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BROMA OU BROMATOS significa “dos alimentos” LOGOS significa

“ciência”
Portanto, pode-se definir Bromatologia como a ciência que estuda os
alimentos. É a ciência que permite conhecer:
-composição qualitativa e quantitativa;
- significado higiênico e toxicológico das alterações contaminações (como e
porque ocorrem e como evitá-las);
-qual tecnologia é mais adequada para tratar os alimentos e como aplicá-la;
- utilizar a legislação;
- segurança alimentar;
-proteção dos alimentos e do consumidor;
- quais métodos analíticos devem ser aplicados para determinar a
composição e a qualidade dos alimentos.
Então, a Bromatologia estuda os alimentos, sua composição química,
sua ação no organismo, seu valor alimentício e calórico, suas propriedades
físicas, químicas, toxicológicas e também adulterantes, contaminantes,
fraudes, etc.
A Bromatologia relaciona-se com tudo aquilo que, de alguma forma, é
alimento para os seres humanos, tem a ver com o alimento desde a
produção, coleta, transporte da matéria-prima, até a venda como alimento
natural ou industrializado.
Também deve verificar se o alimento se enquadra nas especificações
legais (detectar a presença de adulterantes e aditivos que são prejudiciais à
saúde), se a esterilização é adequada (contaminação nos alimentos), tipo e
tamanho de embalagens (rótulos, desenhos e tipos de letras e tintas
utilizadas). Enfim, tem a ver com todos os diferentes aspectos que
envolvem um alimento, com isso permitindo o juízo sobre a qualidade do
mesmo.
FUNÇÕES DOS ALIMENTOS
Basicamente, os alimentos apresentam três tipos de funções, são elas:
-ENERGÉTICA; PLÁSTICA; REGULADORA.
ENERGÉTICA: Uma das funções dos alimentos é a de fornecer energia (que
funciona como combustível) para exercermos as mais diversas atividades. A
função energética é desempenhada por:
-Carboidratos (cereais, massas, feculentos, doces);
-Lipídeos (óleos, margarinas, manteiga, banha, bacon, creme de leite);
PLÁSTICA: fornece material para construção e manutenção das diferentes
partes do corpo e a reparação dos tecidos, que diariamente, são perdidos
pelo suor, descamação da pele, cicatrização de ferimentos. Os alimentos
que exercem esta função são fontes de proteínas. As proteínas formam
todos os órgãos do nosso corpo, além dos anticorpos para a proteção contra
as doenças. plástica: As fontes de proteínas são:
-carnes de todos os tipos;
-leguminosas secas;
-ovos.
REGULADORA: Como próprio nome diz, este grupo tem a função de regular
o funcionamento do organismo, por exemplo:
-Facilitar a digestão e absorção dos alimentos.
-Proteger a pele, visão, dentes.
-Aumentar a resistência às infecções.
-Permitir o bom funcionamento intestinal.
Já a função reguladora é efetuada por vitaminas, sais minerais e
fibras. Muitas espécies químicas bromatológicas são tóxicas ao serem
ingeridas por pessoas diabéticas.
Dentro da Bromatologia, uma parte importante é a análise de
alimentos é uma área muito importante no ensino das ciências que estudam
alimentos, pois ela atua em vários segmentos do controle de qualidade, do
processamento e do armazenamento dos alimentos processados. A análise
de alimentos é uma área muito importante na Engenharia de Alimentos pois
é atuante em vários etapas da indústria de alimentos:
Controle de qualidade;
Fabricação;
Estocagem;
AS TRÊS ÁREAS QUE MAIS APLICAM A ANÁLISE DE ALIMENTOS SÃO:
Indústria;
Universidades e Institutos de Pesquisa;
Órgãos Governamentais;
INDÚSTRIA:
•Rígido Controle de Qualidade: - matéria-prima
-produto final

Matéria-prima: o valor depende de sua qualidade.


Produto Final: adequar às normas de qualidade aumentar o valor agregado.
Controle analítico em todas as etapas de processamento, inclusive no
produto final;
UNIVERSIDADES E INSTITUTOS DE PESQUISA:
Processos Analíticos são utilizados:
Pesquisa nova tecnologia analítica;
Pesquisa de novos produtos;
Controle de qualidade de produtos existentes;
ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS:
Processos Analíticos são utilizados:
Fiscalização e Controle de qualidade;
Padronização de novos produtos.

