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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES

(ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

Aula 0 – Administração pública: modelo racional-legal ao


paradigma pós-burocrático (visão geral)

Olá pessoal, tudo certinho?

Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou mineiro de Uberrrlândia (não


reparem no sotaque) e é com grande prazer que iniciaremos este
curso de Administração Pública para o concurso do Tribunal Regional
Eleitoral/ES. Antes de começarmos, deixo aqui um breve resumo do
meu currículo:

• Graduado em Administração na Universidade Federal de


Uberlândia;
• MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na FGV;
• Atualmente, sou Analista Judiciário (área administrativa) no
CNJ – concurso do STF, prova elaborada pelo CESPE;
• Ex-servidor do FNDE – Especialista em Finan. e Exec. de Progr.
e Proj. Educacionais;
• Classificado nos concursos de analista judiciário no STJ (área
administrativa) e no TJDFT (administrador), provas
elaboradas pelo CESPE;
• Aprovação no concurso APO-MPOG (excedente no concurso
atual);
• Recentemente, lecionei, no sítio do Ponto dos Concursos, as
disciplinas: Administração Pública (Resumão) para o concurso
do MPU (Prova do CESPE); Gestão e Desenvolvimento
Institucional para o concurso da Fiocruz e Planejamento
Estratégico para o concurso da ABIN (Prova do CESPE);
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• Atualmente, leciono a disciplina Gestão Pública para o concurso


do INMETRO (Prova do CESPE), também por meio do sítio do
Ponto dos Concursos.

Sobre o curso

O foco deste curso, ministrado em 7 aulas (além desta Aula 0), é


capacitá-los para resolver a prova do concurso do TRE-ES, disciplina
Administração Pública. Meu objetivo aqui é fazer com que vocês
acertem as questões desta disciplina e que isso contribua para a
aprovação no concurso.

Além da matéria do edital, disponibilizaremos vários exercícios (com


comentários) de provas recentes do CESPE da nossa disciplina. Não
adianta sabermos muito a teoria sem termos a prática das provas da
nossa banca. Utilizaremos, também, exercícios de outras bancas para
aumentarmos a nossa prática.

Esse curso é voltado para o cargo Analista Judiciário (Área


Administrativa). Entretanto, para quem irá concorrer para o cargo de
Analista Judiciário (Contabilidade), todos os tópicos daquele cargo
serão abordados.

Cronograma

• Aula 0: 4) Administração Pública: modelo racional legal ao


paradigma pós-burocrático (visão geral);
• Aula 1 (03/12): 10) O paradigma do cliente na gestão pública;

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• Aula 2 (10/12): 5) Empreendedorismo governamental e novas


lideranças no setor público; 6) Convergências e diferenças
entre a gestão pública e a gestão privada;
• Aula 3 (17/12): 11) Gestão estratégica; 2) Estrutura e
estratégia organizacional; 3) Cultura Organizacional;
• Aula 4 (23/12): 9) Gestão de resultados na produção de
serviços públicos; 8) Excelência nos serviços públicos;
• Aula 5 (07/01): 4) Administração Pública: modelo racional legal
ao paradigma pós-burocrático (complemento); 1) Estruturação
da máquina administrativa no Brasil desde 1930: dimensões
estruturais e culturais; 12) Tecnologia da informação,
organização e cidadania;
• Aula 6 (14/01): 13) Comunicação na gestão pública e gestão de
redes organizacionais; 14) Noções de elaboração, análise,
avaliação e gerenciamento de projetos;
• Aula 7 (21/01): 7) Novas tecnologias gerenciais: balanced
scorecard (BSC) e gestão por processos; impactos sobre a
configuração das organizações públicas e sobre os processos de
gestão.

Administração pública: modelo racional-legal ao


paradigma pós-burocrático (visão geral)

Daremos, nesta aula, uma visão geral sobre o tema, falando da


evolução da administração público no Brasil, destacando as reformas
administrativas. Além disso, falaremos sobre os três modelos de
administração pública (patrimonialismo, burocrácito – racional-legal,
e gerencialismo).

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Evolução da administração pública no Brasil (após


Administração Pública 1930). Reformas Administrativas

Como em vários conceitos no Direito, o significado de Administração


Pública possui um sentido amplo e outro estrito.

Sentido Amplo: abrange os órgãos de governo, seja exercendo


função política (estabelecimento das políticas públicas), seja
exercendo função meramente administrativa (execução das políticas
públicas).

Sentido Estrito: sempre parte de um sentido amplo, no nosso caso,


é a administração pública que abrange somente os órgãos e pessoas
jurídicas que executam políticas públicas, ou seja, função meramente
administrativa.

O sentido estrito é o que nos importa para este curso. A


Administração Pública representa o aparelhamento do Estado. O
que isso quer dizer? É através da Administração Pública que o Estado
funciona, organiza-se, planeja-se, administra-se. É a sua
FERRAMENTA.
ESTADO

ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA

Antes de entrarmos no ano de 1930, vamos voltar um pouco no


tempo para facilitar a contextualização dos fatos. Acho importante
misturarmos um pouco de história com a evolução da administração
pública. Outro aspecto fundamental é um comparativo da

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administração pública no Brasil e no mundo. Já adianto que, como é


de se esperar, tudo ocorreu primeiro lá fora, para depois ser
implantado aqui no país. Normal!

Apesar de o Brasil ter ficado independente em 1822, foi instalado no


país o Império com um rei português, o que manteve todas as
tradições monárquicas da Europa. Assim, a administração pública
continuava não estrutura, sendo o patrimonialismo (já já falaremos
sobe esse modelo) a sua marca.

Em 1889, é proclamada a República. Entretanto, a política de


favorecimentos aos aliados e a pouca preocupação com os
cidadãos/democracia perdurou. Predominava, na época, a república
do “café (São Paulo) com leite (Minas Gerais)”, em que presidentes
mineiros e paulistas se revezam no poder.

