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Muitomaisautonomianoensinopúblico
Nas escolas vivem‐se hoje tempos de desmotivação. Intrinsecamente
relacionado com estadesmotivação, um total centralismo na tomada
das decisões, desde a definição do currículo, à definiçãodostempos
lectivos.
Assim,oCDSdefendeoreforçoveementedaautonomiadasescolasparaque
estassepossamabriraprojectoseducativosdiferenciados,nacondiçãode
estargarantidoumcustoequivalente.Paraqueo sistema não seja
monolítico e de pensamento único, é essencial estimular o talento (e
a sua
profissionalização)ondequerqueseencontre.
Serádadaapossibilidade,àsescolas,noâmbitodasuaautonomia,de
tomaremassuasopções,dopontodevistacurricularepedagógico,
obviamentedentrodealgunslimites.
É também no âmbito desta autonomia que o CDS defende a criação
de bolsas de empréstimo demanuaisescolares.
A autonomia das escolas é a condição da identidade dos projectos
educativos. A celebração decontratos de autonomia no ensino público
estancou. É tempo de voltar a acreditar na autonomiaescolar.
O CDS é favorável a uma forte descentralização de competências
escolares, para os municípiosenvolvidos activamente na comunidade
educativa; porém, não consideramos desejável que asautarquias
designemasdirecçõesescolares.
Defesaintransigentedaautoridadedoprofessor
Seafamílianãopodedesinteressar‐sedaeducação,naescolaaautoridadeé
doprofessor,temdeserrespeitadaevalorizada.Oprofessoréorostoda
escolaeéporissoqueadirecçãodaescoladeveserdesempenhadaporum
professor,emboranãodevasereleitaapenasporprofessores.
A autoridade do professor tem de ser claramente defendida no
Estatuto do Aluno, em que o CDSconseguiualgumasmelhorias.Este
Estatuto,quedeveter(eháanosquenãotem),umalinguagemsimples,
clara e consequente, tem de garantir valores decisivos como a
assiduidade, pontualidade,
esforço,mérito,disciplina,respeitopessoalepatrimonial.
Pelaexigêncianaescola,examesnacionaisnosfinaisdeciclo
O sistema de ensino e aprendizagem que vigora entre nós – e dura
há já demasiado tempo – é,conceptualmente,minimalistanaexigência.
Mantémumprocessode“avaliação”redutoreperverso.
A avaliação deve ser condição “sine qua non” em todo o sistema
educativo: escola, directores,
professores,alunos,programasemanuaisescolares.
Estaavaliaçãodeverátornar‐seumapráticaregular,comcritérios
objectivosedivulgadosjuntodacomunidadeeducativa,premiandoo
esforçoeovaloracrescentadointroduzido.Édesalientarqueaavaliaçãodos
alunosseráfeitaatravésdaintroduçãodeexamesnacionaisnosfinais dos
ciclos de escolaridade, produzidos pelo sistema “banco de perguntas”.
Não se pode
esperar ter uma cultura de mérito, exigência, qualidade e rigor na
sociedade se estes valoresestiveremausentesdoensino. Éporissoque
elestêmqueserapeçacentraldosistemaeducativo.
Professores:umaavaliaçãoinspiradanomodeloParticulare
Cooperativo
Foidemasiadolonga,duroudemasiadotempoeteveescassosresultadosa
conflitualidadesobreaavaliaçãodeprofessores.OCDSquerpazeexigência
nasescolaseéoúnicopartidoqueassumiu,frontalmente,quetinhaum
modelodeavaliaçãoalternativo,inspiradonaquelequeestáemvigorno
EnsinoParticulareCooperativoequefoisubscritoporempregadorese
sindicatos.
Essemodelotemassinaláveisvantagens.Nãoperturbaoanoescolar:o
documentodeavaliaçãoéentreguenofinaldeJunho.Nãoéburocrático,mas
éexigente.Aavaliaçãoéhierárquica–direcçãopedagógica – o que evita
que avaliador e avaliado concorram entre si, ou insuficiências de
preparaçãodoavaliadorparaadisciplinaemconcreto.Osistematemuma
arbitragem,emcasodedivergênciagraveentreoavaliadoreoavaliado.Está
concluídoantesdoiníciodonovoanoescolarecontaparaacarreira.
Omodelonãoédecalcávelmas–comoinspiração–éumbompontodepartida
paraumaquestão
que deve ser resolvida no início do próximo Governo, tendo em
atenção as diversas situações
jurídicasjáponderadas.
Maisportuguêsematemática,ensinoprofissionalmaiscedo
Temqueserfeitatambémumarevisãocurricular,nãoessencialmentepor
razões financeiras,masporredefiniçãodeumaestratégiadeconteúdosque
preparerealmenteosalunosparaainserçãonomercadodetrabalho.
Tal deve incluir a estrutura curricular nos 2º e 3º ciclos de
escolaridade, concentrando asaprendizagens dos alunos em torno de
um núcleo de disciplinas estruturantes; o reforço da cargahoráriodas
disciplinasdeportuguêsematemáticanoensinobásico;emcontrapartida,a
eliminaçãodaáreadeprojectoedeestudoacompanhado;eaintroduçãode
cursosprofissionaismaiscedo,no3ºciclodeescolaridade.
O CDS nãoé favorável a cargas horárias excessivas, pelo que o
doseamento tem de ser feito comcuidado.OCDStambémnãoéfavorável
aaulasexageradamentelongas(porexemplo,90minutos),
Emdefesadoscontratosdeassociação
Somosfirmesdefensoresdaliberdadedeensino,edefendemosacriação,de
formafaseada,deumarededeescolasdeofertapública,constituídapor
todasasescolasestataisenãoestataisqueaelaqueiramaderirsobaformade
contratodeassociação,comfinanciamentodevalorigualporturma,do
mesmograuenível,nosdoistiposdeestabelecimentos.
O financiamento público da educação deverá colocar sempre todos os
alunos em igualdade decondições, sem discriminar os alunos das
escolas públicas e os das associativas, porque eles sãocidadãos iguais
em direitos e têm a liberdade constitucional de escolher a escola sem
por isso
poderemserpenalizados.
Os números demonstram que o ensino produzido nas escolas com
contrato de associação é bom(basta consultar os “rankings”), tem a
satisfação das famílias, proporciona emprego e serve uma
percentagemelevadíssimadealunosmaiscarenciados.OCDS
compromete‐secomaestabilidadeeaconsistênciadestacontratualização