ANÁLISE DE ALIMENTOS—
Objetivo: determinar um componente específico ou vários componentes do
alimento; A determinação do componente deve ser feita através da medida
de alguma propriedade física:
Medidas de massa e volume;
Absorção de Radiação;
Medida de Potencial Elétrico.

“VALORES NUTRITIVOS DE ALIMENTOS DE SOJA”

A soja (Glycinehispida) é uma planta procedente do interior da China,


pertencente às Leguminosas. A soja, cultivado desde tempos remotíssimos
e que tem constituído e constitui o principal alimento de grandes massas
populacionais da Ásia oriental, alcançou também na Europa grande
importância como alimento e como remédio terapêutico.
COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA SOJA

A soja é muito rico em proteínas completas, gorduras e lecitinas,


embora não tenha amido, no que diz respeito aos hidratos de carbono. A
soja é um excelente e nutritivo alimento funcional. A soja pode ser adquirida
por kilo ou à granel, sendo de custo baixo. A partir dos grãos de soja podem
ser processados vários alimentos, como: a farinha de soja, o leite de soja, a
carne de soja, etc. Com quase os mesmos teores protéicos do leite de vaca,
uma das grandes vantagens do leite de soja é que pode ser consumido por
pessoas que apresentam intolerância a lactose.
Vantagens do leite de soja perante o leite de origem animalO leite de
soja não contém lactose. O leite de soja não contém colesterol. Outras
vantagens é que o leite de soja: possui 1/3 a menos de gordura e é rico em
ácidos graxos poli-insaturados.
A Soja, Carne Vegetal:

As proteínas da soja são completas, isto é, tal como acontece com as


da carne, ovos, leite e peixe, contêm todos os aminoácidos essenciais. A
soja não tem compostos purínicos, pelo que não dá lugar à formação de
ácido úrico, e este fator dá-lhe um valor dietético muito superior ao que têm
as proteínas da carne e do peixe.
Os produtos integrais da soja podem substituir perfeitamente e em
igual proporção a carne e os ovos, tanto na alimentação normal como nos
regimes dietéticos, o que tem extraordinário interesse. Assim, no
tratamento dietético das doenças tão características da nossa civilização
pelo uso excessivo da carne e dos ovos na alimentação como são as
doenças: do coração, a hipertensão a angina de peito, arteriosclerose, gota,
reumatismo, doenças dos rins e da pele, a soja substitui a carne e os ovos
nessa alimentação.
2. “MÉTODOS DE ANÁLISE”

Química bromatológica ou análise de alimentos estuda a composição


química dos alimentos, bem como suas características de aptidão para o
seu consumo.
Importante conhecer técnicas e métodos adequados que permitam
conhecer a composição centesimal dos alimentos, ou seja, determinar o
percentual de umidade, proteínas, lipídeos, fibras, carboidratos, que
permitam o cálculo do volume calórico do alimento.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES

ALIMENTOS: “toda a substância ou mistura de substância, que ingerida


pelo homem fornece ao organismo os elementos normais à formação,
manutenção e desenvolvimento”. Outra definição seria aquela que diz que
alimento “é toda a substância ou energia que, introduzida no organismo, o
nutre. Devendo ser direta ou indiretamente não tóxica”.

ALIMENTOS SIMPLES: São aquelas substâncias que por ação de enzimas


dos sucos digestivos são transformadas em metabólitos (açúcares, lipídios,
proteínas).

ALIMENTOS COMPOSTOS: São substâncias de composição química


variada e complexa, de origem animal ou vegetal, ou formada por uma
mistura de alimentos simples (leite, carne, frutas, etc).
METABÓLITOS: são os alimentos diretos, ou seja, são substâncias
metabolizadasdepois de sua absorção (água, sais, monossacarídeos,
aminoácidos, ácidos graxos).

