Você está na página 1de 43

COLÉGIO ESTADUAL NILO PEÇANHA

A ARTE DE CONSTRUIR

Técnicos em Ação

Autores:
Diuliano de Paula
Grégore Geraldo
Iata Anderson
Magna Vieira
Renan Moreira

Local: Águas Quentes


Data: 06/06/2006

1
COLÉGIO ESTADUAL NILO PEÇANHA.

2
Dedicatória

Aos mestres:
“ Uns são professores; alguns mestres;
poucos são homens.
Aos primeiros, escuta-se; aos segundos,
segue-se; aos últimos, respeita-se.
Nosso carinho e gratidão, aos mestres que
souberam, além de transmitir seus
conhecimentos, transmitir-nos sua
experiência e apoiar-nos em nossa
dificuldades.”

3
Agradecimento

Aos alunos e companheiros:


“ Que o aprendizado que tivemos, tanto de
conhecimento quanto de vida nos sirva de
exemplo para crescermos cada vez mais na
profissão que escolhemos.
Cada um que passa em nossa vida passa
sozinho, pois cada pessoa é única e
nenhuma substitui a outra.”

A Deus:
“Por vezes, sentimos nosso corpo
fraquejar, e Tu estendeste Tua mão e nos
ergueste. Por vezes, sentimos nossa alma
se abater, e Tu deste coragem para
prosseguirmos. Hoje a vitória é nossa... e a
Ti, Meu Deus, toda honra e toda glória
eternamente. Amém.”

4
“ O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem
Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis. ”
5
Sumário

Pag.

Introdução ..................................................................................................8

1- Canteiro de obras ..................................................................................9

2- Barracão de obras ..................................................................................10


2.1- Instalações sanitárias ...........................................................................10
2.2- Lavatórios ............................................................................................11
2.3- Vasos sanitários ...................................................................................12
2.4- Chuveiros .............................................................................................13
2.5- Vestiários .............................................................................................13
2.6- Alojamento ..........................................................................................14
2.7- Local para refeições .............................................................................16

3- Sondagem do terreno .............................................................................18


3.1- Equipamentos de sondagem ................................................................18

4- Marcação da obra ...................................................................................20


4.1- Processo de tabeira ...............................................................................20

5- Escolha do tipo de fundação ...................................................................22


5.1- Estaca Strauss .......................................................................................22

6- Modelo estrutural ...................................................................................25


6.1- Alvenaria estrutural não armada ..........................................................25

7- Armazenagem e estocagem do material .................................................29

8- Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas ....................................31


8.1- Bate-estacas por gravidade ...................................................................31
8.2- Betoneira .............................................................................................. 32
8.3 Bull Dozer ..............................................................................................34
8.4- Serra circular .........................................................................................35

9-Instalações Elétricas ..................................................................................37

6
10-Equipamento de Proteção Individual – EPI ............................................38

11-Ordem e limpeza .....................................................................................39

12- Das disposições finais ............................................................................40

Conclusão .....................................................................................................41

Abreviaturas e Siglas ....................................................................................42

Referências ...................................................................................................43

7
Introdução

Este projeto aborda brevemente uma obra que está sendo implantada nas dependências do
clube Águas Quentes.

Trata-se do Village das Águas – Residence Apart Hotel. Um empreendimento sofisticado,


que une os conceitos de lazer e rentabilidade de forma única, proporcionando a seus compradores
a oportunidade de vivenciarem o máximo em hotelaria e entretenimento.

No texto você terá muita informação, mesmo que você já tenha alguma experiência com
construção civil.

Reenfatizo a necessidade de você praticar os conhecimentos aqui contidos. Da mesma


forma que não se pode aprender a andar de bicicleta lendo um livro, não se pode aprender os
conceitos apresentados sem examinar uma obra e poder trabalhar nas mais diversas áreas
apresentadas no campo prático.

Devido ao curto tempo, que foi um dos nossos adversários durante a confecção deste
projeto, não pudemos contar com os relatos do término da, que certamente complementariam os
dados coletados.

