Você está na página 1de 16

Manual de Auditoria Tributária

AUDITORIA DA DIPJ (DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FISCAIS


DA PESSOA JURÍDICA)

A base de auditagem será a verificação se a DIPJ foi preenchida conforme as


planilhas de IRPJ, CSSL, PIS, COFINS, IPI, dentre outras, auditadas durante o
exercício e no término do exercício pelo Auditor e checar os valores a pagar com a
DCTF, bem assim se os valores informados na DIPJ relativamente ao PIS e a COFINS
não-cumulativos estão em conformidade com a DACON.

O auditor deverá solicitar o RELATÓRIO DE PENDÊNCIAS, do programa da


Declaração de Renda, de preferência emitido na ocasião da auditoria. Esse relatório
também servirá de base para verificar os pontos divergentes, merecendo atenção do
auditor.

1. Auditoria da DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa


Jurídica)
O Auditor deverá verificar os seguintes verificar os seguintes itens:

Dados Iniciais da Declaração

-verificar a situação da Declaração;

-verificar se a forma e o período de tributação do lucro estão corretos, Exemplo: forma è


Lucro Real, è apuração Anual;

-verificar se está correta a opção pela apuração do PIS cumulativo ou não cumulativo e
outros dados como: lucro inflacionário, lucro de exploração, atividade agrícola, etc. ( essas
informações são fornecidas logo na abertura de uma nova declaração)

-verificar se os dados da empresa, do representante e do contador estão corretos;

-Demais dados característicos de cada empresa: como REFIS, PAES, PAEX, participação
no exterior, atividade rural, dentre outros.
Ficha 04-A – Custo dos bens e serviços vendidos
-verificar se os valores preenchidos na Ficha 04-A (Custo dos Bens e Serviços Vendidos
estão em conformidade com o balancete trimestral ou anual).
Observação: Para não perder tempo, solicitar ao contador se ele tem uma memória de
cálculo dos valores que compõem os quadros, caso ele não tenha, e se for possível conferir
em conjunto com o contador.
- A ficha 04-A, deve ter maior atenção quando a empresa utilizar o diferimento do lucro
com base no recebimento de órgão públicos, o qual é calculado em função da receita bruta
e dos custos de produção;
-atentar para as parcelas consideradas não dedutíveis;
Manual de Auditoria Tributária

Ficha 05-A – Despesas Operacionais


-verificar se os valores desta ficha estão em conformidade com o balancete;
- Linha 05A/07 – Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa (Lei 9.249/1995, art. 13, §
2º) A sua dedutibilidade está limitada a 1,5% (um e meio por cento) do lucro operacional,
antes de computada a sua dedução e a das doações a entidades civis.
- Linha 05A/08 – Doações a Entidades Civis - Para fins de dedução na apuração do lucro
real, as referidas doações estão limitadas a 2% (dois por cento) do lucro operacional da
pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução, observadas as seguintes regras
constantes no art. 13, § 2º, III, b, da Lei nº 9.249, de 1995);
- Linha 05A/09 – Outras Contribuições e Doações
Nesta linha devem ser indicadas as doações feitas, entre outras, aos Fundos controlados
pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente. O valor dessas doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
não é dedutível como despesa operacional na determinação do lucro real e da base de
cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, mas pode ser deduzido diretamente do
imposto devido;
Linha 05A/19 – Multas
As multas consideradas indedutíveis devem ser descritas nas parcelas não dedutíveis
(multas de ofício e de infração à legislação, as multas de mora por atraso no pagamento dos
impostos são dedutíveis)
Linha 05A/23 – Demais Provisões
Os valores indicados nesta linha são totalmente indedutíveis, devendo ser
incluídos na coluna "Parcelas Não Dedutíveis".
Linha 05A/24 – Gratificações a Administradores
Os valores indicados nesta linha são totalmente indedutíveis, devendo ser
incluídos na coluna "Parcelas Não Dedutíveis";
-atentar para as parcelas consideradas não dedutíveis, devendo ser incluídas na coluna
¨Parcelas Não Dedutíveis”.
Ficha 06-A – Demonstração do Resultado
-verificar se os valores desta ficha estão em conformidade com o balancete;
- as somas serão transportadas pelo sistema, mas nada impede o Auditor verificar se o valor
das fichas transportadas está correto;
- confrontar o lucro líquido do balancete com a linha 06-A/55, não pode existir divergência;
Ficha 09-A (Demonstração do Lucro Real)
-Esta ficha deve estar de acordo com os valores demonstrados no LALUR;
-A linha 09-A/02 – custo – soma das parcelas não dedutíveis, deve “bater” com a linha 04-
A/ 42, total dos custos das atividades em geral – parcelas não dedutíveis;
-A linha 09-A/03 – despesas operacionais – soma parcelas não dedutíveis, deve “bater¨
com a linha 05-A/31, total das despesas operacionais das atividades em geral – parcelas
Manual de Auditoria Tributária