ALIMENTOS APTOS PARA O CONSUMOS: São aqueles que respondendo


às exigências das leis vigentes, não contém substâncias não autorizadas
que constituam adulteração, vendendo-se com a denominação e rótulos
legais. Também são chamados de alimentos GENUÍNOS.
Alimentos NATURAIS são aqueles alimentos que estão aptos para o
consumo, exigindo-se apenas a remoção da parte não comestível (“in
natura”).
A diferença entre alimentos genuínos e naturais radica em que sempre os
alimentos genuínos devem estar dentro das regulamentações da lei; no
entanto, nem sempre o alimento natural pode ser genuíno, como por
exemplo uma fruta que está com grau de maturação acima da maturação
fisiológica permitida.
ALIMENTOS NÃO APTOS PARA O CONSUMO: São aqueles que por
diferentes causas não estão dentro das especificações da lei. Podem ser:

a) ALIMENTOS CONTAMINADOS: são aqueles alimentos que contém agentes


vivos (vírus, bactérias, parasitas, etc.) ou substâncias químicas minerais ou
orgânicas (defensivos, metais pesados, etc.) estranhas à sua composição
normal, que pode ser ou não tóxica, e ainda, componentes naturais tóxicos
(sais como nitratos, etc.), sempre que se encontrem em proporções maiores
que as permitidas.
b) ALIMENTOS ALTERADOS: são os alimentos que por causas naturais, de
natureza física, química ou biológica, derivada do tratamento tecnológico
não adequado, sofrem deteriorações em suas características
organolépticas, em sua composição intrínseca ou em seu valor nutritivo.
Como exemplo de alimentos alterados temos o odor característico da carne
início do estágio de decomposição, o borbulhar do mel (fermentação), ou
latas de conservas estufadas (enchimento excessivo ou desenvolvimento de
microorganismos).
c) ALIMENTOS FALSIFICADOS: São aqueles alimentos que tem aparência e
as características gerais de um produto legítimo e se denominam como
este, sem sê-lo ou que não procedem de seus verdadeiros fabricantes, ou
seja, são alimentos fabricados clandestinamente e comercializados como
genuínos (legítimos). Pode acontecer que o alimento falsificado esteja em
melhores condições de qualidade que o legítimo, mas por ser fabricado em
locais não autorizados ou por não proceder de seus verdadeiros fabricantes,
é considerado falsificado e, portanto, não apto ao consumo.
d) ALIMENTOS ADULTERADOS: São aqueles que tem sido privado, parcial ou
totalmente, de seus elementos úteis ou característicos, porque foram ou
não substituídos por outros inertes ou estranhos. Também a adição de
qualquer natureza, que tenha por objetivo dissimular ou ocultar alterações,
deficiências de qualidade da matéria-prima ou defeitos na elaboração, que
venham a constituir adulteração do alimento.
A adulteração pode ser por acréscimo de substâncias estranhas ao
alimento (por exemplo água no leite ou vísceras em conservas de carnes,
amido no doce de leite, melado no mel), por retirada de princípios ativos ou
partes do alimento (retirada da nata do leite ou cafeína do café) ou por
ambas as simultaneamente.

Existem dois tipos de métodos em análise de alimentos:


CONVENCIONAIS; INSTRUMENTAIS.
CONVENCIONAIS: não necessitam de equipamentos sofisticados, apenas
vidraria e reagentes.Ex: Gravimetria e Volumetria
INSTRUMENTAIS: equipamentos muito sofisticados.Sempre que possível
devem ser usado ao invés dos métodos convencionais.
Os métodos convencionais só devem ser usados:
Alto custo de equipamentos;
Não existe equipamento disponível para análise;
Quando houver um método convencional oficial;
Métodos Convencionais apresentarem resultados melhores do que os
instrumentais; (RARO)
Controle de qualidade de rotina;
Fiscalização;
Pesquisa.
Pode-se classificar três tipos de aplicações em análise de
alimentos:
Controle de qualidade de rotina: matéria-prima, produto acabado e etapas
do rocessamento. Nesse caso, utiliza-se métodos instrumentais poisão mais
rápidos.
Fiscalização: verificar o cumprimento da legislação vigente. Utilizam-se
métodos analíticos oficiais que sejam precisos e exatos.
Pesquisa: desenvolver ou adaptar métodos de análise que sejam precisos,
exatos, sensíveis, rápidos, eficientes, simples e de baixo custo na
determinação de um componente do alimento.