Somente em 1930 essa rotina foi quebrada. Getúlio Vargas, por meio
da Revolução daquele ano, assume o poder no Brasil. Esse é um
marco para a administração pública (burocrática) no país. Vargas,
que permaneceu como Presidente da República até 1945 (voltando
em 1950, ficando até 1954 – ano de seu suicídio), engendrou
diversas ações para profissionalizar a administração pública. Vale
mencionar que de 1937 a 1945, Vargas governou o país por meio de
regime militar.

O contexto da reforma administrativa dos anos 30, liderada por


Nabuco e Luiz Simões, “coincide” com a forte industrialização
brasileira. O Estado, no caso do Brasil, passa assumir papel decisivo,
intervindo de forma pesada no setor produtivo de bens e serviços.

Assim, a racionalização da burocracia era fundamental. Surge, então,


as primeiras carreiras burocráticas no país. O concurso, por
consequência, é implantando.

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É fácil perceber que, assim como ocorreu no restante do mundo, a


administração lastreada na burocracia é fruto da prevalência do
capitalismo no país.

Podemos resumir a intenção de Vargas em três tópicos:

• Criação de uma estrutura administrativa organizada;


• Estabelecer uma política de pessoal com base no mérito (ideais
de Joaquim Nabuco);
• Acabar com o nepotismo e a corrupção.

Um importante momento da administração pública brasileira é a


criação do DASP (Departamento Administrativo do Setor Público), em
1938, após a criação do Conselho Federal do Serviço Público em 36.
O DASP, que sobreviveu até 1986, era responsável, entre outras
coisas, pela realização dos concursos públicos. Podemos concluir que
esse órgão foi extinto sem contudo ter tido êxito na sua função de
implantar a burocracia. Até hoje, presenciamos resquícios do
patrimonialismo.

O DASP objetiva três importantes medidas. Vejamos.

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O DASP acabou passando por diversos problemas políticas, fazendo


com que várias ações ficassem somente no planejamento, não se
transformando em ação. Após o DASP, diferentes órgãos foram
criados e extintos, tendo o mesmo propósito, sendo o último o
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE.

Vejamos a questão abaixo.

1) (CESPE STJ 2004) A criação do DASP foi uma importante


iniciativa no processo de modernização do setor público no
Brasil, inserindo no setor público o espírito gerencial e
fazendo com que a burocracia fosse repensada, tendo em vista
o cliente e a qualidade na prestação dos serviços públicos.

DASP tem a ver com burocracia. O objetivo do DASP era implantar a


burocracia. O gerencialismo e suas idéias, como veremos ainda, só
veio no final do século passado.

Gabarito: E

A partir de 1942, o Estado brasileiro, que era regulador, passa a


adquirir perfil desenvolvimentista, cujo ápice foi o governo de
Juscelino Kubitschek (1956-1960), com o lema “50 anos em 5”. As
primeiras entidades da administração indireta são criadas nesse
momento. Nesse modelo, os problemas da burocracia começam a
aparecer. Em 1956, é criado o COSB (Comissão de Simplificação da
Burocracia). Essa Comissão culminaria no Decreto Lei nº 200/67.

Na verdade, podemos dizer que no período democrático (1945 a


1964), não houve mudanças significativas na administração pública,
sugerindo certa inércia do poder público quanto ao assunto em voga.

Em 1967, no período militar (64 a 85), é sancionado o Decreto Lei nº


200/67, prevendo uma descentralização administrativa. Começam,
por meio do Decreto, a ser desenhadas medidas gerenciais para
descentralizar e desburocratizar o serviço público. O grande foco foi a
descentralização, dando autonomia à administração indireta
(“aliviando” a administração direta) para conceder eficiência à
prestação dos serviços públicos.

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Assim, foram transferidas atividades de produção de bens e serviços


para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Uma importante contribuição do Decreto foi a instituição do controle


dos resultados, passando o planejamento a ter importante papel no
serviço público.

Naquela época, as unidades descentralizadas utilizavam o regime


celetista (regidos pela CLT) para os seus empregados, um regime
privado de contratação e trabalho.

Uma grande desvantagem do Decreto foi a permissão de contratação


de empregados sem concurso público, facilitando a sobrevivência de
práticas patrimonialistas. A despreocupação com a administração
direta também levou a ausência de concursos, deixando de
desenvolver as suas carreiras.

Vejamos outras medidas antes da promulgação da Carta Magna de


88:

• 1970: tentativa de desburocratização, por meio da Secretaria


de Modernização da Reforma Administrativa;
• 1979: o Plano Nacional de Desburocratização visava modificar a
idéia do cidadão como súdito, passando a entendê-lo como o
destinatário da atividade do Estado;

Com a Constituição de 1988, alguns temas tratados foram de


encontro a alguns princípios trazidos pelo Decreto Lei do regime
militar. A administração indireta perde a autonomia conquista no
referido normativo. Perdeu-se a flexibilização da criação e extinção de
órgãos (agora, só por lei), o Executivo perdeu autonomia na
organização da administração e ocorreu a extensão de regras da
administração direta para a indireta.

Em 1995, com a posse de Fernando Henrique Cardoso, começam as


tentativas de reforma do aparelho do Estado, através do Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, capitaneado pelo Ministro
Bresser Pereira.

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Modelos de gestão pública: patrimonialista, burocrático


(Weber) e gerencial.

Antes de entrarmos em cada modelo de forma isolado, é essencial


algumas considerações:

• Trata-se de uma evolução. Assim, o gerencial é uma evolução


do burocrático, que é uma evolução do patrimonialista.
Entretanto, a evolução não é linear, havendo momentos de
revés, mudanças de rota, períodos de inércia, etc.;

• Quando falamos da evolução e dos modelos de administração


pública, estamos nos referindo ao plano federal. Cabe destacar,
entretanto, que se compararmos a administração federal com a
estadual e a municipal, veremos uma discrepância na
modernização. Ainda, se compararmos entre determinados
estados, também veremos disparidades;

• Embora cada modelo procure negar o anterior, não há uma


exclusão total das características do antecessor. Nada acontece
de forma tão drástica: o processo é lento. No caso do
gerencialismo, esse modelo inclusive aproveita virtudes do
modelo burocrático, naquilo que não é contrário ao seu foco.
Nesse sentido, não existe um momento em que se acabou por
completo o patrimonialismo, nem a burocracia. Por acaso
alguém já ouviu falar do fim da burocracia no serviço público?
Não néh? Pois é. Embora exista essa evolução didática, cada
período sempre “convive” com o momento anterior. Mas,
guardem uma coisa: o objetivo da burocracia era acabar com
as características patrimoniais.

