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GUIA DE

ARBORIZAÇÃO
URBANA

Diretoria de Gestão de Ativos


Departamento de Planejamento dos Investimentos
Unidade de Meio Ambiente
2002

Grupo IBERDROLA
2 Guia de Arborização Urbana

Presidente
Ignacio Lázaro

Diretor de Gestão de Ativos


Moisés Afonso Sales Filho

Departamento de Planejamento dos Investimentos


Adolfo Lopez Tejido

Unidade de Meio Ambiente


Sandra Neusa Marchesini Ferreira
Todas as atividades humanas, de alguma forma, interagem e
interferem no meio ambiente, na economia e na sociedade. A Coelba,
concessionária do serviço público de distribuição de energia elétrica no
estado da Bahia, sente-se comprometida com o desenvolvimento
sustentável de nosso estado, já tendo explicitado publicamente este
sentimento quando divulgou sua Política Ambiental, que tem como
princípio básico: “compromisso com a preservação do meio ambiente
e a melhoria contínua do seu desempenho ambiental”.

A elevada concentração humana, no meio urbano, sugere particular


atenção. Neste meio, onde oportunidades econômicas e culturais se
estabelecem, as concessionárias de energia elétrica prestam serviço
público essencial, utilizam e disputam espaços físicos e econômicos
e interagem com o meio ambiente.

A arborização e as redes elétricas compõem a paisagem urbana.


Nela convivem, embora isso nem sempre ocorra sem conflitos.
Interrupções de suprimento de energia, causadas por árvores,
ou danos às árvores, devido a podas inadequadas, não são incomuns.

Guia de Arborização Urbana 3


4 Guia de Arborização Urbana

Um estudo contratado pela Coelba identificou como principais


causas de conflitos: o uso de espécies inadequadas, o não-atendimento
de alguns princípios técnicos básicos, a inexistência de Planos
Municipais de Arborização e, principalmente, a falta de comunicação
sistemática entre os vários agentes do meio urbano - as empresas,
poderes públicos municipais e a comunidade.

Com a publicação deste guia, a Coelba espera contribuir para


incentivar o debate e uma ação mais harmônica dos vários agentes
sociais, na busca de melhor qualidade de vida nas cidades,
estimulando a melhoria da arborização urbana, a preservação de
referenciais regionais, com a valorização de espécies nativas e
viabilizando o acesso da população à energia elétrica com qualidade
e custos compatíveis com as necessidades locais.

Moisés Afonso Sales Filho


Diretor de Gestão de Ativos
O Projeto de Empresa concebido para a Coelba, imediatamente após a
sua transferência para a gestão privada, deu destaque ao compromisso com
as questões ambientais e, para a sua consecução, têm sido desencadeados
programas orientados para o alcance gradual de melhorias ambientais em
todas as suas atividades. Esses programas normalmente iniciam-se com a
redefinição de conceitos, seguem com o desenvolvimento ou aperfeiçoamento
de técnicas, métodos e tecnologias, e se consolidam com a redefinição de
relacionamentos, padrões e procedimentos.

Neste contexto, o ambiente urbano e sua arborização destacam-se


como prioridade. A Coelba entende a arborização como um
patrimônio ambiental de todos e um fator de valorização e de
promoção da qualidade de vida e que, tanto quanto as redes elétricas,
constitui elemento vital para a sociedade contemporânea.

Os parques e vias públicas, que concedem personalidade própria às


cidades, constituem o ambiente onde as redes elétricas e a arborização
convivem e constituem corredores de acesso nos quais disputam espaço
entre si, com redes telefônicas, de água, sinalizações, iluminação
pública, trânsito de veículos e pedestres. Nesta disputa podem surgir
conflitos, cuja solução requer cooperação e conjugação de esforços dos
poderes públicos, das instituições privadas e da comunidade.

Guia de Arborização Urbana 5


6 Guia de Arborização Urbana

Este guia representa mais um passo do compromisso com a melhoria do


ambiente urbano e dá seqüência aos esforços iniciados com o Projeto de
Pesquisa e Desenvolvimento “Vegetação Nativa Adequada à Convivência
com Redes Elétricas”, o qual enfatizou, dentre suas recomendações, a
necessidade de maior cooperação e interação da Coelba com a comunidade
e suas instituições.

A ênfase na vegetação nativa representa uma contribuição no sentido da


melhoria da biodiversidade e da valorização de referenciais ecológicos
e paisagísticos que vêm se perdendo, possivelmente pela importação de
padrões, devido à falta de informações e pesquisa da flora regional.

São destacados, de forma geral, aspectos importantes para a melhoria


da qualidade da arborização urbana, da sua convivência com as redes
elétricas e são recomendadas espécies arbóreas nativas com boa
adaptação ao meio urbano.

A Coelba espera, com esta publicação, contribuir para a difusão de


conhecimentos e fortalecer a comunicação com os poderes públicos e com
a população e, assim, incentivar a expansão ordenada da arborização
e das redes elétricas para a melhoria do meio ambiente, da estética, da
segurança e da qualidade de vida no meio urbano.

Sandra Neusa Marchesini Ferreira


Gestora da Unidade de Meio Ambiente
SUMÁRIO

Arborização Urbana x Energia Elétrica 9


Conflitos 9
Alternativas tecnológicas 10
Adequação da espécie 12
Os tipos de vegetação da Bahia 13
Mata Atlântica 14
Cerrado 18
Caatinga 22
Restinga Litorânea 26
Mapa da vegetação do Estado da Bahia 30
Como planejar a arborização urbana 31
Áreas urbanas desprovidas de arborização e energia elétrica 32
Canteiro central 35
Praça 36
Compatibilização da arborização com a rede elétrica 37
Porte das árvores e formas das copas 39
Como escolher a árvore adequada 40
Características biológicas das espécies 42
Plantio e manutenção de mudas 44
Glossário 51
Bibliografia 54

Guia de Arborização Urbana 7


ARBORIZAÇÃO URBANA X ENERGIA ELÉTRICA

A arborização, assim
como os demais
componentes urbanos de
uma cidade, disputa
espaço físico e recursos
para a sua manutenção.
CONFLITOS
Apesar dos inúmeros benefícios que proporciona ao ambiente, a presença da
arborização no meio urbano não é isenta de conflitos. A arborização, assim como
os demais componentes urbanos de uma cidade, disputa espaço físico e recursos
para a sua manutenção.

Alguns dos conflitos mais comuns entre as redes elétricas e a arborização urbana:
n Impacto nos fios elétricos - contato de galhos com condutores nus,
provocando curtos-circuitos e impondo desligamento da rede pelo sistema de
proteção;
n Impacto na arborização - podas efetuadas para evitar contato das árvores
com a rede, provocando mutilações que afetam a estética ou comprometem as
condições fitossanitárias das árvores;

Arborização Urbana x Energia Elétrica 9


10 Guia de Arborização Urbana

n Impacto nas redes subterrâneas - os equipamentos posicionados


abaixo do nível do solo, como as redes subterrâneas de eletricidade, água,
esgoto, telefonia e gás, devem ser mapeados para orientar o plantio da
espécie adequada. Neste caso, as árvores devem possuir raízes profundas,
evitando o uso de espécies que possuam um sistema radicular superficial,
como é o caso do gênero Ficus e Clitoria, pois suas raízes podem causar
obstrução e rompimento dos dutos e danificar as calçadas.

ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
As redes primárias aéreas podem adotar
diferentes tecnologias, cuja escolha é,
normalmente, condicionada por fatores
técnicos, econômicos, ambientais ou
urbanísticos, a saber:
n Convencionais: com cabos condutores nus
ou com cobertura protetora;
n Compactas protegidas: com cabos
condutores cobertos;
Rede compacta n Isoladas ou multiplexadas: com cabos
“spacer cable” condutores isolados e encordoados.

A instalação de cobertura protetora em


trechos de redes com condutores nus constitui
uma forma simples de reduzir interferências
da vegetação urbana sobre as redes elétricas,
pois evita que o toque de galhos de árvores
provoque interrupções de suprimento. A
desvantagem desta alternativa é a exigência de
área de poda semelhante à requerida para as
redes com condutores nus.

Cabo multiplexado
As redes compactas com cabos protegidos constituem uma solução tecnológica
que permite uma melhor convivência com a arborização, pois permitem toques
eventuais de galhos de árvores sem provocar desligamentos da rede elétrica.
Exigem menor freqüência de podas e requerem menor área de poda em
comparação com as redes nuas ou redes convencionais protegidas por
coberturas. Apresentam menor impacto visual do que as redes convencionais e
boa adequação para implantação em ruas estreitas. Apesar do maior preço
inicial, em função do seu desempenho e qualidade, estas redes em muita
situações apresentam uma melhor relação custo-benefício ao longo do tempo,
devido à economia nas atividades de poda, operação e manutenção.
Gradativamente, as redes primárias compactas protegidas vêm sendo utilizadas
em locais de conflito com a arborização em substituição às redes com Substituição da rede
condutores nus, com ótimos resultados. convencional por rede
compacta

Segundo o padrão atual, as redes secundárias são totalmente isoladas,


fazendo uso de cabos multiplexados. Estes cabos também são utilizados
para redes primárias em situações especiais, devido ao custo ser mais alto.