O objetivo deste projeto, é fazer com que todos os alunos e profissionais admiradores da
construção civil de ontem, hoje e amanhã, conheçam um pouco mais da teoria desta matéria, aqui
apresentada pelos alunos do curso Técnico em Edificações.

8
1- Canteiro de Obras

É o conjunto de instalações que dá apoio a administração da obra e aos trabalhadores, para


a construção de uma edificação.

A implantação de um canteiro compreende a sua vedação através de tapume, quando


necessário, bem como a construção de escritório para a administração, portaria, almoxarifado,
depósito, alojamento, vestuários, sanitários, refeitórios, cozinha, dispensas e instalações
provisórias(água, esgoto, energia elétrica e telefone).

O dimensionamento do canteiro compreende o estudo geral do volume da obra. Este


estudo pode ser dividido nos seguintes itens.
• áreas disponíveis para as instalações;
• serviços a serem executados;
• empresas e empreiteiras previstas;
• materiais a serem utilizados;
• máquinas e equipamentos;
• Prazos a serem atendidos.

9
2-Barracão de Obras

-Áreas de vivência.

Os canteiros de obras devem dispor de:


a) instalações sanitárias;
b) vestiário;
c) alojamento;
d) local de refeições;

As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

Barracão de obras reaproveitado de uma obra anterior

2.1-Instalações sanitárias

Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento
das necessidades fisiológicas de excreção.

É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins que não aqueles previstos no
subitem.

10
-As instalações sanitárias devem:
a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o
resguardo conveniente;
c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário;
g) ter ventilação e iluminação adequadas;
h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que
determina o Código de Obras do Município da obra;
j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento
superior a 150 (cento e cinqüenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios
e lavatórios.

A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na


proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como
de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou
fração.

2.2-Lavatórios

Os lavatórios devem:
a) ser individual ou coletivo, tipo calha;
b) possuir torneira de metal ou de plástico;
c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);
d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;
e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos;
g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

11
2.3-Vasos sanitários.

O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:


a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);
b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze
centímetros) de altura;
c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de
papel higiênico.

Os vasos sanitários devem:


a) ser do tipo bacia turca ou sifonado;
b) ter caixa de descarga ou válvula automática;
c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

Vasos sanitários

12
2.4- Chuveiros

A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m2 (oitenta


centímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso.

Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure
o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou
provido de estrados de madeira.

Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água


quente.

Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada
chuveiro.

Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente.

2.5-Vestiário

Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que
não residem no local.

A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem
ligação direta com o local destinado às refeições.

Os vestiários devem:
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

13
c) ter cobertura que proteja contra as intempéries;
d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso;
e) ter iluminação natural e/ou artificial;
f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitando-se o que
determina o Código de Obras do Município, da obra;
h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;
i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m
(trinta centímetros).

Vestiário desprovido de armários e bancos para todos funcionários

2.6-Alojamento

Os alojamentos dos canteiros de obra devem:


a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
b) ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
c) ter cobertura que proteja das intempéries;
d) ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;
e) ter iluminação natural e/ou artificial;
f) ter área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por módulo cama/armário, incluindo a área de
circulação;
g) ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinqüenta centímetros) para cama simples e de 3,00m (três
metros) para camas duplas;
h) não estar situados em subsolos ou porões das edificações;

14
i) ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes dimensões


mínimas:
a. 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e
0,40m (quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um
compartimento, com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso
comum e o outro compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta centímetros), a guardar a
roupa de trabalho; ou
b. 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e 0,40m
(quarenta centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma que os
compartimentos, com largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam rigorosamente o
isolamento das roupas de uso comum e de trabalho.

É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento.

O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza.

É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os


trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similiar que garanta as
mesmas condições, na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores
ou fração.

É vedada a permanência de pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos alojamentos.

15
2.7-Local para refeições

Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições.

O local para refeições deve:


a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; c) ter cobertura que proteja das
intempéries;
d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis;
h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;
i) ter depósito, com tampa, para detritos;
j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que
determina o Código de Obras do Município, da obra.

Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em


todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de
equipamento adequado e seguro para o aquecimento.

É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos neste subitem.

É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por


meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de
copos coletivos.

16
O que foi visto na obra:
O barracão que está sendo utilizado foi reaproveitado de uma obra que já havia sido
executada no mesmo local. Foi construído com madeirite (4mm) e sua cobertura é toda feita com
telhas de amianto. Possui uma área de 50m2 com pé direito de 2.80m. (5x10x2.80m).

O barracão provém de um vestiário, onde não são encontrados armários para serem
guardados os pertences dos operários lotados na obra. O armário também é visto como uma
questão de segurança para os pertences das pessoas que o utilizam.

As instalações sanitárias do barracão contam com dois(2) vasos sanitários, um(1) chuveiro
e um(1) lavatório. Para a captação do esgoto produzido no mesmo, foi construído um sumidouro.

No local não há cozinha, pois as refeições chegam sob encomenda de uma firma
terceirizada que dispõe desse serviço. Possui um local onde é feito o aquecimento das refeições
dos operários, que também não podem contar com um refeitório com mesas e cadeiras.

Há também no barracão um compartimento para o funcionamento de um escritório, onde


é feito o controle de entrada e saída dos operários através de um relógio de ponto. Possui também
um almoxarifado, onde são estocadas todas as ferramentas utilizadas na construção.

17
3-Sondagem do terreno

3.1-Equipamentos de sondagem

Dependendo do tipo solo, a sondagem deverá utilizar o melhor processo que forneça
indicações precisas, sem deixar margem de dúvida para interpretação e que permitam resultados
conclusivos, indicando claramente a solução a adotar.

A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a percussão,


de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete amostrador, peça tubular
metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que
são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT
(Standart Penetration Test), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer os
dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são
mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de
locação dos furos e um laudo de sondagem.

Observando a figura, pode-se visualizar um esquema de um equipamento de sondagem.

18
O que foi visto na obra:

Foram feitos doze (12) furos de sondagem, com 4.5 m de profundidade, o que foi o
suficiente para avaliar que o solo não era de boa qualidade. O serviço foi feito por uma empresa
terceirizada especializada neste tipo de serviço – Solo Base.

19
4-Marcação da Obra

4.1-Processo de tabeira

Esse método se executa cravando-se no solo cerca de 50cm, pontaletes de pinho (3”x3” ou
3”x4”).

Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta da construção (15x20cm), em nível de


aproximadamente 1.00m do piso. Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais as
interdistâncias entre os eixos da construção.
Arame ou linha
Eixo
pregos

Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome de tábua oposta.
pontaletes

tábua ou sarrafo

20
Pregado em nível em todo o contorno (cerca de 0.40 à 1.00m acima do solo). Execução do
quadro no gabarito , utilizando o processo de triangulação 3-4-5.

3
5

O nivelamento do gabarito é feito com nível de pedreiro ou nível de mangueira.

Marcação da obra por processo de tabeira

O que foi visto na obra:


O terreno apresenta-se em cotas com marcação de níveis diferenciados em relação a um
bloco e outro. Está sendo utilizado para a marcação da obra o processo de tabeira (gabarito). Nas
tábuas há marcações com tinta referentes a topografia do local, ou seja, as coordenadas que
deverão ser seguidas(posição das estacas,centro das fundações, entre outros).

21
5-Escolha do tipo de fundação

5.1-Estacas Strauss
Estas estacas abrangem a faixa de carga compreendida entre 200 e 800 kN, com diâmetro
variando entre 25 e 40 cm. Uma estaca do tipo strauss com diâmetro de 25 cm pode suportar até
20 toneladas, de 32 cm até 30 t e de 38 cm chega a suportar 40 t. A execução requer um
equipamento constituído de um tripé de madeira ou de aço, um guincho acoplado a um motor
(combustão ou elétrico), uma sonda de percussão munida de válvula em sua extremidade inferior,
para a retirada de terra, um soquete com aproximadamente 300 kg, tubulação de aço com
elementos de 2 a 3 metros de comprimento, rosqueáveis entre si, um guincho manual para
retirada da tubulação, além de roldanas, cabos de aço e ferramentas.