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• Tanto na administração pública quanto na administração


privada, praticamente todas as técnicas implementadas são
oriundas de outros países. Apesar de sermos considerados
criativos, copiamos muito as idéias estrangeiras. Uma vez que
copiamos, fazemos depois, certo? O que quero dizer com isso?
Os períodos da administração pública brasileira ocorrem com
um certo “atraso”. As idéias liberais que originaram a
burocracia de Max Weber surgiram no mundo na segunda
metade do século XIX (anos 1800), para chegar aqui apenas
em 1930!!!! O gerencialismo, que praticamente iniciou-se na
década de 90 no Brasil, emergiu no mundo com Margaret
Thatcher (Inglaterra) e Ronald Regan (EUA) nos anos 80. O
atraso foi menor, já que a velocidade no mundo hoje é bem
maior, concordam?

Vejamos o quadro abaixo

A partir de 1930, A partir de 1995,


Até 1930
com Getúlio Vargas com Bresser Pereira
Patrimonialismo Burocracia Gerencialismo

Antes de entrarmos em cada modelo, já é possível resolver uma


questãozinha.

2) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A administração


pública burocrática se instalou no Brasil visando a acabar com
o patrimonialismo vigente.

Como falei, todos os períodos conviveram ou convivem com


“resquícios” ou até mais do que isso de momentos anteriores. Mas,

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tanto a burocracia tinha o objetivo de romper com a ordem vigente.


Aqui, cabe uma diferença: na burocracia, o interesse é em acabar
com o patrimonialismo. No gerencialismo, algumas características
burocráticas são bem vindas. Falaremos disso mais tarde.

Gabarito: C

Administração Pública Patrimonialista

O patrimonialismo é considerado uma privatização (rent-seeking) do


Estado para o príncipe e seus nobres.

Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do


estado é considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma
“confusão” entre o que é de quem. Os servidores possuem status de

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nobreza real, sendo seus cargos chamados de prebendas. A res


publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do
príncipe). O rei e os nobres não distinguem se o fax é da repartição
ou da sua casa. Tudo bem: não existia fax naquela época. Mas,
alguém deve estar pensando que já viu este filme, e um filme tão
atual quanto “Tropa de Elite 2”. Pois é, podemos afirmar que o
patrimonialismo perdura nos dias de hoje, não é?

Importante destacar que, no Brasil, mesmo com a proclamação da


república em 1889, esse modelo continuou vigente por algumas
décadas. A república do “café (São Paulo) com leite (Minas Gerais)”
manteve a estrutura patrimonialista, com uma democracia bastante
incipiente, rudimentar.

Questãozinha.

3) (CESPE MTE 2008) A administração patrimonialista


representa uma continuidade do modelo inspirado nas
monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia,
sendo a corrupção e o nepotismo inerentes a esse modelo. Aos
cidadãos se concedem benesses, em vez da prestação de
serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de
cidadania, e sim de paternalismo e subserviência.

Exatamente isso. A monarquia e o patrimonialismo andam juntos.


Vejam como era visto o cidadão naquela época. Não se prestam
serviços, prestam-se favores. Os cidadãos são submissos ao rei.

Subserviência significa bajulação, condescendência, servilismo.

Gabarito: C

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Fácil perceber que, nessa administração, a corrupção e o nepotismo


são marcas.

Esse modelo era ideal na época do absolutismo, em que os reis


soberanos não prestavam conta de suas atitudes e o capitalismo e a
democracia ainda não haviam ganhado força.

No momento em que o capitalismo, o Estado Mínimo e a democracia


tornam-se dominantes no mundo, lembrando da mão invisível de
Adam Smith (o mercado deve funcionar de forma livre, sem a
interferência do Estado – há uma mão invisível que coordena o
mercado), a liberalidade passa ser regra. Assim, é preciso separar o
que é público do que é privado, não havendo espaço para benefícios
exclusivos para a nobreza e o rei. Começa então a queda do modelo
patrimonialista no mundo.

Estado Mínimo significa literalmente o tamanho do Estado. Se o


Estado possui muitos órgãos, empresas públicas, ministérios...
ele é grande. Na história do mundo e do Brasil, o Estado hora é
mínimo, hora é grande. Até o final da Segunda Guerra Mundial,
a moda era Estado Mínimo para o capitalismo vigorar.

Vejam que nada acontece por acaso. O momento histórico sempre


traz as razões da ocorrência das mudanças. A burocracia não vai
brotar do nada.

Vejamos uma questão.

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4) (ESAF CGU 2006) Complete a frase a seguir com a opção


correta.

O ....................... é uma forma da administração pública que se


caracteriza pela privatização do Estado, pela interpermeabili-
dade dos patrimônios público e privado. O princípe não faz cla-
ra distinção entre patrimônio público e seus bens privados.

a) modelo patrimonialista

b) modelo burocrático

c) modelo gerencial

d) modelo racional-legal

e) modelo estruturalista

Essas são características do patrimonialismo, que trouxe problemas


que a burocracia tentou resolver. Problemas como a corrupção e o
nepotismo.

Gabarito: A

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Administração Pública Burocrática

Apenas com as características acima, vejamos a questão abaixo

5) (CESPE Embasa 2009) Na burocracia weberiana, o


funcionário tem determinada a sua forma de agir, de acordo
com rotinas preestabelecidas.

