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ARBORIZAÇÃO
URBANA
Grupo IBERDROLA
2 Guia de Arborização Urbana
Presidente
Ignacio Lázaro
A arborização, assim
como os demais
componentes urbanos de
uma cidade, disputa
espaço físico e recursos
para a sua manutenção.
CONFLITOS
Apesar dos inúmeros benefícios que proporciona ao ambiente, a presença da
arborização no meio urbano não é isenta de conflitos. A arborização, assim como
os demais componentes urbanos de uma cidade, disputa espaço físico e recursos
para a sua manutenção.
Alguns dos conflitos mais comuns entre as redes elétricas e a arborização urbana:
n Impacto nos fios elétricos - contato de galhos com condutores nus,
provocando curtos-circuitos e impondo desligamento da rede pelo sistema de
proteção;
n Impacto na arborização - podas efetuadas para evitar contato das árvores
com a rede, provocando mutilações que afetam a estética ou comprometem as
condições fitossanitárias das árvores;
ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS
As redes primárias aéreas podem adotar
diferentes tecnologias, cuja escolha é,
normalmente, condicionada por fatores
técnicos, econômicos, ambientais ou
urbanísticos, a saber:
n Convencionais: com cabos condutores nus
ou com cobertura protetora;
n Compactas protegidas: com cabos
condutores cobertos;
Rede compacta n Isoladas ou multiplexadas: com cabos
spacer cable condutores isolados e encordoados.
Cabo multiplexado
As redes compactas com cabos protegidos constituem uma solução tecnológica
que permite uma melhor convivência com a arborização, pois permitem toques
eventuais de galhos de árvores sem provocar desligamentos da rede elétrica.
Exigem menor freqüência de podas e requerem menor área de poda em
comparação com as redes nuas ou redes convencionais protegidas por
coberturas. Apresentam menor impacto visual do que as redes convencionais e
boa adequação para implantação em ruas estreitas. Apesar do maior preço
inicial, em função do seu desempenho e qualidade, estas redes em muita
situações apresentam uma melhor relação custo-benefício ao longo do tempo,
devido à economia nas atividades de poda, operação e manutenção.
Gradativamente, as redes primárias compactas protegidas vêm sendo utilizadas
em locais de conflito com a arborização em substituição às redes com Substituição da rede
condutores nus, com ótimos resultados. convencional por rede
compacta
No Corredor da
Vitória, em Salvador,
há árvores centenárias
que convivem com
spacer cable em
harmonia
Corredor da Vitória
ADEQUAÇÃO DA ESPÉCIE
A situação mais freqüente em áreas urbanas é a presença de espécies arbóreas
inadequadas para a convivência com as redes elétricas e impróprias para o passeio
urbano, exigindo do município e da concessionária de energia dedicação especial
na realização de podas periódicas, pois estas, quando conduzidas de forma
inadequada, podem comprometer a sanidade, o vigor e a estética das árvores.
Gameleira nas margens Existem alternativas para evitar situações de conflito com a arborização, tais
do Dique de Tororó, em
como: usar luminárias suspensas para a iluminação pública e substituir as árvores
Salvador
inadequadas ou que estejam com sua vitalidade comprometida. Essa substituição
deve ser precedida de estudo e executada por profissional habilitado.
É bom lembrar que, nem todas as espécies exuberantes pela formação da sua copa
ou pela ocorrência de flores podem ser plantadas nas vias públicas. As espécies de
porte alto devem ser plantadas em praças, jardins, canteiros centrais e parques,
Nem todas as espécies observando sempre a compatibilização com o sistema elétrico e outros serviços
exuberantes pela públicos. As espécies adequadas para a arborização urbana devem ser escolhidas
baseadas em critérios técnicos. Essa escolha será abordada posteriormente em
formação da sua copa outro capítulo.
ou pela ocorrência de
flores podem ser
plantadas nas vias
públicas.
