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Sua teoria visava calcular o número de informações que circulavam em um determinado canal.
Contudo hoje, a visão de comunicação é muito mais dinâmica, visando não somente a troca de
informações, mas principalmente a conquista do seu próprio espaço público, seja, modificado atitudes,
influenciando pessoas, alcançando uma maior receptividade para às suas idéias, ou conscientizando as
pessoas para uma determinada causa.
A comunicação, neste sentido, de acordo com as palavras de Paul Watzlawick, um dos precursores
da Escola de Palo Alto, confunde-se com o próprio comportamento, pois segundo ele, “Todo
comportamento é comunicação, pois ele influencia os outros e é influenciado por eles”.
Kurt Lewin, idealizador da Teoria sobre a Dinâmica de Grupos, referindo-se às relações humanas,
afirma que, “O grupo não é uma justaposição de indivíduos, mas uma totalidade dinâmica que resulta das
interações entre seus membros dos fenômenos de atração e repulsão e dos conflitos de forças”.
Examinando este fato, observamos por exemplo, que na Grécia Antiga, o Homem como ser político,
que vivia numa “Polis”, decidia tudo através das palavras e da persuasão e jamais mediante a violência.
A definição Aristotélica do Homem como “Zoon Politikon”, foi acrescida de uma segunda definição
como “Zonn Logon Ekhon”, ou ”Um Ser Vivo que Fala”.
O homem como “Um Ser Vivo que Fala”, não transmite apenas ao falar, uma informação, mas
também, as implicações objetivas e subjetivas, explícitas e implícitas, complexas e contraditórias, contidas
na comunicação.
David K. Berlo, autor do livro “O Processo da Comunicação”, conclui em seu livro que: “Nosso
objetivo é alterar as relações originais entre o nosso próprio organismo e o ambiente em que nos
encontramos, reduzindo a probabilidade de que sejamos simplesmente um alvo das forças por nós
mesmos, tornando-nos agentes influentes, afetando os outros, nosso ambiente físico e nos próprios,
tornando-nos agentes determinantes, e assim, tendo opção no andamento das coisas. Em suma, nós nos
comunicamos para influenciar, para afetar com intenção”.
Aristóteles, dizia também que: “A retórica é a busca de todos os meios para a persuasão”.
E Hannah Arendt, proeminente socióloga alemã neste século, declara que, “Só o Homem é capaz
de comunicar a si próprio e não apenas comunicar alguma coisa”.
Neste sentido, a comunicação torna-se o meio pelo qual os seres humanos se manifestam uns aos
outros, não como meros objetos físicos, mas enquanto Homens.
Não basta para isto que o homem, amplie o seu conhecimento, pois, para que este conhecimento
seja útil, na sua relação com os outros, precisa saber, além de conhecer, saber transmitir este
conhecimento, e é por isso que já na antigüidade, Protágoras declarava:
E do outro lado do mundo, Confúncio dizia praticamente a mesma coisa, ao declarar que: “O
conhecimento significa saber o que dizer e como dizê-lo”.
Sendo assim, a comunicação como um instrumento da retórica, “Lexis”, inserido à ação humana,
“Praxis”, torna-se um agente modificador do próprio Homem.
“É com palavras e atos que nos inserimos no mundo humano e esta inserção é como um segundo
nascimento, no qual confirmamos e anunciamos o fato original e singular do nosso aparecimento físico
original”.
Declara ainda, que “Sem o discurso, a ação deixaria de ser ação, pois não haveria ator, e o ator,
agente do ato só é possível, se for ao mesmo tempo, o autor das palavras. A ação que ele inicia é
humanamente revelada através das palavras, e embora o ato possa ser percebido em sua manifestação
física bruta, sem o acompanhamento verbal, só se torna relevante, através da palavra falada, no qual o
ator se identifica e anuncia o que fez, faz e pretende fazer”.
Neste sentido, o orador não transmite apenas uma mensagem, mas torna-se parte e objeto da
mensagem, modificando com o seu “Lexis” (discurso), a “Praxis” (ação humana).
Talvez seja por isto que na antigüidade Ptahotep dizia que, se alguém desejava ser forte, deveria se
tornar um artesão na fala, porque esta era mais poderosa do que muitas guerras.
Ou nas palavras do sociólogo canadense, Erving Goffman, “Comunicar representa antes de tudo,
apresentar-se aos outros, através de uma imagem que acentue ou preserve uma identidade por nós
preestabelecida, adequando-se às múltiplas facetas sociais, das quais o indivíduo participa”.
Ou ainda, segundo André Akoun, autor do livro: “La Communication Democratique et Son Destin”,
“Comunicar-se, visa a constituição de um espaço público”, ou seja, as pessoas procuram através da
comunicação (“Lexis”) e da sua ação (“Praxis”), garantir o seu espaço social perante os outros.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
Os exercícios respiratórios são recomendados para aumentar a capacidade vital; são
indispensáveis para a correção de todos os defeitos e deficiências da voz e da palavra, variando de acordo
com as necessidades de cada um e das características de seu tipo respiratório.
A inspiração deve ser efetuadas por via nasal, “pois o ar assim é filtrado, aquecido e umedecido.
5º - Pequenas inspirações rápidas pelo nariz até sentir que os pulmões estão cheios de ar.
(pausa)
Expirar rapidamente com força.
7º - Inspiração idêntica
(pausa)
Expirar contando em voz alta: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, etc.