Escolha do Método Analítico

Escolher o método de análise correto é importante, pois os alimentos são


amostras muito complexas, onde vários componentes podem estar
interferindo entre si.

Fatores que devem ser considerados na escolha do método


analítico:

Quantidade Relativa do Componente Analisado;


Exatidão Requerida;
Composição Química da Amostra;
Recursos Disponíveis;
Quantidade Relativa do Componente Analisado: os componentes
podem ser classificados em relação ao peso total da amostra como:
-Maiores (mais que 1 %);----- Convencionais
-Menores (0,01 –1%);---- Instrumentais
-Micros (menos de 0,01%);---- Instrumentais
-Traços (ppm e ppb).
37/45
Exatidão Requerida:
-Métodos Convencionais podem alcançar 99,9% de exatidão qdoo composto
analisado é >que 10%;
-Para compostos em quantidade menores que 10% deve-se usar métodos
instrumentais.
Composição Química da Amostra:
-Se a amostra para analisar for muito complexa, ou seja, tiver muita
presença de interferentes.
-Será necessária um processo prévio de Separação ou Extração do
componente a ser analisado.
Recursos Disponíveis: muitas vezes não é possível o uso do melhor
método de análise,
escolha limitada devido a altos custos :
-equipamentos;
-reagentes;
-mão-de-obra qualificada e especializada;
Esquema Geral para Análise Quantitativa

Amostragem: conjunto de operações para se obter uma quantidade


pequena de amostra para análise, porem que represente corretamente
todo a amostra. A dificuldade durante a amostragem depende da
homogeneidade da amostra.
Sistema de Processamento da Amostra: tratamento que a amostra
necessita antes da análise.
Ex: Moagem de sólidos ou filtração de partículas
Reações Químicas ou Mudanças Físicas: preparam o extrato para
análise. Geralmente componente a ser analisado é extraído com solventes
ou atacado com ácidos.Os reagentes envolvidos nesta etapa devem ser de
fácil remoção ou não devem interferir nos passos
seguintes.
•Separações: eliminação de substâncias interferentes na análise.
Existem 2 maneiras de eliminar uma substância interferente:Transformação
em inócua
(oxidação). Isolamento físico em uma fase separada (cromatografia).
Medidas: avaliação da quantidade relativa do componente analisado na
amostra.
Processamento de Dados e Avaliação Estatística: resultado da análise
expresso de forma clara e apropriada com indicação de seu grau de
incerteza.
Ex: Médias, Desvios e Coeficientes de variação.

Os resultados de uma análise quantitativa só tem o valor que dela se


espera, se a porção
analisada (amostra) representar com exatidão a composição média do
material em estudo.
A quantidade de amostra analisada é relativamente pequena em
comparação com a
totalidade do material em estudo.
Qual a definição de amostra?
Amostra é “uma porção limitada do material tomada do conjunto (universo,
terminologia da Estatística) selecionada de maneira a possuir as
características essenciais do conjunto.
O que é o processo de amostragem?
O processo de amostragem é a série de etapas operacionais especificadas
para assegurar que a amostra seja obtida com a necessária condição de
representatividade Os fatores mais importantes ao se fazer uma
amostragem são:
Finalidade da Inspeção;
Natureza do Lote;
Natureza do Material em Teste;
Natureza dos Procedimentos de Teste;
Finalidade da Inspeção: avaliação da qualidade média e determinação da
uniformidade
de um produto ou alimento;
Natureza do Lote: tamanho, divisão em sublotes e se o produto está a
granel ou embalado;
Natureza do Material : homogeneidade, custo, tamanho unitário e
história prévia;
Natureza dos Procedimentos: significância, procedimentos destrutivos
ou não-destrutivos,
tempo e custo das análises