não dedutíveis;
Ficha 11 – Cálculo do Imposto de Renda mensal por estimativa
-Forma de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda : verificar se a opção para
o mês está correta. Se no mês a empresa optou pela suspensão ou redução do imposto
através do balancete ou pelo recolhimento do imposto pela Receita Bruta e demais receitas;
-No mês em que optou com base na suspensão ou redução do imposto, o Auditor deverá
verificar se a base de cálculo está em conformidade com o registro na parte ¨A¨ do LALUR
ou com as planilhas anteriormente auditadas;
-No mês em que optou com base na Receita bruta e demais acréscimos, a base de cálculo
deverá conferir com as planilhas anteriormente auditadas, não devendo ser registrado a
parte ¨A ¨ do LALUR;
-examinar se as deduções das linhas 05 a 11 (I.R fonte, órgãos públicos, etc.) estão
respaldadas pelos registros contábeis ( retenção NF, aplicação financeira, etc.) ;
- As construtoras e incorporadoras e imobiliárias que optarem pelo RET- Patrimônio de
Afetação deverão informar o imposto pago no mês na linha 12
-o valor do imposto a pagar constante na linha 13 deve estar declarado na DCTF, do
respectivo trimestre, o qual deve ser recolhido ou compensado;
-Caso houve parcelamento junto a Receita Federal, relativo ao recolhimento o IRPJ do mês
apurado, informar na linha 14.
IMPORTANTE:

a. No mês de janeiro não deve ser preenchida a linha 06 (Imposto de


Renda Devido em meses anteriores), pois se houver saldo de anos
anteriores a compensar os mesmos deverão ser compensados
obrigatoriamente na PERDCOMP, via internet;

b. A linha 06 deve ser preenchida a partir do mês de fevereiro, na qual deve


constar a soma do imposto devido em meses anteriores, antes das
deduções; (o sistema transporta automaticamente os valores, no entanto é
importante conferir, pois pode ocorrer a alteração manual dos valores,
contendo erros). Nessa linha, é preenchido com a somatória do saldo a
pagar os meses anteriores, independentemente de pagos ou não.

c. Nas linhas 05, 07, 08, 09, 10, 11 e 12 devem constar apenas os valores
referentes ao mês em que está se calculando, não podendo acumular os
valores de outros meses;

d. Reforçando o que já foi escrito, o valor do imposto a pagar constante na


linha 13, deve estar declarado na DCTF, pago ou compensado (mediante
Manual de Auditoria Tributária