No Corredor da
Vitória, em Salvador,
há árvores centenárias
que convivem com
“spacer cable” em
harmonia

Corredor da Vitória

Arborização Urbana x Energia Elétrica 11


12 Guia de Arborização Urbana

ADEQUAÇÃO DA ESPÉCIE
A situação mais freqüente em áreas urbanas é a presença de espécies arbóreas
inadequadas para a convivência com as redes elétricas e impróprias para o passeio
urbano, exigindo do município e da concessionária de energia dedicação especial
na realização de podas periódicas, pois estas, quando conduzidas de forma
inadequada, podem comprometer a sanidade, o vigor e a estética das árvores.

Gameleira nas margens Existem alternativas para evitar situações de conflito com a arborização, tais
do Dique de Tororó, em
como: usar luminárias suspensas para a iluminação pública e substituir as árvores
Salvador
inadequadas ou que estejam com sua vitalidade comprometida. Essa substituição
deve ser precedida de estudo e executada por profissional habilitado.

É bom lembrar que, nem todas as espécies exuberantes pela formação da sua copa
ou pela ocorrência de flores podem ser plantadas nas vias públicas. As espécies de
porte alto devem ser plantadas em praças, jardins, canteiros centrais e parques,
Nem todas as espécies observando sempre a compatibilização com o sistema elétrico e outros serviços
exuberantes pela públicos. As espécies adequadas para a arborização urbana devem ser escolhidas
baseadas em critérios técnicos. Essa escolha será abordada posteriormente em
formação da sua copa outro capítulo.
ou pela ocorrência de
flores podem ser
plantadas nas vias
públicas.

Dique de Tororó
OS TIPOS DE VEGETAÇÃO DA BAHIA

O Estado da Bahia é constituído por quatro regiões fitogeográficas, ou seja, Muitas árvores nativas
é composto por diferentes tipos de vegetação: Mata Atlântica, Cerrado,
Caatinga e Restinga Litorânea. Trata-se de um estado privilegiado, pois
podem ser utilizadas
possui uma grande diversidade biológica representada por um grande na arborização urbana,
número de espécies arbóreas. Muitas árvores nativas podem ser utilizadas na proporcionando a
arborização urbana, proporcionando a permanência de espécies da fauna e
da flora. A seguir, as espécies recomendadas para cada tipo de região. permanência de espécies
da fauna e da flora.
Os Tipos de Vegetação da Bahia 13
14 Guia de Arborização Urbana

MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica já foi uma das maiores florestas do mundo, cobrindo o litoral
brasileiro desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, adentrando
por vários estados, como o Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina. Hoje, apesar de restarem apenas 7% desta vegetação, a Mata
Atlântica continua sendo a floresta mais rica em espécies vegetais do mundo
(mais ou menos 20 mil ). O litoral sul da Bahia é a região com a maior
quantidade de espécies arbóreas por hectare do mundo, fazendo desta região o
local com maior diversidade do planeta.
Represa Joanes, Salvador
Mata Atlântica - pequeno porte Espécies da Mata
Frutificação: Outubro a novembro
Atlântica
Nome científico: Casearia sylvestris Sw.
Família: Flacourtiaceae Copa/forma: Globosa (irregular)
diâmetro: 4 metros
recomendadas para
Nome popular: São-gonçalinho, guaçatonga,
cafezeiro-do-mato, cambroé, cafezinho-do- Folha/persistência: Caduca serem utilizadas sob a
Época de poda: Julho
mato, guaçatunga-preta, pau-de-lagarto, chá-
de-bugre, varre-forno, erva-de-pontada Desenvolvimento: Rápido rede elétrica
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Junho a agosto Nome científico: Stifftia crysantha Mikan convencional
cor:Branca Família: Compositae
Nome popular: esponja-de-ouro, diadema,
Frutificação: Setembro a novembro
rabo–de–cutia, flor–da–amizade, pincel
são-gonçalinho,
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 4 a 6 metros Altura: 3 a 5 metros guaçatonga,
Folhas/persistência: Persistente Floração: Julho a setembro cafezeiro-do-mato,
cor: Amarela
Época de poda: Dezembro
Frutificação: Setembro a novembro cambroé,
Desenvolvimento: Rápido
Copa/forma: Piramidal cafezinho-do-mato,
diâmetro: 3 metros
Nome científico: Metrodorea nigra St. Hil
Folha/persistência: Perene
guaçatunga-preta,
Família: Rutaceae
Nome popular: Quebra-machado, caputuna- Época de poda: Dezembro pau-de-lagarto,
preta, carrapateira, chupa-ferro Desenvolvimento: Lento
Observações: Possui sementes aladas, que
Altura: 4 a 5 metros
são disseminadas pelo vento. quebra-machado,
Floração: Setembro a novembro
cor: Lilás caputuna-preta,
Nome científico: Bixa orelana L.
Frutificação: Março a abril
Família: Bixaceae
carrapateira,
Copa/forma: Arredondada
diâmetro: 4 metros Nome popular: urucum, urucu, açafroa, chupa-ferro
Folha/persistência: Perene açaforeiro–da–terra
Altura: 3 a 5 metros
Época de poda: Maio
Floração: Setembro a dezembro lixeira, lixa
Desenvolvimento: Lento
Observações: Produz anualmente baixa cor: Rosa
Frutificação: Fevereiro a março
quantidade de sementes viáveis.
Copa/forma: Globosa
esponja-de-ouro,
Nome científico: Aloysia virgata (Ruiz et Pav.) diâmetro: 3 metros diadema, rabo-de-cutia,
A. L. Juss. Folha/persistência: Perene flor-da-amizade, pincel
Família: Verbenaceae Época de poda: Abril
Nome popular: lixeira, lixa Desenvolvimento: Rápido
Altura: 4 a 5 metros urucum, urucu, açafroa,
Floração: Agosto a novembro açaforeiro-da-terra
cor: Branca

Os Tipos de Vegetação da Bahia 15


16 Guia de Arborização Urbana

Mata Atlântica - médio porte

Nome científico: Tabebuia chrysotricha (Mart. Copa/forma: Elíptica


Ex DC.) Standl diâmetro: 3 metros
ipê-amarelo, ipê-do-morro, Família: Bignoniaceae Folha/persistência: Perenes
Época de poda: Setembro
aipé, ipê-tabaco, Nome popular: ipê–amarelo, ipê–do-morro,
Desenvolvimento: Rápido
aipé, ipê–tabaco, pau–d’arco–amarelo
pau-d’arco-amarelo Altura: 4 a 10 metros
Floração: Agosto a setembro Nome científico: Pachira aquatica Aubl.
cor: Amarela Família: Bombacaceae
pau-brasil, Frutificação: Setembro a outubro Nome popular: monguba, cacau–selvagem,
ibirapitanga, Copa/forma: Globosa cacau–falso, mamorana, embiratanha,
castanheiro-da–guiana
orabutã, brasileto, diâmetro: 4 metros
Altura: 6 a 10 metros
Folha/persistência: Caduca
pau-rosado Época de poda: Outubro Floração: Setembro a novembro
Desenvolvimento: Médio a rápido cor: Branca, Púrpura, Rosa
Frutificação: Abril a junho
pau-fava, manduirana, Nome científico: Caesalpinia echinata Lam. Copa/forma: Globosa
aleluia, cabo-verde, Família: Caesalpinaceae diâmetro: 6 metros
Folha/persistência: Perene
fedegoso, mamangá Nome popular: pau–brasil, ibirapitanga,
Época de poda: Julho
orabutã, brasileto, pau-rosado
Altura: 8 a 10 metros Desenvolvimento: Rápido
monguba, cacau-selvagem, Floração: Setembro a outubro
cor: Amarela Nome científico: Tibouchina granulosa (DC.)
cacau-falso, mamorana, Frutificação: Novembro a janeiro Naud.
embiratanha, Copa/forma: Arredondada Família: Melastomataceae
Nome popular: quaresmeira, flor-da-
castanheiro-da-guiana diâmetro: 1,5 metros
quaresma, quaresmeira-roxa
Folha/persistência: Perene
Época de Poda: Outubro Altura: 8 a 10 metros
quaresmeira, Desenvolvimento: Lento Floração: Julho a agosto
cor: Rosada
flor-da-quaresma, Nome científico: Senna macranthera (Dc. Ex Frutificação: Junho a agosto / abril a maio
quaresmeira-roxa Collad.) H.S Irwin & Barneby Copa/forma: Arredondada
Família: Caesalpinaceae diâmetro: 4 metros
Nome popular: pau–fava, manduirana, aleluia, Folha/persistência: Persistente
cabo-verde, fedegoso, mamangá Época de poda: Agosto
Altura: 6 a 8 metros Desenvolvimento: Rápido
Floração: Dezembro a abril
cor: Amarela
Frutificação: Julho a agosto
Mata Atlântica - grande porte

Nome científico: Tabebuia heptaphylla (Vell.) Tol. Frutificação: Julho a Setembro