A amostra é obtida por incrementos recolhidos segundo critérios


adequados.
A reunião dos incrementos forma a “amostra bruta”.
A amostra de laboratório é o resultado da redução da amostra bruta
mediante operações conduzidas de maneira a garantir a continuidade da
condição de representatividade da amostra.
A amostra para análise é uma porção ainda menor da amostra de
laboratório, e deve ser
suficientemente homogeneizada para poder ser pesada e submetida à
análise.
O processo de amostragem compreende três etapas principais, que são:
a) Coleta da Amostra Bruta;
b) Preparação da Amostra de Laboratório;
c) Preparação da Amostra para Análise;
a) Coleta da Amostra Bruta: idealmente, a amostra bruta deve ser uma
réplica, em
tamanho reduzido, do universo considerado, no que diz respeito tanto à
composição como
à distribuição do tamanho da partícula.
Amostras Fluidas: líquidas e pastosas homogêneas devem ser coletadas em
incrementos com o mesmo volume, de vários pontos de coleta no
recipiente. Sempre após agitação e homogeneização.
Ex:
No Topo
No Meio
No Fundo
Amostras Sólidas: cujos constituintes diferem em textura, densidade e
tamanho de
partículas devem ser moídas e misturadas
Quantidades
No caso de embalagens únicas ou pequenos lotes, todo o material pode ser
tomado como amostra bruta.
Para lotes maiores, a amostragem deve compreender de 10 a 20% do
número de embalagens contido no lote, ou de 5 a 10% do peso total do
alimento a ser analisado.
Em caso de lotes muito grandes, toma-se a raiz quadrada do número de
unidades do lote. Uma
fórmula geral para coleta da amostra bruta é: n c N . = onde, n:
população; c: fator ligado ao grau de precisão e homogeneidade da amostra
(c < 1 p/ pop. Homogênea e c > 1 p/ pop. heterogênea); N: número de
unidades;

Principais Fatores Considerados na Amostragem A característica marcante


dos alimentos é a sua composição muito variável.Alimentos frescos de
origem vegetal têm composição mais variada que os alimentos frescos de
origem animal.
Frutas e Vegetais da mesma variedade podem ter composições diferentes,
ou a composição pode variar mesmo após a colheita.Essas modificações
pós-colheita são maiores nas
frutas e vegetais que possuem mais umidade do que, por exemplo, cereais.
Fatores que influenciam na composição de alimentos de origem
vegetal são:
-Constituição Genética: variedade
- Condições de Crescimento: solo, clima, irrigação, fertilização, temperatura
e insolação.
- Estágio de Maturação;
-Estocagem: tempo e condições;
- Parte do Alimento: casca ou polpa;
Fatores que influenciam na composição de alimentos de origem
animais são:
Conteúdo de Gordura;
Parte do Animal;
Alimentação do Animal;
Idade do Animal;
Raça;
Fatores que influenciam na pós-colheita são:
- Perda ou Absorção de Umidade;
- Perda dos Constituintes Voláteis;
- Decomposição Química e Enzimática: vitaminas e pigmentos;
-Oxidação causada pela Aeração durante a Homogeneização;
-Remoção de Materiais Estranhos;
- Ataque por Microrganismos com Deterioração das Amostras;
- Contaminações: traços de metais por erosão mecânica nos moedores
B) PREPARAÇÃO DA AMOSTRA DE LABORATÓRIO: A amostra bruta é
freqüentemente grande
demais para ser convenientemente trabalhada no laboratório e deve ser
reduzida.
A redução vai depender do tipo de produto a ser analisado e da análise.
1)Alimentos Secos: em pó ou granulares;
A redução pode ser feita manualmente ou por meio de equipamentos;
Manualmente
•Colocar a amostra sobre uma superfície plana, como uma folha de papel
ou tecido, dependendo do tamanho da amostra.
•Misturar bem e espalhar, formando um quadrado.
Dividir o quadrado em quatro quadrados menores:A, B, C e D.
•Os quadrados B e C são rejeitados.
A e D são misturados e novamente espalhados formando um novo quadrado
EFGH.
•Como anteriormente, desprezar os quadrados E e H e misturar F e G.
Continuar com este procedimento até chegar ao tamanho ideal da amostra.
Equipamentos
Amostrador tipo Riffle: joga-se a amostra com uma pá e ela se dividirá em
canaletasalternadas,
sendo coletadas em duas caixas, em porções iguais.
O material de uma das caixas é reservado e o da outra é descartado.Esse
procedimento pode
ser repetido até chegar a uma quantidade adequada de amostra.
Amostrador tipo Boerner: amostra é colocada num funil e cai pelas laterais
de um cone. Na base do cone existem 3 aberturas e por aí a amostra caí
num outro cone com 36 canais separados, que alternadamente despejam
amostras em 2 caixas, em quantidades iguais.
O material de uma das caixas é reservado e o da outra é descartado.
O processo pode ser repetido quantas vezes forem necessárias até obter o
tamanho ideal da amostra
2) Alimentos Líquidos: misturar bem o líquido no recipiente por agitação,
por inversão e por
repetida troca de recipientes.Retirar porções de líquido de diferentes partes
do recipiente: do fundo, do meio e de cima, misturando as porções no final.
3) Alimentos Semi-Sólidos: as amostras devem ser raladas e depois pode
ser usado o quarteamento, como no caso de amostras em pó ou
granulares.Ex: Queijos duros
Chocolate
5)Alimentos Semiviscosose Pastosos (pudins e molhos) e alimentos líquidos
contendo sólidos (compotas de frutas e enlatados em geral): as amostras
devem ser picadas em liquidificadores, misturadas e as alíquotas retiradas
para a análise. Deve-se tomar cuidado com molhos de saladas (emulsões),
que podem ser separados em 2 fases durante o uso do liquidificador.
O que são emulsões?
É a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa)
encontra-
se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua),
formando uma mistura estável.
Ex: manteiga e margarina, maionese, café expresso
6) Alimentos com emulsão: as amostras devem ser aquecidas a 35ºC num
frasco com tampa, que depois é agitado para homogeneização. A partir daí,
são retiradas as alíquotas necessárias para análise.
Ex: manteiga e margarina.
7)Frutas: as frutas grandes devem ser cortadas ao meio nos sentidos
longitudinal e transversal, de modo a reparti-las em 4 partes. Duas partes
opostas devem ser descartadas, e as outras duas devem ser juntadas e
homogeneizadas em liquidificador. As frutas pequenas podem ser
simplesmente homogeneizadas inteiras no liquidificador.