Mesmo sem uma prévia explicação, é possível visualizar, na relação


de características, que a rotina dos funcionários bem estabelecida é
uma marca fundamental para poder controlar. Como se controla uma
organização sem se controlar o que fazem os funcionários?
Impossível, não é? Controlar é palavra-chave na burocracia. Mas,
cuidado!!!! Nunca se controla resultados na burocracia.
Controlam-se gastos, procedimentos, as atividades-meio (atividades
que apenas contribuem para o objetivo, mas não são o objetivo
propriamente dito).

Burocracia weberiana significa burocracia de Max Weber.

Gabarito: C

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Outra questãozinha que pode ser resolvida.

6) (CESPE MTE 2008) No Estado patrimonial, a gestão política


se confunde com os interesses particulares, ao passo que, no
modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e
a escolha dos candidatos aos cargos e às funções públicas é
pautada pela confiança pessoal.

Nessa questão, a definição para Estado patrimonial está perfeita. O


problema está na parte da burocracia. Na primeira parte, tudo ok: a
especialização das funções é uma característica correta, já que essa
especialização, que anda junto com hierarquia e rotinas
determinadas, facilita o controle.

Pautar escolha de candidatos para exercer cargo público na confiança


é o erro. Impessoalidade é a marca da burocracia. Não se confia. É
daí que surgiram os concursos públicos, com critérios objetivos de
seleção, não existe subjetividade na burocracia.

Gabarito: E

No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do


século XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o
nepotismo e a corrupção, entraves para o capitalismo, para o
desenvolvimento dos mercados.

Influenciado pelos ideais de Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo


burocrático, a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da
Administração Pública brasileira começa nesse período. Antes, não há
uma estrutura, até pela mistura que se fazia entre o público e o
privado no patrimonialismo.

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Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas


institui uma administração com rígidos controles, com hierarquia no
serviço público, formalismo, impessoalidade. Todas essas
características visavam combater a corrupção, o nepotismo.

Vejamos mais uma questão.

7) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) Uma das


primeiras reformas empreendidas pelo governo de Vargas
visando à racionalização da administração pública foi a criação
das primeiras carreiras burocráticas.

Como Getúlio Vargas adotaria a burocracia sem mexer nas carreiras


do serviço público? É lógico que o Presidente precisaria reestruturar o
corpo de servidores para efetivar a burocracia.

Gabarito: C

A partir do Governo Vargas, foram criados critérios de mérito para


promoção de servidores (meritocracia), sistema de remuneração
estruturado, plano de carreira, avaliação de desempenho e
treinamentos sistemáticos.

Mas professor, burocracia pra mim é problema, é lentidão...


Lembrem-se de que Burocracia não é sinônimo de algo ruim. Os
conceitos trazidos por Weber são fundamentais para tentar sanar os
defeitos do patrimonialismo. Os problemas que surgiram
posteriormente são disfunções da Burocracia, e não
características iniciais, pretendidas.

Sobre as disfunções, vejamos uma questão.

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8) (CESPE Embasa 2009) A necessidade de documentar e


formalizar todas as comunicações, por escrito, pode conduzir
ao excesso de formalismo e documentação.

Excesso sempre é ruim, não é? Na burocracia também. Formalidade é


característica, excesso de formalismo é disfunção. Guardem isso. Não
é só com o formalismo que essa regra vale.

Gabarito: C

IMPORTANTE: A principal disfunção da burocracia é o excessivo


foco no controle, esquecendo-se da razão principal de ser do
Estado: servir a sociedade!!!! Assim, o Estado torna-se ineficaz pela
sua auto-referência, quando deveria voltar-se para o cidadão!!!!

Vejamos outras disfunções burocráticas:

• Apego aos regulamentos;


• Resistência a mudanças;
• Processo decisório é lento, já que é centralizado;
• Conformidade a rotinas;
• Dificuldade no atendimento a clientes.

Vejamos outras questões.

9) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A implantação


da administração pública burocrática é uma conseqüência da
emergência de um capitalismo moderno no Brasil à época.

Conseguimos resolver essa questão entendendo a evolução histórica.


Como falei, aqui no Brasil, as técnicas administrativas chegam

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depois. Tenham sempre em mente os períodos históricos, datas. Isso


facilita para contextualizar.

Gabarito: C

10) (CESPE Embasa 2009) A burocracia weberiana é uma


forma de organização cujas consequências desejadas
resumem-se à previsibilidade do comportamento das pessoas
que nela atuam.

Se há rotina, a previsão. Tudo que se faz, é o que se espera que se


faça. Os funcionários fazem o que está no “script”, o que gera
previsibilidade. Não existe comportamento diferente, não existe
flexibilidade. Tudo está no manual de procedimentos. É cara crachá.

Gabarito: C

11) (CESPE Embasa 2009) Fila constante, em frente aos


postos de atendimento das organizações, inclui-se entre as
características da teoria da burocracia weberiana.

O examinador tentando confundir a nossa cabeça. Vocês acham


mesmo que Weber imaginou filas, lentidões, atrasos. Lógico que não.
O objetivo era combater o descontrole, a corrupção.

Gabarito: E

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Administração Pública Gerencial – Nova Gestão Pública

Questãozinha.

12) (CESPE TRE-BA 2010) A administração pública burocrática


se alicerça em princípios como profissionalização, treinamento
sistemático, impessoalidade e formalismo, que são
abandonados à medida que a administração pública gerencial,
calcada na eficiência e na eficácia, se sobrepõe ao modelo
burocrático.

As características relacionadas à burocracia estão corretas. Todavia, a


administração gerencial não as abandona. O modelo atual aproveita
alguns aspectos da administração burocrática. Na verdade, a grande
mudança está na referência: burocracia – auto-referência;
gerencialismo – cidadão é o foco.

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Gabarito: E

Outra.

13) (CESPE AGU 2010) Para a administração pública


burocrática, o interesse público é frequentemente identificado
com a afirmação do poder do Estado. A administração pública
gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o
com o interesse da coletividade, e não do Estado.

Na burocracia, O Estado é auto-referenciado, ou seja, volta-se para si


mesmo, tendo como foco de controle os gastos. O gerencialismo, por
seu turno, representa uma quebra desse paradigma. A partir das
idéias gerenciais, o Estado passa a enfatizar o interesse coletivo. Aqui
podemos utilizar a palavra abandono (negação da visão anterior) sem
nenhum problema.

