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ADMINISTRATIVO
AUXILIAR
ADMINISTRATIVO
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
PARA ADOLESCENTES
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO------------------------------------ 05
PARTE I
1 CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL
DE SUCESSO
1.1 Trabalho e Sucesso------------------------------
06
1.2 O que faz um auxiliar administrativo?--------
07
1.3 Organização administrativa--------------------
- 09
1.4 Características de um bom profissional-------
10
1.5 O que é uma empresa----------------------------
16
1.6 Elementos de uma empresa---------------------
16
PARTE II
2 RELAÇÕES HUMANAS
2.1 Importância das relações humanas------------
19
2.2 Diferenças Individuais---------------------------
19
2.3 Relacções
interpessoais-------------------------- 20
2.4 Grupo X
Equipe----------------------------------- 21
6
2.5 Dez mandamentos do participante
de uma equipe-------------------------------------------- 22
2.6 Convivência
Profissional------------------------- 22
2.7 Como ganhar a simpatia das
pessoas------------ 23
2.8 Relações líder x
liderados------------------------- 24
PARTE III
3 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
3.1 Linguagem: Culta e Coloquial--------------------- 26
3.2 O que é comunicação?------------------------------- 27
3.3 Os tipos de comunicação---------------------------- 27
3.4 Comunicação a serviço da qualidade-------------- 27
3.5 A importância do atendimento aos clientes------- 28
PARTE IV
4 ÉTICA
4.1 A Importância da
Ética----------------------------- 32
4.2 Ética, Moral e
Direito------------------------------ 32
4.3 Ética
Profissional----------------------------------- 33
4.4 Código de
ética------------------------------------- 33
PARTE V
5 USO DE EQUIPAMENTOS
5.1 O trabalho e a
tecnologia-------------------------- 35
7
5.2 Microcomputadores e
Internet-------------------- 35
5.3 Aparelho de
Fax------------------------------------ 36
5.4 Copiadora-----------------------------------------
-- 36
5.5 O
telefone------------------------------------------ 37
PARTE VI
6 ARQUIVO
6.1 A Importância dos Arquivos---------------------- 40
6.2 A Função do Arquivo------------------------------ 40
6.3 Características de um Arquivo------------------- 40
6.4 Perfil dos Profissionais--------------------------- 41
6.5 Existe uma maneira de saber se é Importante
ou não guardar determinado documento? ---------- 42
6.6 Tempo de Guarda de Documentos-------------- 42
6.7 Agentes Exteriores que danificam os documentos 43
PARTE VII
7 GLOBALIZAÇÃO
7.1 O que é Globalização-------------------------------- 45
7.2 Conjuntura Internacional--------------------------- 45
7.3 Desemprego Estrutural----------------------------- 46
7.4 Novo papel das Empresas Transnacionais------ 46
7.5 Os Impactos da Globalização-------------------- 47
7.6 Globalização e o Meio Ambiente---------------- 49
PARTE VIII
8 MERCADO DE TRABALHO
8.1 A Competência no Mercado de Trabalho---------- 52
8.2 A Mulher no Mercado de Trabalho----------------- 53
8.3 As Transformações no Conteúdo do Trabalho
8
e nas formas de Emprego-------------------------------- 54
PARTE IX
PARTE X
BIBLIOGRAFIA----------------------------------------- 82
INTRODUÇÃO
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de auxiliar administrativo envolve uma série de atividades e
tarefas imprescindíveis ao funcionamento de uma empresa,
alicerçando-se nos objetivos e metas da organização. Essas
tarefas, inumeráveis e corriqueiras, requerem profissionais bem
preparados e aptos para sua execução.
Sendo assim, neste curso, você encontrará a
análise de diversas situações que enriquecerão
sua formação, dando-lhe condições de exercer sua
profissão com competência e discernimento e,
sobretudo, garantindo uma capacitação
profissional diferenciada que permitirá a sua
inserção no mercado de trabalho.
O conteúdo a ser abordado no curso Auxiliar
Administrativo é constituído por noções básicas de gestão de
empresas, relações humanas, comunicação oral e escrita,
empreendedorismo, liderança, trabalho em equipe,
globalização, e diversas dicas de como os adolescentes podem
se preparar para o mercado trabalho e como se portar em
dinâmicas de grupo no momento de uma entrevista, como
elaborar um currículo, noções de arquivo e atendimento ao
cliente.
Quando se pensa em um bom profissional, pensa-se,
evidentemente, em alguém organizado, que tenha traquejo
social agindo sempre com diplomacia no trato com todos,
principalmente com pessoas difíceis, que saiba articular com os
diferentes patamares hierárquicos dentro da Organização ou da
Empresa.
Alguém com capacidade de colaborar e trabalhar em
equipe, que tenha sensibilidade aguçada para perceber situações
conflitantes e capacidade para solucioná-las. O Bom
profissional deve ter panorama completo da empresa, ser gentil
e tolerante na dose certa, sem ser servil e bajulador. Uma
pessoa ética e sutil que use o bom humor e o discernimento
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para transmitir por meio de atitudes positivas a postura de um
profissional simples, elegante, firme e conhecedor de seu valor.
Geralmente, a convivência entre as pessoas tem sido
marcada pela informalidade e espontaneidade. Contudo, sempre
que se tem o compromisso de um bom comportamento
profissional para uma reunião de trabalho, aparecem
preocupações com a aparência e o comportamento mais
adequado vêm à tona. O Importante, nessas situações, é
considerar que, antes de qualquer regra rígida de etiqueta, a
educação e a elegância fazem a diferença, dão leveza e
naturalidade a qualquer atitude. Alem disso, gentileza, simpatia
e cortesia devem ser comuns em qualquer relação.
Considerando essas questões, esse curso de Auxiliar
Administrativo apresenta algumas informações básicas sobre o
comportamento mais adequado para cada ocasião. Sugere dicas
e propostas que objetivam uma atuação mais segura diante de
qualquer situação e práticas que irão melhorar ainda mais o seu
comportamento profissional. Para que você possa destaca-se
dos demais, criando um clima de integração, auto-estima,
responsabilidade, comprometimento, eficiência e afetividade.
Toda empresa necessita de um bom profissional que
seja capaz de administrar e controlar as posições da empresa. O
curso de Auxiliar Administrativo possibilita a você aprender
tudo sobre o setor administrativo de uma empresa de uma
forma fácil, divertida e inteligente. Agindo dessa forma, com
certeza, você desfrutará dos resultados!
PARTE I
CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL DE
SUCESSO
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Existem hábitos e competências reconhecidamente
necessárias para obtermos resultados na busca do sucesso
profissional. A pessoa de sucesso é reconhecida de longe. Não
porque tenha um símbolo estampado em si mesma, mas porque
suas atitudes refletem o sucesso. E essas atitudes incluem o
andar, o olhar, as maneiras, os gestos, a fala etc.
A seguir veja uma lista de conhecimentos, talentos e
características que você encontrará em pessoas de sucesso.
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Elas têm grande satisfação em realizar uma tarefa.
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9. Pessoas de Sucesso Têm Coragem para Assumir que
Elas Erraram
Quando elas erram, assumem reparam o erro, e seguem
adiante. Não desperdiçam muito tempo, energia, dinheiro ou
outros recursos, tentando defender o erro ou uma decisão
errada.
Lembre-se: Quando as pessoas estão erradas, elas podem
admitir para elas mesmas. Se elas lidam da forma correta com
isso, podem assumir o erro para outros e mesmo ter orgulho
da sua franqueza e tolerância. Mas lembre-se que as pessoas
ficam na defensiva e têm raiva quando os outros tentam
apontar seus erros.
14
Elas são estimuladas pelo que estão fazendo e essa
satisfação é contagiante. Todos querem trabalhar com elas,
fazer negócio com elas e estar com elas.
Estudando essas habilidades e características, você irá
perceber que você também os possui. Alguns desses
conhecimentos e talentos são mais visíveis do que outros e
influenciam o seu comportamento, fazendo você ter sucesso
na sua vida profissional. São coisas que você faz bem, sem
esforço e de maneira eficaz. Eles são sua força, seu poder.
Quando você percebe que precisa de um conhecimento
ou talento que não tem, procure alguma pessoa ou um grupo
que tenha esse conhecimento ou talento, e desenvolva o que
você precisa. Procure por conhecimentos e talentos que lhe
complementem. Estas pessoas se tornarão companheiros de
equipe, parceiros, colegas de trabalho, consultores e amigos.
Com a combinação destes conhecimentos as pessoas crescem,
prosperam e se tornam bem sucedidas.
Os serviços de apoio administrativo compreendem um
número incalculável de ações, todas necessárias ao andamento
dos trabalhos e às rotinas de qualquer organização, sejam elas
grandes ou pequenas, simples ou complexas. Esses serviços se
estendem a todos os departamentos da empresa e,
conseqüentemente, às pessoas que neles trabalham.
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Logo em seguida, Rosa vai até a sala do Dr. Carlos
anunciar a chegada dos clientes para a reunião e informá-lo
de que a agenda para o dia seguinte está pronta.
Enquanto isso, Marcelo, outro funcionário da empresa,
realiza um serviço externo: ele está no banco fazendo um
depósito e depois irá aos Correios despachar uma encomenda.
Já está previsto que quando chegar de volta à empresa
distribuirá documentos internamente, para outros
funcionários.
No final da tarde, Marcelo sairá outra vez, para
entregar documentos a uma empresa cliente da sua.
Ao mesmo tempo, Marina providencia, com urgência, a
compra de material de escritório para a diretoria, a partir de
um pedido de Rosa.
E Lílian prepara uma relação do mobiliário e do
equipamento que necessitam de manutenção, solicitando
cópias dessa relação para enviar ao diretor.
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Lembre-se de que tudo isso está sendo realizado em um
escritório de cobrança, cuja finalidade principal é cobrar
dívidas em nome de seus clientes. No entanto, não fossem essas
tarefas ou atividades seria praticamente impossível que a
empresa atingisse seus objetivos.
Por isso dizemos que o serviço de cobrança, para essa
empresa, é a sua atividade-fim, a atividade para a qual ela
existe, ou seja, sua missão. E as outras, que são realizadas para
apoiar e tornar possível o pleno desenvolvimento dessa
atividade-fim constituem os serviços de apoio administrativo.
Portanto, a essas ações, que dão o apoio à realização das
atividades-fim de uma empresa, denominamos serviço de apoio
administrativo. Serviço de apoio administrativo é o nome dado
às diversas tarefas e atividades que são imprescindíveis ao
desenvolvimento das atividades-fim da empresa, estas voltadas
para seu objetivo central. O serviço de apoio administrativo
pode ocorrer dentro e fora das organizações, sendo realizado
por profissionais recrutados para esse fim.
Só para citar alguns exemplos, podemos listar as
seguintes ações: efetuar pagamentos, receber contas, separar e
organizar documentos, classificando-os por divisões ou setores,
e organizar correspondências.
Uma empresa só cumprirá seus objetivos se também os
serviços de apoio administrativo forem exercidos por
profissionais competentes, esforçados e empenhados em
realizar um trabalho de qualidade. Nas organizações os
auxiliares administrativos, são cobrados a toda hora por seu
desempenho e qualidade de serviço.
O certo é que quando demonstra qualidades e potencial
profissional, uma pessoa consegue ampliar suas chances de
progressão funcional dentro da organização ou, até mesmo, em
outras empresas do mercado.
E é visando aproveitar essas pessoas em funções nas
quais possam utilizar melhor o seu potencial que as empresas,
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muitas vezes, procuram desenvolver a formação de seus
trabalhadores, oferecendo-lhes qualificação técnica ou
aperfeiçoando seus conhecimentos, para encaminhá-los a outras
posições. Outras vezes, também, promovem um constante
rodízio de seu pessoal. Esse procedimento possibilita melhor
assimilação e maior adaptação do trabalhador às ações
rotineiras da empresa, ajudando-o a encontrar uma atividade
profissional com a qual melhor se identifique.
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de modelo para a realização de outras. É a Taylor que se deve
um sistema de produção baseado na organização racional do
trabalho, buscando o alcance do rendimento máximo com o
mínimo de tempo e de atividade.
Para trabalhar de forma organizada precisa-se planejar e
estruturar as tarefas e atividades que serão desenvolvidas.
Agindo dessa maneira, certamente o trabalho se tornará mais
fácil de executar e, conseqüentemente, se realizará em menos
tempo e com maior qualidade.
Mas para planejar ou estruturar uma tarefa ou atividade
torna-se necessário definir:
• O que precisa ser feito para realizar aquele serviço;
• Que pessoas deverão fazer o serviço;
• Quanto tempo será preciso para executá-lo;
• Que recursos materiais e financeiros serão utilizados em
sua execução.
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2. Analise se está capacitado a fazer o que foi solicitado, ao
contrário peça ajuda.
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Tenha sempre em mente que aquilo que deve ser feito deve ser
bem-feito.
1. Aparência
Ao adolescente no exercício de suas funções é
determinado o uso do uniforme que é composto de crachá,
calça jeans e tênis. Além do uniforme limpo e passado, você
deverá estar atento ao que se segue:
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• Organizar e manter limpo o seu ambiente (trabalho,
casa, escola, igreja etc).
2. Capacidade de iniciativa
Esteja sempre alerta quanto às atividades de sua área.
Você poderá adotar algumas medidas antes que alguém mande.
Ações rotineiras (aquelas que você executa todos os dias) não
há necessidade de uma ordem. Você sabe que tem que fazer
então faça. Quando você executa qualquer atividade que está
sob a sua responsabilidade sem que haja uma ordem, isto
significa que você teve INICIATIVA.
Caso haja necessidade, você pode fazer uma lista dessas
atividades. Assim, ao iniciar o expediente, você tomará a
INICIATIVA de desenvolver suas atividades sem que haja a
necessidade uma determinação.
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Acessar o computador e procurar aprender é uma
iniciativa bastante válida. Caso não tenha acesso a um, pode,
mesmo assim, demonstrar interesse em aprender.
Demonstrando que você tem iniciativa própria,
desempenhando bem o seu papel com esforço e dedicação, seu
supervisor o observará com mais atenção e certamente surgirão
novas oportunidades.
3. Assiduidade
Ser assíduo é estar todos os dias no trabalho. É uma
forma de demonstrar comprometimento e responsabilidade na
execução de suas tarefas. Ser assíduo é um processo de
educação muito valorizado pelas empresas. Portanto, preste
bastante atenção a essa dica simples que pode fazer de você um
profissional diferenciado dos demais.
4. Disciplina
A disciplina é imprescindível no ambiente de trabalho.
Nas empresas públicas e privadas, existe uma cadeia de
comando que é composta por presidente, diretores, chefes,
coordenadores, supervisores etc. Isto é chamado de hierarquia
organizacional. Todos nós estamos subordinados a ela. A
disciplina nos possibilita evitar atritos com nossos colegas, bem
como com os nossos superiores.
Mesmo durante o seu aprendizado você encontrará
diversas situações: chefes mal humorados, colegas mal
educados, secretárias autoritárias. Porém, você encontrará
pessoas dignas, compreensivas com disposição para ajudá-lo
quando necessário, e se preciso for, chamar a sua atenção
indicando seus erros para que você possa crescer.
5. Educação
A educação é sempre bem vinda. Não podemos
confundir o nosso ambiente de aprendizado com a turma de
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amigos. No processo de educação profissional existem algumas
palavrinhas mágicas, tais como:
Por favor;
Por gentileza;
Desculpa-me;
Muito obrigado;
Bom dia;
Com licença;
6. Interesse
Busque demonstrar interesse todas às vezes que você for
solicitado. O interesse faz você ouvir bem o que é solicitado,
isto propicia uma execução rápida e eficiente do pedido, o
interesse em manter sua mesa organizada, aumenta o
rendimento e a qualidade do seu trabalho, o interesse em saber
o que a área faz, possibilita o seu crescimento, o interesse em
melhorar no seu dia-a-dia, possibilita um melhor aprendizado.
Todos esses interesses farão de você, no futuro, um
profissional capacitado. O seu interesse por tudo que te cerca
deve começar hoje, agora. Um adolescente interessado é com
certeza um profissional de sucesso. Porém há um tipo de
interesse que diferencia para melhor um adolescente do outro,
trata-se do interesse pelos ESTUDOS. Estudar é a única forma
de se obter sucesso em uma organização. Não há mágica.
Estudo é igual sucesso profissional.
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7. Pontualidade
Ser pontual é cumprir o horário determinado, ser exato e
regular. O bom profissional não só é lembrado pelo seu
currículo invejável, mas por ter responsabilidade com seus
horários. O ideal é estarmos sempre adiantado ou, no mínimo,
no horário correto. Cumprir o horário estabelecido é uma
forma de mostrar comprometimento com a organização e com o
aprendizado. A pontualidade é um fator importante para o
desenvolvimento do aprendizado. O funcionário pontual será
sempre bem avaliado pela empresa e criará melhores condições
para o atendimento das demandas da empresa.
O horário estabelecido é para ser cumprido.
8. Produtividade
Produtividade é o resultado da soma do seu
aprendizado. Aprendizado bom, resultado bom. Aprendizado
ruim, resultado ruim. Aprendizado bom, bom profissional você
será. Aprendizado ruim, péssimo profissional você será.
A produtividade exigida de você é aquela que você é
capaz de dar. Então, se esforce sempre por apresentar
resultados compatíveis com aquilo que foi negociado com o seu
supervisor.
9. Qualidade
Dez Mandamentos de Qualidade:
1. Ao acordar, não permita que algo que saiu errado ontem seja
o primeiro tema do dia. No máximo, comente seus planos no
sentido de tornar seu trabalho cada vez mais produtivo.
Pensar Positivo é Qualidade.
2. Ao entrar no prédio de sua empresa, cumprimente cada um
que lhe dirige o olhar, mesmo não sendo colega de sua área.
Ser Educado é Qualidade.
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3. Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal,
disponibilizar os recursos ao seu redor. Comece relembrando
as notícias de ontem.
Ser Organizado é Qualidade.
4. Não se deixe envolver pela primeira informação de erro
recebida de quem talvez não saiba de todos os detalhes. Junte
mais dados que lhe permita obter um parecer correto sobre o
assunto.
Ser Prevenido é Qualidade.
5. Quando for abordado por alguém, tente adiar sua própria
tarefa, pois quem veio lhe procurar deve estar precisando
bastante de sua ajuda e confia em você. Ele ficará feliz pelo
auxílio que você possa lhe dar.
Ser Atencioso é Qualidade.
6. Não deixe de alimentar-se na hora do almoço. Pode ser até
um pequeno lanche, mas respeite suas necessidades humanas.
Aquela tarefa urgente pode aguardar mais 30 minutos.
Respeitar a Saúde é Qualidade.
7. Dentro do possível tente agendar tarefas (comerciais e
sociais) para os próximos 10 dias. Não fique trocando datas a
todo o momento, principalmente a minutos do evento. Lembre-
se, você afetará o horário de vários colegas.
Cumprir o Acordo é Qualidade.
8. Ao comparecer a estes eventos, leve tudo o que for preciso
para a ocasião, principalmente suas idéias. E divulgue-as sem
receio. O máximo que pode ocorrer é alguém poderoso - ou um
grupo - não comprá-la. Em dois ou três meses, talvez você
tenha chance de mostrar, com mais ênfase, que estava com a
razão. Saiba esperar.
Ter Paciência é Qualidade.
9. Não prometa o que está além do seu alcance só para
impressionar quem lhe ouve. Se você ficar devendo um dia, vai
arranhar o conceito que levou anos para construir.
Falar a Verdade é Qualidade.
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10. Na saída do trabalho, esqueça-o. Pense como vai ser bom
chegar em casa e rever a família, o que lhe dá segurança para
desenvolver suas tarefas com equilíbrio.
