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Teoria Geral de

Sistemas

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Teoria Geral de Sistemas
 Teoria - Ação de examinar, contemplar, estudar,
etc. É um mapeamento para a observação de um
fenômeno.
 Geral - Pode ser aplicada a todo o tipo de
sistemas.
 Sistemas - Conjunto de elementos, materiais ou
ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir
alguma relação. Um todo organizado ou complexo;
um conjunto ou combinação de coisas ou partes,
formando um todo complexo ou unitário.
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Teoria Geral de Sistemas
 TEORIA GERAL DE SISTEMAS é uma teoria que
tem por objetivo melhorar a compreensão sobre
sistemas, podendo ser aplicada, de forma geral, a
todo o tipo de sistemas. É interdisciplinar, pois para
a sua compreensão e aplicação recorre-se a
conceitos de Filosofia, Sociologia, Biologia,
Administração, entre outros.

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Teoria dos sistemas
 A realidade é feita de sistemas.
 As propriedades dos sistemas não podem ser
descritas em termos dos seus elementos
separados.
 A compreensão do sistema somente ocorre
quando se estuda os sistemas globalmente,
envolvendo todas suas relações e suas
partes.
 O todo pode ter propriedades que as partes
não possuem e vice-versa. 4
Premissas da TGS
 Sistemas existem dentro de outros sistemas
 Sistemas são abertos
 As funções de um sistema dependem de sua
estrutura

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Holismo
 O holismo é quando a totalidade representa
mais do que as soma das partes.
 Os componentes de um sistema desenvolvem
qualidades que não são perceptíveis
quando estes componentes estão isolados
 Por exemplo, a água é diferente do hidrogênio e do
oxigênio que a constituem.
Hidrogênio e oxigênio são inflamáveis
A água apaga o fogo!
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Teoria Geral de Sistemas
 Em termos gerais, a TGS visa entender o ser
humano e seu ambiente como parte de
sistemas que se interagem, buscando entender
esta interação sob múltiplas perspectivas.
 Ela provê uma linguagem geral, fazendo a
ponte entre várias áreas, isto é, uma
comunicação interdisciplinar.

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Sistemas

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Componentes do sistema
 O limite do sistema define o sistema de qualquer
outro (o ambiente).
 As unidades básicas do sistema são os elementos
do sistema.
 Podem existir os subsistemas.
 A forma na qual os elementos do sistema estão
organizados ou arranjados é chamado
configuração.

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Componentes do sistema

1 Subsistema A

2 3

Subsistema B
4

5 6

Limite do sistema Objetivo


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Parâmetros do sistema
 Entrada
 Processamento
 Saída
 Ambiente
 Retroação

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Entrada (“Input”)
 Entrada é o que o sistema importa do meio
ambiente para ser processado. Em geral,
composto por substantivos. Podem ser:
 dados: permitem planejar e programar o
comportamento do sistema (conhecimentos,
técnicas, etc);
 energias de entrada: permitem movimentar e
dinamizar o sistema (máquinas, pessoa, etc);
 materiais: são os recursos a serem utilizados pelo
sistema para produzir a saída (itens explícitos de
entrada, etc).
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Processamento
 Processamento é a operação interna do sistema.
 Fica entre as entradas e as saídas; transforma e
processa entradas; proporciona saídas
 Pode sofrer uma divisão lógica de trabalho
(diferenciação de atividades) desdobrando-se em
várias partes do sistema (subsistemas) que
precisam trabalhar integradamente para assegurar
coesão e estado firme do sistema.

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Saída
 Saída é o resultado final da operação ou
processamento de um sistema.
 Todo sistema produz uma ou várias saídas.
 Por meio da saída, o sistema exporta o resultado
de suas operações para o seu ambiente.
 Por exemplo, quais as saídas de uma empresa:
 Produtos, lucro, pessoas aposentadas, poluição

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Ambiente
 Ambiente é o meio que envolve o sistema.
 O sistema é influenciado pelo ambiente através
das entradas e influencia o ambiente através das
saídas.
 Para que um sistema seja viável e sobreviva, ele
deve adaptar-se ao ambiente por meio de um
constante ajustamento.