Gabarito: C

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil


passaram a “aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão
de mais serviços, como saúde, educação, previdência social. Essa
expansão do Estado gerou um “inchamento” da máquina pública.
Chegou um momento em que os contribuintes (tax payers) percebem
a quantidade de tributos pagos e a baixa qualidade do serviço
público. Bem atual, não é?

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Apesar de todas as críticas ao “Estado Máximo”, a crise mundial


de 2008 evidenciou problemas no Estado Mínimo. A falta de
regulação (participação do Estado) no mercado
habitacional/financeiro americano gerou todo o problema. Sem
o Estado, não houve controle. Depois, com a crise estourada, os
bancos e empresas recorreram ao rico dinheirinho do Estado.
Conclusão: é preciso chegar a um meio termo. Nem tanto
inchado, nem tanto mínimo.

Voltando à vaca fria, juntamente com a expansão do Estado após 45,


o desenvolvimento tecnológico e a globalização mundial foram
marcas do final do século XX (anos 1900). Esses fatores (expansão
do Estado, tecnologia e globalização) foram determinantes para
deixar à mostra grandes problemas da burocracia. Uma coisa era
controlar o Estado quando ele era pequeno, com tecnologia 0, sem
muitas relações com o mundo. Outra coisa é você “engessar”,
controlar algo grande, tecnológico e globalizado, concordam?

Vamos a uma questão.

14) (CESPE Ministério das Comunicações 2008): As ações


rumo a uma administração pública gerencial foram aceleradas

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com a transição democrática de 1985 e consolidadas com a


promulgação da Constituição Federal de 1988.

Não, a CF/88 não foi nada gerencial. Aliás, ela confirmou a


burocracia. Gerencialismo na década de 80 ocorreu foi na Inglaterra e
nos EUA, com Ronald Regan.

Gabarito: E

O movimento de reformas do aparelho do Estado, denominado de


Nova Gestão Pública, teve início no Reino Unido no final dos anos 70
do século passado, expandiu-se pelos países anglo-saxões como
Austrália e Nova Zelândia na década de 80 do mesmo século,
fortaleceu-se nos Estados Unidos da América na gestão do presidente
Clinton, embasado nos princípios do texto Reinventando o Governo,
de Osborne e Gaebler, alcançando na década passada os países da
OCDE e da América Latina, notadamente o Chile e o Brasil. No caso
brasileiro, o marco de introdução dessa temática no debate nacional
foi o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995.

Aqui no Brasil, foi lançado, pelo Ministro Bresser Pereira (período


FHC), o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, em
1995. Nomezinho grande, não é? Pois é, esse plano nada mais é do
que um relato da evolução da administração pública e um olhar para
o seu futuro, com as bases do gerencialismo.

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IMPORTANTE: Apesar da Constituição de 88 não trazer


características de gerencialismo, em 1998 a emenda
constitucional nº 19 trouxe, para os princípios da administração
pública, o princípio da eficiência, representando um marco
importante para o gerencialismo no Brasil.

O foco do gerencialismo é o cidadão - reduzir custos e aumentar a


qualidade dos serviços prestados. É como se fosse uma adaptação do
que é feito nas empresas. Enquanto as organizações buscam a
eficiência para atender seus clientes e obter lucro, o Estado passaria
a buscar a eficiência para atender os cidadãos com o melhor serviço
público possível.

Como falei antes, o gerencialismo aproveita alguns pontos da


burocracia. De maneira mais flexível, esse período mais recente
utiliza-se sem problemas de algumas características burocráticas:
critérios de mérito, avaliação de desempenho, treinamento
sistemático, etc.

O que diferencia principalmente a burocracia do gerencialismo é o


foco do controle. Enquanto aquela visava os processos, este visa os
resultados.

Vamos praticar.

15) (CESPE Ministério da Saúde 2010) As preocupações com a


eficiência, com o cliente e com o próprio serviço público
constituíram pilares da burocracia brasileira. Nesse sentido, a
reforma do Estado possibilitou a divisão da administração
pública em direta e indireta, privilegiando a descentralização
da execução.

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Esse é exatamente o conceito e características do gerencialismo, não


é verdade? Isso é comum em prova: troca de conceitos.

Repare que a banca falou em administração direta e indireta. Vamos


fazer um breve comentário sobre isso. Administração direta são os
ministérios e seus órgãos, ou as secretarias, no caso dos Estados e
Municípios. A administração indireta são as autarquias (IBAMA),
fundações (IBGE), empresas públicas (CAIXA ECONÔMICA) e
sociedades de economia mista (PETROBRÁS). A utilização da
administração indireta é uma forma de descentralização, conceito do
gerencialismo. Descentralizar é dar autonomia para essas empresas e
autarquias criadas. Autonomia de decisão, o que acelera a execução,
melhorando o serviço público. Já imaginaram se tudo tivesse que
passar pelos Ministros? Iria demorar um pouco, não é?

Gabarito: E

Vamos a outra questão.

16) (CESPE MTE 2008) Uma das principais vantagens


apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato
de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos
resultados dos serviços públicos em geral, razão pela qual
reduz as exigências de acompanhamento e controle da
execução dos orçamentos e da consecução dos objetivos do
planejamento governamental.

É isso mesmo. Gerencialismo é sinônimo de eficiência, foco nos


resultados (serviços públicos bem prestados). Foco em orçamento e
processos era tarefa da burocracia. O gerencialismo, ao se preocupar
com o fim, com o resultado, diminui o controle do meio, dos gastos.

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Afinal, se os resultados estão acontecendo, com certeza os gastos


estão ocorrendo como planejado.

Gabarito: C

Outra questão.

17) (CESPE MTE 2008) A administração pública gerencial está


voltada para o atendimento às demandas dos usuários dos
serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na
descentralização e na delegação de competência e define
indicadores de desempenho, o que está associado à adoção de
contratos de gestão.