Amar a Família é a Maior Qualidade.
10. Honestidade
A honestidade está relacionada com a confiança que nos
é depositada, com a responsabilidade perante o bem de
terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil
encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação
pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis, pelo
enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e
que têm a confiança de uma coletividade. Já ARISTÓTELES
(1992, p.75) em sua "Ética a Nicômanos" analisava a questão
da honestidade:
Outras pessoas se excedem no sentido de obter
qualquer coisa e de qualquer fonte, por exemplo, os que fazem
negócios sórdidos, os proxenetas e demais pessoas desse tipo,
bem como os usurários, que emprestam pequenas importâncias
a juros altos. Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que
merecem e de fontes erradas. O que há de comum entre elas é
obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam um
aviltante por causa do ganho e de um pequeno ganho, aliás.
Com efeito, aquelas pessoas que ganham muito em fontes
erradas, e cujos ganhos não são justos, por exemplo, os tiranos
quando saqueiam cidades e roubam templos, não são
chamados de avarentos, mas de maus, ímpios e injustos.
São inúmeros os exemplos de falta de honestidade no
exercício de uma profissão. Um psicanalista, abusando de sua
profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está
sendo desonesto. Um contabilista que, para conseguir aumentos
de honorários, retém os livros de um comerciante, está sendo
desonesto. A honestidade é a primeira virtude no campo
profissional. É um princípio que não admite relatividade,
tolerância ou interpretações circunstanciais.
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11. Sigilo
O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das
empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros
profissionais, pois trata-se de algo muito importante. Uma
informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja
preservação de silêncio é obrigatória.
Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos
locais de trabalho, em geral, nada interessa a terceiros e ainda
existe um agravante de que planos e projetos de uma empresa
ainda não colocados em prática possam ser copiados e
colocados no mercado pela concorrência antes que a empresa
que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los.
Documentos, registros contábeis, planos de marketing,
pesquisas científicas, hábitos pessoais, dentre outros, devem ser
mantidos em sigilo e sua revelação pode representar sérios
problemas para a empresa ou para os clientes do profissional.
12. Competência
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o
exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a
um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. É de
extrema importância a busca da competência profissional em
qualquer área de atuação. Recursos humanos devem ser
incentivados a buscar sua competência, através do
aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimentos.
O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas
e práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de
serviços de boa qualidade. Nem sempre é possível acumular
todo conhecimento exigido para determinada tarefa, mas é
necessário ter uma postura ética e recusar serviços, quando não
se tem a devida capacitação para executá-lo.
Pacientes que morrem ou ficam aleijados por
incompetência médica, causas que são perdidas pela
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incompetência de advogados, prédios que desabam por erros de
cálculo em engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto
se deve investir na busca da competência.
13. Prudência
Todo trabalho, para ser executado, exige muita
segurança. A prudência faz com que o profissional analise
situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma
mais profunda e minuciosa, contribuindo para a maior
segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A
prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves,
pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões
inúteis.
14. Coragem
Todo profissional precisa ter coragem, pois "o homem
que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um
covarde" (ARISTÓTELES, p.37). A coragem nos ajuda a reagir
às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente
quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter
medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando
estas forem de real interesse para outrem ou para o bem
comum. Temos que ter coragem para tomar decisões,
indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem
levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos
chefes ou colegas.
1.5 Perseverança
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois
todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e
fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou
mágoas. É louvável a perseverança dos profissionais que
precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.
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16. Compreensão
Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é
bem aceito pelos que dele dependem, em termos de trabalho,
facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir
compreensão com fraqueza, para que o profissional não se
deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para
eficiência do seu trabalho, para que não se percam os
verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão.
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada,
muitas vezes, pela prudência. A compreensão que se traduz,
principalmente em calor humano pode realizar muito em
benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser
convenientemente dosada.
17. Humildade
O profissional precisa ter humildade suficiente para
admitir que não é o dono da verdade e que o bom senso e a
inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.
Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar
em função de sua atividade profissional, a fim de reconhecer
melhor sua limitação, buscando a colaboração de outros
profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade, dispor-se
a aprender coisas novas, numa busca constante de
aperfeiçoamento.
Humildade é qualidade que carece de melhor
interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem
com subserviência, dependência. Quase sempre lhe é atribuído
um sentido depreciativo.
Como exemplo, ouve-se freqüentemente, a respeito de
determinadas pessoas, frases com estas: Fulano é muito
humilde, coitado! Muito simples! Humildade está significando
nestas frases pessoa carente que aceita qualquer coisa,
dependente e até infeliz. É um conceito errôneo que precisa ser
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superado, para que a Humildade adquira definitivamente a sua
autenticidade.
18. Imparcialidade
É uma qualidade tão importante que assume as
características do dever, pois se destina a se contrapor aos
preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os
verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente
uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser
justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da
imparcialidade.
19. Otimismo
Em face das perspectivas das sociedades modernas o
profissional deve ser otimista, para acreditar na capacidade de
realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento,
enfrentando o futuro com energia e bom-humor.
20. Responsabilidade
É o elemento fundamental da empregabilidade.Uma
pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá
maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos
interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da
organização. É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa.
Só as pessoas que têm auto-estima e um sentimento de poder
próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem
um sentido na vida, alcançando metas sobre as quais
concordam previamente e pelas quais assumiram
responsabilidade real, de maneira consciente. As pessoas que
optam por não assumir responsabilidades podem ter
dificuldades em encontrar significado em suas vidas. Seu
comportamento é regido pelas recompensas e sanções de outras
pessoas, como chefes e parceiros. Pessoas desse tipo jamais
serão boas integrantes de equipes.
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21. Lealdade
Um funcionário leal se alegra quando a organização ou
seu departamento é bem sucedido, defende a organização,
tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem
orgulho de fazer parte da organização, fala positivamente sobre
ela e a defende contra críticas. Lealdade não quer dizer
necessariamente fazer o que a pessoa ou organização à qual
você quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo
de obediência cega. Lealdade significa fazer críticas
construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização.
Significa agir com a convicção de que seu comportamento vai
promover os legítimos interesses da organização. Assim, ser
leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você
acha que poderá prejudicar a organização, a equipe de
funcionários.
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boas companhias, fuja de todo e qualquer vício e tenha alegria
em viver. Quanto custa isso?
Físico – Faça exercícios diários, pratique esportes, faça
caminhadas, alimente-se de forma saudável, evite os vícios,
durma oito horas diárias, não esqueça do lazer, não use da auto-
medicação.
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encargos sociais e mão-de-obra; custos de distribuição
(propaganda, telefone, combustível, promoções, correio...).
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empreendimentos que afetam toda a empresa por longo período
de tempo.
Tipos de departamentos:
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• Organização por processo – os
indivíduos são agrupados por habilidades tecnológicas
em nível de especialização.
• Organização matricial – quando duas
organizações complementares (a por projeto e a
funcional) são fundidas para criar a organização
matricial.
PARTE II
RELAÇÕES HUMANAS
37
e demais profissionais, quanto à importância do
estudo das relações humanas.
Mansidão, brandura e cordialidade, são
palavras que permeiam nossos pensamentos
enquanto seres que apreendemos e aprendemos
no cotidiano repleto de conexões entre o meu
“eu” e os outros “eus”. Colocar em prática essas
três palavras em um mundo cada vez mais
competitivo, globalizado e individualista quase
chega a ser um desatino, pois este não tem sido o
principal motor do cotidiano das instituições e
empresas, apesar de todas as discussões
apontarem para a necessidade de uma mudança
de paradigmas. Entretanto, o que predomina,
infelizmente, é o agir e o pensar individual, pouco
participativo e sem a solidariedade necessária.
Contudo, o que movimenta cada um de nós é o estar
além desta constatação. É cada vez mais exigido o desenvolver
de outros olhares, competências e habilidades no trato com o
outro: a cada instante é preciso estar atento aos nossos padrões
de atitudes e comportamentos e, além disso, percebermos com
mais consciência e criticidade nossas ações enquanto seres de
relação. A necessidade de mudanças fundamentais e de uma
nova visão de futuro para nossas vidas cotidianas é desafio
permanente, num mundo cada vez mais interdependente e,
inacreditavelmente, imprevisível.
A restauração de valores, a ampliação dos espaços e
tempos de leitura e aprendizagem, o conhecimento e as
habilidades no estar junto com o outro é uma preocupação de
muitos que se interessam no desenvolvimento de um outro
tempo, de um outro mundo, perfeitamente possíveis, mais justo,
solidário e fraterno.
38
2.2 - DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Não é surpresa para ninguém que as
pessoas diferem umas das outras, não havendo
dois seres iguais no mundo. O homem sempre
teve consciência das suas características
individuais, das suas necessidades diferenciadas.
Pode-se citar o exemplo de dois irmãos gerados
por pais de uma única família, com a mesma
criação, a mesma educação social e moral, mas
desde pequenos demonstram características
diferentes em seus comportamentos, no caráter
moral e social.
Além de sua importância teórica, o problema
da causa das diferenças individuais tem
significado prático de longo alcance em muitos
campos. Entender o que impulsiona o indivíduo
para estabelecer seus contatos, bem como as
formas de comportamento adotadas em uma ou
outra situação são temas que, entre outros, vãos
servir de subsídio para um relacionamento
interpessoal rico e produtivo.
Sendo assim, qualquer atividade destinada a
melhorar o desenvolvimento das relações entre as
pessoas precisa basear-se na compreensão dos
aspectos que influenciam o total desenvolvimento.
Observar com atenção os fatores que
caracterizam uma relação harmoniosa entre as
pessoas é saber respeitar cada indivíduo com suas
características e peculiaridades.
Não é fácil aceitar às vezes nem mesmo as
nossas próprias atitudes, então precisamos
aprender que, se quisermos nos relacionar
adequadamente com outro indivíduo, precisamos
nos relacionar bem primeiro com nós mesmos,
39
vencendo nossos obstáculos internos (medos,
desconfiança, insegurança, etc).
“Onde há duas pessoas, há um
relacionamento”, e assim sendo, com certeza
estaremos falando em conflitos de crenças,
costumes, gostos, educação, etc., pois
relacionamentos são repletos de ‘surpresas’, que
distinguem um indivíduo do outro. Os
relacionamentos podem existir por vários motivos,
podemos nos relacionar com as pessoas
profissionalmente ou simplesmente porque
tivemos empatia por ela(s), ou ainda por vários
outros motivos. O que devemos avaliar no
momento do relacionamento é o seu propósito,
principalmente para que não se tenha
ambivalência nas interpretações. No momento,
falamos do ponto de vista profissional. Se as
pessoas aprendessem a se relacionar
profissionalmente de forma correta, poderíamos
evitar muitos problemas nos locais de trabalho.
No ambiente de trabalho o que predomina e
o que devemos avaliar são as condições para uma
verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho,
e vice versa. Identificando o real motivo e o
propósito de um relacionamento, estaremos
caminhando dentro de um processo evolutivo para
alcançarmos com êxito um bom relacionamento
com os nossos colegas de trabalho. A base
concreta para um bom relacionamento é ter
percepção dos nossos deveres e obrigações, e dos
limites e regras que fazem a relação social ser
harmônica.
40
Para mantermos um relacionamento interpessoal de alto
nível, é importante valorizar as pessoas com as quais mantemos
contato. Se Você desejar ser líder, ou mesmo, uma pessoa bem
relacionada e de sucesso na vida, é fundamental desenvolver
uma personalidade positiva, bem como aplicar diariamente os
princípios abaixo expostos:
41
• Seja cordial, alegre e otimista,
faça com que sua presença seja bem
vinda.
• Descubra em primeiro lugar os
pontos em comum, e após veja as
divergências.
• Seja cauteloso ao criticar.
• Não leve tudo tão a sério,
simplifique.
• Agradeça tudo o que receber.
• Torne-se uma pessoa interessante.
• Aprenda a se divertir, a valorizar
seu corpo e a si mesmo.
• Desenvolva uma personalidade
positiva.
A EMPRESA GRUPO
NO GRUPO todos trabalham voltados para os mesmos
objetivos e têm seus papéis e funções definidas. Não obstante,
os resultados ficam aquém do esperado. Por que será?
A realidade é a seguinte. Na empresa GRUPO ninguém
sabe direito o que o outro pensa porque as pessoas ou não se
comunicam ou falam de forma política sem dizer o que
realmente pensam. Às vezes alguns falam, mas de forma
descontrolada e sem habilidade. É também cada um por si.
Ninguém toma a iniciativa de ajudar o outro. Aliás, existem
42
muitas divergências relacionadas a problemas do trabalho e
também diferenças de valores pessoais. Em alguns casos essas
divergências e problemas de relacionamentos são manifestados,
já em outros são mascarados por razões políticas. Há muito
fingimento. Faz-se de conta que está tudo bem.
As áreas e grupos de trabalho são às vezes verdadeiros
feudos umas em relação às outras. Panelinhas, grupos fechados
não faltam. E o conhecimento interpessoal? Embora
trabalhando juntas há muito tempo, as pessoas se conhecem
superficialmente e não se sentem unidas uma as outras,
correndo o risco de se julgarem e interpretarem mal. Julgam-se
pelas aparências de forma negativa sem perceber e entender os
problemas e dificuldades pessoais que os colegas enfrentam ou
tiveram que enfrentar no passado deixando marcas.
EMPRESA EQUIPE
A Empresa EQUIPE, além de ter os seus membros
voltados para os mesmos objetivos com papéis e funções bem
definidas, possui uma série de fatores positivos que a
distinguem do GRUPO e garantem a obtenção de excelentes
resultados com muita sinergia e criatividade. Por que será?
Vejamos.
Na EQUIPE existe uma transparência muito grande
entre todos. Ninguém esconde o jogo. Cada um sabe o que o
outro pensa e sente sobre os assuntos do trabalho. Mas tudo de
forma muito construtiva! Além disso, o nível de mútua
colaboração é ótimo. Trabalham realmente em um time. Cada
um pode contar com o outro que espontaneamente e
prazerosamente se dispõe a dar o apoio e ajuda quando
necessário.
Nesse ambiente tão bom não quer dizer que não existam
conflitos. Eles fazem parte do relacionamento humano e se
tornam até fator de crescimento se forem trabalhados através do
debate conduzido da maneira certa e na hora certa. É isto que
acontece na EQUIPE. Nesta, as lideranças não são distantes.
43
Atuam próximas e em conjunto com todos os seus membros
que participam ativamente numa rica interação entre todos,
favorecendo assim a criatividade e aumentando o
comprometimento mútuo. Os líderes são suficientemente
seguros para não se sentirem ameaçados pelas idéias de valor
que venham de baixo. Ninguém pretende sobressair-se
isoladamente. Os resultados é que se destacam. Como em um
bom time de futebol, a equipe toda vibra com o gol do colega
porque o time todo sai ganhando.
Mas se o relacionamento é muito bom dentro da equipe
que é muito unida, isto não a torna fechada na interação com as
outras equipes e áreas da empresa. Pelo contrário. A empresa
funciona como um time. A comunicação entre todos é ótima. E,
o que é básico, as pessoas se constituem no valor mais
importante. Elas se conhecem e se sentem mais profundamente,
havendo então muita empatia. Isto aumenta a compreensão
mútua e evita os preconceitos e julgamentos superficiais
indevidos.
Pelo exposto, fica evidente que na EQUIPE, a partir da
ótima interação existente, a criatividade, a qualidade e a
produtividade são grandes e todos lucram: a empresa tem muito
mais resultados e os seus membros são muito mais felizes e têm
muito mais Qualidade de Vida no trabalho, o lugar onde se
passa a maior parte do tempo acordado. Trabalhar efetivamente
em equipe compensa para os dois lados: empresa e
funcionários. Somente alguém não deve gostar porque sai
perdendo com isto: o concorrente!
44
4) Evitar passar por cima de seu superior; quando o fizer dê
uma explicação prévia, ou assim que for possível.
5) Procurar conhecer melhor os participantes da equipe, afim de
compreendê-los e de se adaptar a personalidade de cada um.
6) Evitar tomar a responsabilidade atribuída a outro, a não ser a
pedido deste ou em caso de emergência.
7) Procurar a causa das suas antipatias, afim de vencê-las.
8) Estar sempre sorridente.
9) Procurar definir sempre bem as palavras no caso de
discussões em grupo, para evitar mal-entendido.
10) Ser modesto nas discussões; pensar que talvez o outro tenha
razão e, se não, procurar compreender-lhe os motivos de pensar
e agir.
45
O egoísmo parece ainda vigorar e sua reversão não nos
parece fácil, diante da massificação que se tem promovido,
propositadamente, para a conservação dos grupos dominantes
no poder. Como o progresso do individualismo gera sempre o
risco da transgressão ética, imperativa se faz a necessidade de
uma tutela sobre o trabalho, através de normas éticas.
É sabido que uma disciplina de conduta protege todos,
evitando o caos que pode imperar quando se outorga ao
indivíduo o direito de tudo fazer, ainda que prejudicando
terceiros. É preciso que cada um ceda alguma coisa para
receber outras e esse é um princípio que sustenta e justifica a
prática virtuosa perante a comunidade.
O homem não deve construir seu bem a custa de destruir
o de outros, nem admitir que só existe a sua vida em todo o
universo. Em geral, o egoísta é um ser de curta visão,
pragmático quase sempre, isolado em sua perseguição de um
bem que imagina ser só seu. O valor ético do esforço humano é
variável em função de seu alcance em face da comunidade. Se
o trabalho executado é só para auferir renda, em geral, tem seu
valor restrito. Por outro lado, nos serviços realizados com amor,
visando ao benefício de terceiros, dentro de vasto raio de ação,
com consciência do bem comum, passa a existir a expressão
social do mesmo.
Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente,
tende a ter menor consciência de equipe. Fascinado pela
preocupação monetária, ele pouco se importa com o que ocorre
com a sua comunidade e muito menos com a sociedade. Para
ilustrar essa questão, citaremos um caso, muito conhecido,
porém de autor anônimo.
Dizem que um sábio procurava encontrar um ser
integral, em relação a seu trabalho. Entrou, então, em uma
obra e começou a indagar. Ao primeiro operário perguntou o
que fazia e este respondeu que procurava ganhar seu salário;
ao segundo repetiu a pergunta e obteve a resposta de que ele
46
preenchia seu tempo; finalmente, sempre repetindo a pergunta,
encontrou um que lhe disse: "Estou construindo uma catedral
para a minha cidade”.
A este último, o sábio teria atribuído a qualidade de ser
integral em face do trabalho, como instrumento do bem
comum. A consciência de equipe tem surgido, então, quase
sempre, mais por interesse de defesa do que por altruísmo. Isto
porque, garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e
tutelar a conduta, o individualismo pode transformar a vida dos
profissionais em reciprocidade de agressão.
Tal luta quase sempre se processa através de
aviltamento de preços, propaganda enganosa, calúnias,
difamações, tramas, tudo na ânsia de ganhar mercado e subtrair
clientela e oportunidades do colega, reduzindo a concorrência.
Igualmente, para maiores lucros, pode estar o indivíduo tentado
a práticas viciosas, mas rentáveis. Em nome dessas ambições,
podem ser praticadas quebras de sigilo, ameaças de revelação
de segredos dos negócios, simulação de pagamentos de
impostos não recolhidos, etc.
Para dar espaço a ambições de poder, podem ser
armadas tramas contra instituições de classe, com denúncias
falsas pela imprensa para ganhar eleições, ataque a nomes de
líderes impolutos para ganhar prestígio, etc. Os traidores e
ambiciosos, quando deixados livres completamente livres,
podem cometer muitos desatinos, pois muitas são as variáveis
que existem no caminho do prejuízo a terceiros.