PERDCOMP), mesmo que nos meses seguintes a empresa tenha


prejuízo. Caso não tenha sido pago o Auditor deverá mencionar em
relatório de auditoria;
Ficha 12-A - Cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro real
- verificar se o imposto apurado nas linhas 1 a 3 confere com as planilhas de cálculos
auditadas;
-das deduções constantes nas linhas 04 a 19, devem ser informadas apenas aquelas que não
foram utilizadas mensalmente na Ficha 11;
Exemplo 1: nos meses de janeiro a dezembro a empresa informou na ficha 11, o valor total
de R$ 10.000,00 referente ao IRRF, porém durante o ano foi retido R$ 15.500,00 de IRRF.
Na linha 12A/13, deve ser informado apenas a diferença, referente ao IRRF não utilizado,
que nesse exemplo é de R$ 5.500,00;
Exemplo 2: nos meses de janeiro a dezembro a empresa teve prejuízo, porém nesse período
foi retido a importância de R$ 21.452,34. Esse valor deve ser informado integralmente na
linha 12A/13, o qual será compensado nos ano seguinte;
- linha 17 - O imposto de renda mensal pago por estimativa corresponde:
Somente podem ser deduzidos na apuração do ajuste anual os valores de estimativa
efetivamente pagos relativos ao ano-calendário.
Considera-se efetivamente pago por estimativa o crédito tributário extinto por meio de:
dedução do imposto de renda retido ou pago sobre as receitas que integram a base de
cálculo, compensação de pagamento a maior e/ou indevido, compensação do saldo negativo
de IRPJ de períodos anteriores, compensação solicitada por meio de processo
administrativo, compensação autorizada por medida judicial e valores pagos por meio de
Darf.
-Linha 20, imposto a pagar, deve constar nesta linha somente o imposto líquido a pagar no
ano, deduzidas todas as retenções, incentivos e recolhimentos ou compensações por
estimativa. Importante: caso nesta linha conste valor maior a pagar que o devido, a Receita
Federal lançará a cobrança em função do valor constante nesta linha, por isso é importante
que os valores fechem. Exemplo: se a empresa apurou R$ 115.000,00 de Imposto a pagar
durante o ano, no entanto já recolheu, foi retido, etc. imposto no valor de R$ 112.500,00
durante o ano e antes da entrega da DIPJ, na linha 20 constará saldo a pagar de R$
2.500,00;
-Linha 20, imposto a pagar, deve constar também o saldo negativo do imposto de renda,
isto é, o valor total do imposto pago a maior. Exemplo: Imposto devido no ano R$
95.000,00, (-) R$ 20.000,00 IRRF, (-) R$ 81.000,00 recolhido = R$ 6.000,00 pago a maior,
esse valor deve permanecer na linha 18, como –6.000,00, e será compensado no exercício
seguinte através de PERDCOMP, com outro tributo administrado pela Receita Federal;
-Lembre-se que o saldo que permanecer na linha 20, deverá ser pago ou compensado e o
saldo negativo compensado no ano seguinte, a partir de janeiro – mediante PERDCOMP,
por isso é importante verificar se os valores estão corretos.
Manual de Auditoria Tributária

16- Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido por Estimativa


-Forma de determinação da base de cálculo da CSL: verificar se a opção para o mês está
correta. Se no mês a empresa optou pela suspensão ou redução do imposto através do
balancete ou pelo recolhimento do imposto pela Receita Bruta e demais receitas, deve ser a
mesma opção escolhida para o lucro real;
-No mês em que optou com base na suspensão ou redução do imposto, o Auditor deverá
verificar se a base de cálculo está em conformidade com as planilhas anteriormente
auditadas;
Conforme o Art. 28 da IN SRF 390/2004, a demonstração do resultado ajustado da CSLL
relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de suspensão ou redução poderá
ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) ou em livro específico para
apuração da CSLL (inovação ocorrida em 2004, anteriormente não havia esta previsão).
-No mês em que optou com base na Receita bruta e demais acréscimos, a base de cálculo
deverá conferir com as planilhas anteriormente auditadas;
-examinar se as deduções das linhas 03 a 10 (retenção órgãos públicos, etc.) estão
respaldadas pelos registros contábeis ( retenção BA nota fiscal , Comprovante de
Retenção, etc.) ;
-o valor da CSL a pagar constante na linha 12 deve estar declarado na DCTF, do
respectivo mês, o qual deve ser recolhido ou compensado;
Linha 16/04 - (-) Créditos sobre Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado (Lei nº 11.051 /
2004, art. 1º)

Informar, nesta linha, o valor do crédito utilizado relativo à Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido - CSLL, à razão de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a depreciação
contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato
do Poder Executivo, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial
do adquirente (Lei 11.051/2004, art. 1º).