A estaca strauss apresenta vantagem de leveza e simplicidade do equipamento que


emprega, o que possibilita a sua utilização em locais confinados, em terrenos acidentados ou
ainda no interior de construções existentes, com o pé direito reduzido. Outra vantagem
operacional é de o processo não causa vibrações que poderiam provocar danos nas edificações
vizinhas ou instalações que se encontrem em situação relativamente precária.
Como característica principal, o sistema de execução usa revestimento metálico recuperável, de
ponta aberta, para permitir a escavação do solo, podendo ser em solo seco ou abaixo do nível
d'água, executando-se estacas em concreto simples ou armado.

Processo executivo das estacas strauss


a) centraliza-se o soquete com o piquete de locação, perfura-se com o soquete a
profundidade de 1,0 m, furo este que servirá para a introdução do primeiro tubo,
que é dentado na extremidade inferior (chamado de coroa), cravando-o no solo;
b) a seguir é substituída pela sonda de percussão, que por meio de golpes, captura
e retira o solo;
c) quando a coroa estiver toda cravada é rosqueado o tubo seguinte e assim
sucessivamente até atingir a camada de solo resistente, providenciando sempre a
limpeza da lama e da água acumulada dentro do tubo;
d) substituindo-se a sonda pelo soquete, é lançado no tubo, em quantidade
suficiente para ter-se uma coluna de 1,0 m, o concreto meio seco;
e) sem tirar a tubulação, apiloa-se o concreto formando um bulbo e na seqüência
executa-se o fuste lançando-se o concreto sucessivamente em camadas apiloadas,
retirando-se a tubulação na seqüência da operação;
f) a concretagem é feita até um pouco acima da cota de arrasamento da estaca,
deixando-se um excesso para o corte da cabeça da estaca

22
Camisa da estaca Strauss cravada no solo Estaca em sua cota de arrasamento

Ferragem para bloco de coroamento para 1 estaca Forma para bloco de coroamento para 3 estacas

23
O que foi visto na obra:

A partir dos resultados obtidos na sondagem percebeu-se que o solo era de baixa
qualidade, contudo foi escolhida para o local a estaca Strauss. É um tipo de estaca moldada “in
loco”, e seria a mais adequada naquela situação.

Nos pontos de fundação eram cravadas uma (1), duas (2) ou três (3) estacas, dependendo
da carga que suportariam. Acima dessas estacas eram construídos os blocos de coroamento, nos
quais possuem diferentes formas dependendo do número de estacas.

Para a confecção da estacas, o concreto era fabricado no local, ao contrário das vigas que
está sendo utilizado concreto usinado, fornecido por uma empresa especializada – Concreteira
Apollo.

Como podemos observar em uma das figuras acima, que ao chegar a cota de arrasamento
das é notado a presença de água. Essa água é retirada e a ponta da estaca que ficou em contato
direto com a água é quebrada, pois nesse caso fica claro através de estudos, que o concreto
apodreceria a ponta da estaca, se tornando assim um grande risco a fundação.

24
6-Modelo Estrutural

6.1-Alvenaria estrutural não armada


No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os vãos entre pilares e
vigas, elementos encarregados de receber o peso da obra. Por outro lado, na alvenaria estrutural
esses elementos são desnecessários, pois as paredes - chamadas portantes - distribuem a carga
uniformemente ao longo dos alicerces.

Para erguê-las, é preciso usar blocos especiais, mais resistentes que as peças de vedação.
Eles podem ser de concreto, cerâmicos, sílico-calcários ou de concreto celular, sendo também
possível recorrer aos tijolos maciços, assentados com juntas desencontradas e amarrados com
ferragens. A utilização desse sistema permite diminuição significativa no custo da obra, porém é
preciso que os projetos, mais detalhados, já sejam elaborados considerando a modulação dos
blocos e as características da solução, pois as etapas de construção são diferentes.