Dique de Tororó
OS TIPOS DE VEGETAÇÃO DA BAHIA
O Estado da Bahia é constituído por quatro regiões fitogeográficas, ou seja, Muitas árvores nativas
é composto por diferentes tipos de vegetação: Mata Atlântica, Cerrado,
Caatinga e Restinga Litorânea. Trata-se de um estado privilegiado, pois
podem ser utilizadas
possui uma grande diversidade biológica representada por um grande na arborização urbana,
número de espécies arbóreas. Muitas árvores nativas podem ser utilizadas na proporcionando a
arborização urbana, proporcionando a permanência de espécies da fauna e
da flora. A seguir, as espécies recomendadas para cada tipo de região. permanência de espécies
da fauna e da flora.
Os Tipos de Vegetação da Bahia 13
14 Guia de Arborização Urbana
MATA ATLÂNTICA
A Mata Atlântica já foi uma das maiores florestas do mundo, cobrindo o litoral
brasileiro desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, adentrando
por vários estados, como o Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina. Hoje, apesar de restarem apenas 7% desta vegetação, a Mata
Atlântica continua sendo a floresta mais rica em espécies vegetais do mundo
(mais ou menos 20 mil ). O litoral sul da Bahia é a região com a maior
quantidade de espécies arbóreas por hectare do mundo, fazendo desta região o
local com maior diversidade do planeta.
Represa Joanes, Salvador
Mata Atlântica - pequeno porte Espécies da Mata
Frutificação: Outubro a novembro
Atlântica
Nome científico: Casearia sylvestris Sw.
Família: Flacourtiaceae Copa/forma: Globosa (irregular)
diâmetro: 4 metros
recomendadas para
Nome popular: São-gonçalinho, guaçatonga,
cafezeiro-do-mato, cambroé, cafezinho-do- Folha/persistência: Caduca serem utilizadas sob a
Época de poda: Julho
mato, guaçatunga-preta, pau-de-lagarto, chá-
de-bugre, varre-forno, erva-de-pontada Desenvolvimento: Rápido rede elétrica
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Junho a agosto Nome científico: Stifftia crysantha Mikan convencional
cor:Branca Família: Compositae
Nome popular: esponja-de-ouro, diadema,
Frutificação: Setembro a novembro
rabodecutia, flordaamizade, pincel
são-gonçalinho,
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 4 a 6 metros Altura: 3 a 5 metros guaçatonga,
Folhas/persistência: Persistente Floração: Julho a setembro cafezeiro-do-mato,
cor: Amarela
Época de poda: Dezembro
Frutificação: Setembro a novembro cambroé,
Desenvolvimento: Rápido
Copa/forma: Piramidal cafezinho-do-mato,
diâmetro: 3 metros
Nome científico: Metrodorea nigra St. Hil
Folha/persistência: Perene
guaçatunga-preta,
Família: Rutaceae
Nome popular: Quebra-machado, caputuna- Época de poda: Dezembro pau-de-lagarto,
preta, carrapateira, chupa-ferro Desenvolvimento: Lento
Observações: Possui sementes aladas, que
Altura: 4 a 5 metros
são disseminadas pelo vento. quebra-machado,
Floração: Setembro a novembro
cor: Lilás caputuna-preta,
Nome científico: Bixa orelana L.
Frutificação: Março a abril
Família: Bixaceae
carrapateira,
Copa/forma: Arredondada
diâmetro: 4 metros Nome popular: urucum, urucu, açafroa, chupa-ferro
Folha/persistência: Perene açaforeirodaterra
Altura: 3 a 5 metros
Época de poda: Maio
Floração: Setembro a dezembro lixeira, lixa
Desenvolvimento: Lento
Observações: Produz anualmente baixa cor: Rosa
Frutificação: Fevereiro a março
quantidade de sementes viáveis.