Família: Bignoniaceae Copa/forma: Flabeliforme / Pendula
Nome popular: ipê–roxo, ipê–roxo–de–sete- diâmetro: 7 a 8 metros ipê-roxo,
Folha/persistência: Perene
folhas, ipê–preto, pau-d’arco–roxo
Época de poda: Dezembro
ipê-roxo-de-sete-folhas,
Altura: 10 a 20 metros
Floração: Julho a setembro Desenvolvimento: Rápido ipê-preto, pau-d’arco-roxo
cor: Roxa
Frutificação: Setembro a outubro Nome científico: Peltophorum dubium
Forma/copa: Globosa (Spreng.) Taub. oiti, oiti-da-praia,
diâmetro: 6 metros Família: Caesalpinaceae guaili, oiti-cagão,
Nome popular: canafistula, farinha-seca,
Folha/persistência: Caduca
faveira, sobrasil, tamboril-bravo, guarucaia,
oiti-mirim
Desenvolvimento: Moderado
Observações: Possui sementes aladas, que ibirá-puitá
são disseminadas pelo vento. Altura: 15 a 25 metros sibipiruna,
Floração: Dezembro a fevereiro
Nome científico: Licania tomentosa (Benth.) cor: Amarela pau-brasil, sebipira,
Fristch. Frutificação: Março a abril coração-de-negro
Família: Chrysobalanaceae Copa/forma: Globosa
Nome popular: oiti, oiti-da-praia, guaili, oiti- diâmetro: 12 metros
cagão, oiti-mirim Folha/persistência: Caduca canafistula,
Altura: 10 a 15 metros Época de poda: Junho farinha-seca,
Floração: Julho a agosto Desenvolvimento: Rápido
cor: Branca
faveira, sobrasil,
Frutificação: Janeiro a março Nome científico: Dalbergia nigra (Vell.) Alemao tamboril-bravo,
ex Benth.
Copa/forma: Densa / Pendula
Família: Papilionaceae
guarucaia,
diâmetro: 6 metros
Folha/persistência: Perene Nome popular: jacarandá-da-bahia, jacarandá- ibirá-puitá
Época de poda: Outubro preto, caviúna, cabiúna, cabiúna-rajada,
Desenvolvimento: Lento a médio cabiúna- do-mato, graúna
Altura: 15 a 25 metros jacarandá-da-bahia,
Nome científico: Caesalpinia peltophoroides Floração: Setembro a novembro jacarandá-preto,
cor: Verde
Benth.
Frutificação: Agosto a setembro
caviúna, cabiúna,
Família: Caesalpinaceae
Nome popular: sibipiruna, pau–brasil, sebipira, Copa/forma: Globosa cabiúna-rajada,
coração–de–negro diâmetro: 5 metros cabiúna-do-mato,
Altura: 10 a 16 metros Folha/persistência: Caduca
Floração: Agosto a novembro Época de poda: Junho graúna
cor: Amarela Desenvolvimento: Moderado

Os Tipos de Vegetação da Bahia 17


18 Guia de Arborização Urbana

CERRADO
O Cerrado ocorre em todo o Planalto Central Brasileiro, atingindo os estados
O cerrado possui de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito
Federal e Bahia. Apesar de aparentar pouca riqueza biológica, possui cerca
cerca de 10 mil de 10 mil espécies vegetais, sendo, na sua maioria, vegetais de pequeno porte,
espécies vegetais. podendo também apresentar vegetais de até 20 metros de altura,
com casca grossa, tronco retorcido e presença de fissuras. Esta vegetação
é de grande importância pois está ligada à Mata Atlântica, Amazônia
e Caatinga, aumentando assim a diversidade de espécies animais e vegetais
Barreiras nessas regiões.
Cerrado - pequeno porte Espécies do Cerrado
Folha/persistência: Perene
recomendadas para
Nome científico: Tabebuia aurea (Manso)
Benth. & Hook Época de poda: Março
Desenvolvimento: Lento
serem utilizadas sob a
Família: Bignoniaceae
Nome popular: craibeira, para-tudo, caraibeira, rede elétrica
Nome científico: Ouratea spectabilis (Mart. ex
caroba-do-campo, cinco-em-rama, ipê-
amarelo-do-cerrado Engl.) Engl. convencional
Altura: 4 a 5 metros Família: Ochnaceae
Floração: Agosto a setembro Nome popular: folha-de-serra
cor: Amarela Altura: 4 a 5 metros
Frutificação: Setembro a outubro Floração: Agosto a setembro
Forma/copa: Arredondada cor: Amarela craibeira,
diâmetro: 4 a 6 metros Frutificação: Outubro a novembro para-tudo,
Copa/forma: Globosa (Irregular)
Folha/persistência: Caduca
diâmetro: 4 metros
caraibeira,
Época de Poda: Novembro
Desenvolvimento: Lento Folha/persistência: Caduca caroba-do-campo,
Época de poda: Junho cinco-em-rama,
Nome científico: Exellodendron cordatum Desenvolvimento: Lento
(Hooker f.) Prance
ipê-amarelo-do-cerrado
Família: Chrysobalanaceae Nome científico: Acosmium dasycarpum
(Vogel) Yakovlev
Nome popular: cariperana
Família: Papilionaceae
cariperana
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Fevereiro a março Nome popular: chapada, pau-paratudo,
cor: Amarela perobinha, unha-d’anta pimenteira
Frutificação: A partir de julho Altura: 4 a 5 metros
Copa/forma: Globosa Floração: Novembro a dezembro
diâmetro: 6 metros cor: Branca folha-de-serra
Folha/persistência: Perene Frutificação: A partir de fevereiro
Época de poda: Maio Copa/forma: Pequena e rala
Desenvolvimento: Lento diâmetro: 4 metros chapada,
Folha/persistência: Perene pau-paratudo,
Nome científico: Gomidesia lindeniana O. Berg Época de poda: Março
Família: Myrtaceae Desenvolvimento: Lento perobinha,
Nome popular: pimenteira unha-d’anta
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Janeiro a fevereiro
cor: Branca
Frutificação: Novembro a dezembro
Copa/forma: Piramidal
diâmetro: 3 metros

Os Tipos de Vegetação da Bahia 19


20 Guia de Arborização Urbana

Cerrado - médio porte

Folha/persistência: Perene
Nome científico: Curatella americana L.
Época de poda: Janeiro
Família: Dilliniaceae
lixeira, Nome popular: lixeira, lixa, cajueiro-bravo,
Desenvolvimento: Lento
lixa, caimbé, cajuiero-bravo-do-campo, pentieira,
Nome científico: Jacaranda brasiliana (Lam.)
cajueiro-bravo, sambaíba, sobro
Pers.
Altura: 6 a 10 metros
caimbé, Floração: Agosto a outubro
Família: Bignoniaceae
Nome popular: boca-de-sapo, caroba, castelo-
cajuiero-bravo-do-campo, Cor: Branca
de-cavalo
Frutificação: Outubro a novembro
pentieira, Copa/forma: Globosa
Altura: 6 a 10 metros
sambaíba, Floração: Agosto a setembro
diâmetro: 4 metros
cor: Rosa
sobro Folha/persistência: Perene
Frutificação: Julho a agosto
Época de poda: Dezembro
Copa/forma: Globosa
Desenvolvimento: Lento
diâmetro: 6 metros
murici, Folha/persistência: Caduca
Nome científico: Byrsonima basiloba Juss.
murici-do-campo Família: Malpighiaceae
Época de poda: Junho
Desenvolvimento: Rápido
Nome popular: murici, murici-do-campo
pau-terra-de-flor-miudinha, Altura: 6 a 10 metros
Nome científico: Eugenia dysenterica DC.
Floração: Fevereiro a maio
pau-terra-mirrim, cor: Amarela
Família: Myrtaceae
Nome popular: cagaita, cagaiteira
pau-terra Frutificação: Setembro a outubro
Altura: 6 a 8 metros
Copa/forma: Globosa
Floração: Agosto a setembro
diâmetro: 4 metros
boca-de-sapo, cor: Branca
Folha/persistência: Caduca
Frutificação: Outubro a novembro
caroba, Época de poda: Julho
Copa/forma: Alongada / Densa
Desenvolvimento: Lento
castelo-de-cavalo diâmetro: 5 metros
Folha/persistência: Caduca
Nome científico: Qualea parviflora Mart.
Época de poda: Julho
Família: Vochysiaceae
cagaita, Nome popular: pau-terra-de-flor-miudinha, pau-
Desenvolvimento: Lento
cagaiteira terra-mirrim, pau-terra
Altura: 6 a 10 metros
Floração: Novembro a dezembro
cor: Rosa
Frutificação: Setembro a Outubro
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 4 a 6 metros
Cerrado - grande porte

Nome científico: Aspidosperma macrocarpon Nome Cientifico: Astronium fraxinifolium Schott


Mart. Família: Anacardiaceae
Família: Apocynaceae Nome popular: Gonçalo-alves, chibatã, guatambu do cerrado,
Nome popular: guatambu do cerrado, guantam- aratanha, aroeira-vermelha, guarabú, batão, guantambu,
bu, peroba-cetim, pereira, pau-pereira, muira- cubatã-vermelho, aroeira-do-campo
juçara Altura: 10 a 12 metros peroba-cetim,
Altura: 10 a 18 metros Floração: Agosto a setembro pereira,
Floração: Setembro a outubro cor: Amarela pau-pereira, muirajuçara
cor: Prateada Frutificação: Outubro a novembro
Frutificação: Agosto a setembro Copa/forma: Flabeliforme
Copa/forma: Flabeliforme diâmetro: 6 metros farinha-seca,
diâmetro: 6 metros Folha/persistência: Caduca
Folha/persistência: Caduca Época de poda: Julho folha-de-castanha
Época de poda: Junho Desenvolvimento: Rápido
Desenvolvimento: Lento Origem: Brasil gonçalo-alves,
Observações: Possui sementes aladas, que
Nome científico: Ouratea castanaefolia Engl. são disseminadas pelo vento. chibatã,
Família: Ochnaceae aratanha,
Nome popular: farinha-seca, folha-de-castanha
Altura: 10 a 14 metros aroeira-vermelha,
Floração: Outubro a Novembro guarabú,
cor: Amarela
Frutificação: Novembro a Dezembro
batão,
Copa/forma: Arredondada cubatã-vermelho,
diâmetro: 4 metros aroeira-do-campo
Folha/persistência: Perene
Época de poda: Fevereiro
Desenvolvimento: Rápido