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Retroação - Feedback
 Retroação é o mecanismo segundo o qual uma parte da
saída de um sistema volta à entrada.
 A retroação serve para comparar a maneira como um
sistema funciona em relação ao padrão estabelecido
para ele funcionar.
 Quando ocorre alguma diferença entre ambos, a
retroação se incumbe de regular a entrada para que a
saída se aproxime do padrão estabelecido.
 Por exemplo, o sistema nervoso do ser humano

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Tipos de retroação
 Positiva: é a ação estimuladora da saída que atua sobre
a entrada do sistema. O sinal de saída amplifica e reforça
o sinal de entrada. Ex.: quando as vendas aumentam e os
estoques diminuem, ocorre a retroação positiva para
aumentar a produção.
 Negativa: é a ação inibidora da saída que atua sobre a
entrada do sistema. O sinal de saída diminui e inibe o
sinal de entrada. Ex.: quando as vendas diminuem e os
estoques aumentam, ocorre a retroação negativa para
diminuir a produção.

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Esquema de um Sistema

Processamento
Entradas Saídas

Retroação

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Exemplo de um Sistema
Entradas
Farinha
Ovos Processo Saídas
Leite
Açúcar Assar o bolo Bolo acabado
Manteiga
Tempo
Energia
Técnica
Conhecimento
Fogão
Cozinheiro

Verificação do ponto do bolo 19


Sistema de uma
Geladeira

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Sistemas Dependentes
 A saída de um sistema pode ser a entrada de
Entradas
outro Preço
Entradas
Saídas/ Vendedor
Farinha Cliente
Ovos Processo Entradas
Técnicas
Leite
Açúcar
Assar Bolo
Manteiga o bolo acabado
Tempo
Processo Saídas
Energia
Técnica Vender o Bolo
Conhecimento bolo
Fogão
vendido
Cozinheiro
Retroalimentação
22
Verificação do ponto do bolo
Outros Conceitos em
TGS

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Cibernética
 Cibernética é a ciência da comunicação e do
controle, seja dos seres vivos naturais
(homem), seja dos seres artificiais (máquina).
 A comunicação configura a interação
existente entre o emissor e o receptor,
enquanto que o controle configura a
regulação existente, isto é, a retroação.

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Cibernética
 Segundo BERTALANFFY (1975),
"cibernética é uma teoria dos sistemas de controle
baseada na comunicação (transferência de
informação) entre o sistema e o meio ambiente, e
dentro do próprio sistema, e do controle
(retroação) da função dos sistemas com respeito
ao ambiente".
 O campo de estudo da cibernética são os
sistemas.

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Princípios da cibernética
 O sistema busca alcançar um objetivo.
 O sistema deve informar-se continuamente
sobre a situação do alvo e sobre sua
própria situação.
 O sistema deve processar essa informação e
ajustar seu comportamento às exigências
impostas pelo objetivo.
 O mecanismo que fornece a informação sobre
o desempenho do sistema e do objetivo é a
retroação
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Homeostasia
 É o estado onde cada parte do sistema funciona
normalmente em equilíbrio.
 Os sistemas precisam manter esta estabilidade interna.
 Sempre que cada uma de suas partes sai do equilíbrio,
algum mecanismo é acionado para restaurar a
normalidade.
 A homeostase é obtida por meio de dispositivos de
retroação.

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Entropia
 O conceito de entropia vem da segunda lei da
termodinâmica, segundo a qual "um sistema
termodinâmico que não troca energias com o
meio ambiente externo tende a entropia, isto
é, tende à degradação, à desintegração e,
enfim, ao desaparecimento".

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Redundância

 A redundância é a quantidade de informação


excedente, correspondente aos sinais, cuja
ocorrência pode ser prevista a partir de outros
sinais.

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Todo x Parte

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Classificação de
sistemas

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Simples x Complexo

 Um sistema simples é o que possui poucos


elementos ou componentes, e a relação ou
interação entre os elementos é descomplicada e
direta.
 Um sistema complexo tem muitos elementos que
são altamente relacionados.

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Aberto x Fechado

 Um sistema aberto interage com seu ambiente. Em


outras palavras, há um fluxo de entradas e saídas
por todos os limites do sistema.
 Um sistema fechado é o oposto de um aberto. Não
há qualquer interação com o ambiente em um
sistema fechado.

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Estável x Dinâmico

 Um sistema estável é aquele em que as mudanças no


ambiente resultam em pouca ou nenhuma mudança no
sistema.
 Um sistema dinâmico é o que sofre mudanças
rápidas e constantes devido às mudanças no seu
ambiente.

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Adaptável x Não Adaptável

 Um sistema adaptável é o que responde ao


ambiente mutável.
 Um sistema não-adaptável é o que não muda com
um ambiente mutável.