A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se
agressiva e inconveniente e esta é uma das fortes razões pelas
quais os códigos de ética quase sempre buscam maior
abrangência. O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um
número expressivo de pessoas e até, através delas, influenciar o
destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de
minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.
Portanto, quando nos referimos à classe, ao social, não nos
47
reportamos apenas a situações isoladas, a modelos particulares,
mas a situações gerais.
O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um
número expressivo de pessoas e até, através delas, influenciar o
destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de
minorias poderosas, preocupadas apenas com seus lucros.
Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo,
mas, para os interesses de uma classe, de toda uma sociedade, é
preciso que se acomode às normas, porque estas devem estar
apoiadas em princípios de virtude. Como as atitudes virtuosas
podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho
justo, adequado, para o benefício geral.
Nas várias circunstâncias de nossas vidas, tanto social
quanto profissional, estamos sempre nos relacionando com
outras pessoas. Nestes relacionamentos, somos sempre alvos de
simpatia ou antipatia. As portas se abrem para nós se somos
alvos da simpatia das outras pessoas. Conseguimos o que
queremos e nossas pretensões são ouvidas e, na maioria das
vezes, atendidas. Ao contrário, se somos alvos da antipatia
alheia, todas as portas se fecham para nós. As oportunidades
escapam como areia entre os nossos dedos, e sempre saímos
frustrados e decepcionados destas experiências.
48
adequado para não desafinar nas circunstâncias da vida. Dentre
as atitudes mais impróprias e as mais perigosas, pois já estão
incorporadas ao modo de agir de muitas pessoas, pode-se
destacar:
• Revelar segredos;
• Fazer perguntas sobre assuntos pessoais;
• Fazer visitas sem avisar;
• Furar filas;
• Entrar nos aposentos sem bater na porta;
• Conversar tocando nas pessoas;
• Falar sem olhar no rosto do interlocutor ou usando
óculos escuros;
• Usar palito;
• Mascar chicletes;
• Bocejar, tossir e espirrar sem colocar a mão na frente;
• Tocar o doente que está acamado;
• Falar mal da vida alheia;
• Abusar de perfume;
• Fumar no elevador;
• Interromper os outros para contradizer e dar conselhos
que não foram pedidos;
• Irritar-se ao ouvir opiniões contrárias;
• Ser o dono da verdade;
• Excesso de curiosidade e ou de intimidade;
• O uso da franqueza sem o devido tato;
• Falar cuspindo;
• Jogar lixo fora do local adequado;
• Atingir os outros com guarda-chuvas;
• Prender o elevador;
• Se despedir dos outros obstruindo portas;
• Conversar obstruindo as calçadas;
49
• Molhar os pedestres passando em poças de água em dias
de chuva;
• Deixar correspondência sem resposta;
• Discutir com o cônjuge em público;
• Roubar a vaga de estacionamento de quem já estava
esperando;
• Falar palavrões;
• Não usar expressões como ''Bom dia’’, ‘‘Bom tarde’’,
‘‘Bom noite'', ''Com licença’’, ‘‘Obrigada (a)'' e
''Desculpe-me''
50
deixam de ser líderes, ainda que possam reinar pela
intimidação, ameaça e truculência por certo tempo.
Há circunstâncias em que o líder deve orientar a equipe
a melhorar a performance, exigir maior empenho e qualidade.
Em outras, ele deve servir à equipe, usando a sua posição e
prestígio para negociar recursos, pois, naquela tarefa, os
subordinados mostram-se mais bem preparados que ele.
Quando tudo anda às mil maravilhas ele pode, inclusive, dar-se
ao luxo de ser ausente, mas não desinformado. Equipes e
subordinados podem exercitar a auto-gestão. Aliás, é bom que
isso aconteça.
Há líderes que agem como: mentor, motivador,
missionário, pioneiro, amigo e assim por diante, o que
enriquecem a qualidade e a eficácia do líder e a confiança e
produtividade da equipe. Só que os líderes devem também
disciplinar, arbitrar, decidir e assumir responsabilidade pessoal
por seus atos mesmo quando as decisões contrariem desejos,
opiniões e interesses da maioria.
Como diferenciar um bom líder de um mau líder?
O líder ruim tem problemas para se aceitar, não está
satisfeito com si próprio e projeta isso nos outros, reclamando
de todos. Já o bom líder está preocupado com sua equipe: quer
ajudar seus subordinados e contribuir para o sucesso de cada
um deles. Em contrapartida, o líder ruim só tem uma
preocupação: com ele mesmo!
O bom líder, ou seja, o "chefe dos sonhos" de qualquer
trabalhador é aquele que possui três qualidades pessoais: a
honestidade (é verdadeiro com si próprio e com os outros;
assume seus próprios erros), a integridade (coerência entre
palavras e atitudes) e a humildade (pensa menos em si próprio).
Mas, infelizmente, nem sempre se encontram pessoas
com estas características no ambiente profissional. Portanto, é
importante saber como agir, no dia a dia, diante das pressões do
seu chefe. Trabalhar com alguém que cultiva a pressão para
51
obtenção de resultados, e que está centrado nele mesmo e em
suas ambições pessoais é bastante complicado e pode trazer
repercussões psicológicas, emocionais e físicas.
Lidar com a situação exige cautela. As maiores
dificuldades de relacionamento encontram-se nos problemas
verificados das cobranças “emocionais e funcionais”, no
trabalho. Daí a necessidade de utilizar-se algo mais que a razão,
exigindo sensibilidade e toque emocional ao conviver com seu
líder.
52
PARTE III
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
3.1 LINGUAGEM: CULTA E COLOQUIAL
No interior de uma multiplicidade de formas de
preconceito uma vem se destacando e possui uma relação muito
estreita com o processo educacional: o preconceito lingüístico.
A maioria das abordagens do preconceito lingüístico se limita a
descrevê-lo e denunciá-lo sem apresentar suas raízes sociais.
A linguagem culta é imposta a todos os alunos,
inclusive aqueles provenientes das classes menos favorecidas,
que não possuem o domínio desta. O capital lingüístico
daqueles que são provenientes das classes privilegiadas garante
a eles uma vantagem competitiva no interior da competição
escolar, o que contribui com a reprodução das desigualdades de
classes.
Uma das condições de possibilidade do preconceito
lingüístico se encontra na distinção na linguagem. É somente
quando tal distinção surge é que se torna possível esta forma de
preconceito. A distinção lingüística existe desde que etnias com
línguas diferentes se encontraram. No entanto, tal distinção e o
preconceito derivado dela tem sua solidificação estabelecida
após o processo de colonização derivado da expansão
capitalista.
Explicar isto remete ao entendimento da divisão social
no interior de uma sociedade e em suas ressonâncias na esfera
da linguagem. Trata-se do preconceito originado da distinção
entre a língua culta e a linguagem coloquial, ou a
normatização da linguagem e a distinção entre certo e errado.
Tal preconceito tem origem no processo de normatização da
língua feita pelo sistema escolar e pelos setores
intelectualizados da sociedade.
53
As classes sociais privilegiadas incorporam a chamada
“íngua culta” e a tomam como uma distinção social que reforça
seu status privilegiado. A sociedade moderna tem na
competição um dos traços mais característicos de sua
sociabilidade e isto se reflete também na formação de
preconceitos e nas disputas no interior da sociedade. O
preconceito lingüístico acaba assumindo a força de uma arma
para ganhar a competição e para buscar uma posição melhor na
hierarquia social, embora ela assuma um papel especial no
sistema escolar.
É importante lembrarmos que a normatização da
linguagem corresponde, em geral, ao jogo do certo ou errado.
Assim sendo, a norma é a regra daquilo que pode ou não ser
usado na língua oral ou escrita. O perigo é transformar o
conhecimento destas regras num mecanismo para discriminar
os que não as dominam.
Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se
coloquial, espontânea, mesclando expressões da língua culta
com termos populares, o estilo elevado com o estilo vulgar. Há
uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade. A
norma é a marca do chamado padrão culto da língua, que é
apenas uma das variantes lingüísticas. O professor André
Valente, em "A Linguagem Nossa de Cada Dia", afirma: "Não
há, em essência, variante lingüística que seja superior a outras.
Existe, sim, a que tem mais força e prestígio, a variante dos
detentores do poder: da elite (econômica política ou
intelectual)”.
Visto que existem vários níveis de fala, o conceito do
que é "certo" ou "errado" em língua deve ser considerado sob
outro prisma. Na verdade, devemos falar em linguagem
adequada. Tome como parâmetro a vestimenta. Qual seria a
roupa "certa": terno e gravata, ou camiseta, sandália e
bermuda? Evidentemente, você vai dizer que depende da
situação: numa festa de gala, deveremos usar o terno e a
54
gravata. Já, jogando bola com amigos na praia, estaremos
utilizando bermuda e camiseta. Veja que não existe a roupa
"certa", existe, isto sim, o traje adequado.
Poderíamos dizer que "errado" seria comparecer a uma
festa de gala, vestido de camiseta e bermuda. Com a linguagem
não é diferente. Não devemos pensar na língua como algo que
se polariza entre o "certo" e o "errado". Temos de pensar a
linguagem sob o prisma da adequação. Numa situação de
caráter informal, como num bate-papo descontraído entre
amigos, é adequado utilizar a língua de maneira espontânea,
coloquial. Já numa situação formal, como num discurso de
formatura, por exemplo, não seria "certo", isto é, não seria
adequado utilizar-se à língua em sua forma coloquial. Tal
situação exige não somente uma vestimenta, mas também uma
linguagem adequada.
55
3.3 O TIPOS DE COMUNICAÇÃO
• Comunicações Orais: são as ordens, pedidos,
conversas, “bate-papos”, comunicações telefônicas, pelo rádio,
debates, discussões, etc.
• Comunicações Escritas: são as cartas, jornais
impressos, revistas, cartazes, etc.
• Comunicações Não Verbais: são as comunicações
estabelecidas:
56
• As palavras são mágicas. São as verdadeiras essências
de um relacionamento, elas podem construir ou destruir um
indivíduo. Seja dócil, amigo, e se precisar ser mais duro, o faça
com a consideração de que há uma pessoa, um ser humano
como você na sua frente.
• Considere que 70% da comunicação não é verbal.
Lembre-se:
Contato visual: demonstre atenção ao outro;
Postura: seu corpo fala, tenha uma postura
ereta, competente e segura;
A expressão fácil: causa simpatia e
aproximação, seja cordial e sorria;
57
A administração de marketing deve preocupar-se com:
1- localizar e medir a demanda de um ou mais grupos de
consumidores para algum tipo de produto ou serviço em
determinado espaço de tempo;
2 – traduzir essa demanda em produtos;
3 – desenvolver e implementar um plano que torne o
produto disponível.
58
Para isso, as empresas devem obter informações
preciosas de diversos tipos, como vontades, hábitos,
possibilidades e, principalmente, expectativas do cliente em
relação ao produto /serviço oferecido. Essas informações
podem ser conseguidas de diversas maneiras: através de
pesquisas formais, do contato diário, de literatura e também de
informações disponíveis em entidades relacionadas ao setor,
como associações, sindicatos etc., assim como na internet.
Dessa maneira, conhecer o cliente é a base de tudo, pois
é a partir desse conhecimento que a percepção de oportunidade
se consolida e estratégias do negócio podem ser desenvolvidas.
Ou seja, essas informações são tão importantes que influenciam
a escolha de fornecedores, os tipos e as quantidades de produtos
e serviços oferecidos, os canais de comunicação com o
mercado, a formação do preço, as instalações da loja e muitos
outros fatores.
Portanto, esta deve ser uma atividade incessante da
empresa, envolvendo todos os empregados, especialmente a
equipe de vendas. Mas não basta somente obter informações, é
preciso refletir sobre elas para tomar decisões conscientes e
coerentes com os aspectos percebidos.
• A COMUNICAÇÃO DURANTE O
ATENDIMENTO
A comunicação é um processo inerente ao ser humano.
É através dela que o indivíduo ou grupo interage com outros
indivíduos ou grupos, recebendo suas impressões sobre o que
foi comunicado. É algo como um professor perguntar para sua
sala se a matéria que acabou de ensinar foi compreendida.
Portanto, o processo de comunicação é composto de
quatro elementos: emissor, receptor, mensagem e retorno,
também conhecido como feed-back. Além disso, o processo de
comunicação realiza-se por vários meios, principalmente
59
através da fala, da escrita e da expressão corporal. Através
desses meios os seres humanos interagem com o mundo.
É importante perceber que os meios de comunicação
influenciam uns aos outros. Assim, não basta simplesmente a
comunicação verbal ocorrer, pois outros meios podem fazer
com que a mensagem seja compreendida de forma diferente
daquela que se deseja transmitir.
Você pode fazer um teste simples: experimente dizer a
palavra sim e ao mesmo tempo balançar a cabeça para a
esquerda e para a direita. Se você estiver se comunicando como
neste exercício, a pessoa receptora ficará em dúvida a respeito
do que você está querendo transmitir. Ela não irá saber se a
mensagem significa sim ou não.
É também bastante conhecida aquela frase de um
vendedor de geléias que, ao abordar seus clientes dizia,
“Senhor, não quer nada hoje, não?”. Se observarmos a frase
detalhadamente, iremos notar que existem três palavras
negativas: a palavra “não”, citada duas vezes, e a palavra
“nada”. Dessa forma, as palavras utilizadas na frase são
contrárias à intenção da mensagem, o que facilita ao cliente a
resposta “não, realmente não quero”.
Dessa forma, para que o processo de comunicação
ocorra de forma perfeita, é preciso completa integração entre os
vários meios de comunicação. Uma equipe de vendas deve
saber muito bem esses princípios, no sentido de adotar os
melhores meios para cada situação e assim poder se comunicar
bem com seus clientes.
Outro fator importante é a maneira como o ser humano
se apresenta ao mundo. Assim, uma impecável apresentação,
traduzida pela utilização de uniformes, crachás, cabelos
penteados e barba aparada para os homens e maquiagem para
mulheres, também influencia o processo de comunicação.
Portanto, comunicação é um assunto a ser tratado
freqüentemente com a equipe de vendas e também com todos
60
os empregados, ressaltando sempre que um bom negócio
começa com uma boa comunicação.
• A PERCEPÇÃO E A EMPATIA
Outros dois aspectos muito importantes na questão do
atendimento ao cliente são a percepção e a empatia. De forma
bastante simples podemos dizer que a percepção é a maneira
como avaliamos uma pessoa, e a maneira adequada de tratar os
clientes é deixar de lado as impressões pessoais e os
preconceitos. Caso isso não ocorra, é provável que uma pessoa
seja julgada pela maneira como está vestida e assim
caracterizada pelo atendente que a julgou, que decide que ela
não é cliente para os produtos da loja. Com certeza esse
julgamento inicial irá influenciar na comunicação que será
realizada, muitas vezes prejudicando um excelente negócio.
Já a empatia é a capacidade de colocar-se no lugar da
outra pessoa e de ver o mundo sob seu ponto de vista. Ao
colocar-se nessa posição, passa a ser possível identificar vários
fatores que podem ser considerados na realização de uma
negociação positiva.
Outro aspecto importante nessa questão da empatia é a
capacidade de escutar. Escutar significa prestar atenção ao que
o outro diz, e não simplesmente ouvir. Se um atendente de uma
loja não escuta o que o cliente diz, como poderá então captar as
informações necessárias ao atendimento de suas necessidades?
Esse fator é fundamental, principalmente nos atendimentos
feitos pelo telefone.
O atendimento a clientes é fundamental para o sucesso
de uma empresa. Pode-se, então listar algumas perguntas que
devem receber a atenção dos dirigentes e também dos
empregados, especialmente a equipe de vendas, para que o
atendimento supere as expectativas dos clientes e seja
excelente:
61
• As necessidades e os desejos dos clientes são
claros para os integrantes da empresa?
• Quais são os processos de comunicação da loja
com o cliente que permitem a compreensão
desses desejos e necessidades? Com que
freqüência são realizados?
• Os produtos e serviços oferecidos, bem como a
estrutura da loja e as formas de pagamento, estão
adequados aos clientes?
• A equipe de vendas conhece os produtos,
serviços, promoções e propagandas em detalhes?
E os outros empregados?
• A equipe de vendas recebe treinamento
constante sobre novos produtos e serviços e
técnicas de atendimento?
• Os empregados da empresa trocam informações
entre si no sentido de melhorar cada vez mais o
atendimento aos clientes?
• Os empregados estão satisfeitos em trabalhar na
empresa?
• Existem procedimentos e atitudes que estimulam
os empregados a ser excelentes (benefícios,
incentivos, reconhecimento, remuneração etc.)?
63
Para que seu atendimento se destaque dos
demais FAÇA ALGO EXTRA e preocupe-se com o
problema e se interesse em ajudar as pessoas!
FAÇA SEMPRE TUDO O QUE PUDER!
PARTE IV
ÉTICA
64
A sociedade atual tem realçado e intensificado,
conceitos e idéias de ambição, de desejo obsessivo e de
consumo exagerado de bens materiais, visto que se estabeleceu
que o prestígio social é destinado somente àqueles que detém o
poder de compra. Prevalecendo, dessa maneira, o culto à
massificação e mediocridade, o que permite facilmente a
manipulação das pessoas. Pode-se verificar, que essa
desvalorização do exercício de comportamentos éticos são
evidentes e naturais nas atividades profissionais.
Os comportamentos humanos são classificáveis sob a
visão do certo e do errado, do bem e do mal. Embora
relacionadas com o agir individual, essas classificações
apresentam relações culturais que prevalecem em determinadas
sociedades, ou seja, a ética fundamenta-se nas concepções de
bem e virtude, assim utilizamos determinados comportamentos
e conduzimos nossas ações, de acordo com regras que
coordenam e integram as relações pessoais. Estas regras
apontam os limites, são os códigos culturais que nos obrigam,
mas que também nos protege, por terem sido aceitas
intimamente e reconhecidas como válidas e obrigatórias.
Percebe-se, então, que a moral apresenta uma
propriedade e uma condição social e está diretamente
relacionada à ética, que de acordo com, Alencastro (1997), é
uma teoria sobre a prática moral e uma reflexão que perscruta
princípios que norteiam um determinado sistema moral. A ética
pondera e estuda a responsabilidade do ato moral, ou seja, a
decisão de agir numa situação concreta é um problema prático-
moral, contudo investigar se a pessoa pode decidir entre várias
alternativas de ação, segundo sua decisão é um problema
teórico-ético, pois verifica a liberdade ou determinismo que
sujeitam as atitudes.
A ética considera a existência da moral, compreendendo
que toda sociedade é caracterizada por um conjunto de normas
e valores, e não compete a ética estipular juízos de valor em
65
outras sociedades, mas sim explicar o motivo destas diferenças
e porque o homem recorreu a práticas morais diferentes e até
mesmo opostas.
66
regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a
Ética.
67
A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na
ação humana "o fazer" e "o agir" estão interligados. O fazer diz
respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve
possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à
conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve
assumir no desempenho de sua profissão.
A Ética baseia-se em uma filosofia de valores
compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por
isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas
premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem
e "para que vive", logo toda capacitação científica ou técnica
precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética.
Não faz muito tempo que as preocupações com a
relação a ética passou a ser encarada com seriedade pelas
empresas brasileiras. Isso se deu pela a entrada de
multinacionais no Brasil, no início da década de 90, tendo um
importante papel nisso, pois "essa cultura de preocupação com
valores éticos e morais é muito forte nos países desenvolvidos".