Resultado é sinônimo de gerencialismo. Como retratado antes, para


se obter eficiência e atingir os objetivos – sanar demandas dos
cidadãos – é preciso descentralizar, delegar competência, dar
autonomia. Os indicadores de desempenho poderiam ser associados à
burocracia – controle. Mais um exemplo de instituições aproveitadas
pelo gerencialismo.

No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, são enumeradas


inovações institucionais para a administração pública. O contrato de
gestão é um desses exemplos. Para estimular a excelência de
serviços das Autarquias, propõe-se o seguinte: criam-se indicadores
de desempenho, planejamento estratégico estruturado, com a
finalidade de melhorar a prestação de serviços dos órgãos. Em
contrapartida, com o cumprimento desses quesitos, a autarquia
recebe alguns benefícios, como prazos maiores em processos
administrativos, maior limite para dispensa em licitação, etc. O
instrumento que celebra esse acordo é o contrato de gestão.

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Gabarito: C

Continuemos praticando.

18) (CESPE MCT 2004) A nova gestão pública é um movimento


mundial de discussão e práticas transformadoras da gestão
pública que se baseou, originalmente, no princípio da
eficiência.

Exatamente. Viu-se que o serviço público não estava sendo eficiente


naquilo que fazia. Desperdiçando bastante, não sendo produtivo. O
que os teóricos pensaram? Vamos utilizar técnicas da administração
privada para adotar no serviço público. Surge a nova gestão pública.

Gabarito: C

Mais uma.

19) (CESPE MCT 2004) Entre as razões que justificam o


advento da nova gestão pública estão o esgotamento do
paradigma keynesiano, a globalização, a reestruturação
produtiva e a crescente incapacidade da sociedade civil em
prover bens públicos.

A questão ia bem até falar que a sociedade civil é incapaz de prover


bens públicos. O incapaz é o setor público. O que é melhor? Escola
pública ou privada? Hospital público ou privado?

Gabarito: E

Outra questão.

20) (CESPE MCT 2004) O movimento da nova gestão pública


preconizava uma quebra de paradigmas na gestão de

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organizações públicas a partir da introdução de mecanismos


de gestão por resultados, formas contratuais de gestão, maior
autonomia e flexibildade administrativa, foco no cliente
beneficiário do serviço ou atendimento e pagamento de
funcionários por produtividade.

Exatamente isso. Formas contratuais de gestão é o seguinte: existe


previsão, hoje, de firmar contratos de gestão para que entidades se
comprometam a atingir metas a fazer bons planejamentos
estratégicos. Em contrapartida, a entidade adquire benefícios, como
maiores prazos recursais.

A nova gestão pública foi, de fato, uma quebra de paradigma.


Sempre com foco no cliente.

Se eficiência é a palavra de ordem, com certeza a produtividade irá


ser foco. Assim, a criação de mecanismos de remuneração vinculada
à produtividade é essencial.

Gabarito: C

Na administração gerencial, permite-se a existência de competição


dentro do próprio Estado. As diferentes unidades podem ser
concorrentes. Esse estímulo à concorrência permite que os diferentes
órgãos aperfeiçoem os seus trabalhos, garantindo a excelência nos
serviços públicos prestados, foco do gerencialismo.

Vejamos um quadro resumo dos modelos.

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Vejamos outras questões.

21) (CESPE MTE 2008) Uma abordagem contemporânea da


administração pública apresenta características que
transcendem a visão tradicional, estrita e específica. Desse
modo, a função de planejamento, por exemplo, amplia-se para
abarcar a análise de políticas, com seus impactos e variações
resultantes da maneira como são implementadas. O setor de
recursos humanos, por outro lado, não se limita a
recrutamento, seleção e classificação, passando a tratar
também de crescimento e desenvolvimento do funcionário,
motivação e tratamento eqüitativo.

Quando se fala em tradição, deve-se sempre associar com


burocracia. Tradição, rotina, previsão. Planejamento é algo que só
contribui para atingir os objetivos. Quando se planeja, é possível

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comparar o que está sendo feito com o que foi pensado. Assim, no
decorrer da execução, é possível fazer ajustes para não sair da
engrenagem.

Sobre Recursos Humanos, cabe um comentário. As terminologias,


assim como as técnicas, evoluem com o tempo. Antigamente, era
conhecido como departamento pessoal, depois, recursos humanos.
Hoje em dia, existe também a expressão “talentos humanos”. Não
são apenas nomes, cada expressão reflete uma maneira de trabalhar,
um foco.

No tempo do departamento pessoal, totalmente ligado com a


burocracia, só havia recrutamento, seleção e pagamento. Com a
modernização desse setor, o desenvolvimento do funcionário passa a
ganhar força, assim como a motivação. Isso porque não é possível
atingir metas sem fazer com que os funcionários e servidores estejam
em linha com esse pensamento. Ainda, que os servidores entendam
os seus papéis no todo, sendo recompensados por isso.

Gabarito: C

22) (CESPE MCT 2004) A implementação de centrais


integradas de atendimento ao público é um exemplo de
implementação de mecanismos e instrumentos relacionados à
nova gestão pública no Brasil.

Se o foco é o cidadão, nada mais prudente do que atendê-lo cada vez


melhor.

Gabarito: C

23) (CESPE MCT 2004) A proposta de reforma gerencial


contida no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado é

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a estratégia de modernização da administração federal que,


em geral, mais se aproxima da proposta da nova gestão
pública.

O Plano Diretor é a tradução da Nova Gestão Pública no Brasil, lógico,


de forma adaptada.

Gabarito: C

24) (CESPE PMRB 2007) O planejamento estratégico, por ser


instrumento exclusivo do setor privado, não se insere entre as
práticas defendidas na nova gestão pública.

Muito pelo contrário. O planejamento estratégico é fundamental


nesse processo de se atingir eficiência e eficácia. É preciso
planejar/pensar tudo antes e acompanhar o que está sendo feito.

Gabarito: E

25) (CESPE PMRB 2007) Na nova gestão pública, a valorização


das estruturas burocráticas sobrepõe-se à flexibilidade e ao
foco em resultados.