Copa/forma: Globosa
esponja-de-ouro,
Nome científico: Aloysia virgata (Ruiz et Pav.) diâmetro: 3 metros diadema, rabo-de-cutia,
A. L. Juss. Folha/persistência: Perene flor-da-amizade, pincel
Família: Verbenaceae Época de poda: Abril
Nome popular: lixeira, lixa Desenvolvimento: Rápido
Altura: 4 a 5 metros urucum, urucu, açafroa,
Floração: Agosto a novembro açaforeiro-da-terra
cor: Branca
CERRADO
O Cerrado ocorre em todo o Planalto Central Brasileiro, atingindo os estados
O cerrado possui de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito
Federal e Bahia. Apesar de aparentar pouca riqueza biológica, possui cerca
cerca de 10 mil de 10 mil espécies vegetais, sendo, na sua maioria, vegetais de pequeno porte,
espécies vegetais. podendo também apresentar vegetais de até 20 metros de altura,
com casca grossa, tronco retorcido e presença de fissuras. Esta vegetação
é de grande importância pois está ligada à Mata Atlântica, Amazônia
e Caatinga, aumentando assim a diversidade de espécies animais e vegetais
Barreiras nessas regiões.
Cerrado - pequeno porte Espécies do Cerrado
Folha/persistência: Perene
recomendadas para
Nome científico: Tabebuia aurea (Manso)
Benth. & Hook Época de poda: Março
Desenvolvimento: Lento
serem utilizadas sob a
Família: Bignoniaceae
Nome popular: craibeira, para-tudo, caraibeira, rede elétrica
Nome científico: Ouratea spectabilis (Mart. ex
caroba-do-campo, cinco-em-rama, ipê-
amarelo-do-cerrado Engl.) Engl. convencional
Altura: 4 a 5 metros Família: Ochnaceae
Floração: Agosto a setembro Nome popular: folha-de-serra
cor: Amarela Altura: 4 a 5 metros
Frutificação: Setembro a outubro Floração: Agosto a setembro
Forma/copa: Arredondada cor: Amarela craibeira,
diâmetro: 4 a 6 metros Frutificação: Outubro a novembro para-tudo,
Copa/forma: Globosa (Irregular)
Folha/persistência: Caduca
diâmetro: 4 metros
caraibeira,
Época de Poda: Novembro
Desenvolvimento: Lento Folha/persistência: Caduca caroba-do-campo,
Época de poda: Junho cinco-em-rama,
Nome científico: Exellodendron cordatum Desenvolvimento: Lento
(Hooker f.) Prance
ipê-amarelo-do-cerrado
Família: Chrysobalanaceae Nome científico: Acosmium dasycarpum
(Vogel) Yakovlev
Nome popular: cariperana
Família: Papilionaceae
cariperana
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Fevereiro a março Nome popular: chapada, pau-paratudo,
cor: Amarela perobinha, unha-danta pimenteira
Frutificação: A partir de julho Altura: 4 a 5 metros
Copa/forma: Globosa Floração: Novembro a dezembro
diâmetro: 6 metros cor: Branca folha-de-serra
Folha/persistência: Perene Frutificação: A partir de fevereiro
Época de poda: Maio Copa/forma: Pequena e rala
Desenvolvimento: Lento diâmetro: 4 metros chapada,
Folha/persistência: Perene pau-paratudo,
Nome científico: Gomidesia lindeniana O. Berg Época de poda: Março
Família: Myrtaceae Desenvolvimento: Lento perobinha,
Nome popular: pimenteira unha-danta
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Janeiro a fevereiro
cor: Branca
Frutificação: Novembro a dezembro
Copa/forma: Piramidal
diâmetro: 3 metros
Folha/persistência: Perene
Nome científico: Curatella americana L.
Época de poda: Janeiro
Família: Dilliniaceae
lixeira, Nome popular: lixeira, lixa, cajueiro-bravo,
Desenvolvimento: Lento
lixa, caimbé, cajuiero-bravo-do-campo, pentieira,
Nome científico: Jacaranda brasiliana (Lam.)
cajueiro-bravo, sambaíba, sobro
Pers.
