamente pequenos (KNOWLTON, SHIH,
2004) e que em comparação com outros campos magnéticos do corpo humano, este
valor é minúsculo. O campo magnético gerado pelo coração é até cem vezes maior que
o campo gerado pela atividade neuronal (RAY, BOWYER, 2010).
Os efeitos magnéticos associados com sistemas biológicos são classificados em dois
grupos distintos: Aqueles onde a aplicação de um campo magnético afeta a atividade
biológica, como na navegação de pombos e abelhas, e aqueles onde o organismo por si
só é a fonte do campo. O primeiro grupo cai sobre a rubrica de “magnetobiologia”
enquanto o ultimo é um exemplo de “biomagnetismo” (WILLIAMSON, KAUFMAN &
BRENNER, 1979). Após anos de estudo, foi possível comprovar que a exposição de
organismos ou células a estes campos magnéticos é responsável por promover
alterações estruturais e funcionais (CAPRANI et al., 2008).
Rubik (2002) descreve o campo eletromagnético biológico (biocampo) como um campo
eletromagnético complexo e extremamente fraco originado do organismo vivo. O
biocampo é o objeto do presente estudo, que busca compreender a influência do
eletromagnetismo nos diversos processos fisiológicos do corpo humano, e traduzir as
informações obtidas pela medição destes campos em novas ferramentas diagnósticas.
A importância das glândulas encefálicas e suas alterações funcionais e estruturais é
percebida há muito tempo, conforme descreve FRAZIER, em 1913, a hipófise, de tal
modo situada profundamente na sela túrcica e envolta por estruturas de tal importância,
tais quais o seio cavernoso, o trato e o quiasma óptico e a artéria carótida interna foi por
muito tempo considerada um noli me tangere (não me toque) pelos cirurgiões, contudo,
devido as características acima e ao aumento constante de experimentos determinou-se
a vital importância deste órgão.
As estruturas encefálicas possuem uma íntima relação funcional e a
transmissão e processamento de informação no sistema nervoso
possuem característica de natureza estocástica (HINRIKUS, KARAI,
LASS e RODINA, 2009). Os autores seguem dizendo que os neurônios são guiados
com estímulos de processamento repetitivos idênticos em variação de tempo e o timing
dos potenciais de ação resultantes variam conforme os experimentos, uma vez que que
são múltiplos os fatores que contribuem para a variabilidade neuronal de experimento
para experimento uma vez que muitos eventos estocásticos estão trabalhando
simultaneamente nos neurônios em níveis biofísicos e bioquímicos e estes eventos
incluem, entre tantos, abertura e fechamento de canais iônicos, por exemplo
(HINRIKUS, KARAI, LASS e RODINA, 2009)
Keywords: Encéfalo, eletromagnetismo, RM, PET/SCAN, Pineal, Hipófise e Som.

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