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Permanente x Temporário

 Um sistema permanente é o que existe ou existirá


por um longo período de tempo.
 Um sistema temporário é o que não existirá por um
longo período de tempo. Em alguns casos, os
sistemas temporários existem por menos de um
mês.

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Acessível x Inacessível
 O conceito de caixa preta se refere a um sistema
cujo interior não pode ser desvendado, cujos
elementos internos são desconhecidos e que só
pode ser conhecido por fora.
 Este conceito é utilizado em duas circunstâncias:
 Quando o sistema é impenetrável ou inacessível
(cérebro humano, corpo humano)
 Quando o sistema é excessivamente complexo, de difícil
explicação ou detalhamento (economia nacional)

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Performance e Padrões
de sistemas

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Eficiência e Eficácia
 Eficiência (o modo certo de fazer) é a medida do que é
produzido pelo que é consumido. Por exemplo, a eficiência de
um motor é a energia produzida dividida pela energia
consumida.
 Eficácia (resultados) é a medida da proporção em que o
sistema atinge seus objetivos. Pode ser computada pela divisão
dos objetivos realmente alcançados pelo total dos objetivos
determinados.

Ambos são termos utilizados para comparar sistemas!

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Custo e complexidade

 Custo inclui os custos iniciais de um sistema, e


também quaisquer despesas de manutenção.
 A complexidade está relacionada ao grau de
complicação na relação dos elementos do sistema.

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Controle e Performance
 O controle é a capacidade do sistema de operar dentro
de diretrizes predefinidas, tais como políticas,
procedimentos e orçamentos.
 Performance de um sistema é um objetivo específico
do sistema. Um padrão de performance para um
sistema de marketing poderia ser cada representante
vendendo 100.000 unidades do produto por ano.

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Modelagem de Sistemas

O mundo real é complexo e dinâmico por isso


utilizamos modelos para representá-lo.

Exemplos: a descrição escrita de uma história,


uma réplica de um prédio, expressões
matemáticas...

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Modelo de sistema
 Modelo de sistema é uma abstração ou uma
aproximação que é usada para simular uma realidade.

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Tipos de modelo

 Um modelo narrativo se baseia em palavras. Podem ser


verbais ou escritas.
 Um modelo físico é uma representação tangível da
realidade. Por exemplo, uma maquete.
 Um modelo matemático é uma representação aritmética
da realidade.
 Um modelo esquemático é uma representação gráfica da
realidade. Por exemplo: gráficos, mapas, diagramas, etc.

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Exercício
 1. Descrever os serviços de um sistema de caixa
automático bancário através de um modelo
narrativo.

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Teoria da
Informação

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Introdução
 Nasceu em 1948 com a publicação A Mathematical
Theory of the Communication do matemático
americano Claude E. Shannon que, na época
trabalhava para a Bell Communications.
 Criou o sistema de transmissão de sinais digitais,
baseados em seqüências de zeros e uns
 É um ramo da matemática aplicada que utiliza o
cálculo estatístico.

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Código morse
 Morse verificou um fenômeno que o levaria a criar o
código telegráfico que leva seu nome.
 Ele fez um levantamento estatístico e estabeleceu
uma tabela de freqüência de utilização das letras na
língua inglesa e aplicou uma codificação de pontos
e traços.

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Princípio de Hartley
 Hartley criou a seguinte definição:
 “A informação é tanto maior quanto mais possibilidades
forem excluídas”.
 Exemplo:
A frase “as maçãs são vermelhas” contém mais
informação do que a frase “as maçãs são coloridas”.

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Sistema de comunicação
 Para Claude Shannon, o sistema de comunicação
consiste em seis componentes físicos:
 Fonte
 Transmissor
 Canal
 Receptor
 Destino
 Ruído

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Componentes físicos

Fonte Transmissor Canal Receptor Destino

Ruído ou
interferência

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Componentes da comunicação
 Fonte: pessoa, coisa ou processo que emite as
mensagens através do sistema.
 Transmissor: processo ou equipamento que
processa a mensagem, transmitindo-a da fonte ao
canal. Ex.: impulsos sonoros transformados e
codificados em impulsos elétricos pelo telefone.
 Canal: equipamento entre o transmissor e o
receptor. Em telefonia, o canal é circuito de fios
condutores.