A nova gestão pública vem para sobrepor a burocracia. Não vem para
eliminá-la, mas vem para ditar uma nova ordem, flexibilizando as
ações e focando nos resultados, ao invés de focar nos gastos.

Gabarito: E

26) (CESPE PMRB 2007) A satisfação do cidadão, obtida por


meio da melhoria do atendimento, da simplificação de
processos e da redução das filas e dos tempos de espera em
órgãos públicos, é um dos princípios norteadores da nova
gestão pública.

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Tudo que objetive melhorar a prestação do serviço público para o


cidadão vai ao encontro dos princípios da nova gestão pública.

Gabarito: C

27) (CESPE TCU 2008) Para a administração pública gerencial,


ao contrário do que ocorre na administração pública
burocrática, a flexibilização de procedimentos e a alteração da
forma de controle implicam redução da importância e, em
alguns casos, o próprio abandono de princípios tradicionais,
tais como a admissão segundo critérios de mérito, a existência
de organização em carreira e sistemas estruturados de
remuneração.

Questão bem parecida com a anterior. O gerencialismo, de fato,


introduz a flexibilidade na gestão pública e o controle com ênfase nos
resultados (na burocracia o controle se dava pelos gastos).
Entretanto, não há esse abandono mencionado. A meritocracia
(admissão e promoção por critérios de mérito), a organização em
carreira com sistemas estruturados de remuneração não foram
abandonados pela nova gestão pública. Pelo visto, vocês devem ter
cuidado com a palavra “abandono”.

Gabarito: E

28) (CESPE TCU 2007) Nas organizações burocráticas, as


regras e as ações estão condicionadas a comunicações
formais, escritas. Nas instituições estatais, em particular,
quando não houver autorização para determinada iniciativa, é
imprescindível a pertinência e adequação da respectiva
documentação para efeito comprobatório e, sendo o caso,
eximir seus autores de qualquer responsabilidade.
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O primeiro período da questão está certo: tudo é formalizado na


burocracia. Por outro lado, o segundo período está completamente
errado. O trecho “quando não houver autorização” já facilita a
marcação do gabarito. Na burocracia não existe espaço para o
improviso. Tudo é feito estritamente de acordo com as normas, com
aquilo que está escrito. Outro erro da questão é isentar autores de
responsabilidade. Ora, se o autor realizou algo sem estar autorizado,
como ele não seria responsabilizado? Impossível.

Gabarito: E

29) (CESPE INSS 2008) Atualmente, o modelo vivenciado pelo


Estado brasileiro é o da administração pública patrimonialista.

De forma alguma. O modelo vigente é o gerencialismo, que possui


como marco inicial legal a aprovação da Emenda Constitucional nº
19/1998, que incluiu nos princípios constitucionais da administração
pública a eficiência. Antes, em 1995, foi lançado o Plano Diretor da
Reforma do Aparelho do Estado, que propusera as mudanças
preconizadas pela nova gestão pública.

Gabarito: E

30) (FCC AL-SP 2010) Com relação à administração pública


burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do


Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o
nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores


a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia
funcional, a impessoalidade e o formalismo.

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III. Os pressupostos da administração burocrática são a


confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos
que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do


funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de
sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a


efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a
eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

e) III, IV e V.

Vejamos item por item.

I) O grande objetivo da burocracia era, de fato, combater a corrupção


e nepotismo patrimonialistas. Sabemos que o modelo não teve êxito
em seu objetivo. Item Certo.

II) Essas são características corretas da burocracia. Item Certo.

III) Se tudo é formalizado, não podemos falar na existência de


confiança na burocracia. Item Errado.

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IV) Esse item está errado pois trocou a palavra Estado por
funcionário. Item Errado.

v) Essas são características do gerencialismo. Item Errado.

Gabarito: A

31) (UFF Assistente Administrativo 2009) A prática em que


um funcionário usa a organização ou seus recursos para
realizar objetivos pessoais denomina-se:

a) patriotismo;

b) paternalismo;

c) particularismo;

d) prepotência;

e) patrimonialismo.

A confusão entre o público e o privado é o patrimonialismo. É a


privatização do Estado.

Gabarito: E

Exercícios Trabalhados

1) (CESPE STJ 2004) A criação do DASP foi uma importante iniciativa


no processo de modernização do setor público no Brasil, inserindo no
setor público o espírito gerencial e fazendo com que a burocracia
fosse repensada, tendo em vista o cliente e a qualidade na prestação
dos serviços públicos.

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2) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A administração públi-


ca burocrática se instalou no Brasil visando a acabar com o patrimo-
nialismo vigente.

3) (CESPE MTE 2008) A administração patrimonialista representa uma


continuidade do modelo inspirado nas monarquias e prevalecente até
o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o nepotismo ineren-
tes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da
prestação de serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não
é de cidadania, e sim de paternalismo e subserviência.

4) (ESAF CGU 2006) Complete a frase a seguir com a opção correta.

O .............................. é uma forma da administração pública que se


caracteriza pela privatização do Estado, pela interpermeabilidade dos
patrimônios público e privado. O princípe não faz clara distinção entre
patrimônio público e seus bens privados.

a) modelo patrimonialista

b) modelo burocrático

c) modelo gerencial

d) modelo racional-legal

e) modelo estruturalista

5) (CESPE Embasa 2009) Na burocracia weberiana, o funcionário tem


determinada a sua forma de agir, de acordo com rotinas preestabele-
cidas.

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6) (CESPE MTE 2008) No Estado patrimonial, a gestão política se


confunde com os interesses particulares, ao passo que, no modelo
burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos
candidatos aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança
pessoal.

7) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) Uma das primeiras


reformas empreendidas pelo governo de Vargas visando à
racionalização da administração pública foi a criação das primeiras
carreiras burocráticas.

8) (CESPE Embasa 2009) A necessidade de documentar e formalizar


todas as comunicações, por escrito, pode conduzir ao excesso de
formalismo e documentação.

9) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A implantação da


administração pública burocrática é uma conseqüência da emergência
de um capitalismo moderno no Brasil à época.

10) (CESPE Embasa 2009) A burocracia weberiana é uma forma de


organização cujas consequências desejadas resumem-se à
previsibilidade do comportamento das pessoas que nela atuam.

11) (CESPE Embasa 2009) Fila constante, em frente aos postos de


atendimento das organizações, inclui-se entre as características da
teoria da burocracia weberiana.

12) (CESPE TRE-BA 2010) A administração pública burocrática se


alicerça em princípios como profissionalização, treinamento
sistemático, impessoalidade e formalismo, que são abandonados à
medida que a administração pública gerencial, calcada na eficiência e
na eficácia, se sobrepõe ao modelo burocrático.

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13) (CESPE AGU 2010) Para a administração pública burocrática, o


interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do
poder do Estado. A administração pública gerencial nega essa visão
do interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade,
e não do Estado.

14) (CESPE Ministério das Comunicações 2008): As ações rumo a


uma administração pública gerencial foram aceleradas com a
transição democrática de 1985 e consolidadas com a promulgação da
Constituição Federal de 1988.

15) (CESPE Ministério da Saúde 2010) As preocupações com a


eficiência, com o cliente e com o próprio serviço público constituíram
pilares da burocracia brasileira. Nesse sentido, a reforma do Estado
possibilitou a divisão da administração pública em direta e indireta,
privilegiando a descentralização da execução.

16) (CESPE MTE 2008) Uma das principais vantagens apontadas na


nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato de ela facilitar a
mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços
públicos em geral, razão pela qual reduz as exigências de
acompanhamento e controle da execução dos orçamentos e da
consecução dos objetivos do planejamento governamental.

17) (CESPE MTE 2008) A administração pública gerencial está voltada


para o atendimento às demandas dos usuários dos serviços e a
obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização e
na delegação de competência e define indicadores de desempenho, o
que está associado à adoção de contratos de gestão.

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18) (CESPE MCT 2004) A nova gestão pública é um movimento


mundial de discussão e práticas transformadoras da gestão pública
que se baseou, originalmente, no princípio da eficiência.

19) (CESPE MCT 2004) Entre as razões que justificam o advento da


nova gestão pública estão o esgotamento do paradigma keynesiano,
a globalização, a reestruturação produtiva e a crescente incapacidade
da sociedade civil em prover bens públicos.

20) (CESPE MCT 2004) O movimento da nova gestão pública


preconizava uma quebra de paradigmas na gestão de organizações
públicas a partir da introdução de mecanismos de gestão por
resultados, formas contratuais de gestão, maior autonomia e
flexibildade administrativa, foco no cliente beneficiário do serviço ou
atendimento e pagamento de funcionários por produtividade.

21) (CESPE MTE 2008) Uma abordagem contemporânea da


administração pública apresenta características que transcendem a
visão tradicional, estrita e específica. Desse modo, a função de
planejamento, por exemplo, amplia-se para abarcar a análise de
políticas, com seus impactos e variações resultantes da maneira
como são implementadas. O setor de recursos humanos, por outro
lado, não se limita a recrutamento, seleção e classificação, passando
a tratar também de crescimento e desenvolvimento do funcionário,
motivação e tratamento eqüitativo.

22) (CESPE MCT 2004) A implementação de centrais integradas de


atendimento ao público é um exemplo de implementação de
mecanismos e instrumentos relacionados à nova gestão pública no
Brasil.

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23) (CESPE MCT 2004) A proposta de reforma gerencial contida no


Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado é a estratégia de
modernização da administração federal que, em geral, mais se
aproxima da proposta da nova gestão pública.

24) (CESPE PMRB 2007) O planejamento estratégico, por ser


instrumento exclusivo do setor privado, não se insere entre as
práticas defendidas na nova gestão pública.

25) (CESPE PMRB 2007) Na nova gestão pública, a valorização das


estruturas burocráticas sobrepõe-se à flexibilidade e ao foco em
resultados.

26) (CESPE PMRB 2007) A satisfação do cidadão, obtida por meio da


melhoria do atendimento, da simplificação de processos e da redução
das filas e dos tempos de espera em órgãos públicos, é um dos
princípios norteadores da nova gestão pública.

27) (CESPE TCU 2008) Para a administração pública gerencial, ao


contrário do que ocorre na administração pública burocrática, a
flexibilização de procedimentos e a alteração da forma de controle
implicam redução da importância e, em alguns casos, o próprio
abandono de princípios tradicionais, tais como a admissão segundo
critérios de mérito, a existência de organização em carreira e
sistemas estruturados de remuneração.

28) (CESPE TCU 2007) Nas organizações burocráticas, as regras e as


ações estão condicionadas a comunicações formais, escritas. Nas
instituições estatais, em particular, quando não houver autorização
para determinada iniciativa, é imprescindível a pertinência e
adequação da respectiva documentação para efeito comprobatório e,
sendo o caso, eximir seus autores de qualquer responsabilidade.
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29) (CESPE INSS 2008) Atualmente, o modelo vivenciado pelo Estado


brasileiro é o da administração pública patrimonialista.

30) (FCC AL-SP 2010) Com relação à administração pública


burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado


liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo
patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a


profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional,
a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança


prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles,
administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do


funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua
missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a


efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência
do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

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e) III, IV e V.

31) (UFF Assistente Administrativo 2009) A prática em que um


funcionário usa a organização ou seus recursos para realizar objetivos
pessoais denomina-se:

a) patriotismo;

b) paternalismo;

c) particularismo;

d) prepotência;

e) patrimonialismo.

Gabarito:

1) E 2) C 3) C 4) A 5) C 6) E

7) C 8) C 9) C 10) C 11) E 12) E

13) C 14) E 15) E 16) C 17) C 18) C

19) E 20) C 21) C 22) C 23) C 24) E

25) E 26) C 27) E 28) E 29) E 30) A

31) E

Um grande abraço e bons estudos!!!

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