Altura: 6 a 10 metros
caimbé, Floração: Agosto a outubro
Família: Bignoniaceae
Nome popular: boca-de-sapo, caroba, castelo-
cajuiero-bravo-do-campo, Cor: Branca
de-cavalo
Frutificação: Outubro a novembro
pentieira, Copa/forma: Globosa
Altura: 6 a 10 metros
sambaíba, Floração: Agosto a setembro
diâmetro: 4 metros
cor: Rosa
sobro Folha/persistência: Perene
Frutificação: Julho a agosto
Época de poda: Dezembro
Copa/forma: Globosa
Desenvolvimento: Lento
diâmetro: 6 metros
murici, Folha/persistência: Caduca
Nome científico: Byrsonima basiloba Juss.
murici-do-campo Família: Malpighiaceae
Época de poda: Junho
Desenvolvimento: Rápido
Nome popular: murici, murici-do-campo
pau-terra-de-flor-miudinha, Altura: 6 a 10 metros
Nome científico: Eugenia dysenterica DC.
Floração: Fevereiro a maio
pau-terra-mirrim, cor: Amarela
Família: Myrtaceae
Nome popular: cagaita, cagaiteira
pau-terra Frutificação: Setembro a outubro
Altura: 6 a 8 metros
Copa/forma: Globosa
Floração: Agosto a setembro
diâmetro: 4 metros
boca-de-sapo, cor: Branca
Folha/persistência: Caduca
Frutificação: Outubro a novembro
caroba, Época de poda: Julho
Copa/forma: Alongada / Densa
Desenvolvimento: Lento
castelo-de-cavalo diâmetro: 5 metros
Folha/persistência: Caduca
Nome científico: Qualea parviflora Mart.
Época de poda: Julho
Família: Vochysiaceae
cagaita, Nome popular: pau-terra-de-flor-miudinha, pau-
Desenvolvimento: Lento
cagaiteira terra-mirrim, pau-terra
Altura: 6 a 10 metros
Floração: Novembro a dezembro
cor: Rosa
Frutificação: Setembro a Outubro
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 4 a 6 metros
Cerrado - grande porte
CAATINGA
A Caatinga compreende quase todo o Nordeste do país, devido às condições
climáticas da região. A Caatinga é composta por uma vegetação de pequeno e
médio porte, na sua maioria formada por arbustos com presença de espinhos e
variedades de cactos, apresentando folhas caducas que caem durante o período
das secas para evitar a perda de água.
Durante as poucas
Durante as poucas épocas de chuva, vegetam bromeliáceas e ervas e os
épocas de chuva, arbustos se enchem de folhas verdes demonstrando beleza e vivacidade em
vegetam bromeliáceas e contraste à feição pobre e fraca da Caatinga. Trata-se de uma vegetação de
ervas e os arbustos se grande importância, dada à sua adaptação às difíceis condições climáticas do
semi-árido nordestino.
enchem de folhas verdes.
A Caatinga divide-se em dois estágios de vegetação, devido à variabilidade do
grau de umidade, sendo agreste, quando está próxima ao mar, apresentando uma
vegetação mais densa, com porte alto e solo mais profundo; ou sertão, quando
apresenta uma vegetação mais seca e pobre, de pequeno porte, solo raso e/ou
pedregoso, com extensões voltadas para o interior.
Morro do Chapéu
Caatinga - pequeno porte Espécies da Caatinga
recomendadas para
Nome científico: Senna spectabilis (DC.) Irwin Nome científico: Aspidosperma riedelii Müll.