Os Tipos de Vegetação da Bahia 21


22 Guia de Arborização Urbana

CAATINGA
A Caatinga compreende quase todo o Nordeste do país, devido às condições
climáticas da região. A Caatinga é composta por uma vegetação de pequeno e
médio porte, na sua maioria formada por arbustos com presença de espinhos e
variedades de cactos, apresentando folhas caducas que caem durante o período
das secas para evitar a perda de água.
Durante as poucas
Durante as poucas épocas de chuva, vegetam bromeliáceas e ervas e os
épocas de chuva, arbustos se enchem de folhas verdes demonstrando beleza e vivacidade em
vegetam bromeliáceas e contraste à feição pobre e fraca da Caatinga. Trata-se de uma vegetação de
ervas e os arbustos se grande importância, dada à sua adaptação às difíceis condições climáticas do
semi-árido nordestino.
enchem de folhas verdes.
A Caatinga divide-se em dois estágios de vegetação, devido à variabilidade do
grau de umidade, sendo agreste, quando está próxima ao mar, apresentando uma
vegetação mais densa, com porte alto e solo mais profundo; ou sertão, quando
apresenta uma vegetação mais seca e pobre, de pequeno porte, solo raso e/ou
pedregoso, com extensões voltadas para o interior.

Morro do Chapéu
Caatinga - pequeno porte Espécies da Caatinga
recomendadas para
Nome científico: Senna spectabilis (DC.) Irwin Nome científico: Aspidosperma riedelii Müll.
et Barn. var. excelsa (Schrad) H.S. Irwin & Arg. serem utilizadas sob a
Barneby Família: Apocynaceae
Família: Caesalpinaceae Nome popular: guatambuzinho, peroba-branca, rede elétrica
Nome popular: canafístula, são-joão, cassia-
do-nordeste, pau-de-ovelha
perobinha-branca
Altura: 4 a 5 metros convencional
Altura: 4 a 5 metros Floração: Outubro a dezembro
Floração: Abril a maio cor: Branca
cor: Amarela Frutificação: Agosto a setembro canafístula, são-joão,
Frutificação: Maio a julho Copa/forma: Flabeliforme
Copa/forma: Globosa diâmetro: 5 metros
cassia-do-nordeste,
diâmetro: 6 metros Folha/persistência: Perene pau-de-ovelha,
Folha/persistência: Caduca Época de Poda: Janeiro
Época de poda: Agosto Desenvolvimento: Moderado
Desenvolvimento: Rápido monzé, angico-branco,
Observações: Suas sementes são achatadas e albizia
esverdeadas. Nome científico: Pseudobombax simplicifolium
A. Robyns
Nome Científico: Albizia polycephala (Benth.) Família: Bombacaceae guatambuzinho,
Killip Nome popular: embiruçu, imbiraçu, buruçu, peroba-branca,
Família: Mimosaceae imburuçu
Nome popular: monzé, angico-branco, albizia Altura: 4 a 5 metros perobinha-branca
Altura: 4 a 5 metros Floração: Maio a agosto
Floração: Janeiro a fevereiro cor: Branca
cor: Branca Frutificação: Julho a setembro
embiruçu, imbiraçu,
Frutificação: Março a abril Copa/forma: Umbeliforme buruçu, imburuçu
Copa/forma: Globosa (Irregular) diâmetro: 6 metros
diâmetro: 6 metros Folha/persistência: Caduca
Folha/persistência: Caduca Época de poda: Maio
Época de poda: Junho Desenvolvimento: Moderado
Desenvolvimento: Moderado

Os Tipos de Vegetação da Bahia 23


24 Guia de Arborização Urbana

Caatinga - médio porte

Nome científico: Amburana cearensis (Fr. All.) Frutificação: Novembro a janeiro


A. C. Smith Copa/forma: Globosa
imburana-de-cheiro, Família: Papilionaceae diâmetro: 5 metros
Folha/persistência: Perene
umburana, cerejeira, Nome popular: imburana-de-cheiro, umburana,
Época de poda: Fevereiro
cerejeira, amburana
amburana Altura: 4 a 10 metros Desenvolvimento: Lento
Floração: Abril a junho
Nome científico: Zizyphus joazeiro Mart.
pau-branco, cor: Amarela
Família: Rhamnaceae
Frutificação: Agosto a setembro
pau-branco-preto, Copa/forma: Globosa Nome popular: juazeiro, joá, juá, laranjeira-de-
vaqueiro, juá-espinho, juá-fruta
louro-branco diâmetro: 5 metros
Altura: 5 a 10 metros
Folha/persistência: Caduca
Época de poda: Julho Floração: Novembro a dezembro
mangaba, mangabeira Desenvolvimento: Lento cor: Amarela
Observação: Possui ramos e tronco lisos de Frutificação: Junho a julho
cor vinho ou marron avermelhado. Copa/forma: Globosa
juazeiro, joá, juá, diâmetro: 6 metros
Folha/persistência: Perene
laranjeira-de-vaqueiro, Nome científico: Auxemma oncocalyx (Fr. All.)
Época de poda: Agosto
Baill.
juá-espinho, juá-fruta Família: Boraginaceae Desenvolvimento: Lento
Nome popular: pau-branco, pau-branco-preto, Observações: Produz grande quantidade de
sementes durante o ano.
veludo, veludo-branco, louro-branco
Altura: 5 a 8 metros
angada, pereira Floração: Janeiro a março Nome científico: Guettarda viburnoides Cham.
cor: Branca & Schltdl.
Frutificação: Julho a agosto Família: Rubiaceae
Copa/forma: Globosa Nome popular: veludo, veludo-branco, angada,
diâmetro: 4 metros pereira
Folha/persistência: Caduca (durante o período Altura: 4 a 7 metros
de seca) Floração: Setembro a novembro
Época de poda: Junho cor: Creme
Desenvolvimento: Lento Frutificação: Janeiro a março
Copa/forma: Piramidal
Nome científico: Hancornia speciosa Gomez diâmetro: 4 metros
Família: Apocynaceae Folha/persistência: Perene
Nome popular: mangaba, mangabeira Época de poda: Abril
Altura: 5 a 7 metros Desenvolvimento: Moderada
Floração: Setembro a novembro
cor: Branca
Caatinga - grande porte

Nome científico: Anadenanthera colubrina Nome científico: Erythrina velutina Willd.


(Vell.) Brenan Família: Papilionaceae
Família: Mimosaceae Nome popular: mulungu, canivete, corticeira, angico, angico-branco,
Nome popular: angico, angico-branco, cambuí- suinã
angico Altura: 10 a 12 metros
cambuí-angico
Altura: 12 a 15 metros Floração: Agosto a dezembro
Floração: Novembro a janeiro cor: Vermelha mulungu, canivete,
cor: Amarela Frutificação: Janeiro a fevereiro
Frutificação: Março a novembro Copa/forma: Globosa (irregular) corticeira, suinã
Copa/forma: Pêndula diâmetro: 4 metros
diâmetro: 5 a 7 metros Folha/persistência: Caduca
Folha/persistência: Caduca Época de poda: Agosto
Época de poda: Julho Desenvolvimento: Rápido
Desenvolvimento: Moderado
Observações: Suas flores são melíferas.

Os Tipos de Vegetação da Bahia 25


26 Guia de Arborização Urbana

RESTINGA LITORÂNEA
A restinga ocorre no litoral brasileiro e, em razão da influência direta do solo,
traz às proximidades da costa uma variedade de vida riquíssima. A restinga é
formada por trechos de Mata Atlântica ligados aos manguezais, às dunas,
Rio dos Frades, Trancoso, estuários, praias e costões. Apresentam estratos herbáceos e arbustivos, de
Caraíva pequeno e médio porte.
Restinga Litorânea - pequeno porte Espécies da Restinga
Litorânea recomendadas
Nome Científico: Hybiscus pernambucensis Nome Científico: Chrysobalanus icaco L.
Arruda Família: Chrysobalanaceae para serem utilizadas
Família: Malvaceae Nome popular: ajurú, ajurú-branco, cajurú,
Nome popular: algodão-da-praia, algodão-do- goajurú, oajurú, ajirú sob a rede elétrica
brejo, guaxima-do-mangue
Altura: 3 a 5 metros
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Agosto a dezembro convencional
Floração: Agosto a janeiro cor: Branca
cor: Amarela Frutificação: Agosto a dezembro
Frutificação: Fevereiro a abril Copa/forma: Pêndula
Copa/forma: Globosa diâmetro: 3 metros
algodão-da-praia,
diâmetro: 4 metros Folha/persistência: Perene algodão-do-brejo,
Folha/persistência: Perene Época de poda: Janeiro guaxima-do-mangue
Época de poda: Julho Desenvolvimento: Moderada
Desenvolvimento: Rápido Observações: Sua floração e frutificação
ocorrem continuamente ao longo do ano. pitangueira-vermelha,
Nome Científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae
pitanga, pitanga-roxa,
Nome popular: pitangueira-vermelha, pitanga, pitanga-branca
pitanga-roxa, pitanga-branca
Altura: em média 5 metros
Floração: Agosto a setembro ajurú, ajurú-branco,
cor: Branca cajurú, goajurú, oajurú, ajirú
Frutificação: Outubro a janeiro
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 3 metros
Folha/persistência: Perene
Época de poda: Setembro
Desenvolvimento: Lento

Os Tipos de Vegetação da Bahia 27


28 Guia de Arborização Urbana

Restinga Litorânea - médio porte

Nome científico: Anacardium occidentale L. Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi


Família: Anacardiaceae Família: Anacardiaceae
cajueiro, acaju, caju-da-praia, Nome popular: cajueiro, acaju, caju-da-praia, Nome popular: aroeira-da-praia, aroeira-
acajaíba, caju-manso acajaíba, caju-manso mansa, cambuí, bálsamo
Altura: 5 a 10 metros Altura: 5 a 10 metros
Floração: Junho a novembro Floração: Setembro a janeiro
aroeira-da-praia, cor: Branca cor: Branca
aroeira-mansa, cambuí, Frutificação: Setembro a janeiro Frutificação: Janeiro a julho
Copa/forma: Piramidal Copa/forma: Globosa
bálsamo diâmetro: 4 metros diâmetro: 6 metros
Folha/persistência: Caduca Folha/persistência: Perene
Época de poda: Maio Época de poda: Agosto
Desenvolvimento: Lento Desenvolvimento: Rápido
Observação: Suas flores são melíferas.
Palmeiras com potencial ornamental

Nome científico: Syagrus oleracea (Mart.)