A alvenaria estrutural também possibilita economia no tempo de execução e na mão de


obra. Como são furados, os blocos permitem a passagem de ferragens (quando necessárias) e de
instalações elétricas e hidráulicas, evitando quebras posteriores nas paredes. Dessa forma, quando
totalmente erguida, a superfície está pronta para receber revestimento de gesso e, depois, pintura,
dispensando reboco e massas grossa e fina.

Contudo, a alvenaria estrutural pode apresentar limitações para a realização futura de


reformas e mesmo ampliações na construção; para estas últimas, uma boa alternativa é já
considerar eventuais modificações durante a elaboração do projeto.

A seqüência esquemática deste processo dá-se da seguinte forma:


• executa-se o baldrame, nivelando sua superfície e impermeabilizando-o normalmente;
• procede-se o assentamento dos blocos-chave, situados nos cantos internos e em cada encontro
das paredes internas; eles devem ser assentados conforme a planta de modulação, marcando
exatamente a posição das paredes. É importante o nivelamento entre eles;
• entre os blocos-chave são assentados os blocos da primeira fiada, na quantidade exata da
planta de modulação, com 1cm de junta vertical;

25
• nos cantos da edificação colocam-se gabaritos de altura, com marcação das fiadas a cada
12,5cm;
• levantam-se, em cada encontro, quatro fiadas (com 0,50m de altura) em forma de
escantilhão, sendo mantido o nível e o prumo das fiadas. Nos cantos externos os blocos são
amarrados entre si pelo sistema de assentamento; nos encontros da paredes internas com a
alvenaria da fachada a amarração é feita com ferros (¼") em forma de dois "L" (0,50 x 0,50m) a
cada 3 fiadas (obedecendo-se detalhes do calculista);
• no assentamento das demais fiadas, a linha de nível na aresta dos blocos dos escantilhões
manterá toda a alvenaria no nível e prumo requeridos;

• levanta-se a alvenaria até a fiada correspondente à base da laje do piso superior;


• executa-se a montagem das fôrmas para a laje (que pode ser de qualquer tipo);
• com auxílio de uma régua ou nível, marca-se, no bloco da fachada, a posição exata da parede
interna. Estando ela assentada no prumo, a posição marcada estará aprumada com a aresta do
bloco-chave da primeira fiada;
• contra-verga: faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro corrido
(especificado pelo calculista), com avanço de 1 e ½ bloco de cada lado do vão;
• verga: se necessário, faz-se o enchimento dos blocos em canaleta com armação de ferro
corrido (especificado pelo calculista), com avanço igual ao da contra-verga. Utilizam-se canaletas
duplas ou triplas para vãos acima de 1,50m;

26
• procede-se à concretagem da laje de piso;
• os blocos-chave dos cantos externos são assentados conforme as faces da alvenaria e a planta
de modulação;
• com o auxílio de um nível de bolha, transfere-se daí o assentamento dos blocos-chave, que
devem estar nivelados entre si;
• assentados os blocos-chave num andar, retoma-se as instruções acima descritas para os
demais.

Observação: recomenda-se os seguintes traços da argamassa (cimento / cal hidratada / areia,


em volume):
• para alvenaria estrutural: 1 : 1 : 6.

27
Bloco cerâmico para alvenaria estrutural não armada

O que foi visto na obra:

A alvenaria da obra será estrutural não armada, ou seja, não possuem ou possuem muito
pouco a presença de ferragem, o que é comum observamos em diversas construções que estão ao
nosso redor.

Foi observado a amostra de um bloco cerâmico que será utilizado para o tipo de alvenaria
que será empregada.

28
7-Armazenagem e estocagem de materiais

Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o trânsito de


pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a
incêndio, não obstruir portas ou saídas de emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas
nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento.

As pilhas de materiais, a granel ou embalados, devem ter forma e altura que garantam a
sua estabilidade e facilitem o seu manuseio.

Tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais de grande comprimento ou


dimensão devem ser arrumados em camadas, com espaçadores e peças de retenção, separados de
acordo com o tipo de material e a bitola das peças.