et Barn. var. excelsa (Schrad) H.S. Irwin & Arg. serem utilizadas sob a
Barneby Família: Apocynaceae
Família: Caesalpinaceae Nome popular: guatambuzinho, peroba-branca, rede elétrica
Nome popular: canafístula, são-joão, cassia-
do-nordeste, pau-de-ovelha
perobinha-branca
Altura: 4 a 5 metros convencional
Altura: 4 a 5 metros Floração: Outubro a dezembro
Floração: Abril a maio cor: Branca
cor: Amarela Frutificação: Agosto a setembro canafístula, são-joão,
Frutificação: Maio a julho Copa/forma: Flabeliforme
Copa/forma: Globosa diâmetro: 5 metros
cassia-do-nordeste,
diâmetro: 6 metros Folha/persistência: Perene pau-de-ovelha,
Folha/persistência: Caduca Época de Poda: Janeiro
Época de poda: Agosto Desenvolvimento: Moderado
Desenvolvimento: Rápido monzé, angico-branco,
Observações: Suas sementes são achatadas e albizia
esverdeadas. Nome científico: Pseudobombax simplicifolium
A. Robyns
Nome Científico: Albizia polycephala (Benth.) Família: Bombacaceae guatambuzinho,
Killip Nome popular: embiruçu, imbiraçu, buruçu, peroba-branca,
Família: Mimosaceae imburuçu
Nome popular: monzé, angico-branco, albizia Altura: 4 a 5 metros perobinha-branca
Altura: 4 a 5 metros Floração: Maio a agosto
Floração: Janeiro a fevereiro cor: Branca
cor: Branca Frutificação: Julho a setembro
embiruçu, imbiraçu,
Frutificação: Março a abril Copa/forma: Umbeliforme buruçu, imburuçu
Copa/forma: Globosa (Irregular) diâmetro: 6 metros
diâmetro: 6 metros Folha/persistência: Caduca
Folha/persistência: Caduca Época de poda: Maio
Época de poda: Junho Desenvolvimento: Moderado
Desenvolvimento: Moderado
RESTINGA LITORÂNEA
A restinga ocorre no litoral brasileiro e, em razão da influência direta do solo,
traz às proximidades da costa uma variedade de vida riquíssima. A restinga é
formada por trechos de Mata Atlântica ligados aos manguezais, às dunas,
Rio dos Frades, Trancoso, estuários, praias e costões. Apresentam estratos herbáceos e arbustivos, de
Caraíva pequeno e médio porte.
Restinga Litorânea - pequeno porte Espécies da Restinga
Litorânea recomendadas
Nome Científico: Hybiscus pernambucensis Nome Científico: Chrysobalanus icaco L.
Arruda Família: Chrysobalanaceae para serem utilizadas
Família: Malvaceae Nome popular: ajurú, ajurú-branco, cajurú,
Nome popular: algodão-da-praia, algodão-do- goajurú, oajurú, ajirú sob a rede elétrica
brejo, guaxima-do-mangue
Altura: 3 a 5 metros
Altura: 4 a 5 metros
Floração: Agosto a dezembro convencional
Floração: Agosto a janeiro cor: Branca
cor: Amarela Frutificação: Agosto a dezembro
Frutificação: Fevereiro a abril Copa/forma: Pêndula
Copa/forma: Globosa diâmetro: 3 metros
algodão-da-praia,
diâmetro: 4 metros Folha/persistência: Perene algodão-do-brejo,
Folha/persistência: Perene Época de poda: Janeiro guaxima-do-mangue
Época de poda: Julho Desenvolvimento: Moderada
Desenvolvimento: Rápido Observações: Sua floração e frutificação
ocorrem continuamente ao longo do ano. pitangueira-vermelha,
Nome Científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae
pitanga, pitanga-roxa,
Nome popular: pitangueira-vermelha, pitanga, pitanga-branca
pitanga-roxa, pitanga-branca
Altura: em média 5 metros
Floração: Agosto a setembro ajurú, ajurú-branco,
cor: Branca cajurú, goajurú, oajurú, ajirú
Frutificação: Outubro a janeiro
Copa/forma: Globosa
diâmetro: 3 metros
Folha/persistência: Perene
Época de poda: Setembro
Desenvolvimento: Lento
BAIXO MÉDIO
SÃO FRANCISCO
MATA ATLÂNTICA
Primária NORDESTE
MÉDIO
Estágio avançado/médio de regeneração SÃO
PIEMONTE DA
DIAMANTINA
FRANCISCO
Estágio inicial de regeneração
Manguezais IRECÊ
Restinga
LITORAL
Brejo NORTE
PARAGUAÇU
OESTE
CAATINGA
CHAPADA REGIÃO
Arbórea DIAMANTINA METROPOLITANA
RECONCAVO
SUL DE SALVADOR
Arbustiva
Caatinga parque
LITORAL
SUL
CERRADO sensu lato SERRA GERAL
Cerradão
Cerrado sensu strictu SUDOESTE
Campo cerrado
Campo limpo
Veredas e campo úmido
FLORESTA ESTACIONAL
MATA CILIAR EXTREMO SUL
CAMPO RUPESTRE
ÁREA DE TRANSIÇÃO
Com adaptações
Fonte:
ANTROPISMO Diretoria de Desenvolvimento Florestal - DDF/SEAGRI
Reflorestamento
Mapeamento da cobertura vegetal do Estado da Bahia
Escala: 1:100.000
Agropecuária Período: 1996 a 1999
COMO PLANEJAR A ARBORIZAÇÃO URBANA
A responsabilidade
pela implantação e
manejo da arborização
pública é das prefeituras
municipais.