Becc.
Família: Palmaceae guariroba, gariroba,
Nome popular: guariroba, gariroba, gueroba, gueroba, catolé, coco-catolé,
catolé, coco-catolé, coqueiro-amoroso
Altura: 10 a 20 metros coqueiro-amoroso
Floração: Setembro a março
cor: Amarela
Frutificação: Outubro a fevereiro
licuri, aricuri, nicuri, alicuri
Copa/forma: Crispada / Deflexa
diâmetro: 4 metros
Folha/persistência: Perene
Época de poda: Agosto
Desenvolvimento: Moderado
Observações: Suas flores são melíferas.
Também ocorre no cerrado e na caatinga.

Nome científico: Syagrus coronata (Mart.)


Becc.
Família: Palmaceae
Nome popular: licuri, aricuri, nicuri, alicuri
Altura: 8 a 11 metros
Floração: Maio a Agosto
cor: Amarela
Frutificação: Outubro a dezembro
Copa/forma: Crispada
diâmetro: 4 metros
Folha/persistência: Perene
Época de poda: Março
Desenvolvimento: Lento

Os Tipos de Vegetação da Bahia 29


30 Guia de Arborização Urbana

MAPA DA VEGETAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

BAIXO MÉDIO
SÃO FRANCISCO
MATA ATLÂNTICA
Primária NORDESTE
MÉDIO
Estágio avançado/médio de regeneração SÃO
PIEMONTE DA
DIAMANTINA
FRANCISCO
Estágio inicial de regeneração
Manguezais IRECÊ

Restinga
LITORAL
Brejo NORTE
PARAGUAÇU
OESTE

CAATINGA
CHAPADA REGIÃO
Arbórea DIAMANTINA METROPOLITANA
RECONCAVO
SUL DE SALVADOR
Arbustiva
Caatinga parque

LITORAL
SUL
CERRADO “sensu lato” SERRA GERAL

Cerradão
Cerrado “sensu strictu” SUDOESTE
Campo cerrado
Campo limpo
Veredas e campo úmido

FLORESTA ESTACIONAL
MATA CILIAR EXTREMO SUL

CAMPO RUPESTRE
ÁREA DE TRANSIÇÃO

Com adaptações
Fonte:
ANTROPISMO Diretoria de Desenvolvimento Florestal - DDF/SEAGRI
Reflorestamento
Mapeamento da cobertura vegetal do Estado da Bahia
Escala: 1:100.000
Agropecuária Período: 1996 a 1999
COMO PLANEJAR A ARBORIZAÇÃO URBANA

A responsabilidade
pela implantação e
manejo da arborização
pública é das prefeituras
municipais.

A maioria dos manuais de arborização e das normas de construção de redes


de distribuição recomenda que a rede elétrica e a arborização ocupem lados
distintos das vias públicas e que a arborização dos espaços públicos e
privados leve em consideração as condições físicas e espaciais disponíveis.
A verdade é que, em um rápido passeio, pode-se verificar que essas
recomendações são pouco observadas na prática. Em geral, a arborização e
as redes elétricas estão em ambos os lados das vias públicas, convivendo
com espécies nem sempre adequadas.

Como Planejar a Arborização Urbana 31


32 Guia de Arborização Urbana

Outra recomendação comumente não observada é a que propõe o plantio de


espécies de pequeno porte sob as redes elétricas. Esta situação ocorre
principalmente na região de influência da Mata Atlântica onde predominam
espécies de médio e grande porte. O uso dessas espécies seria aceitável desde
que fossem adotadas tecnologias de rede e técnicas de poda compatíveis.

O adequado planejamento da arborização e das redes elétricas poderá contribuir


para a melhoria dessa convivência no meio urbano. Isso, no entanto, requer o
reconhecimento da realidade local, ou seja, dos padrões urbanísticos, culturais e
biológicos predominantes. O padrão urbanístico adotado na maioria das cidades
da Bahia adota construções quase sem recuo e passeios e vias estreitas onde,
em ambos os lados das vias públicas, árvores de médio e grande porte disputam
espaço com redes elétricas.

Faz-se necessário implementar soluções gerenciais e tecnológicas compatíveis


com a nossa realidade, com os espaços restritos e, particularmente, com a
presença majoritária de espécies arbóreas de médio e grande porte,
remanescentes da Mata Atlântica, que antes ocupava as áreas hoje densamente
povoadas onde está grande parte de nossas cidades.

O planejamento da arborização no meio urbano deve considerar também os


demais elementos da infra-estrutura (rede de água, esgoto e rede elétrica), além
do espaço físico disponível (tráfego, largura de ruas, tipo de solo e
características ambientais) e da análise da vegetação da região.
Vale do Canela, Salvador

ÁREAS URBANAS DESPROVIDAS DE ARBORIZAÇÃO


E ENERGIA ELÉTRICA

Ao se planejar a arborização urbana deve-se levar em consideração a iluminação


solar, pois, assim, é possível minimizar o gasto de energia elétrica durante o dia,
aumentando o aproveitamento dos raios solares na iluminação e os benefícios
do sombreamento que protege as fachadas voltadas para o poente.
N
Modelo padrão de
arborização para ruas com
sol sol
tarde manhã largura de até 20m
O L

É possível minimizar
o gasto de energia,
aumentando o
Rede elétrica

Pequeno porte
aproveitamento dos
Médio porte
raios solares na
Poste
iluminação e os
benefícios do
Com essa finalidade, propõe-se um modelo padrão de arborização (figura acima) sombreamento que
para ruas com largura inferior a 20m, o qual deve seguir algumas
recomendações, como: protege as fachadas
¡ implantar a rede de energia elétrica aérea nas calçadas norte e oeste, podendo voltadas para o poente.
utilizar sob a rede, árvores de pequeno porte.
¡ livrar as calçadas sul e leste para o plantio de árvores de maior porte (médio e
grande), levando em conta as dimensões da via pública, tendo como finalidade a
valorização do paisagismo local e o sombreamento das ruas.

Com este modelo, o espaço destinado à arborização e aos demais serviços


urbanos é aproveitado da melhor maneira, visando o conforto ambiental
(iluminação e ventilação dos logradouros) e o bem estar da comunidade. Com a
elaboração de um planejamento, será possível evitar interferências por
prestadores de serviços públicos, gerando apenas benefícios propiciados por
plantios adequados.

Como Planejar a Arborização Urbana 33


34 Guia de Arborização Urbana

Vale ressaltar que, ao se planejar a arborização no meio urbano, é preciso que


alguns aspectos sejam analisados, tais como:

n A vegetação: É importante conhecer o tipo de vegetação que ocorre na


região, tanto nos arredores da cidade como no próprio meio urbano, pois as
espécies da vegetação nativa já estão adaptadas às condições de clima e solo,
que favorecem o seu desenvolvimento. Sua utilização permite preservar os
É essencial referenciais ecológicos e paisagísticos de cada região.
a conscientização da
n O local: Deve-se realizar um levantamento das áreas a serem arborizadas,
comunidade sobre com o objetivo de caracterizar o local quanto ao tipo de tráfego, largura das
a preservação, proteção ruas, tipo de serviço público (saneamento, sistema elétrico etc.), sinalização,
edificações, tipo de solo e demais características ambientais. Com isso, será
e importância das possível compatibilizar a prática da arborização urbana com os demais
árvores. componentes do meio urbano.

n A Comunidade: É essencial a conscientização da comunidade sobre a


preservação, proteção e importância das árvores.

Praça Paulo Afonso,


Pernambués, Salvador
É importante salientar que a responsabilidade pela implantação e manejo da
arborização pública é das prefeituras municipais, que para isso devem elaborar seus
planos diretores de arborização urbana. Através de parcerias, estes planos podem ser
desenvolvidos com o apoio de empresas prestadoras de serviços públicos e
privados. A população também é responsável pela arborização e deve ser convocada
a colaborar para a preservação desse patrimônio público.
Av. Centenário, Salvador
CANTEIRO CENTRAL
Nas avenidas que tenham canteiro central, a rede de energia elétrica deve ser
implantada nas calçadas laterais, e, sob as mesmas, utilizar espécies vegetais de
pequeno porte. O canteiro central pode ser arborizado com árvores de médio e
grande porte, porém com um estudo prévio de suas condições de sobrevivência.
Assim, recomenda-se que sejam utilizadas espécies da vegetação nativa da região.