Observação:

1) É vedada a utilização do crédito na hipótese de a pessoa jurídica não compensar base de


cálculo negativa de períodos anteriores existentes ou o fizer em valor inferior ao admitido
na legislação.
2) O crédito a ser utilizado está limitado à CSLL apurada na estimativa ou em balanço de
suspensão
IMPORTANTE:

a. No mês de janeiro não deve ser preenchida a linha 05 (CSL devida


em meses anteriores), pois se houver saldo de anos anteriores a
compensar os mesmos deverão ser compensados obrigatoriamente na
PERDCOMP, via internet;
Manual de Auditoria Tributária

b. A linha 05 deve ser preenchida a partir do mês de fevereiro, na qual deve


constar a soma do imposto devido em meses anteriores, antes das
deduções; (o sistema transporta automaticamente os valores, no entanto é
importante conferir, pois pode ser que os valores foram alterados
manualmente e contendo erros);

c. Nas linhas 03, 05, 06, 07, 08 e 09 devem constar apenas os valores
referentes ao mês em que está se calculando, não podendo acumular os
valores de outros meses;

d. Reforçando o que já foi escrito, o valor do imposto a pagar constante na


linha 10 deve estar declarado na DCTF, pago ou compensado (mediante
PERDCOMP), mesmo que nos meses seguintes a empresa tenha
prejuízo. Caso não tenha sido pago o Auditor deverá mencionar em
relatório de auditoria;
17 – Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
-verificar se o lucro líquido antes da CSL, as adições e exclusões estão em conformidade
com as planilhas de cálculos auditadas;
-na linha 31, atividades gerais, deve-se observar a limitação da compensação da base de
cálculo negativa dos anos anteriores em 30%, da base de cálculo constante na linha 31;
-na linha 32, atividade agrícola, não tem limitação para compensação da base de cálculo
negativa dos anos anteriores;
-Das deduções constantes nas linhas 40 a 50 (exceto a linha 41), devem ser informadas
apenas aquelas que não foram utilizadas mensalmente na Ficha 16.
Exemplo 1: nos meses de janeiro a dezembro a empresa informou na ficha 16, o valor total
de R$ 12.000,00, referente CSL retida de órgãos públicos, porém durante o ano foi retido
R$ 16.000,00 de CSL. Na linha 44, deve ser informado apenas a diferença, referente a CSL
retida e não utilizado, que nesse exemplo é de R$ 4.000,00;
Exemplo 2: nos meses de janeiro a dezembro a empresa teve prejuízo, porém nesse período
foi retida a importância de R$ 11.000,00. Esse valor deve ser informado integralmente na
linha 44, o qual será compensado nos anos seguinte;
- Linha 43 - CSL mensal paga por estimativa corresponde:
Somente podem ser deduzidos na apuração do ajuste anual os valores das estimativas
efetivamente pagas, relativos ao ano-calendário.
Considera-se efetivamente pago por estimativa o crédito da contribuição extinto por meio
de: dedução da CSLL retida por órgão público, compensação de pagamento a maior e/ou
indevido, compensação de saldo negativo de CSLL de períodos anteriores, compensação
solicitada por meio de processo administrativo, nos termos da IN SRF 210, de 30 de
setembro de 2002, compensação autorizada por medida judicial e valores pagos por meio
de Darf. O valor da CSLL efetivamente paga por estimativa corresponde ao somatório dos
Manual de Auditoria Tributária

valores mensais relativos à seguinte operação:


Linha 16/05 + Linha 16/06 + Pagamentos de CSLL mensal + Compensação de Pagamento
Indevido ou a Maior + Compensação do Saldo Negativo de Períodos Anteriores de CSLL +
Outras Compensações (IN SRF 210, de 2002).
Observação:
A pessoa jurídica que apurou CSLL anual com base em balanço ou
balancete de suspensão ou redução não deve informar, nesta linha, o valor
correspondente ao crédito de CSLL de que trata o art. 8º da MP 1.807, de
1999, e reedições, compensado com a CSLL apurada nesses balanços ou
balancetes, uma vez que o cálculo para fins de observação do limite de 30%
deverá ser feito no balanço de 31 de dezembro do ano-calendário (ajuste
anual).
-Linha 51, CSL a pagar, deve constar nesta linha somente a CSL líquida a pagar no ano,
deduzidas todas as retenções, recuperações, parcelamento e recolhimentos ou
compensações por estimativa. Importante: caso nesta linha conste valor maior a pagar que o
devido, a Receita Federal lançará a cobrança em função do valor constante nesta linha, por
isso é importante que os valores fechem. Exemplo: se a empresa apurou R$ 30.000,00 de
CSL a pagar durante o ano, no entanto já efetuou recolhimentos, retenções, etc. no valor de
R$ 22.500,00 durante o ano e antes da entrega da DIPJ, na linha 48 deverá constar saldo a
pagar de R$ 7.500,00;
-Linha 51, CSL a pagar, deve constar também o saldo negativo da CSL, isto é, o saldo da
CSL paga a maior. Exemplo: CSL devida no ano R$ 40.000,00 (-) R$ 41.000,00 recolhido
= R$ 1.000,00 pago a maior, esse valor deve permanecer na linha 48, como –1.000,00, e
será compensado no exercício seguinte através de PERDCOMP, com outro tributo
administrado pela Receita Federal;
-Lembre-se que o saldo que permanecer na linha 51, deverá ser pago ou compensado e o
saldo negativo compensado no ano seguinte, por isso é importante verificar se os valores
estão corretos.
PIS E COFINS
Os valores constantes na DIPJ referentes PIS e COFINS devem ser cruzados com os
valores declarados na DACON, DCTF e com as planilhas previamente auditadas. De nada
vale bater DACON, DCTF e DIPJ se as bases e os recolhimentos não foram auditados.
22-A – Cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep - Regime Cumulativo
-Os dados para o preenchimento mensal desta ficha deverão ser extraídos das planilhas de
PIS, anteriormente auditadas;
- A soma das linhas 01 a 09 (receitas que compõem a base de cálculo) deduzida da soma
das linhas 10 a 23 ( exclusões e isenções) deve estar em conformidade com a base de
cálculo do Pis, anteriormente auditada;
-O Auditor deverá confirmar a procedência das deduções constantes nas linhas 33 a 46, as
quais devem estar de acordo com a contabilidade e com os documentos de retenção
Manual de Auditoria Tributária

fornecidos pelas empresas que retiveram as contribuições;


-A linha 42, Pis a pagar, deve ¨bater¨ com o valor informado mês a mês na DCTF;
-O Auditor poderá fazer uma prova real global:

o somar os valores constantes nos 12 meses, referente as receitas da linha


01 a 09, para confrontar com a soma das receitas (faturamento, receitas
financeiras e demais receitas), constantes da ficha 06-A, havendo
diferença não justificada o Auditor deverá investigar o motivo;

o O mesmo procedimento deve ser adotado em função das exclusões ou


isenções;
Ficha 20 - PIS NÃO CUMULATIVO - Os Dados constantes nesta ficha deverão ser os
mesmos informados na DACON.
Observação:
A somatória dos meses de janeiro a dezembro do valor constante na Ficha 20 linha 1 não
pode ser maior que a soma dos valores constantes na Ficha 04 A linhas 20 e 21. Pois na
Ficha 04- As linhas 20 e 21 constam todas as compras de mercadorias para revenda, Caso a
soma de janeiro a dezembro da Ficha 20 linha 1 for maior, pode configurar que a empresa
se creditou a mais do PIS a que tinha direito.
Exemplo:
Soma de Jan. a Dez. dos valores declarados na linha 20-1 200.000,00
Soma dos valores declarados na linha 04-A 20 e 21 150.000,00
Indício que a empresa se creditou a mais do PIS a que tinha direito.

Também podem ser feitos os seguintes cruzamentos:

• A Ficha 20 linha 2 não pode ser maior que a soma das linhas 2, 3 e 25 da Ficha 04-
A.
• A Ficha 20 linha 3 não pode ser maior que a soma das linhas 13 e 19 (serviços
prestados por pessoas jurídicas) da Fica 04 – A.
• A Ficha 20 linha 13 não pode ser maior que a soma das linhas 8,16, e 37 da Ficha
04-A e da linha 30 da Ficha 05-A.
• A ficha 20 linha 08 não pode ser maior que a soma das linhas 33 da Ficha 04-A
e 15 da 05-A.
• A somatória de todos os créditos do Pis não cumulativo, constante na Ficha 20
linha 14, não poderá exceder a soma das linhas 2,3,8,13,16,20,21,25,29,33 e 37
da Ficha 04-A e linhas 15, 16 e 30 da Ficha 05-A. Pois poderá haver indício de
crédito de PIS superior ao devido.

