a) Nos primeiros vinte anos do século XX, a Igreja Católica tentava recuperar sua
influência na vida do país, historicamente ameaçada pelo comunismo, pelo liberalismo,
pelo positivismo e pelo redirecionamento do Estado – no caso brasileiro a República.
b) Diante disso, a igreja se preocupa com a questão social, assumindo com maior
amplitude a intervenção da vida social, com objetivo de atrair a “simpatia” dos operários,
que se voltavam para o comunismo;
c) Na déc. de 30, a Igreja busca consolidar sua posição na sociedade civil ao mesmo
tempo em que o estado busca seu apoio. O acordo entre Estado e Igreja ocorre diante
do pacto-anticomunismo, entretanto, ambos delimitam seus terrenos, ou seja, unem-se
com o objetivo de “resguardar e consolidar a ordem e a disciplina social (IAMAMOTO,
1995:159);
protoformas do SS > AÇÃO SOCIAL + Centro de Estudos e Ação Social (1932/SP) ,
com objetivo de:
“promover a formação de seus membros pelo estudo da doutrina social da Igreja e
fundamentar sua ação nessa formação doutrinária e no conhecimento aprofundado dos
problemas sociais, visando tornar mais eficiente a atuação dos trabalhadores sociais e
adotar uma orientação definida em relação aos problemas a resolver e obras de caráter
social” (CERQUEIRA, 1985).
Contudo, o CEAS pretende atingir “moças católicas” para intervir junto ao proletariado,
originando as primeiras escolas de SS.
I - SERVIÇO SOCIAL TRADICIONAL (1936-1965)
• Não aponta para mudanças, senão dentro da ordem estabelecida, voltando-se antes para
ajustes e conservação;
• Em sua orientação funcionalista é absorvida pelo SS , configurando para a profissão
propostas de trabalho ajustadoras e um perfil manipulatório de manutenção da ordem
social;
• Está voltada para o aperfeiçoamento dos instrumentos e técnicas para intervenção, com
metodologia de ação, com a busca de padrões de eficácia, sofistificação de modelos de
análise, diagnóstico e planejamento, enfim uma tecnificação da ação profissional que é
acompanhada de uma crescente burocratização das atividades institucionais (YAZBEK,
200:147-148).
2.2 Profissionalização do Serviço Social: Fases de valorização das técnicas
Novas demandas para o Serviço Social: ampliação do mercado de trabalho (Estado e
grandes instituições, empresas, filantropia) - Mercado de trabalho, assalariamento,
políticas sociais e questão social.
A) Formação e Prática profissional do Assistente Social
Aproximação com o SS norte-americano (intercâmbio das estudantes), destacando
Congresso Interamericano de SS realizado em Atlantic City (USA). A partir desse
evento amarraram os laços que irão relacionar estreitamente as principais escolas de
SS brasileiros com grandes instituições e escolas norte-americanas e os programas
inter-continentais de bem-estar social.
Formação moral, principalmente de base doutrinária e técnica em que deveria
assegurarada a vocação do AS, aliada a sua personalidade, ao seu conhecimento dos
problemas sociais e a técnica adequada ao trabalho a ser desenvolvido.
“Sem a formação moral socialmente edificada sobre uma base de princípios cristãos, a
atividade da assistente social será falha”(AGUIAR, 1995:33).
Formação pessoal: preocupação com o desabrochar da personalidade integral dos
alunos;
A formação doutrinária cristã não deveria jamais ceder lugar a técnica;
Formação Técnica - estudo das teorias do SS e sua adaptação a realidade; o combate
aos desajustamento individuais e coletivos supõe um aporte que prescreva o “COMO
FAZER”;
Formação científica Disciplinas - Religião, Moral, Sociologia, Psicologia, Higiene,
Direito, Seminários, Introdução ao Serviço Social, Serviço Social de Casos, Visitas a
Obras, Práticas de Casos.
b) Uma prática empirista, paliativa e burocratizada, orientada por uma ética liberal-
burguesa, que de um ponto de vista claramente funcionalista, visava enfrentar as
incidências PSICOSSOCIAIS da questão social sobre indivíduos e grupos, sempre
pressuposta a ordenação capitalista da vida social como um dado factual
ineliminável”(NETTO, 2009:117-118).
(DC) tem origem nesse cenário do pós-guerra, na segunda metade da década de 40,
especialmente através de programas de educação de adultos e de modernização da
agricultura nas zonas rurais.
A partir do final da déc. de 50, o DC passa a ser recomendado em larga escala pelos
organismos internacionais, como uma das estratégias de superação do
subdesenvolvimento. No Brasil, embora o desenvolvimentismo tenha constituído o
centro da política do governo JK (1956-60), a sua influência no Serviço Social limitou-se
à s experiências de DC no meio rural, quando são criados vários programas inspirados
nas propostas norte-americanas.
Questão central: eixo sobre o qual deslizará até então a sociedade – “Um capitalismo
sem reformas e exclusão das massas dos níveis de decisão” (NETTO, 2009, p. 22).
Tensão no governo de Jango: “[...] ou o capital nacional (privado) consertava com o
Estado um esquema de acumulação que lhe permitisse tocar a industrialização pesada,
ou se impunha articular um outro arranjo político econômico, privilegiando, ainda, mais
os interesses imperialistas.
1 alternativa – implicava grandes riscos para o capital; 2 Alternativa – ausência de
risco para o capital (D-M-D), uma vez que neutralizava as forças do campo
democrático;
Solução: utilização intensiva da força repressiva do Estado/instituição do pacto contra-
revolucionário para implementação da TAREFA HISTÓRICA DA BURGUESIA:
“Modernização Conservadora”.
Modernizar o país de forma CONSERVADORA significava:
d) Porém, quem se beneficiou realmente com estas reformas, com o regime militar e os
frutos de sua forma de governar, foram as elites, os grupos dominantes;
e) A classe trabalhadora pouco, ou nada, ganhou com esta forma de regime político.O
crescimento econômico neste período não significou uma melhor distribuição de renda.
Pelo contrário, as taxas de concentração de renda continuaram altas;