É possível minimizar
o gasto de energia,
aumentando o
Rede elétrica
Pequeno porte
aproveitamento dos
Médio porte
raios solares na
Poste
iluminação e os
benefícios do
Com essa finalidade, propõe-se um modelo padrão de arborização (figura acima) sombreamento que
para ruas com largura inferior a 20m, o qual deve seguir algumas
recomendações, como: protege as fachadas
¡ implantar a rede de energia elétrica aérea nas calçadas norte e oeste, podendo voltadas para o poente.
utilizar sob a rede, árvores de pequeno porte.
¡ livrar as calçadas sul e leste para o plantio de árvores de maior porte (médio e
grande), levando em conta as dimensões da via pública, tendo como finalidade a
valorização do paisagismo local e o sombreamento das ruas.
A população também
é responsável pela
arborização e deve ser
convocada a colaborar e
contribuir com a
preservação desse
patrimônio público.
PRAÇA
Nas praças, pode-se implantar a arborização com maior liberdade, desde que a
rede elétrica fique restrita às calçadas do lado oposto, e, no interior da praça, a
rede seja subterrânea, contendo apenas os postes de iluminação. Este tipo de
urbanização, quando planejada corretamente, causa um efeito belíssimo nas
cidades por não requerer podas constantes.
Na escolha das espécies, deve-se estar atento ao tipo de sistema radicular das
árvores, pois as raízes devem ser profundas, para que não prejudiquem o
calçamento e os dutos da rede subterrânea. Neste caso, pode-se utilizar árvores
que possuam copa larga e densa, visando a formação de um microclima mais
ameno e com maior sombreamento.
Praça da Mangueira,
na Vila Sauípe,
Mata de São João
2,00m
Baixa tensão
1,00m
Serviços Altura
Poste 9 a 12m
Condutor de baixa tensão 7,30m
Condutor de alta tensão 8,20 a 9,40m
5,00m
Fio de telefone 5,40m
PORTE DAS ÁRVORES E FORMAS DAS COPAS
Cônica
Colunar
Elíptica
vertical
Umbeliforme
A diversidade de
espécies mantém as
características da
vegetação nativa, além
de evitar o ataque de
pragas e doenças
Deve-se evitar espécies que necessitem de poda freqüente, que tenham tronco
frágil, caule e ramos quebradiços, que sejam suscetíveis ao ataque de pragas
(brocas, cupins, cochonilhas etc.) e doenças.
O uso de espécies que produzem frutos comestíveis pelo homem deve ser
evitado, pois, geralmente, estes frutos são grandes, pesados e soltam-se
facilmente dos galhos. Deve-se utilizar, na arborização urbana, espécies que
produzam frutos pequenos para a alimentação de pássaros. Deve-se lembrar
também que as espécies de grande porte não são recomendadas para as vias
públicas, sendo mais adequadas aos locais de lazer público como bosques,
praças e áreas verdes abertas.
n Copa: deve ser compatível com o espaço físico, permitindo o livre trânsito
de veículos e pedestres, evitando conflitos com a sinalização, iluminação e
placas indicativas, e danos às fachadas. No caso de árvores de médio porte,
próximas a redes elétricas, deve-se dar preferência às copas que poderão
retomar sua arquitetura original após podas de condução, necessárias até a
ultrapassagem dos condutores da rede.
n Folhas: priorizar espécies de folhagem permanente. Quando as espécies
forem caducifólias, verificar o tamanho e a textura das folhas para evitar que
venham causar o entupimento de calhas e bueiros.
n Crescimento: nos passeios, devem ser utilizadas espécies que tenham A flora nativa do
crescimento médio. As espécies de crescimento muito lento são mais suscetíveis
à depredação. No caso de plantio de espécies de grande porte próximo às redes, Estado da Bahia é
deve-se dar preferência às espécies de crescimento rápido. muito rica e possui
n Resistência a pragas e doenças: utilizar espécies resistentes ao ataque de
espécies de grande valor
pragas e doenças, que dispensem o uso de fungicidas e inseticidas em meio paisagístico.
urbano, pois esses produtos podem comprometer a saúde da população.