A ética, portanto, como ciência normativa, trata dos
princípios da conduta humana, das diretrizes no exercício de
uma profissão, estipulando os deveres que devem ser seguidos
no desempenho de uma atividade profissional e é também
denominada filosofia moral.
68
relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e
sociedade.
O interesse no cumprimento do aludido código passa,
entretanto a ser de todos. O exercício de uma virtude
obrigatória torna-se exigível de cada profissional, como se uma
lei fosse, mas com proveito geral.
Cria-se a necessidade de uma mentalidade ética e de
uma educação pertinente que conduza à vontade de agir, de
acordo com o estabelecido. Essa disciplina da atividade é
antiga, já encontrada nas provas históricas mais remotas, e é
uma tendência natural na vida das comunidades.
É inequívoco que o ser tenha sua individualidade, sua
forma de realizar seu trabalho, mas também o é que uma norma
comportamental deva reger a prática profissional no que
concerne a sua conduta, em relação a seus semelhantes.
Toda comunidade possui elementos qualificados e
alguns que transgridem a prática das virtudes; seria utópico
admitir uniformidade de conduta.
A disciplina, entretanto, através de um contrato de
atitudes, de deveres, de estados de consciência, e que deve
formar um código de ética, tem sido a solução, notadamente
nas classes profissionais que são egressas de cursos
universitários (contadores, médicos, advogados, etc.).
Uma ordem deve existir para que se consiga eliminar
conflitos e especialmente evitar que se macule o bom nome e o
conceito social de uma categoria. Assim, cada
homem deve proceder de acordo com princípios
éticos. Cada profissão, porém, exige, de quem a
exerce, além dos princípios éticos comuns a todos
os homens, procedimento ético de acordo com a
profissão.
É imprescindível estar sempre bem informado,
acompanhando não apenas as mudanças nos conhecimentos
técnicos da sua área profissional, mas também nos aspectos
69
legais e normativos. Vá e busque o conhecimento. Muitos
processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais
acontecem por desconhecimento, negligência.
Competência técnica, aprimoramento constante, respeito
às pessoas, confiabilidade, privacidade, tolerância,
flexibilidade, fidelidade, envolvimento, afetividade, correção de
conduta, boas maneiras, relações genuínas com as pessoas,
responsabilidade, corresponder à confiança que é depositada
em você...
Comportamento eticamente adequado e sucesso
continuado são indissociáveis!
ATENÇÃO!!!!
70
PARTE V
USO DE EQUIPAMENTOS
71
rápidos, para dar contribuição competitivamente adequada ao
mundo do trabalho, qualquer profissional hoje deve aprender o
tempo todo.
Para acompanhar o desenvolvimento e os avanços
tecnológicos, que tem se intensificado nos últimos anos,
estando presente em vários estabelecimentos e serviços que
utilizamos, é imprescindível ampliar nossos horizontes,
capacitar-nos para o exercício de atividades que dependem e
exigem o domínio de diversos equipamentos para sua execução.
O auxiliar administrativo para exercer adequadamente suas
atribuições deve ter conhecimento sobre o uso de determinados
equipamentos que fazem parte de seu cotidiano profissional,
como o computador e a Internet, o aparelho de fax, a copiadora
e o telefone.
Assim, adquirirmos noções básicas sobre a utilização
desses equipamentos, é preciso atentar para algumas
considerações a seguir.
72
mais variados dados e informações do seu dia-a-dia de trabalho
para usá-los, posteriormente, quando houver necessidade ou for
de seu interesse.
Dados ou informações são essenciais para as empresas,
devendo ser registrados e armazenados para utilização a
qualquer momento, sempre que necessário. Somente quando a
empresa trabalha baseada em dados e informações é que pode
garantir a qualidade da tomada de decisões e,
conseqüentemente, dos resultados de sua atuação. Dessa
maneira, é indispensável que o auxiliar administrativo esteja
preparado e apto para utilizar um microcomputador para a
realização de diversas atividades que facilitam e organizam
uma empresa.
Toda a documentação e dados das empresas são
armazenados na memória de computadores, facilitando que os
documentos circulem pelas várias pessoas e departamentos que
têm alguma relação com aquele assunto, para todos
conhecerem. As informações precisam não só chegar às pessoas
certas como também chegar com perfeição, sem que sejam
modificadas. Por meio, do computador as empresas têm
facilidade para acessar contratos comerciais, fichas cadastrais,
acompanhar o desenvolvimento e produtividade dos negócios,
bem como controlar por meio, de tabelas e gráficos, as despesas
e os lucros referentes a quaisquer períodos. Além do que, elas
podem recuperar, resgatar os dados e as informações com
rapidez e em tempo hábil para serem usados.
Não há dúvida que o conhecimento sobre o uso
adequado de um computador e de seus programas são
fundamentais para o desempenho de uma carreira na área
administrativa e em várias outras áreas também. A Internet
possibilita e facilita extremamente as funções e atividades
realizadas dentro de uma empresa, no que diz respeito ao uso
de e-mails e acesso as sites com informações atualizadas e
necessárias para cada empresa.
73
Porém, quanto ao uso da Internet, é preciso ter cuidados
com agentes comerciais diversos e que muito raramente fazem
uso de algum escrúpulo, ou ainda, com criminosos que
dedicam-se, incansavelmente, a práticas ilegais de roubos,
espionagens, invasões, etc. São vários grupos de profissionais
espalhados por todo o mundo que buscam equacionar
problemas relativos aos abusos cometidos na grande rede,
entretanto, é necessário trazer à luz da compreensão algumas
questões, pois, de uma forma bem geral estamos sempre
sujeitos a muitos problemas e desafios no uso cotidiano da
Internet, o que nos força a uma constante atualização, de caráter
tecnológico e até mesmo cultural.
O principal fato é que não é mais possível deixar que
apenas aos técnicos sejam delegas as tarefas de manter anti-
vírus atualizados nos micros, usar configurações anti-invasões,
cuidados para não aceitar arquivos anexos ou resultado de
navegação na Internet que tragam consigo programas que
objetivam atos criminosos, ou ainda, não informar
indiscriminadamente seu e-mail para evitar favorecer as listas
de malas diretas eletrônicas inescrupulosas. E o mais
importante, resguardar-se de permitir que informações sigilosas
da empresa sejam livremente acessadas e utilizadas
indevidamente para fins ilegais.
74
- Cortador Automático de Papel;
- Identificador de chamada;
- Alimentador Automático para 10 Páginas;
- Discagem Automática com 25 Posições de
Memória;
- Capacidade para Rolos de Papel de até 50m;
- Sistema Anti-Enrolamento de papel;
- A Comutação Automática Fax/Tel Permite que
Você Receba Chamadas de Fax e de Voz numa
Única Linha Telefônica.
5.3 COPIADORA
Todo escritório deve possuir uma copiadora xerox
própria. Um copiador no escritório facilita as atividades diárias
da empresa e, também, a vida do cliente: Exemplos: O cliente
está precisando de cópia do contrato social e cartão CNPJ, é só
ligar para o escritório, solicitar a cópia e o funcionário leva até
o cliente. Outro exemplo: O cliente pede para o vendedor
passar no escritório para pegar as cópias do contrato social, etc.
Se o escritório não possui copiadora, o vendedor teria que pegar
75
os originais ir até a papelaria onde possui copiadora, tirar as
cópias e voltar ao escritório para devolver os originais, o que
seria um transtorno e perda de tempo.
Exemplo de uma máquina copiadora:
76
de atração de cargas opostas. O papel carregado eletricamente
capta o toner (tinta em pó) opostamente atraído para as áreas
carregadas do tambor. As fotocopiadoras em cores usam toner
de quatro cores separadas.
Quando se inicia a operação de uma máquina de xerox,
acende-se uma lâmpada, que varre todo o documento a ser
copiado. A imagem é projetada por meio de espelhos e lentes
sobre a superfície de um tambor fotossensível, que é um
cilindro de alumínio revestido de um material fotocondutor. Os
fotocondutores são materiais com propriedade isolante no
escuro. Mas, quando expostos à luz, são condutores. Assim,
quando a imagem refletida nos espelhos chega ao tambor, as
cargas superficiais do cilindro se alteram: as áreas claras do
documento eliminam as cargas elétricas que estão sobre a
superfície do cilindro e as áreas escuras as preservam. Forma-
se, então, uma imagem latente, que ainda precisa ser revelada.
Para isso, o cilindro é revestido pelo toner, que adere à imagem
latente formada sobre o tambor. Em seguida, toda a imagem
passa para as fibras do papel, através de pressão e calor. E,
assim chega-se à cópia final.
5.4 O TELEFONE
O Telefonista está presente em órgãos públicos e
privados, empresas, escolas, hospitais, universidades e outros.
Receber e transferir ligações, localizar pessoas, transmitir
mensagens e registrar solicitações são algumas das funções
desempenhadas por este profissional.
O serviço do telefonista, indispensável no atendimento
ao público, funciona como um cartão de visitas da empresa,
instituição ou organização. Logo, é preciso que o profissional
esteja devidamente preparado para fornecer informações e
responder às dúvidas de quem o procura.
Neste sentido, o Telefonista deve conhecer o ambiente
de trabalho, saber quem é quem e onde encontrar as pessoas,
77
bem como ser educado e paciente. Além disso, quando não
souber ou não puder dar uma informação, o profissional deve
saber comunicar isso de forma educada.
78
- Se o interlocutor perguntar "Como vai?", não leve a
pergunta ao pé da letra. Diga apenas "Bem, obrigada(o)",
mesmo que naquele dia o mundo tenha caído para você.
- "Quem deseja?" e "Quem gostaria?" são perguntas
indevidas e feias para atender ao telefone. Prefira a frase
"Quem quer falar?".
- Nunca diga que a pessoa não está depois de perguntar
quem quer falar. Primeiramente, informe que a pessoa não está,
depois pergunte o nome de quem quer falar com ela.
- Seja você mesmo. Esta é a primeira e maior dica de
como falar melhor: a naturalidade acima de tudo. Nenhuma
técnica poderá ser mais importante que a sua naturalidade.
Aprenda, aperfeiçoe, progrida, mas ao falar, seja sempre
natural.
- Possuir voz clara, com boa dicção e bom português.
Fale com boa intensidade Fale numa altura adequada para cada
ambiente.
- Pronuncie bem as palavras: Principalmente não omita
a pronúncia dos "s" e "r" finais e dos "i" intermediários. Por
exemplo, fale primeiro, janeiro, terceiro, precisar, trazer
levamos e não, janero, tercero, precisá, trazê, levamo, andamo,
comemo, tá bem etc.
-Tenha um vocabulário adequado: Um bom vocabulário
tem de estar isento do excesso de termos pobres e vulgares,
como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um
vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre
incompreensíveis.
79
esperar longo tempo por uma informação, no meio da conversa,
depois de iniciado o atendimento, com aquela clássica
desculpa: "Um momentinho, por favor".
- O TEMPO É PRECIOSO: Você já imaginou quanto
tempo tem desperdiçado em ligações telefônicas? Essa demora
vai da espera inicial para ser atendido até descobrir a pessoa
certa, à busca da informação correta, à anotação de recados, ao
recebimento do recado e, quase sempre, tendo que ligar para o
cliente para saber o que realmente quer?
- Sempre que não puder dar uma informação, comunicar
de forma delicada à pessoa que chama. Muitas vezes é
necessário sigilo de algumas informações e o cargo de
telefonista deve primar pela discrição.
- REGRA DE OURO AO FALAR PARA UM
CLIENTE: Entre duas palavras, escolha a mais simples; entre
duas palavras simples, escolha a mais curta. Frases como ''eu
vou estar transferindo a ligação, Vou estar enviando vou estar
almoçando '' surgiram no telemarketing. Mas já se instalaram
no topo, lá na diretoria. Vou transferir", mais curta, rápida,
direta - e apropriada.
80
secretária, auxiliar de escritório etc. Isto capacita às mesmas a
aspirar promoções para outras áreas da empresa.
· As telefonistas / recepcionistas mais experientes
devem saber usar mesas telefônicas, correio de voz, sistemas de
arquivamento, internet, e-mail e excelente rapidez na digitação
de textos.
Fatores negativos: - O emprego de telefonistas em
companhias telefônicas deve diminuir bastante nos próximos
anos devido à automação
82
Para fazer bom uso da informação é preciso ter
informação. Reconhecer as vantagens, os direitos e deveres
envolvidos na organização e preservação dos documentos.
Reconhecer, enfim, que os conjuntos documentais produzidos
e/ou acumulados são, em última instância, patrimônio da
instituição.
83
c) Acessibilidade: um arquivo bem organizado colabora para
que qualquer consulta seja perfeita e com exatidão.
d) Uniformidade e disciplina: organize seu arquivo de
maneira uniforme e homogênea para facilitar a consulta.
2 - Para que você possa selecionar os documentos que devem
ser arquivados, você deve conhecer a natureza e a finalidade do
arquivo.
3 - É recomendado que, de tempos em tempos, geralmente num
período de um ano, faça-se uma análise dos documentos
arquivados para verificar a necessidade de mantê-los
guardados.
4 - Evite, sempre que possível, arquivar mais de uma cópia do
mesmo documento.
5 - O sistema de arquivamento deve ser escolhido de acordo
com o volume, a freqüência de consultas e o tipo de material a
ser preservado.
6 - Você pode organizar um arquivo, classificando-o por:
a) nomes de pessoas;
b) nomes de empresas;
c) assuntos ou temas;
d) nomes de lugares;
e) ordem de chegada do documento ao arquivo ( cronológica);
f) uma combinação dos itens anteriores;
g) outra forma qualquer que facilite o seu usuário a encontrar as
informações rapidamente.
7 - Para evitar erro no arquivamento, quando o volume de
pastas for grande, é indicado o método numérico, acompanhado
de um índice.
8 - Organize-se de uma maneira para que diariamente por 15
minutos (de preferência na ausência do seu executivo), você
cuide do arquivo.
84
A definição dos recursos humanos a serem empregados
nos arquivos de empresas públicas ou privadas está relacionada
à complexidade da atividade da empresa, ao volume do acervo
e ao número de consultas às informações constantes nos
documentos arquivados.
Considerando as atividades específicas do arquivo —
receber, organizar, preservar e disponibilizar os documentos da
instituição a qual vincula-se — é recomendável um quadro de
profissionais com formação diversificada como arquivistas,
conservadores, programadores de informática, historiadores e
bibliotecários. O perfil dos profissionais apresentados aqui, no
entanto, não corresponde à realidade da maioria das instituições
públicas e privadas brasileiras. Em geral, as empresas não
investem ou investem pouco em pessoal especializado e
voltado para a atuação nos arquivos.
Há uma escassez generalizada de pessoal com formação
técnica e visão estratégica das funções de um arquivo.
Conseqüentemente, no lugar de arquivos encontram-se, amiúde,
depósitos de papel nos quais não se consegue diferenciar o que
é lixo do que é documento. Esse processo de transformação dos
arquivos em depósitos, ao longo do século 20, ocorreu
paralelamente ao processo de enxugamento, quantitativo e
qualitativo, dos recursos humanos.
O papel do arquivista nas empresas, no entanto, é
fundamental. Cabe a este profissional planejar a organização do
arquivo, considerando as qualidades inerentes aos documentos
de arquivo, a importância da organicidade e do ciclo vital dos
documentos. Ele deve distinguir tais documentos de outros
conjuntos documentais acumulados por interesses particulares
como, por exemplo, os jornais colecionados por um dirigente
da empresa.
Conseqüentemente a primeira tarefa na organização dos
documentos arquivísticos é a identificação das atividades
desenvolvidas pela empresa. Em seguida, devem-se distinguir
85
as atividades de apoio (materiais, recursos humanos,
financeiros etc.), conhecidas como atividades-meio, das
atividades-fim, que são aquelas que justificam a própria
existência da empresa e a razão pela qual ela foi criada.
Finalmente, um passo importante na organização de arquivos, é
identificar no desenvolvimento de cada atividade institucional a
série de documentos que se constitui, natural e inevitavelmente.
Manter a ordem original dos documentos ou restabelecê-la
quando for perdida é outra tarefa do arquivista.
86
ponto, relações de contribuição sindical e
assistencial, atestados médicos,
solicitações de abono de férias, recibos de
abono-gozo de férias, vale transporte e
imposto de renda; guias de recolhimento
sindical e assistencial (para contribuições
descontadas e não há prescrição), folha de
votação de eleição da CIPA, acordo de
prorrogação de horas, acordo de
compensação de horas, comprovante de
entrega da comunicação de dispensa (CD),
recibo de entrega do requerimento seguro-
desemprego – SD, guias de recolhimento
de impostos municipais, federais e
estaduais (ISS, IPI e ICMS).
Documentação sujeita à fiscalização do
10 anos INSS : guias de recolhimento, de
pagamento, atestados médicos relativos a
afastamento por incapacidade ou salário
maternidade, recibos e fichas de salário
família, PIS ( a contar da data prevista pra
seu recolhimento, salário educação,
documentos que envolvam proprie-
dade/imóveis (por exemplo: contrato de
compra e venda) de pessoas vivas.
Qualquer contrato firmado entre duas
20 anos pessoas físicas , desde que seja
regulamentado pelo Código Civil. Dados
obtidos nos exames médicos incluindo
avaliação clínica e exames
complementares, as conclusões e as
medidas aplicadas que deverão ser
registradas no prontuário clínico
individual, o qual ficará sob a
87
responsabilidade do médico coordenador
do PCMSO até 20 anos após o
desligamento do empregado.
30 anos Os documentos relativos ao FGTS.
Prazo Livro diário (onde estão registradas todas
indeterminado as operações diárias de uma empresa):
Ficha Patrimonial de Bens, (relação do que
pertence aos sócios); Livro Razão;
Contrato de Trabalho; RAIS; Documentos
que fazem parte de algum processo judicial
ou fiscal em andamento devem ser
guardados até a decisão da justiça; Livro de
Inspeção do Trabalho, e aqueles que
comprovem o tempo de serviço de
empregados, ex-empregados, tais como a
RAIS, fica ou livro de registro de
empregados devem ser arquivados por
prazo indeterminado.
Obs.: Contra o menores de 18 anos não
ocorre prescrição.
88
Pasta de Usada par guardar qualquer tipo de papel
multiuso que não se sabe a qualificação deles. Boa
parte desses documentos poderias ser jogada
fora sem qualquer prejuízo para a empresa,
tais como: correspondencias, cópias de
documentos, protocolos e até livros sem
valor comercial e/ou fiscais.
I. FÍSICOS
• Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes
no processo de degradação dos materiais bibliográficos.
• Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mesmo
que as condições de conservação sejam boas. O papel
89
fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto
se chama envelhecimento natural.
• Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o
papel que a deficiência de água.
II. QUÍMICOS
• Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam um
índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto
uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado índice
de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante
nos países tropicais e subtropicais e uma variação da
umidade relativa, teremos um quadro bastante
desfavorável na conservação de documentos em papel.
Dentre as causas de degradação do papel, podemos citar
as de origem intrínseca e as de origem extrínsecas.
• Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos
ácidos, ainda que nas condições de conservação mais
favoráveis. A poluição atmosférica é uma das principais
causas da degradação química.
• Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes
na documentação. Foi e é usada para escrever em
papéis, pergaminhos e materiais similares, desde que o
homem sentiu necessidade de registrar seu avanço
técnico e cultural, e é ainda indispensável para a criação
de registros e para atividades relacionadas aos interesses
de vida diária.
III. BIOLÓGICOS
Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves danos a
arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e documentos
preciosos. Os principais insetos são:
• Anobiídeos (brocas ou carunchos)
90
• Thysanura (traça)
• Blatta orientalis (barata)
Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte deles
produzem pigmentos que mancham o papel.
Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a prevenção
contra os insetos. Eles podem provocar desgastes de até 20% do
total do documento.
IV. AMBIENTAIS
Ventilação - é um outro fator a considerar como elemento que
favorece o desenvolvimento dos agentes biológicos, quando há
pouca aeração.
Poeira - um outro fator que pode favorecer o desenvolvimento
dos agentes biológicos sobre os materiais gráficos, é a presença
de pó.
V. HUMANOS
O Homem, ao lado dos insetos e microrganismos é um
outro inimigo dos livros e documentos, embora devêssemos
imaginar que ele seria ser o mais cuidadoso guardião dos
mesmos.
PARTE VII
GLOBALIZAÇÃO
91
Globalização é o conjunto de transformações na ordem
política e econômica mundial que vem acontecendo nas últimas
décadas. O ponto central da mudança é a integração dos
mercados numa "aldeia-global", explorada pelas grandes
corporações internacionais.
Os Estados abandonam gradativamente as barreiras
tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos
produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital
internacional. Esse processo tem sido acompanhado de uma
intensa revolução nas tecnologias de informação - telefones,
computadores e televisão.
As fontes de informação também se uniformizam
devido ao alcance mundial e à crescente popularização dos
canais de televisão por assinatura e da Internet. Isso faz com
que os desdobramentos da globalização ultrapassem os limites
da economia e comecem a provocar uma certa homogeneização
cultural entre os países.
92
escala em Nova York." (Celso Pinto – do Conselho Editorial –
Folha de São Paulo)
93
caracterizada por taxas de crescimento econômico declinantes e
elevados níveis de desemprego em quase todos os países onde
predomina a economia de mercado.
A crise econômica, que não deve ser confundida com as
perturbações cíclicas do sistema provocadas pela
superprodução, vem acelerando o processo de centralização e
globalização do capital, traduzidos principalmente pela onda de
aquisições, incorporações e megafusões de empresas. Como
resultado, seus efeitos têm maior repercussão mundial, assim
como as políticas propostas ou impostas como "solução" pelas
classes que encarnam os interesses do capital.
O cenário atual está caracterizado pelo avanço da
globalização econômica, financeira e comercial defendida pelos
organismos internacionais (FMI, Banco Mundial e Organização
Mundial do Comércio) com base na ideologia neoliberal. Trata-
se de um processo em curso, comandado pelas grandes
corporações transnacionais que procuram abrir novos mercados
para sua produção e, ao mesmo tempo, recuperar as taxas de
lucro, reduzindo seus custos pelo aumento da exploração dos
trabalhadores, via redução de salários, aumento das jornadas de
trabalho e eliminação dos direitos dos trabalhadores, atacando
as conquistas sindicais e trabalhistas obtidas na era de ouro do
sistema e desmantelando o chamado Estado de Bem-Estar
Social. A globalização tem representado o aumento do
desemprego, a precarização dos contratos de trabalho, a
informalidade e crescentes ataques aos direitos de organização
sindical.
Os sindicatos, em nível nacional e mundial, podem
influir em seu curso. Greves e mobilizações recentes na Europa,
Ásia e América Latina revelam que os sindicatos reagem e
buscam alternativas para a maneira excludente como a
globalização vem se processando. Essas lutas ainda ressentem-
se da ausência de um projeto alternativo capaz de se contrapor
ao neoliberalismo.
94
Grandes mobilizações, como a greve na Coréia do Sul, a
mobilização dos mineiros alemães e dos trabalhadores
franceses e belgas da Renault revelam que os trabalhadores não
estão dispostos a arcar com os custos da globalização, e que é
possível impor derrotas ao neoliberalismo. As estratégias e os
atuais modelos de organização sindical, criados num período de
fronteiras nacionais parcialmente protegidas, têm sido
incapazes de enfrentar as transformações econômicas em curso.
95
soma dos PIBs do Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia,
Peru, Uruguai, Venezuela e Nova Zelândia.
Outro ponto importante desse processo são as mudanças
significativas no modo de produção das mercadorias.
Auxiliadas pelas facilidades na comunicação e nos transportes,
as transnacionais instalam suas fábricas sem qualquer lugar do
mundo onde existam as melhores vantagens fiscais, mão-de-
obra e matérias-primas baratas. Essa tendência leva a uma
transferência de empregos dos países ricos - que possuem altos
salários e inúmeros benefícios - para as nações industriais
emergentes, com os Tigres Asiáticos. O resultado desse
processo é que, atualmente, grande parte dos produtos não tem
mais uma nacionalidade definida. Um automóvel de marca
norte-americana pode conter peças fabricadas no Japão, ter sido
projetado na Alemanha, montado no Brasil e vendido no
Canadá.
As empresas transnacionais constituem o carro chefe da
globalização. Essas empresas possuem atualmente um grau de
liberdade inédito, que se manifesta na mobilidade do capital
industrial, nos deslocamentos, na terceirização e nas operações
de aquisições e fusões. A globalização remove as barreiras à
livre circulação do capital, que hoje se encontra em condições
de definir estratégias globais para a sua acumulação.
Essas estratégias são na verdade cada vez mais
excludentes. O raio de ação das transnacionais se concentra na
órbita dos países desenvolvidos e alguns poucos países
periféricos que alcançaram certo estágio de desenvolvimento.
No entanto, o caráter setorial e diferenciado dessa inserção tem
implicado, por um lado, na constituição de ilhas de excelência
conectadas às empresas transnacionais e, por outro lado, na
desindustrialização e o sucateamento de grande parte do parque
industrial constituído no período anterior por meio da
substituição de importações.
96
As estratégias globais das transnacionais estão
sustentadas no aumento de produtividade possibilitado pelas
novas tecnologias e métodos de gestão da produção. Tais
estratégias envolvem igualmente investimentos externos diretos
realizados pelas transnacionais e pelos governos dos seus países
de origem. A partir de 1985 esses investimentos praticamente
triplicaram e vêm crescendo em ritmos mais acelerados do que
o comércio e a economia mundial.
Por meio desses investimentos as transnacionais operam
processos de aquisição, fusão e terceirização segundo suas
estratégias de controle do mercado e da produção. A maior
parte desses fluxos de investimentos permanece concentrada
nos países avançados, embora venha crescendo a participação
dos países em desenvolvimento nos últimos cinco anos. A
China e outros países asiáticos são os principais receptores dos
investimentos direitos. O Brasil ocupa o segundo lugar dessa
lista, onde se destacam os investimentos para aquisição de
empresas privadas brasileiras (COFAP, Metal Leve etc.) e nos
programas de privatização, em particular nos setores de
infraestrutura.
97
multinacionais operando em setores chaves da estrutura
produtiva de países como Brasil, México e Argentina. Desde
então, as elites políticas e econômicas desses países aceitaram a
condição de sócias minoritárias na condução do capitalismo
associado e dependente da região.
Por meio dessa associação com o capital estrangeiro a
burguesia industrial abdicou de qualquer pretensão à
hegemonia na condução do desenvolvimento nacional,
aceitando um papel subalterno na dinâmica do capitalismo
dependente. O desenvolvimento industrial alcançado pela
associação com o capital externo foi acompanhado de um
padrão de financiamento que aprofundou a dependência desses
países. Os empréstimos externos dos anos setenta resultaram no
pesadelo da crise da dívida externa dos anos 80, provocada pelo
aumento das taxas de juros internacionais impostos pelos EUA.
Os planos de estabilização monetária e a reforma do
Estado são as condições impostas pelas organizações
financeiras internacionais para que esses países venham se
inserir, num futuro remoto, à nova realidade econômica
mundial. A baixa taxa de crescimento dos países latino-
americanos é uma das faces desse modelo de estabilização
(vide quadro 1). Mas as conseqüências perversas são imediatas,
e se expressam na desindustrialização, no desemprego, no
aumento da miséria, na privatização das empresas e dos
serviços públicos, com corte nos gastos sociais em educação,
saúde, moradia, previdência etc.
O desemprego na Argentina, da ordem de 20% da força
de trabalho, a informalidade do mercado de trabalho no Brasil,
de cerca de 50% da PEA (população economicamente ativa), e
o brutal arrocho dos salários que se seguiu à crise mexicana
ilustram dramaticamente o preço que os trabalhadores latino-
americanos estão pagando em nome da pretensa modernização
econômica da região.
98
A eliminação dos postos de trabalho representa o lado
mais perverso da globalização. Duas conferências de cúpula do
G-7 já trataram do problema mundial do desemprego e a
posição dos chefes de Estado dos países mais ricos foi a
mesma: nada a fazer, senão prosseguir os programas de ajuste
com base no rigor fiscal e no equilíbrio monetário. Mesmo que
isto implique a continuidade das medíocres taxas de
crescimento da economia mundial dos últimos vinte anos
O resultado mais dramático da crise da economia
capitalista é o crescimento extraordinário do desemprego,
fenômeno motivado por duas causas básicas: o progressivo
declínio das taxas de crescimento econômico aliado ao
desenvolvimento tecnológico com aplicação condicionada pelas
relações de produção características de tal sistema. O problema
não é só social, mas, sobretudo econômico. Revela a crescente
ineficiência capitalista na utilização dos recursos colocados à
disposição da humanidade pelo progresso das forças
produtivas.
Neste contexto, cresce a importância da luta em defesa
do emprego e pela redução da jornada de trabalho. O
proletariado europeu vem organizando e realizando grandes e
poderosos movimentos neste sentido, num exemplo que merece
ser seguido pelos trabalhadores do chamado Terceiro Mundo.
Os governos neoliberais dizem que o custo do trabalho e
as conquistas históricas dos trabalhadores são as causas do
desemprego. Buscam eliminar essas conquistas por meio da
flexibilização da legislação trabalhista. O argumento é
completamente mentiroso: a Espanha e a Argentina foram os
países que mais avançaram na flexibilização e as taxas de
desemprego, ao invés de cair, estão por volta de 20% da
população ativa.
As transformações no mundo do trabalho indicam
claramente as grandes dificuldades colocadas para um
sindicalismo baseado exclusivamente nos setores tradicionais.
99
A organização dos desempregados, dos trabalhadores
informais, das mulheres, que ingressam no mercado de trabalho
em condições ainda mais precárias do que os homens, e de
contingentes cada vez mais amplos de excluídos, representa um
desafio crucial para o futuro do sindicalismo.
A precarização dos contratos de trabalho (tempo parcial,
tempo determinado), o aumento das jornadas, a rotatividade, a
informalidade, a redução dos salários e a deterioração das
condições de trabalho são outras tantas formas de ataque aos
trabalhadores. Em razão destes ataques, o perfil do mercado de
trabalho nos países desenvolvidos e em desenvolvimento
começa apresentar semelhanças o crescimento do desemprego
nos países do G-7 é um fenômeno quase generalizado.
O novo padrão de acumulação pressupõe a destruição
das conquistas trabalhistas obtidas no período anterior. Os
ataques à organização sindical, ao contrato de trabalho e às
negociações coletivas vêm se tornando cada vez mais intensos,
ampliando a violência dos confrontos sociais e resultando em
grandes mobilizações sindicais, como demonstram as greves
gerais da França, Brasil e Coréia do Sul.
Estruturados numa fase de economias nacionais
reguladas, mercados parcialmente protegidos e padrões de
organização tradicionais, os sindicatos têm encontrado enormes
dificuldades para combater os efeitos da globalização.
Apesar da crise, as perspectivas são muito maiores para
uma ação internacional da classe trabalhadora, com vistas a
realização de ações articuladas em torno de objetivos comuns.
A uniformização das estratégias empresariais e os ataques aos
trabalhadores produzem reações nacionais que devem ser
canalizadas pelo movimento sindical internacional para a
promoção de campanhas mundiais.
100
Abertura de mercados ao comércio internacional,
migração de capitais, uniformização e expansão tecnológica,
tudo isso, capitaneado por uma frenética expansão dos meios de
comunicação, parecem ser forças incontroláveis a mudar
hábitos e conceitos, procedimentos e instituições. Nosso mundo
aparenta estar cada vez menor, mais restrito, com todos os seus
cantos explorados e expostos à curiosidade e à ação humana. É
a globalização em seu sentido mais amplo, cujos reflexos se
fazem sentir nos aspectos mais diversos de nossa vida.
As circunstâncias atuais parecem indicar que a
globalização da economia, com todas as suas conseqüências
sociais e culturais, é um fenômeno que, no mínimo, irá durar. O
fim da bipolaridade ideológica no cenário internacional, a
saturação dos mercados dos países mais ricos e a ação dos
meios de comunicação, aliados a um crescente fortalecimento
do poder das corporações e inversa redução do poder estatal
(pelo menos nos países que não constituem potências de
primeira ordem) são apenas alguns dos fatores que permitem
esse prognóstico. O meio ambiente, em todos os seus
componentes, tem sido e continuará cada vez mais sendo
afetado pelo processo de globalização da economia.
Os impactos da globalização da economia sobre o meio
ambiente decorrem principalmente de seus efeitos sobre os
sistemas produtivos e sobre os hábitos de consumo das
populações. Alguns desses efeitos têm sido negativos e outros,
positivos.
Está havendo claramente uma redistribuição das funções
econômicas no mundo. Um mesmo produto final é feito com
materiais, peças e componentes produzidos em várias partes do
planeta. Produzem-se os componentes onde os custos são mais
adequados. E os fatores que implicam os custos de produção
incluem as exigências ambientais do país em que está instalada
a fábrica.
101
Este fato tem provocado em muitos casos um processo
de "migração" industrial. Indústrias são rapidamente montadas
em locais onde fatores como disponibilidade de mão-de-obra,
salários, impostos, facilidades de transporte e exigências
ambientais, entre outros, permitem a otimização de custos.
Como a produção de componentes é feita em escala global,
alimentando indústrias de montagem em várias partes do
mundo, pequenas variações de custos produzem, no final,
notáveis resultados financeiros.
O processo de migração industrial, envolvendo fábricas
de componentes e materiais básicos, pode ser notado facilmente
nos países do Sudeste Asiático e, mais recentemente, na
América Latina. São conhecidas as preocupações dos sindicatos
norte-americanos com a mudança de plantas industriais -
notadamente da indústria química - para a margem sul do Rio
Grande. O fortalecimento da siderurgia brasileira, além, é claro,
de favoráveis condições de disponibilidade de matéria-prima,
pode ser, em parte, creditado a esse fenômeno.
Há uma clara tendência, na economia mundial, de
concentrar-se nos países mais desenvolvidos atividades mais
ligadas ao desenvolvimento de tecnologias, à engenharia de
produtos e à comercialização. Por outro lado, a atividade de
produção, mesmo com níveis altos de automação, tenderá a
concentrar-se nos países menos desenvolvidos, onde são mais
baratos a mão-de-obra e o solo e são contornadas, com menores
custos, as exigências de proteção ao meio ambiente.
Essa tendência poderá mascarar o cumprimento de
metas de redução da produção de gases decorrentes da queima
de combustíveis fósseis, agravadores do "efeito estufa", pois a
diminuição das emissões nos países mais ricos poderá ser
anulada com o seu crescimento nos países em processo de
industrialização.
Outro fator que tem exercido pressão negativa sobre o
meio ambiente e que tem crescido com a globalização da
102
economia é o comércio internacional de produtos naturais,
como madeiras nobres e derivados de animais. Este comércio
tem provocado sérios danos ao meio ambiente e colocado em
risco à preservação de ecossistemas inteiros.
A existência de um mercado de dimensões globais, com
poder aquisitivo elevado e gostos sofisticados, é responsável
por boa parte do avanço da devastação das florestas tropicais e
equatoriais na Malásia, Indonésia, África e, mais recentemente,
na América do Sul. A tradicional medicina chinesa, cuja
clientela se incluem ricos de todo o mundo, estimula a caça de
exemplares remanescentes de tigres, rinocerontes e outros
animais em vias de extinção. Mercados globalizados facilitam o
trânsito dessas mercadorias, cujos altos preços estimulam
populações tradicionais a cometerem, inocentemente, crimes
contra a natureza.
Na agricultura e na pecuária, a facilidade de importação
e exportação pode levar ao uso, em países com legislação
ambiental pouco restritiva ou fiscalização deficiente, de
produtos químicos e técnicas lesivas ao meio ambiente, mas
que proporcionam elevada produtividade a custos baixos. É o
caso, por exemplo, de determinados agrotóxicos que, mesmo
retirados de uso em países mais desenvolvidos, continuam a ser
utilizado em países onde não existem sistemas eficientes de
registro e controle. Os produtos agrícolas e pecuários
fabricados graças a esses insumos irão concorrer deslealmente
com a produção de outros países.
A medida mais eficaz para evitar ou minimizar os
efeitos deletérios dessas e de outras conseqüências da
globalização sobre o meio ambiente seria a adoção, por todos
os países, de legislações ambientais com níveis equivalentes de
exigências. O fortalecimento das instituições de meio ambiente,
principalmente dos órgãos encarregados de implementar e
manter o cumprimento das leis é igualmente fundamental. Para
isto, seriam necessárias, além de ações dos governos dos países
103
em desenvolvimento, assistência econômica e técnica das
nações mais ricas.
Estas são preocupações expressas em vários
documentos, como a Agenda 21, resultante da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro em 1992. No entanto, interesses
econômicos imediatos, aliados ao grave problema do
desemprego, que hoje assola boa parte do mundo, têm
dificultado o avanço de acordos e ações efetivas nesse sentido.
A globalização da economia, pelo menos na fase de
transição que impõe a todos os países, cria um contingente de
mão-de-obra desativada, via eliminação de empregos em
setores nos quais o país não consegue competir. O estímulo à
mecanização da agricultura, dispensando mão-de-obra, por
outro lado, acelera o êxodo rural. Essa massa de excluídos do
processo de integração da economia acaba por provocar grave
degradação ambiental, principalmente no ambiente urbano,
criando invasões de áreas não urbanizadas e favelas. A
degradação do ambiente urbano - destruição de atributos
naturais, poluição da água, perturbações da segurança e da
saúde pública, prejuízos na estética urbana, etc.- resulta na
perda da qualidade de vida, tanto dos novos como dos antigos
moradores urbanos. O ressurgimento de epidemias e endemias
supostas extintas é um dos ângulos mais visíveis desta questão.
Para uma transição menos traumática para uma
economia globalizada, a sociedade deveria estar disposta e
preparada para prover condições mínimas de subsistência aos
que, provisória ou definitivamente, não se adaptassem às novas
condições de acesso ao mercado de trabalho globalizado. Seria
o preço a pagar pela tranqüilidade pública, por usufruir os
benefícios materiais que a nova ordem econômica pode trazer
àqueles mais aptos a obter os bens de consumo, o luxo, a
comodidade e o conforto material que o sistema capitalista
pode prover. Sem essa disposição da sociedade em dividir
104
resultados, o meio ambiente como um todo sofrerá graves
conseqüências, afetando profundamente nossas vidas e
comprometendo o nosso futuro.
Mas a globalização da economia oferece também
perspectivas positivas para o meio ambiente. Até pouco tempo
era comum a manutenção, até por empresas multinacionais, de
tecnologias ultrapassadas em países mais pobres e com
consumidores menos exigentes. A escala global de produção
tem tornado desinteressante, sob o ponto de vista econômico,
esta prática. É o caso, por exemplo, dos automóveis brasileiros.
Enquanto a injeção eletrônica era equipamento comum na
maior parte do mundo, por aqui fabricavam-se motores
carburados, de baixa eficiência e com elevados índices de
emissão de poluentes. Com a abertura do mercado brasileiro
aos automóveis importados, ocorrida no início desta década, a
indústria automobilística aqui instalada teve que se mover.