O armazenamento deve ser feito de modo a permitir que os materiais sejam retirados
obedecendo à seqüência de utilização planejada, de forma a não prejudicar a estabilidade das
pilhas.

Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido ou
desnivelado.

As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, fôrmas e escoramentos devem ser


empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de amarração.

29
Madeiras utilizadas para confecção das formas Areia e brita um pouco misturadas

Cimento estocados em pilhas de dez (10) Armazenamento de tubulações de PVC

O que foi visto na obra:

O cimento foi estocado em um local improvisado, onde já havia uma construção que foi
reutilizadas. Estavam todos estocados em pilhas de 10 e distanciados do piso por madeiras, mas
não distanciados das paredes o que pode trazer um prejuízo por umidade.
A areia e a brita apesar de estarem um pouco misturadas, o que pode causar algum tipo de
atraso na hora de serem medidos, mas estão bem locados em relação a obra.
Parte da madeira que estava sendo utilizada para confecção de formas, estavam estocadas
num compartimento seco e coberto e grande parte aparecia exposta as ações do tempo, ou seja,
estavam a céu aberto.
As tubulações de PVC apareciam armazenadas na parte superior da varanda do barracão.

30
8-Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas

A operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos


só pode ser feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá.

As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado


de modo que:
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento;
c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra
forma acidental;
e) não acarrete riscos adicionais.

8.1-Bate-estacas por gravidade


São os mais utilizados e de funcionamento mais simples, constituído de uma massa
metálica (pilão ou martelo) que içado por meio de guinchos, cabos e uma torre ou tripé, é deixado
cair de uma altura determinada, cravando a estaca com golpes sucessivos. Embora de custo
relativamente acessível, tem como principal desvantagem sua lentidão, pois não consegue ser
manobrado facilmente.

31
Sonda de percussão sendo cravada no solo Retirada de material(solo) da sonda de percussão

O que foi visto na obra:

O bate-estacas utilizado na obra era do tipo gravidade. Como a estaca que estava sendo
utilizada era a Strauss o bate-estaca era utilizado para a cravação da camisa no solo, logo em
seguida o martelo era substituído por uma sonda de percussão munida de válvula em sua
extremidade inferior, para a retirada da terra. O equipamento apresentava-se apto para a
realização do serviço, sendo operado por um funcionário habilitado para tal função. Para mais
fácil e melhor penetração da sonda, o solo estava sendo umidecido.

8.2-Betoneira

Betoneira ou misturador de concreto é o termo usado para denominar o equipamento


utilizado para mistura de materiais, na qual adiciona-se cargas de pedra, areia e cimentomais
água, na proporção e textura devida, de acordo com o tipo de obra.
A critério do engenheiro civil pode ser acrescido outros tipos de argamassas.

32
Utilização
É muito usada na construção civil, principalmente, para mistura de agregados como
produtos e matérias primas a exemplo já citado resultando no concreto.

Pode-se preparar a argamassa também. Por ter composição diferente, esta é mais usada em
revestimento e outros preparos na obra.
Pode ser usado na mistura e preparo de outros produtos como rações, adubos, plásticos, etc. Neste
caso sua denominação passa a ser como misturador.

Capacidade
A sua capacidade varia de acordo com a necessidade pode ir dos pequenos misturadores
semi-automáticos que comportam pouco mais de 10 kg ou 10 litros de concreto, movidos por um
motor com sistema de polias e correias, pois a mistura deve ser homogênea, até caminhões com
mais de dez metros cúbicos de capacidade ou 10.000 litros. Já que as betoneiras são medidas em
litros em alguns locais, porem usa-se normalmente na construção civil como medida de
capacidade a cubagem. Os sistemas de mistura podem variar conforme o tipo, sendo os mais
comuns pivotantes (onde o tambor gira entorno de um eixo) ou rotativas (o tambor gira sobre
roletes). As pivotantes funcionam através do giro do tambor e palhetas que cortam a "massa" a
ser misturada, como em um liquidificador, já as rotativas provocam o turbilhonamento da
mistura, com pás elevando e jogando o material, como em uma roda d'água invertida. Existem
também os misturadores planetários, que para exemplificar funcionam como uma grande panela
com pás misturando o material. Comercialmente as betoneiras mais comercializadas são as de
320/400 litros onde o "traço" é de aproximadamente 1 saco de cimento por mistura (betonada).