8º - Respiração com a finalidade de desobstruir as vias respiratórias: Iniciar profundamente por uma das
fossas nasais; reter o ar durante longa pausa; expiara muito lentamente pela outra narina, repetindo o
exercício e alternando sucessivamente as fossas nasais para a inspiração e para a expiração; para
facilitar comprimir o conduto esquerdo com o polegar e o direito com o anular, trocando de cada vez.
Além desses há uma grande variedade de exercícios, muitos em combinação com os de cultura
física e que são de muita utilidade; entre os mais conhecidos, destacamos os seguintes:
1. Em pé, corpo ereto, pernas afastadas, estender os braços até a altura dos ombros,
enquanto inspirar profundamente.
Expirar lentamente voltando à posição primitiva.
2. Inspirar, levantando os braços acima da cabeça; abaixá-los durante a expiração.
3. Pernas separadas, pés firmes, levantar os braços juntando as mãos sobre a cabeça, deixar cair os
braços com todo o seu peso para a frente com movimentos do lenhador.
Inspirar quando levantar os braços e expirar quando dobrar o corpo, passando as mãos entre os
joelhos.
4. Inspirar, levantando os braços à altura dos ombros; fazer pequenas rotações, terminando com uma
rotação bem ampla na expiração.
5. Deitado levantar os braços acima da cabeça durante a inspiração; voltar à posição primitiva na
expiração.
Para a mandíbula
Para a língua
4. Bater com a ponta da língua na face anterior e logo na posterior dos incisivos inferiores. Fazer o
mesmo contra os incisivos superiores. Rapidamente várias vezes.
5. Fazer rotações com a língua, contornando os lábios cerrados boca aberta e também contra os lábios
cerrados.
6. Firmar todo o contorno da língua nos molares superiores deixando apenas a ponta livre para golpear o
palato, dizendo:
La le li lo lu lo le li le la.
9. Firmar a ponta da língua nos alvéolos dos incisivos superiores e expirar com muita pressão para
provocar vibrações da ponta da língua.
11. Consoantes que são articuladas com o movimento da língua contra o palato:
Ex:
La le li lo lu lo li le la le li lo lu lo li le la le li lo...
Na ne ni no nu no ni ne na ne ni ,no nu no ni ne na ne ni no...
Ta te ti to tu to ti te ta te ti to tu to ti te ta te ti to...
Da de di do du do di de da de di do du do di de da de di do...
Teu tio Tadeu te deu dois tetéus... (várias vezes)
Lana, Lena, Lina e Lola louvam Nina e Madalena.
Para os lábios
4. assobiar.
As consoantes oclusivas proporcionam bons exercícios para dominar a expiração, porque gastam mais ar:
inspirar e expirar repetindo, muitas vezes lentamente: P B T D G Q
EXEMPLO:
A gata branca que gostava de pegar camundongos na copa da casa de campo do conde Guatinguetal
corre atrás da bola que rebola e bate no peito do papagaio que grita e depois no bico do galo que bebe da
bica do quintal e também no papo do pato pintado que dá bicadas na pata do pacato boi preto e branco
que pastava no gramado.
Respirar profundamente e atacar a frase logo no início da expiração, para não desperdiçar ar. O aluno
deve esforçar-se para sustentar os finais das frases, economizando o ar expirado.
QUADRILHA
ELEGIA LÍRICA
(Trecho)
Vinícius de Morais
Meu benzinho adorado minha triste irmanzinha eu te peço por tudo que é mais sagrado que você me
escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do
teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que você me quer e sabe o que eu faço eu
vou me embora para sempre e nunca mais vejo este rosto lindo que eu adoro você é toda minha vida e eu
só escrevo por tua causa ingrata e só trabalho para casar com você quando a gente puder porque agora
tudo está tão difícil mas melhora ontem pensei o dia todo em você e acabei chorando no rádio por causa
daquele estudo de Chopin que você tocou antes de ir embora e imagina só que eu estou fazendo uma
história para você muito bonita e quando chega a noite eu fico tão triste que até dá pena e tenho vontade
de ir correndo te ver e beijo o ar feito bôbo com uma coisa no coração que já fui até no médico mas ele
disse que é nervoso e me falou que eu sou emotivo e eu peguei ri na cara dele e ele ficou uma fera que a
medicina dele não sabe que o meu bem está longe melhor para ele eu só queria te ver uma meia hora eu
pedia tanto que você acabava ficando enfim adeus que já estou cansado de tanta saudade e tem gente
aqui perto e fica eu chorar na frente deles eu não posso adeus meu rouxinol me diz boa noite e dorme
pensando neste que te adora e se puder pensa o menos possível no teu amigo para você não se
entristecer muito que só mereces felicidade do teu definitivo e sempre amigo.
(VOGAL A)
(VOGAL E)
(VOGAL I)
(VOGAL O)
(VOGAL U)
FR – A frota de frágeis fragatas fretadas por frustra dos francos-atiradores, enfreados de frio. Naufragou na
refrega com frementes frecheiros africanos.
GR – O grumete desgrenhado gritava na gruta de granito, gracejando com o grupo grotesco de grilheiros.
TR – A entrada triunfal da tropa de trezentos truculentos troianos em trajes tricolores, com seus trabucos,
trombones e triângulos transtornou o tráfego outrora, tranqüilo.
PR – O prato de prata premiado é precioso e sem preço; foi presente do preceptor da princesa
primogênita, probo primaz, Procurador da Prússia.
BL – No tablado oblongo os emblemas das blusas das oblatas obliterados pela neblina oblíqua.
GL – A aglomeração na gleba glacial glosava a inglesa glamorosa que glissava com gladiador glutão.