PLANTIO
As mudas devem ser sadias, selecionadas no viveiro e apresentar características
saudáveis, como:
¡ Vigor;
¡ Rusticidade;
¡ Resistência a intempéries, pragas e doenças;
¡ Caule único sem ramificações laterais;
¡ Altura mínima de 1,80m livre de ramos;
¡ Embalagem adequada.
O plantio das mudas em áreas públicas deve ser feito no período de chuvas, de
preferência pela manhã, ou, no final da tarde, e nunca em horário que o sol
esteja muito forte, dando-se preferência aos dias nublados.
A muda deve ser assentada na cova, de maneira que não fiquem espaços vazios.
A cova já fechada, deve, na superfície, ter as bordas elevadas; o solo, ao redor
da muda, deve ser preparado de forma a criar condições que possibilitem a
permanência da água da chuva. Este processo é denominado de embaciamento
ou coroamento de contenção. Após o plantio, a muda deve ser irrigada até sua
completa consolidação.
10. Puxar com cuidado... 12. Pisar para assentar... 13. Muda com tutor Amarração do tutor
Mudas superiores a 4,00m devem ser amparadas por três tutores, que deverão
ser pontiagudos na sua extremidade inferior para serem fixados ao solo com
mais firmeza.
n Gradis: protegem as mudas de animais, possíveis vandalismos e depredações.
Existem os mais diversos modelos, com seção quadrada, triangular e circular,
podendo ser feitos de madeira ou bambu. O gradil deve ter uma área bem
aberta, de maneira a não abafar as mudas, possibilitando a livre penetração dos
raios solares e o suficiente arejamento, garantindo seu adequado
desenvolvimento. Não é aconselhável utilizar os gradis para veiculação de
propaganda.
Tutor
2,30m
15 a 20cm (colo)
0,60 -100cm
IRRIGAÇÃO
A muda deve ser irrigada abundantemente, sempre que necessário, para o seu
melhor desenvolvimento.
ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR
Plantio sem manutenção
Caso a muda esteja fraca, pode ser que esteja precisando de algum nutriente,
sendo necessário realizar uma adubação. Esse problema deve ser resolvido com
orientação de um técnico habilitado, que indicará o adubo correto a ser utilizado.
CONTROLE FITOSSANITÁRIO
O controle de pragas e doenças das mudas deve ser feito
regularmente por técnico habilitado. Este avaliará as mudas e
emitirá um diagnóstico técnico, indicando o produto adequado
para cada caso. Por exemplo: ataque de formigas, de
cochonilhas, pulgões, lagartas, erva de passarinho e outros.
Quando houver ataque de brocas, deve-se analisar em que
partes do vegetal a broca atacou, pois é preciso retirar toda a
parte atacada. Se a árvore estiver totalmente atacada será
preciso erradicá-la e substituí-la por outra.
FATORES ESTÉTICOS
Caiação: É desaconselhável caiar ou pintar árvores, pois trata-se de uma
prática inadequada, antiestética e que deve ser abolida.
CADASTRO DE ARBORIZAÇÃO
Para o sucesso da arborização urbana é muito importante ter um cadastro
atualizado com as espécies existentes na cidade, com dados tais como:
localização, espécie, idade, porte, condições fitossanitárias, melhor época para
podar etc.
Este processo, bem orientado por profissionais da área, poderá dar uma base
científica a todos os componentes referentes às espécies da arborização urbana,
além de otimizar os custos com podas de árvores.
GLOSSÁRIO
Glossário 51
52 Guia de Arborização Urbana
Glossário 53
BIBLIOGRAFIA