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Componentes da comunicação

 Receptor: processo ou equipamento que recebe a


mensagem no canal e a decodifica para coloca-la à
disposição do destino.
 Destino: pessoa, coisa ou processo a quem é destinada
a mensagem.
 Ruído:
 Ruído: perturbação oriunda de defeito interno ao sistema
 Interferência: perturbação oriunda de elemento externo ao
sistema

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Redundância

 Redundância é a repetição da mensagem para que


sua recepção correta seja garantida.
 Ex.: quando se quer entrar em uma sala, bate-se na
porta duas vezes.

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Entropia
 A entropia determina o grau de desordem de um
sistema.
 A informação sofre uma perda ao ser transmitida.
 Todo sistema de informação possui uma tendência
entrópica.
 Enquanto a entropia determina o “grau de
desordem” no sistema, a informação reduz a
incerteza e determina o “grau de ordem” no sistema.

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Negentropia
 Negentropia é o processo de obtenção de
informação.
 O sistema precisa reabastecer-se de informação
para manter sua estrutura.
 A negentropia utiliza a informação como meio de
instrumento de ordenação do sistema.

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Sinergia
 A sinergia ocorre quando as partes de um sistema
mantêm entre si um estado sólido, uma estrita inter-
relação, integração e comunicação, elas se ajudam
mutuamente e o resultado do sistema passa a ser
maior do que a soma dos resultados de suas partes
tomadas isoladamente.

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Dado, informação e comunicação

 Dado: é um registro de um determinado evento.


 Informação: é um conjunto de dados com um
significado, que permite orientar a ação.
 Comunicação: é a transmissão de uma informação.
Para que haja comunicação, o destinatário precisa
receber e compreender a informação.

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Processo
decisório

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Decisões

 São escolhas que as pessoas fazem para:


 enfrentar PROBLEMAS
 aproveitar OPORTUNIDADES
 Como distinguir problema e oportunidade?

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Solução de problemas
 Abordagem reativa
 Espera-se até que o problema se torne aparente, antes
de tomar qualquer iniciativa. Por exemplo, esperar que
uma peça de um equipamento pare de funcionar.
 Abordagem pró-ativa
 Procuram-se problemas em potencial antes que eles
se tornem sérios. Por exemplo, manutenção preventiva
de equipamentos.

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Erro
 Existe um problema sério: quem toma as decisões
pode fazê-lo de forma compartimentada, ou seja,
sua decisão pode ser boa para um determinado
setor da empresa, mas não ser nem satisfatória para
a corporação como um todo. Ele geralmente atual
com base nas decisões e dados disponíveis no seu
departamento, sem se basear em uma visão global.
Isso ocorre devido a organização hierárquica da
empresa e aos fluxos de informação através dela.
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Árvore de decisão
 Técnica de representação gráfica de alternativas.
 Utilizada no estágio de projeto.
 Resume a complexidade do problema, mas não
aponta qual decisão tomar.
 Organiza o raciocínio.
 Mostra vantagens e desvantagens das
alternativas.

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Decisões programadas
 Aplicam-se a problemas repetitivos e que exigem as
mesmas decisões.
 São tomadas mediante uma regra, procedimento ou
método quantitativo.
 São facilmente computadorizadas usando-se sistemas
de informação.
 Por exemplo, dizer que se deveria fazer pedido de
estoque quando os níveis deste caem para 100 unidades
é uma regra.

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Decisões não programadas
 Lidam com problemas incomuns ou excepcionais.
 A organização não tem experiência nesses
problemas ou eles se apresentam de forma
diferente a cada ocorrência.
 Por exemplo, fazer uma aplicação financeira.
 Atualmente, os sistemas de apoio à decisão e os
sistemas especialistas estão sendo usados para
resolver algumas decisões não programadas.

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Modelos de decisão

 O comportamento de analisar problemas e fazer


escolhas tem dois modelos básicos:
 Modelo Racional
 Modelo Intuitivo

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Modelo Racional
 É o que segue uma ordem lógica, determinada pela
coerência entre o problema e a decisão.
 O processo precisa basear-se totalmente em
informações e não em sentimentos, emoções ou
crenças.

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Modelo Intuitivo
 Em certas situações, a informação é tão insuficiente
que o comportamento intuitivo se torna mais
apropriado.
 O processo se baseia na sensibilidade, percepção
ou sensação de que uma escolha é apropriada, e
não feitas de modo totalmente consciente e lógico.
 O comportamento intuitivo faz uma pessoa pular da
identificação do problema para a decisão.

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