Os valores declarados nas Fichas de PIS e COFINS não cumulativos – fichas 20 e


24 não podem ser maiores do que os declarados na Ficha 04- A e 05 – A, em
Manual de Auditoria Tributária

assunto. Por exemplo, o valor utilizado na base de cálculo para o crédito do PIS e
COFINS de Mercadorias para Revenda ( Fichas 20.1 e 24.1) nos doze meses do
ano não pode ser maior que as Compras de Mercadorias para Revenda à vista ou
à prazo Ficha (04- A 20 e 21), constante na Ficha 04-A.
FICHA 21 – Base de cálculo PIS não cumulativo
Conferir os valores com os constantes da DACON, previamente auditada.
Somar os valores constantes nos 12 meses, referente às receitas da linha 01 a 09 Ficha 21,
para confrontar com a soma das receitas (faturamento, receitas financeiras e demais
receitas), constantes da ficha 06-A, havendo diferença não justificada o Auditor deverá
investigar o motivo.
O mesmo procedimento deve ser adotado em função das exclusões ou isenções;
FICHA 24 – COFINS NÃO CUMULATIVO
Conferir os valores com os constantes da DACON, previamente auditados.
Seguir as mesmas instruções constantes para preenchimento da Ficha 20 (PIS não
cumulativo).
FICHA 25 - CÁLCULO COFINS NÃO CUMULATIVO
Conferir os valores com os constantes da DACON, previamente auditados.
Somar os valores constantes nos 12 meses, referente as receitas da linha 01 a 09 Ficha 21,
para confrontar com a soma das receitas (faturamento, receitas financeiras e demais
receitas), constantes da ficha 06-A, havendo diferença não justificada o Auditor deverá
investigar o motivo;
FICHA 26-A – Cálculo da COFINS
Conferir os valores com os constantes da DACON, previamente auditados.
-Os dados para o preenchimento mensal desta ficha deverão ser extraídos das planilhas da
COFINS, anteriormente auditadas;
- A soma das linhas 01 a 09 (receitas que compõem a base de cálculo) deduzida da soma
das linhas 10 a 23 (exclusões e isenções) deve estar em conformidade com a base de
cálculo da COFINS, anteriormente auditada;
-O Auditor deverá confirmar a procedência das deduções constantes nas linhas 31 a 38, as
quais devem estar de acordo com a contabilidade e com os documentos de retenção
fornecidos pelas empresas que retiveram as contribuições;
-A linha 44, COFINS a pagar, deve ¨bater¨ com o valor informado mês a mês na DCTF;
-O Auditor poderá fazer a mesma prova real citada para a contribuição do PIS.
Ficha 45–A e 46-A e 47 Ativo, Passivo e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Manual de Auditoria Tributária