A população também
é responsável pela
arborização e deve ser
convocada a colaborar e
contribuir com a
preservação desse
patrimônio público.

Vale do Canela, Salvador

Como Planejar a Arborização Urbana 35


36 Guia de Arborização Urbana

PRAÇA
Nas praças, pode-se implantar a arborização com maior liberdade, desde que a
rede elétrica fique restrita às calçadas do lado oposto, e, no interior da praça, a
rede seja subterrânea, contendo apenas os postes de iluminação. Este tipo de
urbanização, quando planejada corretamente, causa um efeito belíssimo nas
cidades por não requerer podas constantes.

Na escolha das espécies, deve-se estar atento ao tipo de sistema radicular das
árvores, pois as raízes devem ser profundas, para que não prejudiquem o
calçamento e os dutos da rede subterrânea. Neste caso, pode-se utilizar árvores
que possuam copa larga e densa, visando a formação de um microclima mais
ameno e com maior sombreamento.

Praça da Mangueira,
na Vila Sauípe,
Mata de São João

Praça do Campo Grande,


Salvador

A arborização em parques, alamedas e lotes residenciais (desde que sejam


grandes áreas) pode ser feita com a utilização de espécies de grande porte, pois,
geralmente, estes ambientes estão livres de redes de energia elétrica aérea e as
árvores poderão desenvolver-se livremente.
COMPATIBILIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO COM A REDE ELÉTRICA

n Rua estreita x calçada estreita


A arborização nesta situação não é aconselhável, principalmente se a rede de
energia elétrica for aérea e se não houver espaçamento entre a edificação e a
calçada. Caso ocorra espaçamento entre os componentes citados, pode-se
plantar, na calçada do lado oposto à rede de energia, uma árvore de pequeno
porte que apresente copa estreita (colunar ou flabeliforme). 2,00m 6,00m 2,00m

n Rua estreita x calçada larga


Pode-se plantar espécies de pequeno e médio porte na calçada oposta à da rede
de energia. Sob a fiação elétrica, deve-se plantar somente árvores de pequeno
porte, alternando a posição em função das espécies plantadas do outro lado da
rua. A copa das árvores sob a fiação deve ser estreita, podendo ser do tipo
cônica, elíptica vertical, globosa ou flabeliforme. 3,00m 6,00m 3,00m

n Calçada estreita x rua larga


As árvores podem ser plantadas apenas na calçada que não tiver fiação elétrica.
Caso não haja espaçamento entre a edificação e a calçada, o plantio poderá ser
feito 50 cm fora da calçada. Neste caso, faz-se uso de espécies de pequeno e
médio porte, podendo ser as copas de forma colunar, cônica, elíptica, globosa,
flabeliforme ou caliciforme.
Se houver espaçamento entre a calçada e a edificação, o plantio poderá ser feito 2,00m 8,00m 2,00m

na própria calçada, porém utilizando-se apenas espécies de pequeno porte. Sob a


fiação, deve-se plantar somente árvores de pequeno porte, alternando a posição
em função das espécies plantadas do outro lado da rua.

n Calçada larga x rua larga


Na calçada com presença de postes de fiação elétrica, deve-se plantar apenas
espécies de pequeno porte. Já na calçada oposta (sem fiação), o plantio poderá ser
com espécies de médio porte.
3,00m 10,00m 3,00m

Como Planejar a Arborização Urbana 37


38 Guia de Arborização Urbana

n Rede de Energia Elétrica Subterrânea


O plantio em área com dutos de rede subterrânea pode ser feito com espécies de
médio porte. As árvores podem ser plantadas nos dois lados da rua.
Essas espécies, porém, devem ter um sistema radicular adequado, ou seja, de
preferência com raízes profundas, para que não danifiquem os dutos ou
qualquer instalação da rede subterrânea. Antes de abrir as covas, deve-se
3,00m 12,00m 3,00m verificar a localização da rede.

n Convívio de rede elétrica x arborização x edificação


O planejamento da arborização urbana deve levar em conta a segurança e o
bem estar da comunidade, evitando plantios muito próximos a residências
para que as copas não se sobreponham aos telhados. Devem ser evitadas
espécies com copas muito densas, que impeçam a incidência do sol,
e árvores que, em algum período da estação, apresentem queda de folhas,
pois estas podem provocar o entupimento de calhas e dificuldade para
Sistema radicular o escoamento da água da chuva.
inadequado danifica
Visando a compatibilização da rede de energia elétrica com a arborização e os
dutos subterrâneos
e o calçamento demais componentes urbanos, assim como a manutenção da qualidade dos
serviços públicos prestados à comunidade, deve-se seguir os parâmetros da
concessionária, como mostra a figura abaixo.
Alta tensão

2,00m
Baixa tensão
1,00m

Altura de serviços públicos


7,30m
9,30m

Serviços Altura
Poste 9 a 12m
Condutor de baixa tensão 7,30m
Condutor de alta tensão 8,20 a 9,40m
5,00m
Fio de telefone 5,40m
PORTE DAS ÁRVORES E FORMAS DAS COPAS

Cônica

Colunar

Elíptica
vertical

Oiti, forma globosa,


estacionamento da sede
da Coelba, Salvador
Elíptica horizontal

Umbeliforme

Globosa Flabeliforme Caliciforme Flanboyant, forma


umbeliforme, Avenida
Centenário, Salvador

Porte das árvores


Adaptado: Milano, M.S.

Altura Tipo de Porte


Até 5 m Pequeno
De 5 m até 10 m Médio
Pendente Figueira Acima de 10 m Grande

Como Planejar a Arborização Urbana 39


40 Guia de Arborização Urbana

COMO ESCOLHER A ÁRVORE ADEQUADA

A diversidade de
espécies mantém as
características da
vegetação nativa, além
de evitar o ataque de
pragas e doenças

A diversidade florística da vegetação é um aspecto essencial quando se trata de


arborização, pois mantém as características da vegetação nativa, além de evitar o
ataque de pragas e doenças. Daí, a importância de se saber que árvore plantar, de
acordo com as espécies que ocorrem na região.

Na maioria das cidades, as árvores que se encontram em vias públicas e passeios


são inadequadas, pois não apresentam características convenientes ao local e
muitas vezes não são atendidas as suas exigências biológicas, como as
relacionadas ao solo, água, luz e ambiente local.
Para a escolha da espécie adequada, a árvore deve conter certas
características, como:
¡ Estar adaptada ao clima do local destinado;
¡ Ser espécie nativa da vegetação local (origem da espécie);
¡ Ter raízes profundas – sistema radicular adequado;
¡ Possuir porte adequado ao espaço disponível;
¡ Apresentar tronco único e copa bem definida; Deve-se utilizar, na
¡ Apresentar rusticidade; arborização urbana,
¡ Dar frutos pequenos e silvestres, ou seja, frutos que não sejam comerciais; espécies que produzam
¡ Dar flores pequenas, pouco suculentas e com cores vivas; frutos pequenos para a
¡ Ter folhas preferencialmente pequenas e não coriáceas (duras); alimentação de
¡ Ter desenvolvimento rápido; pássaros.
¡ Não apresentar princípios tóxicos acentuados, ou seja, apresentar baixa
toxicidade;
¡ Não apresentar princípios alérgicos;
¡ Não possuir espinhos.

Deve-se evitar espécies que necessitem de poda freqüente, que tenham tronco
frágil, caule e ramos quebradiços, que sejam suscetíveis ao ataque de pragas
(brocas, cupins, cochonilhas etc.) e doenças.

O uso de espécies que produzem frutos comestíveis pelo homem deve ser
evitado, pois, geralmente, estes frutos são grandes, pesados e soltam-se
facilmente dos galhos. Deve-se utilizar, na arborização urbana, espécies que
produzam frutos pequenos para a alimentação de pássaros. Deve-se lembrar
também que as espécies de grande porte não são recomendadas para as vias
públicas, sendo mais adequadas aos locais de lazer público como bosques,
praças e áreas verdes abertas.

Como Escolher a Árvore Adequada 41


42 Guia de Arborização Urbana

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DAS ESPÉCIES

n Sistema radicular: deve-se dar preferência a espécies com sistema radicular


pivotante e profundo. As espécies com sistema radicular superficial devem ser
plantadas em áreas amplas, como parques, praças e canteiros centrais de, pelo
menos, 20 metros de largura.

n Tronco: deve-se evitar o plantio de espécies com espinhos ou acúleos, ou


com troncos de pouca resistência e volumosos.

n Copa: deve ser compatível com o espaço físico, permitindo o livre trânsito
de veículos e pedestres, evitando conflitos com a sinalização, iluminação e
placas indicativas, e danos às fachadas. No caso de árvores de médio porte,
próximas a redes elétricas, deve-se dar preferência às copas que poderão
retomar sua arquitetura original após podas de condução, necessárias até a
ultrapassagem dos condutores da rede.
n Folhas: priorizar espécies de folhagem permanente. Quando as espécies
forem caducifólias, verificar o tamanho e a textura das folhas para evitar que
venham causar o entupimento de calhas e bueiros.

n Flores: dar preferência às espécies que produzam inflorescências grandes e


densas, com flores pequenas.

n Frutos: evitar a utilização em vias públicas, de espécies que produzam


frutos grandes e carnosos, pois estes atraem muitos insetos, causam acidentes
com pedestres e danos aos veículos.

n Crescimento: nos passeios, devem ser utilizadas espécies que tenham A flora nativa do
crescimento médio. As espécies de crescimento muito lento são mais suscetíveis
à depredação. No caso de plantio de espécies de grande porte próximo às redes, Estado da Bahia é
deve-se dar preferência às espécies de crescimento rápido. muito rica e possui
n Resistência a pragas e doenças: utilizar espécies resistentes ao ataque de
espécies de grande valor
pragas e doenças, que dispensem o uso de fungicidas e inseticidas em meio paisagístico.
urbano, pois esses produtos podem comprometer a saúde da população.

n Clima: devem ser utilizadas espécies que se adaptem ao clima e às condições


ambientais do local.

n Princípios tóxicos: as espécies alergênicas e tóxicas não devem ser


utilizadas em arborização urbana. Estes princípios podem estar relacionados
com a casca, com o látex, e com as flores e as folhas das espécies.