Rapidamente, passou-se a utilizar os mesmos motores e os
mesmos modelos de carrocerias usadas nos países de origem
das montadoras.
É claro que isto causou impacto sobre a indústria
nacional de autopeças, pois uma grande quantidade de
componentes, principalmente os mais ligados à eletrônica,
passaram a ser importado, o que antes não era possível, dado o
caráter fechado que até então dominava o nosso mercado
interno.
Os efeitos sobre a emissão de poluentes dos veículos foi
notável. Dados da CETESB e da ANFAVEA mostram que os
automóveis fabricados em 1996 emitem cerca de um décimo da
quantidade de poluentes que emitiam os modelos fabricados em
meados da década de 80. Os efeitos não são ainda notados na
qualidade do ar das grandes cidades, porque a maior parte da
frota de veículos em circulação é antiga, com sistemas
precários de regulagem de motores.
105
O mesmo efeito sentido na indústria automobilística
estende-se a uma gama de outros produtos, como os
eletrodomésticos. A globalização da produção industrial está
levando à rápida substituição do CFC, em refrigeradores e
aparelhos de ar condicionado, por gases que não afetam a
camada de ozônio. Isto está ocorrendo em todos os países, pois
não é interessante, economicamente, a manutenção de linhas de
produção de artigos diferenciados de acordo com os países que
os vão receber.
Outro efeito positivo da globalização da economia sobre
o meio ambiente é a criação de uma indústria e de um mercado
ligados à proteção e recuperação ambiental. Nesta lista
incluem-se equipamentos de controle da poluição, sistemas de
coleta, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos e líquidos,
inclusive lixo e esgoto urbanos, e novas técnicas de produção.
São setores que movimentam fortes interesses econômicos, os
quais acabam por influenciar os poderes públicos para que as
leis ambientais sejam mais exigentes e haja instituições mais
eficientes para torná-las efetivas.
PARTE VIII
MERCADO DE TRABALHO
106
para essa formação. Algumas famílias se programam
financeiramente, ao longo de muitos anos, a fim de dar
subsídios para que seus filhos possam realizar cursos de
extensão, até mesmo no exterior.
O que surpreende não é essa nova concepção, mas a
visão, por parte de alguns pais, de que o ingresso no mercado
de trabalho dependa de uma formação mais ampla e acadêmica.
Como se houvesse um tempo de preparo e outro para o início
da atividade profissional e esses "dois mundos" não pudessem
coexistir, não se completassem. Com isso, amplia-se o período
de adolescência e estende-se a dependência.
Em princípio parece difícil imaginar as duas realidades,
com tantas exigências. Os pais, ao tentarem vislumbrar
possibilidades e enxergar caminhos com sua experiência de
vida, buscam cumprir seu papel. No entanto, seria interessante
que refletissem sobre algumas perguntas: tentam apoiar,
discutir possibilidades, ouvir as inquietações ou encaminhar, a
seu modo, os rumos de seus filhos?
O ensino acadêmico e formal abre portas, mas será ele o
maior responsável pelo futuro profissional? Ajudam
efetivamente seus filhos quando estendem sua adolescência
com o intuito de que se preparem para o que virá? O que
acontecerá com um aluno inexperiente, saído da universidade,
ao se defrontar com uma realidade em que a prática conta
pontos?
107
a instigação à formação contínua; e a desvalorização de antigos
sistemas de hierarquização e classificação, ligando a carreira ao
desempenho e à formação.
Até pouco tempo, as relações de trabalho eram
caracterizadas por meio de contratos formais realizados entre
‘patrões’ e ‘empregados’, que normalmente se colocavam em
pólos opostos (com interesses divergentes, quando não
antagônicos): os sindicatos tendiam a ser forte e a defender os
interesses dos seus associados. Quanto mais tempo o
trabalhador ficasse em uma empresa, maiores eram suas
chances de ‘fazer carreira’ e menor a possibilidade de ser
rompido o vínculo trabalhista. O perfil do trabalhador médio
era constituído por indivíduos do sexo masculino, de baixa
escolaridade, formado ‘no chão de fábrica’, que trabalhava nas
indústrias, diretamente nas linhas de produção.
Hoje a situação é bem diferente. O trabalhador da
indústria já não é mais dominante, está mais escolarizado,
compete com as trabalhadoras pelas vagas no mercado de
trabalho, não tem a garantia do emprego para toda a vida,
interessa-se menos pela associação junto aos sindicatos
tradicionais, está submetido a pressões crescentes para
aumentar sua produtividade, corre mais riscos de se ver
desempregado, tem maior possibilidade de negociar seus
rendimentos em função do valor que agrega à produção.
Em outras palavras, as noções de
trabalho/emprego/segurança social, tratadas quase como
sinônimas, mudaram com o passar do tempo, em interação com
a evolução da sociedade e das condições da produção. Assim
como mudaram as realidades que se escondem por trás dessas
noções.
Vários são os fatores que, conjuntamente e em
interação, contribuíram para a construção desta nova realidade
do trabalho. Entre eles a globalização econômica e a
disseminação das inovações tecnológicas e organizacionais; as
108
transformações no papel dos estados; a disseminação do
individualismo como valor nas sociedades contemporâneas; e o
crescimento da participação feminina no mercado de trabalho.
O impacto desses fatores, por sua vez, pode ser
percebido na nova configuração do mercado de trabalho, com o
aumento do nível de desemprego, o crescimento da
informalização nas relações trabalhistas, o deslocamento
setorial do emprego, e a transformação nos requisitos
funcionais, com a exigência de novas habilidades e
competências, bem como da polivalência funcional.
Nas empresas observa-se, ainda, o recurso ao
desenvolvimento e manutenção de um núcleo sólido de
trabalhadores, altamente capacitados e qualificados, que
auferem maiores benefícios e salários e com os quais as
relações tendem a ser mais estável; segue-se um estrato de
trabalhadores ‘mais flexíveis’, em boa parte terceirizáveis, com
relações mais precárias e com menos garantias trabalhistas,
acompanhado ainda de trabalhadores satélites, de baixa
qualificação, facilmente substituíveis.
Mas a nova dinâmica do trabalho também atinge a
estruturação micro da vida cotidiana e colocam em discussão
determinadas categorias de organização social, tais como a
separação clássica do tempo de trabalho x tempo livre, que
graças aos desenvolvimentos das tecnologias de informação e
comunicação, tornam-se cada vez mais imbricados, e repercute
também na leitura e compreensão das fases humanas de
juventude, idade adulta e velhice.
109
exemplo, o número de famílias chefiadas por mulheres
encontra-se em constante crescimento – em 1989
representavam 20,1%, em 1999 chegou a 26%). Esses avanços,
no entanto, encobrem obstáculos importantes a serem
superados no século XXI.
O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas
(PNUD) elaborou dois índices para mensurar o avanço
feminino na sociedade e no espaço de trabalho: o ‘índice de
desenvolvimento relacionado ao gênero (GDI)’ e o ‘índice de
poder (empowerment - EM) de gênero. No primeiro índice, o
Brasil ocupa a 66ª posição, bem atrás da Argentina (35),
Uruguai (37) e México (50) e até de países islâmicos como a
Malásia (57) e a Líbia (65). No índice EM, o Brasil não se
posiciona melhor (dados de 1998).
Em outras palavras, as mulheres representam mais de
40% da força de trabalho no país. Porém, esta inserção ainda é
preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação
direta com as funções que elas desempenham no espaço
doméstico, tendo menor status social e demandando menor
qualificação formal; conseqüentemente auferindo menor renda.
E, apesar de estudarem por um período mais longo,
obtendo no setor industrial, por exemplo, um ano a mais de
escolaridade do que os homens, o diferencial de remuneração
persiste elevado: em São Paulo, por exemplo, as mulheres
recebem, por hora, 76% do rendimento obtido pelos homens e o
desemprego feminino fica sempre acima do masculino. E
quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial entre
homens e mulheres na mesma ocupação. Esse padrão se repete
em muitos países. Mas, para mulheres brancas, esta diferença
em relação aos homens está caindo. Projeções indicam que
daqui a 30 anos não haverá mais discriminação salarial contra
elas.
As barreiras, visíveis e invisíveis, que mantêm as
mulheres fora dos cargos mais qualificados e mais bem
110
remunerados são inúmeras: a feminização de determinadas
profissões e sua subseqüente desvalorização, resistências
sociais, a maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas
domésticas, a falta de massa crítica de mulheres nas
organizações, etc.
Mas as mulheres reivindicam, cada vez mais, os seus
direitos e conforme apontado em pesquisa da Harvard Business
Review as empresas estão mudando as suas estratégias de forma
a recrutar e reter mulheres qualificadas. Algumas das mudanças
implementadas:
111
- crescente reivindicação por igualdade cívica e política.
112
novos equipamentos e instrumentos) que demandam o domínio
de códigos abstratos e novas linguagens.
Outras competências, como raciocínio lógico-abstrato,
habilidades sociocomunicativas, responsabilidade, disposição
para correr riscos e espírito de liderança, passaram a ser
demandadas. A destreza em outras línguas (como inglês) e
linguagens (como informática) estão se tornando pré-requisito
para o ingresso e manutenção em um mercado de trabalho
estruturado. Disposição para ‘aprender a aprender’ em
temporalidade contínua, ao longo da vida, também passou a
fazer parte do portfólio mínimo para a empregabilidade.
O exercício destas novas competências tem resultado,
também, numa crescente individualização das relações de
trabalho, nas quais cada profissional passa a ser remunerado
pela quantidade de valor que agrega aos produtos e aos
processos.9 Há, ainda, um forte apelo à aprendizagem ‘para o
resto da vida’, isso porque a lógica que rege as competências é,
por princípio, calcada na interminalidade, um constante vir-a-
ser, na qual as capacidades humanas se constroem e
reconstroem a cada dia em confronto com situações-problema
concretas apresentadas pela realidade do trabalho. Deste modo,
a continuidade da educação é substituída pela educação
permanente como estratégia de atualização e aquisição dos
novos conhecimentos e atributos.
Já em relação às formas de emprego, como resultante da
reestruturação e do crescimento das práticas de terceirização,
observa-se o declínio do emprego formal e a ampliação dos
contratos ‘atípicos’ (por tempo determinado, por prestação de
serviços, estágios, etc) e da informalidade.
A nova dinâmica do mercado de trabalho nos modelos
produtivos que se pautam pela acumulação flexível apresenta-
se cristalizada em diferentes estratos:
- no centro, haveria um grupo composto por empregados ‘em
tempo integral’, qualificados, essenciais para o futuro de longo
113
prazo das organizações, e sob os quais a flexibilidade dar-se-á a
partir do apelo a multifuncionalidade (e à mobilidade
geográfica). Gozariam de maior segurança no emprego, boas
perspectivas de promoção e reciclagem, aposentadoria e outros
benefícios.
- ao redor destes haveria dois grupos distintos, formando a
‘periferia’: o primeiro, composto por trabalhadores de tempo
integral, mas com competências fartamente disponíveis no
mercado, estaria sujeito a uma flexibilidade numérica, ou seja,
uma maior rotatividade, menos segurança e menos
oportunidade de carreira. o segundo grupo ofereceria
possibilidades de flexibilidade numérica ainda maior, e
incluiria os empregados em tempo parcial, trabalhadores
temporários, casuais, etc.
PARTE IX
9.1 EMPREENDEDORISMO
114
que o tiveram. A questão fundamental então é o preparo do
empreendedor.
Empreendedorismo quer dizer pelo menos três coisas:
115
Quais são os elementos essenciais da capacidade
empreendedora?
116
Auto-motivação e entusiasmo - Pessoas empreendedoras são
capazes de auto-motivação relacionada com desafios e tarefas
em que acreditam. Não necessitam de prêmios externos, como
compensação financeira. Igualmente, por sua motivação, são
capazes de entusiasmarem-se com suas idéias e projetos.
117
exemplo, precisamos de conhecimentos específicos que o
talento empreendedor não traz por si só.
É melhor pensar então numa preparação mais
abrangente e completa. Como já dissemos, ela deve contemplar
três aspectos: mental, profissional e econômico. O
desenvolvimento da capacidade empreendedora vai entrar nessa
preparação também, de modo direto ou indireto.
PREPARAÇÃO EMOCIONAL
Visa capacitar o empreendedor para operar com as
atitudes e emoções mais capazes de levar à eficiência na
direção do pequeno negócio. Muitas das qualidades positivas
características do empreendedor aparecerão aqui - e quem não
as tem pode desenvolver.
118
pequeno negócio, deve buscar ajuda profissional de um
psicólogo ou a ajuda emocional de um amigo ou parente de
bom senso, que o levem a uma visão mais realista e confiante
de si mesmo. Igualmente é fundamental que essa visão de si
mesmo não vá para o oposto: a super-estimativa do próprio
potencial, que levaria a resultados desastrosos.
Por fim, o indivíduo deve acreditar no seu potencial,
mas ter a humildade para pedir ajuda de outros (profissionais,
amigos, orientadores de instituições especializadas como o
Sebrae) na montagem do negócio e deve optar por um negócio
condizente com sua experiência e qualificação.
119
Os clientes - Há também o caso daquele empresário que
não desenvolve nenhuma identificação positiva com seus
clientes. Isso será percebido pela clientela, que vai procurar
lugares em que a acolhida é mais entusiástica, naturalmente.
Os concorrentes - Uma atitude arrogante em relação
aos concorrentes, a crença infundada de que são
incompetentes...eis alguns detalhes que atrapalham
sobremaneira alguns pequenos empresários - que acabam
falindo e deixando os concorrentes no mercado. Não se deve ter
atitude de desprezo para com a concorrência...e se for esse o
caso, é melhor abrir os olhos ou mudar de ramo. Igualmente
não se deve entrar no negócio como se fosse uma guerra:
concorrentes não são inimigos e em certas circunstâncias
podem ser bons parceiros.
120
especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de
pessoas que montaram empreendimentos semelhantes. Possuir
senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar
recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de
forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes,
a desorganização principalmente no início do empreendimento
compromete seu funcionamento e seu desempenho. Determinar
seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu
próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta
importante na busca do sucesso. O empreendedor deve ser
livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se
transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força
necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário.
4. Tomar decisões O sucesso de um empreendimento,
muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir
corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que
exige o levantamento de informações, análise fria da situação,
avaliação das alternativas e a escolha da solução mais
adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar
decisões corretas, na hora certa.
5. Liderança, dinamismo e otimismo Liderar é saber
definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e
procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das
metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da
equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora
da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com
clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem
que ser uma qualidade sempre presente.Um empreendedor de
sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de
fazer com que simples idéias se concretizem em negócios
efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar um certo
inconformismo diante da rotina é um de seus lemas
preferidos.O otimismo é uma característica das pessoas que
enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de
121
enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e
acima das dificuldades.
6. Planejamento e plano de negócios Existe uma
importante ação que somente o próprio empreendedor pode e
deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e
planejar. No entanto, é notória a falta de cultura de
planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre
admirado pela sua criatividade e persistência. Os fatos devem
ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar,
deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais,
mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos,
tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o
planejamento. Muito do sucesso creditado às micro e pequenas
empresas em estágio de maturidade é creditado ao
empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e
realizou uma análise de viabilidade criteriosa do
empreendimento antes de colocá-lo em prática.Quando se
considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três
fatores críticos que podem ser destacados:
122
ponto de equilíbrio e projeções de faturamento.
Quando entendem o conceito, geralmente não
conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de
negócios.
123
eficaz, contínuo e, o mais importante, com uma análise realista,
construir empresas de sucesso mesmo em tempos de crise. Para
isso, o futuro empreendedor deve compreender as regras do
jogo antes de jogar e se convencer, a partir de dados concretos,
que há uma possibilidade de sucesso no futuro
empreendimento.
O problema é que as ferramentas disponíveis a esses
empreendedores, destinadas a fornecer-lhes suporte nesta
tarefa, são mal compreendidas e precariamente utilizadas. O
plano de negócios é um exemplo claro de ferramenta de gestão
comprovadamente eficiente em muitos casos, mas que, em
outros, pelo fato de não ser adequadamente compreendida,
acaba não agregando valor à ação empreendedora e cai no
descrédito.
Os fatores principais que levam a esse cenário são
muitos, mas o principal é o fator cultural do brasileiro que não
crê no planejamento e prefere errar e aprender com os erros.
Essa experiência de aprender com os erros seria sempre válida
se fosse possível repeti-la mais de uma ou duas vezes, o que
geralmente não ocorre por diversos fatores, tais como
quantidade de recursos escassos, tanto financeiros como
materiais, e número limitado de investidores dispostos a
investir.
Desta forma, é cada vez mais evidente e necessário que
os empreendedores não apenas possuam as qualidades
necessárias, mas principalmente, que vejam o planejamento,
materializado por meio do plano de negócios, como a sua
principal arma para construir ou levar o seu empreendimento a
um crescimento com bases sólidas e rumo ao sucesso.
9.4 COMPETITIVIDADE
125
positivos, mas também não bastam para garantir que ela seja de
fato competitiva.
Existe um número imenso de indicadores de
produtividade e competitividade, como faturamento bruto,
relação faturamento/número de empregados e relação
faturamento/área ocupada. São indicadores financeiros, não-
financeiros, setoriais, regionais, entre vários outros. Porém, é
necessário identificar os que mais se apliquem ao seu negócio,
como ferramentas de análise e avaliação.
Alta qualidade, bom serviço, inovação e preço são
certamente os fatores-chave para o sucesso num ambiente
competitivo. No entanto, esses atributos são quase
commodities. Sem eles, a empresa está fadada ao fracasso.
Com eles, a empresa entra no caminho do sucesso.
As companhias precisam aprender novas formas de
concorrer, que incluam capacidade para desenvolver produtos e
fornecê-los mais rapidamente, para ter um produto com melhor
projeto e estilo, para aumentar a oferta de mais vantagens, para
construir um relacionamento mutuamente vantajoso com o
cliente no longo prazo e assim por diante.
Cabe, porém, a cada empresa encontrar o seu mix de
estratégias e definir os melhores caminhos para o sucesso.
Segundo Philip Kotler, o empreendedor deverá
perseguir um conjunto de ferramentas ou estratégias visando
obter sucesso num ambiente competitivo. São elas:
Qualidade
A alta qualidade é a melhor coisa que podemos oferecer,
principalmente quando o resto do mercado está gerando baixa
qualidade. O problema é que, pelo fato de quase todas as
companhias e seus prepostos estarem bastante comprometidos
com a qualidade, ela já não é mais uma estratégia vencedora.
Serviço
Outra possibilidade é ganhar oferecendo um serviço
126
melhor. Esta pode ser uma estratégia realmente premiada, a
menos que o serviço da concorrência também seja muito bom.
O caso é semelhante ao da qualidade. Há tantas opções que o
termo 'melhor serviço' não é suficiente. O que nos compete é
vencer a concorrência criando novos tipos de serviço.
Exemplo: Há um hotel que anota tudo que você pediu quando
utilizou um de seus quartos. Da próxima vez em que se
hospedar lá, você encontra todas as coisas de sua preferência.
Este é um nível de serviço excepcional.
Menor preço
A terceira maneira é ganhar por meio de preços
menores. O problema é que nunca se chegará, de fato, ao menor
preço, embora temporariamente se consiga isso. Se você quer
que sua empresa seja de alto valor, terá que oferecer mais do
que simplesmente um preço no chão.
Participação no mercado
Também pode-se vencer por participação de mercado.
Porém, uma maior participação de mercado requer maiores
ambições, a menos que você compre a participação em vez de
conquistá-la. A pergunta é: como obter essa alta participação?
