ESTUDO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM CAMUNDONGOS APÓS
TRATAMENTO SUBAGUDO COM O SUCO DE Myrciaria dubia H. B. K.
(McVough) (CAMU CAMU)
Myrciaria dubia, (família Mirtaceae) é uma planta nativa da região Amazônica e
encontrado nas margens inundáveis dos rios e lagos da região, porém pouco conhecida. Seu fruto tem coloração vermelho arroxeado quando maduro. Em função do seu alto teor de vitamina C (2.880mg/100g), o mesmo tem potencial econômico na forma de produto exportável para mercados de produtos naturais. Em algumas regiões da Amazônia, o fruto é utilizado para confecção de sorvetes, sucos, licores, picolé e geléias. Frutos de cor escura de clima temperado, recentemente tem gerado considerável interesse como uma rica fonte de antioxidantes fenólicos. Alguns estudos epidemiológicos revelam uma associação entre dietas ricas em frutas e verduras e a diminuição de riscos de doenças cardiovasculares e certas formas de câncer. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da administração oral do suco da planta M. dúbia, nas concentrações de 25%, 50% e 100% com doses de 0,1ml/10g, sob o ganho de peso e parâmetros bioquímicos do soro de camundongos depois de um tratamento subagudo. Foram avaliados 40 camundongos Swiss Webster CF-1, sendo (20 machos e 20 fêmeas) com idade entre 6 a 8 semanas, nos seguintes parâmetros: glicose, ácido úrico, uréia, creatinina, TGO, TGP, fosfatase alcalina, bilirrubina, proteínas totais, albumina, globulina, e as determinacões foram realizadas no equipamento BIOPLUS-2000. Os dados foram avaliados usando método ANOVA, seguido pelo teste de Tukey. Nas condições do presente estudo foi possível observar que até o final do experimento os animais não ganharam peso com diferenças significativas. Houve um aumento no índice de glicemia dos animais machos e fêmeas em relação ao grupo controle, o que nos indica uma questão fisiológica podendo ter sido influenciado pelo tratamento com o suco de M. dúbia, principalmente para os animais tratados com o suco na concentração de 100%. Houve também um aumento em relação ao grupo controle para os parâmetros de creatinina, fosfatase alcalina, uréia, bilirrubina e TGO nos animais machos. Para as fêmeas, foi observado um aumento nos parâmetros de ácido úrico, creatinina, fosfatase alcalina, uréia, TGP, TGO e bilirrubina. Os demais parâmetros mostraram resultados semelhantes entre animais controle e tratados com M. dúbia. De um modo geral os resultados mostraram que o suco de M. dúbia quando administrado na concentração de 100% indica um desgaste celular maior.