A flora nativa do Estado da Bahia é muito rica e possui espécies de grande


valor paisagístico. Tais espécies, além de já serem adaptadas às condições
climáticas locais, asseguram a preservação de referenciais paisagísticos
regionais. Manter a biodiversidade existente e contribuir para a formação de
corredores ecológicos é essencial para a manutenção da fauna e propagação
de espécies vegetais.

Características Biológicas das Espécies 43


44 Guia de Arborização Urbana

PLANTIO E MANUTENÇÃO DE MUDAS

A questão fitossanitária é de extrema importância, devendo ser o plantio das


mudas orientado por profissional habilitado e de modo a buscar a diversidade das
espécies a serem usadas. Desta forma, os riscos de ocorrerem ataques de pragas e
doenças serão mínimos, levando à redução da mortalidade das árvores.

Não existe uma metodologia de plantio em áreas urbanas, o que as prefeituras


em geral recomendam é plantar vários exemplares de uma espécie em um trecho
Viveiro da Odebrecht, Vila de rua ou avenida, ou seja, manter a uniformidade por rua. No caso de ser uma
Sauípe, Mata de São João rua longa, é mais coerente alternar duas ou três espécies de um lado e de outro
da via pública, de forma aleatória. Considerando a idéia da formação de
corredores ecológicos, para abrigo da fauna, propagação das espécies e até
mesmo para coleta de sementes, recomenda-se a elaboração de projetos
específicos, através de órgãos e parcerias, desde que acompanhados por
profissional habilitado.
Normalmente, realiza-se o plantio de mudas em qualquer época do ano, desde 60 cm
que se tenha irrigação freqüente. Porém, quando se trata de plantios em vias
públicas, a incidência de mudas mortas é muito grande, devido à falta de água.
Por isso, é mais adequado que esse plantio seja feito na época chuvosa. 100 cm

Ao planejar um plantio de mudas, é preciso que todas as etapas sejam Mistura


executadas com sucesso. Desde a escolha da espécie adequada à abertura das Dimensão da cova
covas, preparo do solo, ao plantio, irrigação e principalmente à manutenção das
mudas após o plantio.

ABERTURA DAS COVAS E PREPARO DO SOLO


As covas devem ser abertas em torno de 15 dias antes do plantio. Devem ter uma
dimensão mínima de 60 x 60 x 60cm; caso o solo esteja muito compactado ou
com restos de entulho de construções, pode-se aumentar as dimensões. As covas 1. Cova preparada para o
podem ser circulares, com diâmetro e profundidade de 60cm. plantio

Normalmente, as vias públicas possuem solo de baixa fertilidade, devido à


compactação e restos de entulho acumulados, sendo impróprio ao plantio. Deve-
se retirar a terra do local e substituí-la por terra de boa qualidade, preparada com Mudasadia
esterco de curral ou composto orgânico, em partes iguais. Todo entulho
decorrente da quebra do passeio para a abertura da cova deve ser removido.

Para adubação do plantio, recomenda-se adubo orgânico curtido, adubo


químico, corretivo de solo e terra vegetal. Geralmente, utiliza-se 5 kg de NPK
(Superfosfato Simples) para 1m3 de terra. Por exemplo, de 100% da terra
retirada da cova, separa-se 2/3 e mistura-se com 1/3 de adubo orgânico. Se
possível, fazer uma análise química do solo do local da cova para avaliar e
indicar a adubação mais adequada.

2. Misturar a terra retirada


da cova com adubo
orgânico (2/3 +1/3)

Plantio e Manutenção de Mudas 45


46 Guia de Arborização Urbana

PLANTIO
As mudas devem ser sadias, selecionadas no viveiro e apresentar características
saudáveis, como:
¡ Vigor;
¡ Rusticidade;
¡ Resistência a intempéries, pragas e doenças;
¡ Caule único sem ramificações laterais;
¡ Altura mínima de 1,80m – livre de ramos;
¡ Embalagem adequada.

O plantio das mudas em áreas públicas deve ser feito no período de chuvas, de
preferência pela manhã, ou, no final da tarde, e nunca em horário que o sol
esteja muito forte, dando-se preferência aos dias nublados.

Em princípio, a embalagem da muda, se for biodegradável, não deve ser retirada.


Corta-se o fundo da embalagem, apara-se as raízes com tesoura de poda, coloca-se a
muda com cuidado dentro da cova e acrescenta-se a terra aos poucos como mostra
a sequência baixo. Antes de colocar a muda dentro da cova, a mesma deve ter sua
quantidade de folhas reduzida à metade de modo a evitar perda de água por
Muda sadia transpiração, assim como estar bem centralizada dentro da cova.

4. Cortar o fundo da 6. Aparar as raízes com


embalagem... tesoura de poda...

5. Tirar o fundo 7. Cortar 50% da lateral 8. Colocar a muda na cova


3. Colocar parte da mistura... cuidadosamente ... da embalagem... e o restante da mistura ...
Se necessário, deve-se amparar a muda com tutor. O colo deve ficar no mesmo
nível da superfície; dependendo das condições da muda, o enterramento pode
causar morte futura. Fixar o tutor com a muda utilizando sisal ou outro material
similar, de forma que fique um “oito” deitado.

A muda deve ser assentada na cova, de maneira que não fiquem espaços vazios.
A cova já fechada, deve, na superfície, ter as bordas elevadas; o solo, ao redor
da muda, deve ser preparado de forma a criar condições que possibilitem a
permanência da água da chuva. Este processo é denominado de embaciamento
ou coroamento de contenção. Após o plantio, a muda deve ser irrigada até sua
completa consolidação.

O canteiro ideal para um bom desenvolvimento de árvores situadas em vias


públicas deve ter uma superfície suficiente que permita a entrada da água da
chuva, aeração do solo e futuras adubações. Este espaço deve ter no mínimo
1m² de área (essa dimensão será variável, conforme o sistema radicular da
espécie – base do tronco), e ser preferencialmente coberto por gramado, livre da
presença de ervas daninhas. Determina-se que a distância entre a muda e o
meio fio deva ser de 50cm.

9. Cortar a embalagem 11. Até sair totalmente...

10. Puxar com cuidado... 12. Pisar para assentar... 13. Muda com tutor Amarração do tutor

Plantio e Manutenção de Mudas 47


48 Guia de Arborização Urbana

PROTETORES E CONDUTORES DAS MUDAS


Para evitar danos à muda plantada, utiliza-se alguns tipos de protetores para
ajudar no desenvolvimento da planta até que esta atinja sua fase jovem.
n Tutores: devem ser fincados no fundo da cova, ao lado do torrão, sem
prejudicar o desenvolvimento das raízes. Os tutores servem para direcionar e
sustentar a planta, fazendo com que a mesma não perca o seu prumo. Podem
ser de madeira ou de bambu ter as seguintes dimensões:
Canteiro inadequado
¡ altura maior que 2,30 m, ficando no mínimo 0,50 cm até 1,0 m enterrado;
¡ acima do nível do solo, a altura deve ultrapassar o topo da muda;
¡ diâmetro: maior ou igual a 0,40cm.

Mudas superiores a 4,00m devem ser amparadas por três tutores, que deverão
ser pontiagudos na sua extremidade inferior para serem fixados ao solo com
mais firmeza.
n Gradis: protegem as mudas de animais, possíveis vandalismos e depredações.
Existem os mais diversos modelos, com seção quadrada, triangular e circular,
podendo ser feitos de madeira ou bambu. O gradil deve ter uma área bem
aberta, de maneira a não abafar as mudas, possibilitando a livre penetração dos
raios solares e o suficiente arejamento, garantindo seu adequado
desenvolvimento. Não é aconselhável utilizar os gradis para veiculação de
propaganda.

Tutor
2,30m

15 a 20cm (colo)
0,60 -100cm

Muda com tutor Gradil circular Gradil quadrado


MANUTENÇÃO
Após o plantio, inicia-se a fase de manutenção e conservação. As mudas
plantadas devem ser regularmente observadas para que se possa avaliar o seu
desenvolvimento e tomar as medidas necessárias para a correção de distorções
no crescimento das mesmas.
Assim, deve-se verificar se está ocorrendo ataque de pragas e doenças,
ramificações indesejáveis, observar as condições dos gradis, tutores e amarrios,
para que os mesmos sejam substituídos caso estejam danificados.

IRRIGAÇÃO
A muda deve ser irrigada abundantemente, sempre que necessário, para o seu
melhor desenvolvimento.

ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR
Plantio sem manutenção
Caso a muda esteja fraca, pode ser que esteja precisando de algum nutriente,
sendo necessário realizar uma adubação. Esse problema deve ser resolvido com
orientação de um técnico habilitado, que indicará o adubo correto a ser utilizado.

CONTROLE FITOSSANITÁRIO
O controle de pragas e doenças das mudas deve ser feito
regularmente por técnico habilitado. Este avaliará as mudas e
emitirá um diagnóstico técnico, indicando o produto adequado
para cada caso. Por exemplo: ataque de formigas, de
cochonilhas, pulgões, lagartas, “erva de passarinho” e outros.
Quando houver ataque de brocas, deve-se analisar em que
partes do vegetal a broca atacou, pois é preciso retirar toda a
parte atacada. Se a árvore estiver totalmente atacada será
preciso erradicá-la e substituí-la por outra.

REPOSIÇÃO DE MUDAS E RENOVAÇÃO DE ÁRVORES Após o plantio,deve-se


A reposição das mudas é essencial para manter e alcançar o efeito paisagístico irrigar bem a muda
necessário. Recomenda-se que o replantio seja feito sempre que houver perda de
mudas, utilizando-se a mesma espécie que foi plantada anteriormente ou outra
espécie que seja adequada ao local e à região.

Plantio e Manutenção de Mudas 49


50 Guia de Arborização Urbana

As árvores antigas plantadas em vias públicas que estiverem apresentando


sinais de degeneração por senescência, características de risco de queda, danos
ao patrimônio público, deformidade ou enfraquecimento por doenças, ataque de
pragas, podas sucessivas ou acidentes devem ser removidas por transplante e
substituídas por outra espécie adaptada à região.

Na renovação do plantio deve-se observar:


¡ O Guia de Arborização Urbana;
¡ A solução dos problemas que possam ter ocorrido durante o plantio anterior;
¡ As espécies nativas adequadas ao local.

FATORES ESTÉTICOS
Caiação: É desaconselhável caiar ou pintar árvores, pois trata-se de uma
prática inadequada, antiestética e que deve ser abolida.

Publicidade: É desaconselhável fixar qualquer tipo de cartaz de publicidade


nas árvores, pois isso prejudica o desenvolvimento do vegetal.
Evitar pintar o tronco da
árvore Placa de identificação: Caso o uso deste tipo de placa seja necessário, a mesma
deverá ser amarrada com material extensível, em altura acessível à leitura e
apresentar ótimo estado de conservação, devendo ser substituída sempre que
necessário. Não se deve pregar no tronco das árvores nenhum tipo de placa.

CADASTRO DE ARBORIZAÇÃO
Para o sucesso da arborização urbana é muito importante ter um cadastro
atualizado com as espécies existentes na cidade, com dados tais como:
localização, espécie, idade, porte, condições fitossanitárias, melhor época para
podar etc.

Este processo, bem orientado por profissionais da área, poderá dar uma base
científica a todos os componentes referentes às espécies da arborização urbana,
além de otimizar os custos com podas de árvores.
GLOSSÁRIO

acúleo - Estrutura de origem epidérmica, semelhante ao da atmosfera logo acima


com aspecto de espinho, encontrada em da superfície, sendo que solos com
caules, como, por exemplo, na roseira, e arejamento deficiente, geralmente apre-
nas folhas. sentam taxa muito elevada de CO2 , e, em
conseqüência, uma baixa percentagem de
adubação - Processo de adição ao solo oxigênio em relação à atmosfera. A
de substâncias, produtos ou organismos, velocidade de aeração depende em mui-
que contenham elementos essenciais ao to do volume e da continuidade dos
desenvolvimento de plantas que são poros do solo.
cultivadas.
arbusto – Vegetal lenhoso possuidor de
adubação de manutenção – Prática de um pequeno tronco, com ramificações
adubação utilizada para atender às desde a base, e apresentando altura
exigências nutricionais da planta sem compreendida entre 3-5m.
afetar o seu nível de produção.
árvore – Vegetal lenhoso, dotado de
adubo orgânico – Adubo constituído tronco robusto, via de regra com um
essencialmente por elementos naturais sistema de ramos divaricados de primeira
(matéria orgânica decomposta, esterco, ordem , a partir de um certo nível, de onde
dentre outros), isto é, sem o acréscimo se dispõem as ramificações da copa.
de produtos químicos.

aeração - Reoxigenação da água com a


ajuda do ar. A taxa de oxigênio dissolvido,
expressa em porcentagem de saturação,
é uma característica representativa de
certa massa de água e de seu grau de
poluição.

aeração do solo – Processo através do


qual é efetuada a troca de gases entre o
ar do solo e o ar atmosférico. Solos bem
arejados, apresentam ar de composição

Glossário 51
52 Guia de Arborização Urbana

biodiversidade – Total de genes, espécies caule – Porção do vegetal que se


e ecossistemas de uma região. A apresenta ordinariamente aérea, podendo
biodiversidade genética refere-se à contudo ser submersa ou subterrânea,
variação dos genes dentro das espécies, sendo que neste caso existem três
cobrindo diferentes populações da mesma categorias: o rizoma, o tubérculo e o
espécie ou a variação genética dentro de bulbo.
uma população. A diversidade de ecos-
sistemas refere-se à variedade de ecos- compostagem – Método de tratamento
sistemas de uma dada região. A dos resíduos sólidos (lixo) através da
diversidade cultural humana também pode fermentação da matéria orgânica contida
ser considerada parte da biodiversidade, nos mesmos, conseguindo-se a sua
pois alguns atributos das culturas estabilização, sob a forma de um adubo
humanas representam soluções aos denominado composto. Na composta-
problemas de sobrevivência em determi- gem sobram normalmente cerca de 50%
nados ambientes. A diversidade cultural de resíduos.
manifesta-se pela diversidade de
linguagem, crenças religiosas, práticas de coriácea – Folha cuja consistência lembra
manejo da terra, arte, música, estrutura o couro.
social e seleção de cultivos agrícolas,
dentre outros. coroamento – Processo que consiste na
remoção das herbáceas ao redor da muda
caducidade – Processo de adaptação de de espécies arbóreas ou arbustivas
um vegetal através do qual as folhas caem plantadas em covas. Normalmente tal
antes de brotarem novas folhas, permitin- processo é efetuado em um raio não
do deste modo que seja conservada água superior a 50 cm em volta da muda.
durante a estação desfavorável, seja a fria
(hibernação) seja a seca (estivação). costão – Trecho da costa que penetra em
direção ao oceano, terminando
caducifólio – Vegetal que perde as folhas abruptamente em forma de escarpa.
durante o período climático desfavorável.
decídua – Qualidade apresentada por
capoeira – Vegetação secundária que uma comunidade vegetal, em que 50% ou
nasce após a derrubada das florestas mais de seus indivíduos perdem todas as
primárias. suas folhas ou parte delas, por um
determinado período de tempo, em
características morfológicas – são os resposta a condições climáticas desfavo-
aspectos que distinguem visualmente as ráveis.
espécies umas das outras, tais como a
forma, a cor, o tamanho de flores, folhas,
frutos, etc.
estuário – Corpo aquoso litorâneo que meio ambiente – Conjunto dos agentes
apresenta circulação mais ou menos físicos, químicos, biológicos e dos fatores
restrita, porém ainda mantendo-se ligado sociais susceptíveis de exercerem um
ao oceano aberto. Muitos estuários efeito direto ou mesmo indireto, imediato
correspondem a desembocaduras fluviais ou a longo prazo, sobre todos os seres
afogadas, sendo que outros são apenas vivos, inclusive o homem.
canais que drenam zonas pantanosos
costeiras. Com base no processo físico mesófita – Planta que vive em locais que
dominante pode ser de dois tipos apresentam luz difusa e umidade média.
principais: estuários dominados por
marés, onde se formam os depósitos perenifólia – Planta ou comunidade
estuarinos propriamente ditos e onde a vegetal em que o processo de queda de
dinâmica da corrente fluvial predomina folhas se dá de forma paulatina, na mesma
sobre a marinha e, conseqüentemente, proporção do surgimento de folhas novas,
sobre os processos deposicionais nunca ficando totalmente desprovida de
associados. folhagem.

fenologia – Estudo das relações entre os polinização – Transporte do pólen


processos biológicos e o clima, como o liberado pelas anteras para o estigma do
que ocorre na brotação, frutificação e gineceu da mesma planta ou de outro
floração nas plantas. indivíduo. Os tipos de polinização são:
autopolinização e polinização cruzada.
floração – Denominação aplicada ao
desabrochamento dos botões florais. restinga – Massa arenosa, disposta
paralelamente à costa, e que permanece
manguezal – Ecossistema litorâneo que elevada acima da maré mais alta.(barreira)
ocorre em terrenos baixos sujeitos à ação
das marés e localizados em áreas viveiro florestal – Denominação aplicada
relativamente abrigadas, tais como baías, a uma determinada superfície do terreno
estuários e lagunas. São normalmente que é destinada a produzir plantas sadias
constituídos de vasas lodosas recentes, e vigorosas, para posterior utilização nas
às quais se associam uns tipos particulares plantações. Pode ser provisório ou
de flora e fauna. permanente.

Glossário 53
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Guia da Arborização Urbana 55


Esta obra, foi impressa pela Venture Gráfica e Editora, Salvador, Bahia,
sobre papel Reciclato da Companhia Suzano,
o primeiro papel industrialmente 100% reciclado
com 25% de aparas de lixo e 75% de aparas brancas.

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