Existem também companhias que têm participação de mercado
constituída por muitos clientes que perdem ano após ano e que
vão substituindo, em um grande rodízio. Elas sempre têm a
mesma participação, digamos, 40% do mercado, mas baseada
na rotatividade.
Personalização
Outra ferramenta é ganhar pela adaptação e
personalização. Claro que isso é muito bom em certas
indústrias, se o custo desta adaptação e personalização não for
demasiado alto. Qual seria o custo de oferecer refeições
especiais para todos que viajam em uma linha aérea, por
exemplo, com um cardápio completo, em que os passageiros
127
possam escolher 20 opções de entradas? Esta seria uma
personalização e adaptação ao cliente, mas a um custo muito
alto.
Inovação
Outra forma de vencer é pela inovação do produto. Mas
é uma estratégia sempre arriscada. Em média, apenas 20% ou
30% dos produtos novos obtêm êxito; o resto não satisfaz às
expectativas. Alguns até perdem dinheiro.
9.5 COOPERATIVISMO
Plataforma cooperativista
“Com a carroça cheia e as animálias (animal de carga)
carregadas do futuro de seu pesado trabalho e do resultado de
muito suor, o colono se dirige à casa comercial, mas a
bugiganga estrangeira, que recebiam em troca, para levar para
casa, ele facilmente podia colocar debaixo do braço...Por isso a
queixa, que hoje se ouve com freqüência”.
"Pelas nossas coisas nada recebemos, porém pelo que
compramos devemos pagar o valor duplo e triplo!"
Assim estareis de acordo contigo, se eu vos digo:
"A dependência econômica, na qual atualmente nos
encontramos em relação a outros países, é na verdade uma nova
escravatura, que está ameaçando nosso país!"
Como foi ponto de honra abolir a antiga escravatura, assim
agora para o verdadeiro brasileiro constitui uma questão de brio
afastar com mão firme esta nova escravatura do nosso Brasil.
Devemos produzir mais, para exportar mais e importar
menos, senão nos endividaremos sempre mais.
Prefiramos produtos nacionais aos estrangeiros. Se uma
grande pedra se atravessa no caminho e 20 pessoas querem
129
passar, não o conseguirão, se um por um a procuram remover
individualmente. Mas se as 20 pessoas se unem e fazem força
ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão
solidariamente afastar a pedra e abrir o caminho para todos."
(THEODOR AMSTAD, Conferência proferida na Associação
dos Agricultores, Feliz, RS, fevereiro 1900).
Em 21 de dezembro de 1844, em Toad-Lane (Beco do
Sapo) um grupo de 28 tecelões da cidade de Rochdale, na
região de Manchester, na Inglaterra, lançou no mundo a
semente do sistema econômico do Cooperativismo. Um século
e meio de experiência consagrou este sistema como o maior
movimento de idéias já realizado na história da humanidade.
O movimento cooperativista teve seu início no Brasil
em 1847, quando o médico francês Jean Maurice Faivre, adepto
das idéias reformadoras de Charles Fourier, fundou, com um
grupo de europeus, nos sertões do Paraná, a colônia Tereza
Cristina, organizada em bases cooperativas. Nas primeiras três
décadas do século XX, quando imigrantes tiveram que
desenvolver suas próprias soluções, as cooperativas fizeram a
diferença, ainda que em períodos de guerra, quando os
governos temiam ser as cooperativas organizações a serviço de
espionagens indesejáveis. Vencido o período, floresceram
cooperativas vitivinícolas, dividindo espaço com as
cooperativas madeireiras já consolidadas em quase todo o
Estado colonizado. No país, o cooperativismo passou por ciclos
distintos, ora apoiado pelo setor público, ora combatido, ora
controlado. Mas mesmo assim, foi o mais importante
instrumento para o desenvolvimento rural que os governos
puderam contar para organizar o produtor rural e sua produção,
o crédito e a renda, transferir tecnologia, processar
industrialmente o produto e colocá-lo no mercado.
Hoje, observa-se uma extraordinária diversidade de
cooperativas que desenharam um cenário comunitário, como
resposta aos desafios das pessoas frente às incertezas da
130
constante evolução tecnológica, mercadológica, ambiental e
comercial. No Brasil, segundo dados da Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), existem 7.549 cooperativas
que reúnem 5.258.664 cooperados, dando emprego para
171.395 pessoas. O ramo agropecuário é a parte do
cooperativismo que mais tem aberto vagas de emprego, foram
105.597 postos de trabalho ocupados no ano de 2002. A Região
Sudeste conta com o maior número de cooperativas do país, são
3.155 empresas cooperativas. Já a Região Sul tem o maior
índice de empregados trabalhando em cooperativas, são 73.224
funcionários.
PRINCÍPIOS
O que é Cooperativismo?
Princípios do cooperativismo
131
responsabilidades de sócio sem discriminação de
gênero, social, racial, política ou religiosa.
2. Controle democrático pelos sócios - as Cooperativas são
organizações democráticas controladas por seus sócios,
os quais participam ativamente no estabelecimento de
suas políticas e nas tomadas de decisões. Homens e
mulheres, eleitos pelos sócios, são responsáveis para
com os sócios. Nas cooperativas singulares, os sócios
têm igualdade na votação; as Cooperativas de outros
graus são também organizadas de maneira
democrática...
3. Participação econômica dos sócios - os sócios
contribuem eqüitativamente e controlam
democraticamente o capital de sua Cooperativa. Parte
desse capital é usualmente propriedade comum da
Cooperativa para seu desenvolvimento.
Usualmente os sócios recebem juros limitados sobre o
capital, como condição de sociedade. Os sócios
destinam as sobras para os seguintes propósitos:
desenvolvimento das Cooperativas, apoio a outras
atividades aprovadas pelos sócios.
4. Autonomia e Independência - as Cooperativas são
organizações autônomas de ajuda mútua. Entrando em
acordo operacional com outras entidades, inclusive
governamentais, ou recebendo capital de origem
externa, elas devem fazer em termos que preserve o seu
controle democrático pelos sócios e mantenham sua
autonomia.
5. Educação, treinamento, informações - as Cooperativas
oferecem educação e treinamento para seus sócios,
representantes eleitos, administradores e funcionários
para que eles possam contribuir efetivamente para o seu
desenvolvimento. Também informam o público em
geral, particularmente os jovens e os líderes formadores
132
de opinião sobre a natureza e os benefícios da
cooperação.
6. Cooperação entre cooperativas - as cooperativas
atendem seus sócios mais efetivamente e fortalecem o
movimento cooperativo trabalhando juntas, através de
estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
7. Preocupação com a comunidade - as Cooperativas
trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas
comunidades, através de políticas aprovadas pelos seus
membros.
SIMBOLOGIA
Os símbolos e a bandeira do cooperativismo
Símbolos
A bandeira
O Cooperativismo possui uma bandeira formada pelas sete
cores do arco-íris, símbolo de paz e esperança. Cores da
bandeira do Cooperativismo:
Cada uma das cores tem um significado próprio.
134
9.6 ORIENTAÇÕES PARA ELABORAR UM
CURRÍCULO
O currículo bem elaborado atrai, o currículo mal
elaborado afasta.
Antigamente, destacar-se pelo currículo era usar papel
rosa, arrumar o texto em blocos agrupados e densos, com
informações que começavam com o seu curso de primeiro grau,
incluíam seus hobbies prediletos, estado da saúde e situação
matrimonial. Esqueça este tipo de currículo!
Hoje, mudou o mercado de trabalho, e mudaram os
currículos. Seja você candidato a uma vaga de presidente,
vendedor ou escriturário, o que o seu currículo deve fazer é
evidenciar suas habilidades, conquistas e experiência, e é nisso
que você vai se distinguir de uma multidão de outros
candidatos. Este é o currículo moderno e eficaz!
UM BOM CURRÍCULO...
- apresenta um resumo breve, objetivo e conciso, mas ao
mesmo tempo claro, abrangente e verdadeiro sobre a sua
experiência passada.
- deve ser cuidadosamente atualizado, muito bem e
corretamente escrito, e adequadamente formatado.
- faz você se destacar em uma pilha de outros
currículos.
- chama a atenção de quem o lê e faz aumentar as suas
chances de conseguir a entrevista de emprego.
FUNÇÕES DO CURRÍCULO
Para quem está empregado, o currículo é importante
porque pode ser solicitado para apoiar um processo de
promoção, para um convite para um novo emprego, para
mostrar a clientes e fornecedores. Não se deve nunca descuidar
dele, se se quiser causar uma impressão positiva.
135
Para quem está procurando emprego, o currículo tem
duas funções básicas.
* É uma ferramenta para gerar entrevistas de emprego.
* Serve de guia para os seus entrevistadores.
Portanto, facilite a vida do seu entrevistador. Procure
responder, no currículo, as perguntas para as quais os
entrevistadores querem resposta. E o quê, afinal, os
entrevistadores querem saber de um candidato a emprego?
O que você quer?
Para responder a esta pergunta, o seu currículo deve
comunicar claramente, e especificamente, quais os seus
objetivos. Coloque um sumário sucinto e claro de suas
expectativas. Por exemplo: Cargo Executivo na Área Industrial
(estilo mais aberto); Diretor/Gerente da Área Industrial (estilo
mais específico).
Por que você quer?
Mostre por que razão você considera merecer o cargo
que está pretendendo. Seu currículo deve enfocar o objetivo.
Aqueles itens de sua carreira que não ajudam a justificar o foco
central do currículo devem ser menos enfatizados ou não
incluídos. Por exemplo, se seu objetivo é ser Diretor Industrial
e você trabalhou durante um ano para um empregador em
vendas de produtos de consumo, esta experiência deve ter
menção mínima e não constar do sumário.
Em que você contribuiu?
Destaque as atividades que você desempenhou em cada
emprego e que resultaram em retorno para a empresa, seja
institucional, financeiro ou de relacionamento de mercado. O
seu potencial empregador quer saber, logo à primeira vista, se
você é um empregado que traz resultados para a empresa ou se
apenas cumpre o seu papel.
Você se organiza e planeja para alcançar os
objetivos?
136
Um currículo bem organizado, com seqüência lógica,
mostra a sua habilidade de organizar atividades e tarefas, e o
fato de saber o que quer mostra ambição e vontade de atingir
esses objetivos.
Você se comunica?
Usar frases curtas é uma maneira eficiente de
demonstrar objetividade e concisão. Utilize o mínimo de
palavras. Evite advérbios subjetivos como extremamente,
fortemente e outros. Inicie frases com verbos de ação, como
construí, reduzi, aumentei, implantei, administrei,
supervisionei, melhorei, expandi, organizei, treinei, encontrei,
descobri, planejei etc. Mas ao mesmo tempo em que os verbos
podem vir na primeira pessoa, evite utilizar o pronome pessoal
eu; passa impressão ofensiva de falta de modéstia quando usado
em demasia. Ao redigir, tente criar uma impressão moderna,
positiva, agressiva e direcionada a realizações.
Os entrevistadores analisam pilhas de currículos, e
precisam entender rapidamente, na primeira leitura, exatamente
o que você pretende, porque e com que objetivos. Faça um
esforço de preparação para economize o esforço de leitura
deles. Isto pode resultar em ponto positivo para você.
Você é positivo?
Um currículo deve falar bem de você, claro que com
base na verdade. Por isso enfatize os pontos positivos. Ninguém
quer ler informações tristes, de pessoas que choramingam.
Mostre aspectos marcantes primeiro, e deixe os aspectos menos
relevantes para o final. Atinja o entrevistador com um impacto
positivo logo no início da leitura.
Basicamente, o que um empregador quer saber de você,
quando olha o currículo, são apenas três coisas: onde você já
esteve, o que já fez por outra empresa e o que pode fazer pela
empresa dele.
137
*Cores
O currículo deve ser agradável à leitura, e, portanto
discreto. No máximo, utilize para imprimir um papel de tom
pastel, claro, em vez do branco, mas nada, além disso.
E como destacar informações?
Use recursos como o negrito e o itálico do seu
processador de texto, e evite variar tipos de fonte para não
transformar o currículo numa salada gráfica, que incomodaria a
quem o lesse.
* Listas extensas de qualquer natureza
Se a sua relação de empregos é muito grande, selecione
apenas os últimos cinco empregos de sua carreira. E mencione
no sumário de qualificações que tem mais experiência do que
está mostrado a seguir.
Em alguns casos é importante colocar todas as
informações, como nos currículos de cientistas ou médicos,
para cujos empregadores os artigos publicados são importantes,
assim como o detalhamento dos congressos de que o
profissional participou. Mas, de maneira geral, essas
informações só entediam a quem vai ler o currículo.
* RG, CIC e outros números de documentos
Não perca tempo inserindo número do CIC, ou do
Título de Eleitor, ou mesmo da Carteira Profissional. Se alguém
tiver interesse nesses documentos, será o Departamento de
Pessoal no momento em que for efetivar a sua contratação.
Nunca antes.
* Razões de ter deixado o emprego anterior
Esta informação é importante para o seu empregador,
mas deve ser discutida no momento certo. E o momento certo é
a entrevista pessoal.
* Referências
138
A lista de referências deve ser impressa à parte, e você
deve tê-la à mão para apresentá-la ao entrevistador no momento
em que for solicitado a isto.
* Raça, religião e filiação partidária
Ninguém tem interesse em conhecer essas suas
convicções, seja para benefício seja para prejuízo de sua
carreira. Ao contrário, colocando essas informações, pode
parecer que você é quem tem preconceito com relação a esses
itens.
* Salário anterior e pretensão salarial
Alguns especialistas recomendam colocar salário e
pretensão no currículo, mas a postura do Grupo Catho é de não
recomendar esta prática. Salário, conforme a nossa experiência,
é um tema para ser discutido pessoalmente, na entrevista, e não
para estar no currículo. Quando o anúncio pede, pode-se
escrever alguma coisa geral como Aceito discutir propostas, ou
Estou aberto para discutir a questão salarial.
139
de sublinhar, colocar em negrito ou em itálico, e até o uso de
letras maiúsculas para enfatizar.
A impressão deve ser feita em laser, porque o resultado
gráfico é bonito e muito limpo. Para a reprodução de
quantidades maiores, sugerimos o processo offset em um papel
de boa qualidade, branco ou em tom pastel claro.
Inclua fotografia, se considerar que a sua
aparência pessoal é boa e pode ajudar a causar
boa impressão. Prefira o tamanho 4,5 x 6 cm.
Deve ser uma ótima fotografia, nítida, em que
você esteja sorridente e inspire confiança. A
fotografia diferenciará imediatamente o seu
currículo dos outros e o tornará mais pessoal.
Pode colar uma fotografia em cada currículo ou, se
usar serviços de uma gráfica, pode deixar que a
fotografia faça parte do fotolito, imprimindo-a na
primeira página do seu currículo.
MODELO DE CURRÍCULO
CABEÇALHO
Primeiro item do currículo, o espaço apresenta o nome
do candidato, os cargos pretendidos - você deve escolher até
três cargos que tenham seu perfil -, faixa salarial e um dado
muito importante para as empresas: última data de atualização.
Cargos
Verifique se os cargos que você escolheu em seu
currículo (até 3) estão relacionados à mesma área e são do
mesmo nível hierárquico. Não é possível fazer um currículo
consistente e atrativo informando como cargos de interesse op.
de telemarketing, supervisor de logística e gerente financeiro. O
ideal é direcionar seu currículo para uma única área e escolher
cargos relacionados dentro dela.
Salário
140
Primeiramente procure se informar sobre a faixa
salarial do cargo desejado para que o informado em seu
currículo esteja condizente com a prática do mercado. Quando
informar o valor mínimo desejável a empresa que receber seu
currículo vai entender que por menos que o mínimo você não
está disposto a aceitar uma proposta. Assim, ao informar este
campo, verifique se as vagas que lhe interessaram não
apresentam valor menor como salário oferecido, pois as
empresas contam com recursos de filtros e podem ordenar os
currículos recebidos por adequação aos critérios da vaga.
DADOS PESSOAIS
Espaço fundamental para dar início ao contato entre
você o empregador. Por isso, mantenha as informações sempre
atualizadas. Dados como altura, peso, hobbies e fumante ou
não-fumante não são descriminatórios. Eles influenciam as
decisões do selecionador, dependendo do tipo de vaga de
emprego. Verifique principalmente se preencheu corretamente
sua atual situação (empregado ou desempregado) e se está
coerente com a informação de sua experiência profissional.
Muitos candidatos informam que estão empregados, mas ao
verificar a data de saída da última empresa, verificamos que
está desempregado. Os selecionadores passam pela mesma
dúvida e ficam sem saber se o candidato está desempregado ou
se trabalhou como free-lancer durante algum tempo. Lembre-se
de informar corretamente seu(s) telefone(s) e e-mail, afinal
você quer ser encontrado pelas empresas, certo?
Possui, Aceita, Informática
Se não possui carro próprio e a vaga exige carro
próprio, seu currículo tem muito menos chance de ser
interessante para a empresa. Se informar que aceita apenas
141
viajar a trabalho e se candidatar a uma vaga de outro estado
também haverá incoerência. E se o seu conhecimento de
informática for regular em diversos itens não há como ser
selecionado para uma vaga de Instrutor de informática, por
exemplo. Estas inconsistências entre os dados do currículo e
exigências das vagas também fazem com que seu retorno seja
menor que o esperado.
ESCOLARIDADE
Este item deve ser preenchido com seu nível de
escolaridade, faculdade, especializações e pós-graduações.
Assegure-se que os dados informados estejam corretos e sejam
verdadeiros. Alguns candidatos acabam trocando, omitindo ou
incluindo informações para gerar interesse de entrevista, mas é
um artifício que só prejudica a avaliação do candidato.
IDIOMAS
Não basta colocar qual idioma você conhece. É preciso
descrever o nível de conhecimento. Lembre-se sempre de que
não vale a pena mentir. Se for brasileiro, não informe Português
nativo, pois isto já é esperado.
CURSOS
Informe o curso realizado, o nome da escola, o ano ou
período em que assistiu às aulas e a carga horária. É muito
importante reciclar seus conhecimentos sempre e manter este
campo atualizado. Muitos candidatos deixam de informar os
cursos por acharem pouco importante para avaliação de seu
currículo, mas lembre-se que o intuito é gerar interesse. A
existência de cursos indica que você é um profissional que
procura se manter atualizado.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Este é o primeiro campo crítico na análise do currículo.
Procure informar corretamente os campos:
Empresa: só deixe confidencial se ainda estiver
empregado. Se já tiver deixado a empresa é importante para o
selecionador saber onde você trabalhou.
142
Ramo: isto indica os segmentos de mercado que
conhece e para muitas vagas é imprescindível experiência
prévia em determinados setores.
Cargo inicial, cargo final e período: permite avaliar
seu crescimento dentro da empresa.
Salário inicial e final: também ajuda na análise de seu
perfil, desenvolvimento profissional e permite avaliar a
adequação de sua pretensão aos seus conhecimentos e
experiência.
Forma de contratação: para análise de uma proposta o
valor dos benefícios, descontos e outros itens são determinados
pela forma de contratação.
Motivo da saída: isto indica sua relação com a empresa
anterior. Se não puder informar motivos positivos "busca de
novos desafios", "oportunidade de trabalhar em outro
segmento", "interesse em desenvolver conhecimentos na área
tal..", então opte por informações neutras " corte de
funcionários", "redução da área", "mudança da sede da
empresa", entre outros. Nunca informe motivos que possam
levar a análise incorreta de seu perfil, como "não estava
aprendendo nada", "desentendimento com a chefia",
"desinteresse nas atividades", entre outros. Por mais que você
tenha motivos para ter algum desentendimento, isto não deve
ser mencionado no currículo, pois pode indicar que você é um
profissional de difícil relacionamento.
