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Contabilidade de Custos II
Produção Conjunta e Problemas Fiscais na Avaliação dos Estoques Correspondentes
Quando falamos em produção conjunta na realidade estamos querendo dizer que além do
produto principal podem ser produzidos sub-produtos como também sucatas. Estes produtos
secundários são inerentes a qualquer processo produtivo e geralmente são estimados.
Não se deve considerar custo às perdas acontecidas por processos não estimados, como
perdas anormais:
Perdas normais:
• São inerentes ao próprio processo de fabricação;
• São previsíveis e já fazem parte da expectativa da empresa;
• Constituí-se do sacrifício que a empresa já está disposta a suportar;
• Podem ocorrer no tratamento de corte, tratamento térmico, reações químicas;
evaporação, etc.
Perdas anormais:
• Ocorrem de forma involuntária;
• Não representa sacrifícios premeditados;
• Ex: Danificações extraordinárias de materiais por obsolescência, degeneração,
incêndio, desabamento, etc.
• São previsíveis e já fazem parte da expectativa da empresa;
• Constituí-se do sacrifício que a empresa já está disposta a suportar;
• Não fazem parte do custo do produto e são tratadas como perdas do período,
indo diretamente para o resultado, sem se incorporarem aos produtos;
• Só não serão tratadas assim devido a sua irrelevância.
SubProdutos:
São produtos gerados no processo produtivo com receita não significativa, relacionado à
receita dos produtos principais, e com venda garantida pelo mercado. Ou seja, são produtos
que a venda pode ser estimada mesmo não sendo os produtos principais do processo de
produção, porém a receita correspondente não pode ser relevante no total. Servindo apenas
para diminuir o custo dos produtos principais.
Por isto mesmo que a contabilização dos subprodutos é feita não como receita e sim com o
abatimento do custo de produção.
Sucatas
As sucatas têm venda esporádica e geralmente o valor não é previsível. Desta forma não
recebem custos como também não são estocados e não diminuem o custo dos produtos. Na
sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.
Co-Produtos
Esses são tão importantes quanto os principais, pois na realidade esses também os são. As
sucatas têm venda esporádica e geralmente o valor não é previsível. Desta forma não
recebem custos como também não são estocados e não diminuem o custo dos produtos. Na
sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais.
Assim como foi dito anteriormente os Subprodutos não são tratados como receitas e sim
como diminuição dos custos de produção. Desta forma um exemplo cuja empresa contemple
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uma conta: Custos de Produção estejam com saldo de 17.000.000,00 e sejam esperadas
vendas de subprodutos no período, estes devem ter o seguinte tratamento. Debita-se a conta
Subprodutos (Estoque) e Credita-se a conta de Custos de Produção. Diminuindo o custo total
de produção do período. Quando a venda acontecer realmente Debita-se Caixa / Bancos e
Credita-se a conta de subprodutos correspondente. (Observem que ambos os lançamentos
foram feitos com valores de venda).
O tratamento dos Co-produtos é um pouco mais complicado visto que vários itens de custos
indiretos devem ser rateados e sendo assim seus critérios devem ser arbitrados. Vamos citar
alguns exemplos de como podem ser feitos esses tratamentos.
Como dito acima as Sucatas são vendas não previstas e são consideradas Outras receitas
Operacionais. Seus custos também não são levantados e não são estocados. Por isso ao
vender uma sucata Debita-se Caixa/Bancos e credita-se Outras Receitas Operacionais.
O Decreto Lei .1598/77 determinou o uso de critérios mais rígidos para efeito de avaliação de
estoques para finalidades de apuração de lucro tributável. Paraceres e instruções depois
desta detalham ainda mais os procedimentos julgados necessários pela Receita Federal.
Conforme determinam os princípios contábeis e o fisco também exige a integração dos gastos
com transporte e seguro e os tributos devidos na aquisição ou importação. Estão fora os
impostos e contribuições recuperáveis.
Bens de consumo eventual poderão passar diretamente para custo sem ser armazenados
aqueles que não excedam 5% do custo total dos produtos vendidos no exercício anterior.
Só são considerados bens de consumo eventuais aqueles que não participam diretamente do
processo de produção. Exemplos:
• Itens relativos a necessidade de recuperação de produção anormalmente danificada;
• Materiais de testes esporádicos;
• Serviço especialíssimo de manutenção,
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• Etc.
O que deve estar inserido nos custos das mercadorias conforme legislação:
O fisco exige o uso do Custeio por Absorção e que alguns gastos, de difícil apropriação, estão
sendo cada vez mais desconsiderados por uma questão de flexibilidade. Tais como os
relativos a administração da produção geral. Porém a substituição de um item de Custo para
Despesa deve ser utilizada apenas para efeitos fiscais e não como despesas de exercício visto
que acima do fisco estão os princípios contábeis, dos quais a auditoria independente deve ser
fiel observadora.
Não são aceitos o UEPS (LIFO) e a Média Ponderada Fixa, isto é a relativas à compra de um
exercício inteiro. Pois pode ser atribuído a um produto de alta rotação, e comprado por isso a
pouco tempo, um preço que diz respeito a uma média válida como representativa dos preços
de há seis meses. Somente poderá ser considerado se for feito em períodos que não
ultrapassem o próprio prazo médio de rotação do item que está sendo avaliado.