Betoneira utilizada para confecção de concreto para ser usado na estaca

33
O que foi visto na obra:

A betoneira estava sendo utilizada para a fabricação do concreto que seria utilizado nas
estacas. Estava bem situada em relação a obra, porém apresentava algumas falhas de instalação
elétrica, pois os fios situavam-se caídos no caminho por onde passavam os operários podendo
causar acidentes com os mesmos.

8.3-Bull Dozer

Umidade escavo-empurradora dotada de uma lâmina reta ou fixa, quando está


perpendicular ao eixo longitudinal do trator. Esta montagem só permite a escavação e o
transporte para frente. Assim, quando há transporte lateral é-se obrigado a fazer duas operações.

O bull dozer: máquina utilizada para algumas operações de terraplanagem

O que foi visto na obra:


Está sendo utilizado na obra uma máquina escavo-empurradora, no caso o Bull Dozer, que
está exercendo algumas operações de terraplanagem como: corte e aterro necessário para no
terreno para que possa ser iniciada a obra.

34
8.4- Serra circular

A serra circular ou serra de mesa torna possível a execução de trabalhos muito apurados
de carpintaria e de marcenaria. É uma das ferramentas mecânicas mais utilizadas nas escolas
profissionais, na indústria ou nas oficinas de serraria.
Esse tipo de máquina exige que respeitemos um certo número de medidas de segurança,
que vão abaixo discriminadas. É aconselhável utilizar essa máquina somente depois de ter
recebido instruções adequadas de um professor ou de alguém que tenha experiência do seu
manejo.

Segurança

1- Verificar se a lâmina adequada está devidamente ajustada no veio; a lâmina de serrar


transversalmente, para cortar a madeira contra o sentido das suas linhas; o serrote, para
cortar a madeira a favor das linhas; ou lâmina mista, que tanto pode serrar
transversalmente como ao comprido;
2- Usar o anteparo de segurança, quando necessário;
3- Colocar a lâmina da serra de maneira que ela apareça somente de 6 à 12 milímetros da
tábua que será cortada;
4- Ficar ao lado da tábua,de maneira que ela não atinja, no caso de emperrar e dar uma
sapatada;
5- Usar um pedaço de madeira para empurrar a tábua, quando necessário;
6- Nunca tentar serrar sem o aumento de um paralelo de esquadro ou um paralelo de galgar
para serrar ao comprido;

Prender as peças de vestuários que estiverem soltas, tais como as gravatas ou as mangas, de
maneira que desimpeçam o caminho para o trabalho e não se prendam em qualquer parte da
máquina que esteja girando.

Serra circular

35
O que foi visto na obra:

A serra circular estava sendo utilizada para corte das madeiras para confecção das formas
que seriam utilizadas nas fundações. Em alguns momentos estava sendo operada por funcionários
não habilitados, e desprovidos de equipamentos de segurança.

36
9-Instalações elétricas

A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador
qualificado, e a supervisão por profissional legalmente habilitado.

Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não
estiver energizado.

Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser
executado após terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo obrigatório o
uso de ferramentas apropriadas e equipamentos de proteção individual.

É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos.

Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a circulação
de materiais e pessoas.

Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes
corrosivos.
As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de:
a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no
quadro principal de distribuição.
b) chave individual para cada circuito de derivação;
c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;
d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.

O que foi visto na obra:


A energia elétrica utilizada na obra era das dependências do clube, que no momento foi a
mais viável, segundo o engenheiro responsável pela obra.

37
10-Equipamento de Proteção Individual - EPI

A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco


e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR 6
- Equipamento de Proteção Individual - EPI.

O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de


eletricidade e em situações em que funcione como limitador de movimentação.

O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m
(dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.

O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava-quedas e estar ligado a cabo de
segurança independente da estrutura do andaime.

Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo pára-quedista devem possuir argolas e


mosquetões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material de
resistência e durabilidade equivalentes.

O que foi visto na obra:


Os EPIs são indispensáveis em qualquer atividade que ofereça risco ao trabalhador dentro
de uma obra. Portanto, tivemos a oportunidade de observarmos que eles não estavam sendo
utilizados sempre quando exigido. Um exemplo foi a parte em que o operário estava fazendo um
corte na madeira que ia servir de forma, nesse momento ele estava desprovido de: protetor
auditivo, óculos de segurança, entre outros.

38
11-Ordem e limpeza

O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas


vias de circulação, passagens e escadarias.

O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos.


Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira
excessiva e eventuais riscos.

Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser
realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas.

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras.

É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados do


canteiro de obras.

O que foi visto na obra:

Foi observado um certo descuido em relação a limpeza do local. Não foi encontrado
depósitos de lixo na área, o que ocasiona na proliferação de doenças infecto-contagiosas causadas
por animais, podendo deixar em risco a vida dos operários lotados na obra.

39
12-Disposições finais.

Devem ser colocados, em lugar visível para os trabalhadores, cartazes alusivos à


prevenção de acidentes e doenças de trabalho.

É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores por


meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas condições,
na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

A área do canteiro de obra deve ser dotada de iluminação externa adequada.

Nos canteiros de obras, inclusive nas áreas de vivência, deve ser previsto escoamento de
águas pluviais.

Nas áreas de vivência dotadas de alojamento, deve ser solicitada à concessionária local a
instalação de um telefone comunitário ou público.

É obrigatório o fornecimento gratuito pelo empregador de vestimenta de trabalho e sua


reposição, quando danificada.

O que foi visto na obra:

Foi constatado que os operários não receberam vestimentas adequadas, a obra não estava
sinalizada adequadamente, contudo não foram registrados muitos acidentes, o número foi de um
(1) em nove (9) meses de obra.

A água consumida pelos funcionários estava sendo armazenada em garrafas, estocadas e


conservadas em freezer, e eram servidas em copos descartáveis.

40
Conclusão

Como se pode observar nestes breves capítulos, a trajetória da construção de um canteiro


de obras.

Não nos esqueçamos dos problemas que enfrentam um engenheiro civil ou um técnico em
edificações na coordenação de uma obra.

É preciso saber quais são as condições que tal obra nos oferece, mas também não
esquecendo das necessidades que a mesma nos obriga a desenvolvermos nossa função da melhor
maneira possível.

Tivemos a oportunidade de observar que em um determinado serviço não segue-se todas


as leis determinadas, o que não devia acontecer. Com o objetivo de desempenhar nosso papel de
técnico, não deixamos de observar e apontar algumas irregularidades existentes no local da obra.
Procuramos apontá-las, mas não detalhá-las, por questão de ética e profissionalismo.

Portanto, o projeto elaborado partiu de poucos dados, mas isto não é senão o começo. A
experiência desses momentos que observamos, nos dá os elementos que servirão de base para o
plano do nosso futuro.

41
Abreviaturas e siglas

SPT - (Standard Penetration Test) – Modelo de Teste de Penetração

t- Tonelada

apto- Aprovado

EPI- Equipamento de Proteção Individual

NR- Normas Regulamentadoras

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas

“in loco”- No local

42
Referências

GRONEMAN, Chris H. Artes Industriais : Planejamento e prática. Rio de Janeiro, 1966.

Disponível em http://www.uepg.br/denge/aulas/fundacao/conteudo. Acesso em 20 maio 2006.

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (118.000-2).


Disponível em http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/18.htm
Acesso em 20 maio 2006.

Disponível em http://www.metramaq.com.br/metramaq. Acesso em 20 maio 2006.

Caderno do curso Técnico em Edificações. Barra do Piraí, 2005/2006.

CÉSAR, Paulo. Village das Águas. Barra do Piraí, Águas Quentes, 2006. 1 CD

CERQUEIRA, Dagmar Dias. Março 2006.

43

Você também pode gostar