HABILIDADES E QUALIFICAÇÃO
Muitos candidatos deixam de preencher este campo que
deve ser utilizado como informação complementar sobre suas
habilidades mais importantes. Verifique quais os pontos
valorizados em sua função e utilize este campo para resumi-las.
Se você for vendedor, então informará Negociações comerciais,
Atendimento a clientes e Prospecção e Reativação de carteira
de clientes, por exemplo.
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
143
Este é o segundo campo crítico e o mais determinante
para gerar interesse em uma entrevista ou não. Muitos
currículos apresentam informações genéricas, superficiais e até
incorretas e por isto não são destacados no meio de todos os
outros recebidos. Também não utilize este campo como carta
de apresentação falando de suas características ou posturas
pessoais.
Evite: "sou carismático, tenho ótimo senso de humor e
adoro falar. Quero trabalhar em uma empresa que me permita
desenvolver minha carreira e tenha um ótimo ambiente de
trabalho. Acredito que os resultados são o fruto de nossa
vontade focada em ação...". Esta descrição não diz nada sobre o
que sabe fazer e certamente não vai gerar uma entrevista.
Descreva apenas habilidades diretamente ligadas ao trabalho.
Também não tente deixar o selecionador em suspense
"conhecimentos profundos em informática. Maiores detalhes
serão concedidos em apresentação pessoal...".
Utilizar expressões como "conhecimentos na rotina
de ..." não destaca seu conhecimento. Procure mencionar
números, projetos de que participou, resultados que alcançou,
detalhe suas atividades, situe seu cargo (a quem responde,
quantos funcionários tem), mencione suas realizações, o
impacto ou contribuição que trouxe para as empresas, quais
suas habilidades. Lembre-se que a primeira pessoa que
visualiza seu currículo é um selecionador e que nem sempre ele
estará familiarizado com os termos técnicos de sua área
específica. Utilize palavras-chave, mas seja claro em sua
descrição.
Para auxiliá-lo, veja os exemplos de descrição abaixo
para três níveis diferentes:
144
Atuei na área administrativa dos segmentos de seguros
pessoais, escritório de contabilidade e em editora.
Conhecimentos em informática (planilhas e editores de texto);
recepção/contato com clientes e fornecedores em geral.
Operação de fax, copiadoras, organização e manutenção de
arquivos. Digitação rápida e redação própria. Controle e
conferência de Notas Fiscais, contas à pagar e receber.
Recebimento de mercadorias e atendimento telefônico (PABX).
Responsável pelo controle de correspondências enviadas e
recebidas (correio, fax, email e pessoal). Envio de mala-direta
(emissão de carta personalizada e etiquetas) sobre novos
produtos e serviços e postagem pelo correio.
Controle de Frota (Licenciamento, Multas, Abastecimento) e
localização das mercadorias via Rádio Nextel. Tenho facilidade
de adaptação em diversos ambientes profissionais. Sou
dinâmico, gosto de desafios e aprender novas atividades.
Supervisor de Vendas
Experiência em prospecção de clientes para venda de
produtos e serviços desenvolvida nos segmentos de seguro e
informática. Supervisão de equipe com 8 funcionários para
vendas regionais com foco em metas e resultados.Facilidade de
elaboração de planilhas para acompanhamento gerencial.
Habilidade em treinamento de equipe de venda e motivação de
funcionários. Facilidade no relacionamento interpessoal.Possuo
grande habilidade em conhecer o mercado em que atuo,
conseguindo rapidamente formar carteiras de clientes
potenciais. Procuro sempre identificar as necessidades de cada
cliente e adequar o produto ou serviço em questão para atendê-
los da melhor forma possível. Com seguros, administrei uma
carteira de 18 clientes empresariais do interior do estado,
prestando atendimento constante e individualizado. Consegui
atingir metas de venda em 6 dos 7 meses em que estive nesta
empresa, passando, em dois meses, de assistente a vendedor.
145
Na atual empresa, especializada na venda e assistência técnica
de equipamentos de informática, assumi a supervisão da equipe
de vendas regionais que atende toda a capital de São Paulo,
composta por mais de 35 empresas de diferentes portes.
Mantenho constante contato com todos os clientes, realizando o
acompanhamento dos processos/atendimentos após as visitas da
equipe. Elaboro os relatórios diários e semanais de fechamento
de vendas para acompanhamento dos resultados, tendo
apresentado faturamento sempre superior às metas
estabelecidas.
Gerente Financeiro
Experiência adquirida em diversas empresas de grande
porte, nacionais e multinacionais, dos segmentos financeiros,
consultorias, construtoras e governo. Tenho 15 anos de
experiência em Controladoria, Auditoria, Finanças e
Administração. Desenvolvi trabalho de análise e redução de
custos pela reestruturação administrativo-financeira das
empresas. Tenho grande habilidade na captação de recursos
conseguindo renegociação de dívidas internas, conseguindo
reduzir em mais de 30% os valores finais de negociação de
mais de R$ 1.5 milhões. Recuperação de créditos de devedores
duvidosos equivalentes a 65% do saldo total pendente e
redução dos índices de inadimplência e prazo médio de
recebimento através da implantação de Política de Crédito e
ações conjuntas com a Área Comercial. Experiência em
obtenção de linhas de crédito "clean", operações com
derivativos "hedge" e "swap" de dívidas. Análises de
Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos e Negócios
inclusive elaboração de business plan para start ups de internet.
Viagens nacionais e internacionais - França, Alemanha, EUA,
Argentina e Canadá, para treinamento e implantação
operacional da área financeira nas unidades, recomendando
correções e dando suporte aos diferentes gestores, nos aspectos
146
financeiros, contábeis e de gestão de custos. Participação em
Programas de Qualidade ISO 9000. Tenho experiência também
em processos de incorporações, cisões e de reestruturações.
MODELO DE CURRÍCULO
Currículo- vitae
Dados Pessoais
Nome:
Data de Nascimento:
Estado Civil:
Naturalidade:
Endereço: CEP:
Telefone:
E-mail:
Escolaridade
Idiomas
Cursos Profissionalizantes
Experiência Profissional
147
relatórios ou materiais diversos; Operar micro-computadores,
terminais ou periféricos; Classificar documentos.
__________________
Fulana da Silva
148
mulheres devem evitar decotes, saias muito curtas, calças
justas, transparências, maquiagem carregada e perfumes fortes.
Os homens devem abolir bermudas, calças e calçados surrados,
camisetas com estampas espalhafatosas e meia branca fazendo
par com um sapato social.
149
Sua capacidade de raciocínio também estará sendo testada. Não
importa a pergunta que o entrevistador faça, a resposta deve ser
imediata e sem rodeios. Isso revelará que você é uma pessoa
segura e que sabe, exatamente, o que quer. Seja objetivo e
claro. Rodeios são insuportáveis. Ainda mais se o entrevistador
tem uma dezena de entrevistas à frente!
Esteja preparado para uma segunda ou terceira entrevista. Não
seja ansioso, pois isto é facilmente detectado pelo entrevistador.
Não reclame
Mesmo que esteja num dia ruim, não se lamente ou entre em
assuntos que não têm a ver com a entrevista. Isso faz com que a
conversa tome outro rumo e transforme o candidato no chato.
Nunca, mas nunca mesmo fale mal de seu antigo emprego ou
patrão. É desnecessário dizer que o que se sucedeu com seu
antigo emprego/chefe, será provavelmente tomado como uma
regra do seu comportamento na cabeça do entrevistador.
150
Mantenha sua ética, reservando-se ao fato de ter decidido
deixar ser antigo emprego por outros motivos.
151
• Capriche no português — Se você acha essa dica um tanto
estranha, é bom lembrar que muitos candidatos são eliminados
logo de cara por falar ou escrever incorretamente.
152
Não sei se vou conseguir...
Desculpe, mas esse trabalho não é do meu departamento.
Por que preciso mudar?
Não posso prometer.
Isso é muito complicado!
Depois a gente vê...
Entrevistas de Seleção
153
vontade com silêncios e esperará o candidato falar; Não fará
perguntas pessoais ou comprometedoras.
A entrevista não-estruturada é uma entrevista não-
dirigida. É informal e dá maior abertura ao candidato. O
entrevistador fará um esboço dos tópicos que serão abordados.
Demonstrará interesse e empatia pelo candidato e iniciará a
entrevista com perguntas gerais, não comprometedoras, tais
como: Conte-me sobre seu último trabalho.
O entrevistador continuará sondando com perguntas do
tipo: Como as mudanças gerenciais afetaram o seu
departamento?
Finalmente fará perguntas mais específica, para obter
informações definidas:
-Quer dizer que você e o seu novo chefe tinham estilos
muito diferentes e decidiram que uma mudança seria melhor?
A entrevista sob pressão (felizmente pouco
empregada) pode ser uma experiência assustadora para o
candidato inexperiente. O entrevistador deliberadamente cria
uma atmosfera carregada, ameaçadora. Contradiz ou discute
com o candidato, muda o rumo repentinamente e usa outras
técnicas para deixar o candidato tenso. Ele fará uma ou mais
perguntas hipotéticas, como por exemplo: O que você faria
se....?
Perguntas hipotéticas são feitas para avaliar a reação do
candidato ao inesperado e sua capacidade para desenvolver
rapidamente um plano de ação. Mesmo que a intenção não seja
causar tensão, conheça algumas perguntas básicas para os
candidatos:
- Conte alguma coisa sobre você.
- O que você pode fazer por nossa empresa que outro
candidato não pode?
- Quais são seus pontos fortes? Quais são seus pontos
fracos?
154
- Quanto você foi bem sucedido até aqui? Quais são
suas limitações?
- Quanto você vale? Quais são suas ambições para o
futuro?
- O que você sabe sobre nossa empresa?
- Por que você está procurando um cargo em nossa
empresa?
- Que qualificações você tem que o fariam ser bem
sucedido aqui?
- O que é mais importante para você no trabalho?
- Como você descreveria sua personalidade?
- Quanto tempo levaria para você fazer uma
contribuição significativa à nossa empresa?
- Quanto tempo você pretende ficar conosco?
- Você não acha que suas qualificações ou experiência
estejam muito acima da posição que temos a oferecer?
- Qual é o seu estilo gerencial?
- Descreva uma situação na qual você teve um problema
difícil e como o resolveu.
- Como gerente, o que você procura ao contratar
funcionários?
- Você já precisou demitir alguém? Como você abordou
a situação?
- Qual a tarefa mais difícil como gerente ou
coordenador?
- Descreva algumas tarefas em que você já trabalhou
sob pressão.
- Descreva alguma situação de trabalho que o tenha
irritado.
- Fale de algum objetivo que você não conseguiu atingir
em seu último emprego.
- Você poderia descrever alguma situação em que seu
trabalho foi criticado?
- O que você aprendeu nos seus erros?
155
- Que tendências importantes você antecipa na nossa
área?
- Por que você está deixando a empresa atual?
- Descreva o seu ambiente ideal de trabalho?
- Olhando para trás, como você vê sua ex-empresa?
- Como você acha que seus subordinados o vêem?
- O que você acha do seu ex-chefe?
- Com que tipo de pessoas você tem dificuldade para
trabalhar?
- Em seu último trabalho, quais foram às realizações
mais importantes?
- Por que você ainda não encontrou um novo trabalho,
após tantos meses?
- Se eu falasse com seu ex-chefe, o que ele diria sobre
seus principais pontos positivos e negativos?
- Quanto você acha que deveria receber para esse cargo?
- Se você pudesse começar tudo de novo o que você
faria diferente em sua carreira?
- Que tipo de leitura você aprecia?
- O que mais o motiva?
- Dê dois exemplos de sua criatividade.
- Quais são suas metas a longo prazo?
- Quais as suas atividades de lazer?
156
importante ressaltar que não existe candidato bom ou candidato
ruim. O que existe é o candidato com perfil mais adequado ao
cargo e à cultura da organização.
PARTE X
157
considerado como não nocivo, prejudicial ou perigoso para os
jovens na empresa familiar.
A diretiva define os grupos de jovens da seguinte forma:
• jovem: qualquer pessoa com idade inferior a 18 anos;
• criança: qualquer jovem que não tenha atingido a idade
de 15 anos ou que esteja ainda sujeito à escolaridade
obrigatória a tempo inteiro imposta pela legislação
nacional;
• adolescente: qualquer jovem de 15 anos no mínimo e 18
anos no máximo, e que não esteja sujeito à escolaridade
obrigatória a tempo inteiro imposta pela legislação
nacional.
O primeiro objetivo da diretiva é a interdição do trabalho
das crianças. Contudo, a diretiva permite aos Estados, sob
determinadas condições, prever que a interdição do trabalho das
crianças não se aplique:
• às crianças que exerçam atividades de natureza cultural,
artística, desportiva ou publicitária, desde que, para
cada caso particular, uma autorização prévia tenha sido
concedida pela autoridade competente;
• às crianças de 14 anos pelo menos que trabalhem no
âmbito de um sistema de formação em alternância ou de
estágio, em conformidade com as condições prescritas
pela autoridade competente;
• às crianças de 14 anos pelo menos que efetuam
trabalhos leves diferentes dos referidos no primeiro
caso.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
158
O empregador deverá:
• proteger a segurança e a saúde dos jovens,
• avaliar os riscos para os jovens relacionados com o seu
trabalho,
• proceder a um exame e vigilância da saúde dos jovens,
• informar os jovens e os representantes legais das
crianças sobre os eventuais riscos para a segurança e a
saúde
159
estresse, como é o caso das depressões, ansiedade patológica,
pânico, fobias, doenças psicossomáticas, etc.
Em suma a pessoa com esse tipo de estresse
ocupacional não responde à demanda do trabalho e geralmente
se encontra irritável e deprimida. Um dos agravantes do
Estresse no Trabalho é a limitação que a sociedade submete as
pessoas quanto às manifestações de suas angústias, frustrações
e emoções. Por causa das normas e regras sociais as pessoas
acabam ficando prisioneiras do politicamente correto,
obrigadas a aparentar um comportamento emocional ou motor
incongruente com seus reais sentimentos de agressão ou medo.
No ambiente de trabalho os estímulos estressantes são
muitos. Podemos experimentar ansiedade significativa (reação
de alarme) diante de desentendimentos com colegas, diante da
sobrecarga e da corrida contra o tempo, diante da insatisfação
salarial e, dependendo da pessoa, até com o tocar do telefone.
A desorganização no ambiente ocupacional põe em risco a
ordem e a capacidade de rendimento do trabalhador.
Geralmente as condições pioram quando não há clareza nas
regras, normas e nas tarefas que deve desempenhar cada um
dos trabalhadores, assim como os ambientes insalubres, a falta
de ferramentas adequadas.
O conforto humano em seu trabalho deve ser sempre
considerado, em se tratando de estresse. Não se devem
privilegiar apenas as razões emocionais em relação ao estresse,
por ser este uma alteração global do organismo (não apenas
emocional).
Deve ser considerados o conforto térmico, acústico, as
horas trabalhadas ininterruptamente, a exigência física, de
postura, senso e perceptiva e outros elementos associados ao
desempenho profissional. Ambientes hostis, em termos de
temperatura, unidade do ar e contacto com agentes agressivos à
saúde fazem parte da exigência física a que alguns
trabalhadores estão submetidos.
160
10.3 SATISFAÇÃO COM O TRABALHO
O trabalho não é somente a simples realização de
tarefas, mas deve haver uma maior interação entre os membros
da organização, os padrões e políticas organizações existentes
na empresa. Há vários estudos voltados a avaliar o impacto da
satisfação com o trabalho sobre a produtividade, o absenteísmo
e a rotatividade dos funcionários.
Satisfação e Produtividade: nem sempre um
funcionário feliz, contente, certamente colocará a organização
num patamar mais produtivo. Não se deve esquecer de que é
preciso haver uma correlação entre satisfação que o indivíduo
tem sobre seu desempenho profissional e a organização como
um todo.
Satisfação e Abstenção: nem sempre o funcionário
satisfeito pelo trabalho e pela empresa será totalmente
freqüente assíduo ao exercício das atividades propostas.
Satisfação e Rotatividade: quanto mais a empresa
procura cativar o funcionário satisfeito e com excelente
desempenho nas funções que lhe são atribuídas, mais este
procurará permanecer na organização. Por outro lado, o
empregado relapso pode motivar-se com as oportunidades que
surgem para o excelente funcionário, porém pode tender querer
sair da organização o mais rápido possível.
Um funcionário pode demonstrar sua insatisfação com a
empresa de várias maneiras, seja de forma construtiva ou
destrutiva, visto que quando insatisfeito, às vezes não busca
crescer profissional quanto socialmente, pois pode dificultar o
desempenho dos demais setores da organização. Quando
insatisfeito este funcionário tende a se tornar absentista.
161
Quanto mais satisfeito com a empresa, com o
tratamento recebido, a confiança depositada na organização
aumenta consideravelmente. Se um funcionário sente-se
motivado, incentivado procurará colocar a empresa entre as
melhores do mercado tão competitivo.
É importante enfatizar que respeitar as diferenças entre
os funcionários é salutar para o bom desenvolvimento da
empresa. Enfatiza ainda que nem sempre a satisfação com o
trabalho realizado nas empresas se adequa às garantias
supostamente conquistadas e adquiridas por meio de discussões
entre funcionários e empregadores. É notório que num grupo de
trabalho, as diferenças existentes entre os seus membros,
podem gerar conflitos internos, mas que com sabedoria essas
diferenças podem servir para aprimorar o convívio inter e
intrapessoal da empresa.
O funcionário quanto mais se sente valorizado,
incentivado e é respeitado por suas características individuais,
buscará trabalhar para obter o sucesso pleno da organização à
qual pertence e assim o empregador evitará que o referido
funcionário seja vítima de uma aterrorizante Síndrome de
Burnout que é definida por alguns autores como uma das
conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se
caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si
mesmo, depressão e insensibilidade com relação à quase tudo e
todos (até como defesa emocional).
A Síndrome de Burnout traz conseqüências não só do
ponto de vista pessoal, senão também do ponto de vista
institucional, como é caso do absenteísmo, da diminuição do
nível de satisfação profissional, aumento das condutas de risco,
inconstância de empregos e repercussões na esfera familiar. O
objetivo é fornecer a todos os funcionários a oportunidade de
usar e expandir suas habilidades, conhecimentos e potencial
criativo, tanto em benefício próprio como para o da empresa,
por meio de um ambiente de trabalho desafiador e
162
recompensador, estimulando as diferenças, iniciativa pessoal e
a capacidade empreendedora de proporcionar respostas rápidas
às necessidades das organizações.
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• má produtividade - mau desempenho - atritos com
chefia
• alterações da saúde física - dores musculares
• alterações da saúde mental estresse, irritabilidade, etc
Aparelhos de telefone
Este é um equipamento primordial para muitas
atividades hoje. A todo o momento estamos recebendo
ligações, independente de nossa função. Assim deve posicioná-
lo próximo ao terminal do computador, em local em que não
necessite fazer grandes malabarismos para acessá-lo. Ele deve
ficar no raio de alcance de suas mãos, sem que precise
desencostar de sua cadeira para pegá-lo.
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A constante utilização fixando o aparelho
com a cabeça (foto), pode gerar desconfortos na região do
pescoço.
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- Objetos de uso esporádico devem ficar mais distantes um
pouco, ou mesmo em sua gaveta, mantendo a mesa o mais livre
possível (grampeadores, CDs,,etc.).
BIBLIOGRAFIA
166
DRUCKER, P. (1991). Fator Humano e Desempenho. Ed.
Pioneira. São Paulo – SP.
167
MATERIAL DESENVOLVIDO PELA PROF.ª MARISE
JAQUELINE LIMA MARIANO.
168