c) Preparação da Amostra para Análise: A redução da amostra bruta já é


uma etapa de preparo da amostra para análise. Existem outros fatores com
grande importância a serem considerados, por exemplo, contaminações e
mudanças na composição da amostra durante o preparo para a análise.
O tipo de preparo da amostra vai depender da sua natureza e do método
analítico escolhido.
Para a extração de um componente da amostra, muitas vezes é necessária
uma preparação
prévia, a fim de se conseguir uma extração eficiente do componente em
estudo.
Ex: desintegração prévia da amostra com ácidos.

O preparo da amostra por desintegração pode ser feita de 3


maneiras:
Desintegração Mecânica;
Desintegração Enzimática;
Desintegração Química.
Desintegração Mecânica: A moagem de alimentos secos é feita
principalmente num moinho do tipo Wiley, que é um moinho de
martelo.Para amostra úmidas, a desintegração pode ser feita em moedores
do tipo para carnes, em liquidificadores ou processadores.
Moinho de Wiley
Pertence à família de moinhos de corte. No moinho, o material é colocado
em pedaços em um funil, o material cai porgravidade no caminho de um
conjunto de lâminas de aço impulsionado por um motor elétrico.
Essas facas giratórias trabalham contra facas estacionárias e o pó
resultante é forçado através de uma tela de aço, caindo em um recipiente.
Comumente usado na agricultura e em ciência do solo.
Desintegração Enzimática: É útil em amostras vegetais com o uso de
celulases. Protease e
carboidratases são úteis para solubilizar componentes de alto peso
molecular (proteínas e
polissacarídeos) em vários alimentos.
Desintegração Química: Desintegração por vários agentes químicos (uréia,
piridina, detergentes sintéticos, etc.) também podem ser usados na
dispersão ou solubilização dos componentes dos alimentos.

2.5. “Erros de Medidas”


2.6. “Exatidão e Precisão”
O erro nas medidas é um dos pontos críticos em um laboratório de análise,
estão resumidos a seguir os outros pontos críticos de controle de qualidade:
•Coleta e Preparação da amostra;
•Método de Análise;
•Instrumentação;
•Analistas;
Os erros de medida podem ser de duas categorias distintas:
•Erros Determinados;
•Erros Indeterminados ou Sistemáticos;
Erros Determinados
São os erros que possuem valores definidos, podendo ser medidos e
quantificados no resultado final.
Esses erros podem ser relacionados como:
•Erros de Método;
•Erros Operacionais;
•Erros Pessoais;
•Erros devidos a Instrumentos e Reagentes.
•Erros de Método: escolher um método errado para determinada análise;
Erros Operacionais:-Erros de leitura de medidas instrumentais ou medidas
volumétricas;
-Erros de preparação de padrões;
-Erros durante a amostragem;
-Erros em diluições;
-Erros devidos à limpeza deficiente da vidraria utilizada;
•Erros Pessoais:
-Identificação imprópria da amostra;
-Falhas em descrever observações e informações importantes;
-Falhas em seguir as direções do método;
Erros no registro desses dados, tais como: transposição dos dígitos,
localização incorreta do ponto decimal, inversão do numerador e do
denominador, etc
-Erros de cálculo dos resultados;
-Erros na interpretação dos resultados;
--Erros devido a Instrumentos e Reagentes:
-Erros devido ao uso de reagentes impuros e de má qualidade;
-Erros devido à não calibração adequada e aos próprios erros inerentes aos
equipamentos;

Erros Indeterminados ou Sistemáticos;


São os erros que não possuem valor definido e, portanto, não podem ser
medidos, não podem ser localizados e corrigidos.
Esses erros sistemáticos podem ser submetidos a um tratamento
estatístico que permite saber qual o valor mais provável e também a
precisão de uma série de medidas, pois devem seguir uma distribuição
normal.

2.6. “Exatidão e Precisão”


Confiabilidade dos Resultados e Tratamentos Estatísticos A confiabilidade
dos resultados em um método analítico vai depender de vários fatores,
como:
•especificidade;
•exatidão;
•precisão;
•sensibilidade;

Especificidade
Está relacionada com a propriedade do método analítico de medir o
composto de interesse
independentemente da presença de substâncias interferentes quando o
método é específico, o interferente não será computado com o composto de
interesse ou poderá ser descontado.
Para descontar o interferente do composto analisado, é importante saber
como o efeito da
substância interferente está sendo adicionado à medida de interesse.

Confiabilidade dos Resultados e Tratamentos Estatísticos


A confiabilidade dos resultados em um método analítico vai depender de
vários fatores, como:
•especificidade;
•exatidão;
•precisão;
•sensibilidade;
Exatidão
Mede quão próximo o resultado de um dado método analítico se encontra
do resultado real previamente definido. A exatidão de um método pode ser
medida de duas maneiras.
No primeiro caso, determina-se a porcentagem de recuperação do
composto de interesse que foi adicionado à amostra nua quantidade
previamente conhecida.
Outra maneira de verificar a exatidão de um método é comparar os seus
resultados com aqueles obtidos por outros métodos analíticos já definidos
como exatos.
Precisão
De um método é determinada pela variação entre vários resultados obtidos
na medida de um
determinado componente da mesma amostra. Isto é, é o desvio padrão
entre as várias edidas e as média.
O que é média?
É definida como a soma das n medidas dividida por n

Onde: x = média; x1,x2,x3,xn = medidas analíticas; n = nº de medidas.


Desvio Padrão
O desvio padrão pode ser medido de dois modos.

Precisão
Outra maneira de medir precisão é através da determinação do coeficiente
de variação, que é
definido por:
Sensibilidade
É a menor quantidade do componente que se consegue medir sem erro. Em
análise instrumental, a razão entre o sinal e o ruído deve ser de (2:1).
A sensibilidade pode ser aumentada de duas maneiras:
-Aumentando a resposta da medida; (Ex: numa medida colorimétrica,
podemos usar reagentes colorimétricosque forneçam maior absorção da
radiação);
-Aumentando o poder de leitura do equipamento, em análise instrumental;

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