acumulados
- devem estar de acordo o Balanço encerrado em 31/12;
-conferir se o total do Ativo e o total do Passivo estão corretos (iguais);
- a linha 01 da Ficha 47 (lucros ou prejuízos acumulados) deve ser o mesmo valor constante
na linha 36 ou 37 da Ficha 46-A do ano anterior;
- a linha 15 da Ficha 40 (lucros ou prejuízos acumulados) deve ser o mesmo valor constante
na linha 36 ou 37 da Ficha 46-A do ano da declaração;
- o Auditor deverá examinar os valores preenchidos na linha 02 da Ficha 47 (Ajustes
Credores de Períodos de Apuração Anteriores). Este item deve ter atenção especial pois
ajustes credores significam valores que não estão sendo oferecidos à tributação no ano,
verificar se esse ajuste credor de exercício anterior também não trará uma conseqüência
tributária em anos anteriores;
- analisar, também, os ajustes devedores - linha 07;
Ficha 49 e 50A – A Identificação e Rendimentos de dirigentes, sócios ou titulares
- verificar nesta ficha se os rendimentos e respectivos IRRF estão em conformidade com a
contabilidade ou com os valores declarados na DIRF, a qual é entregue até o último dia útil
de fevereiro do ano seguinte, portanto antes da entrega da DIPJ;
- Também pode ser verificado, se o valor dos rendimentos, distribuição de lucros, juros
s/capital próprio e outros rendimentos, e respectivo Imposto de Renda Retido, declarados
da DIPJ estão de acordo com os valores declarados na Pessoa Física do Sócio. (nos casos
em que o mesmo Contador faz a DIPF dos sócios ou situação que o auditor julgar
interessante a confrontação dos dados)
Ficha 53 – Demonstrativo do Imposto de Renda Retido na Fonte
Nesta Ficha devem ser prestadas informações sobre todo o imposto de renda retido na fonte
durante o período abrangido pela declaração, incidente sobre as receitas que compõem a
base de cálculo do tributo devido, independentemente de a empresa ter apurado prejuízo
fiscal ou imposto de renda devido menor que o retido na fonte durante o período.
Não deve ser informado nessa ficha o valor das retenções na fonte efetuadas por órgãos
públicos. Está é a informação do Manual, mas é prudente informar o IRPJ retido de órgãos
Públicos Estaduais e Municipais (inclusive suas autarquias), até porque há um campo
específico apenas para órgão público federal. Vou mais longe, poderia ser informado até o
IR retido de órgãos públicos federais é apenas uma informação. Melhor sobrar do que faltar
e ser questionado futuramente.
Ficha 51 e 56-A
- verificar se estão corretos os dados nelas preenchidos.
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A DIPJ
Manual de Auditoria Tributária

1.ENTREGA DA DECLARAÇÃO

1.1 – Pessoas Jurídicas Obrigadas à Entrega da DIPJ

Todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, as entidades submetidas aos regimes


de liquidação extrajudicial e falimentar, pelo período em que perdurarem os procedimentos
para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo, e as entidades imunes e isentas do
imposto de renda, devem apresentar, anualmente, a DIPJ de forma centralizada pela matriz.

Observação:

Os fundos de investimento imobiliário que aplicarem recursos em empreendimento


imobiliário que tenha como incorporador, construtor ou sócio, quotista que possua,
isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de vinte e cinco por cento das
quotas do Fundo (Lei 9.779/1999, art. 2º), por estarem sujeitos à tributação aplicável às
demais pessoas jurídicas, devem apresentar DIPJ com o número de inscrição próprio no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), vedada sua inclusão na declaração da
administradora (AD SRF 2, de 7 de janeiro de 2000).

1.2 – Pessoas Jurídicas Desobrigadas da Entrega da DIPJ

Estão desobrigadas de apresentar a DIPJ:


I - as pessoas jurídicas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), por estarem
obrigadas à apresentação da Declaração Simplificada;

Observação:

I - a pessoa jurídica cuja exclusão do Simples produziu efeitos dentro do ano-calendário


fica obrigada a entregar duas declarações: a simplificada, referente ao período em que
esteve enquadrada no Simples, e a DIPJ, referente ao período restante do ano-calendário.
II - as pessoas jurídicas inativas, assim consideradas as que não realizaram, durante o ano-
calendário, qualquer atividade operacional, não operacional, financeira ou patrimonial, por
estarem obrigadas à apresentação da Declaração de Inatividade;
III - os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.

1.3 – Não Devem Apresentar a DIPJ

Não apresentam a DIPJ, ainda que se encontrem inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas
Comerciais:

a) o consórcio constituído na forma dos art. 278 e 279 da Lei 6.404/1976;


b) a pessoa física que, individualmente, preste serviços profissionais, mesmo quando
possua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;
c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de
mão-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;
Manual de Auditoria Tributária

d) a pessoa física que, individualmente, seja receptora de apostas da Loteria Esportiva e da


Loteria de Números (Loto, Sena, Mega-sena, etc.), credenciada pela Caixa Econômica
Federal, ainda que, para atender exigência do órgão credenciador, esteja registrada como
pessoa jurídica, desde que não explore, em nome individual, qualquer outra atividade
econômica que implique sua equiparação a pessoa jurídica;
e) o condomínio de edificações;
f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto o fundo de investimento
imobiliário de que trata o art. 2º da Lei 9.779, de 1999 (Vide "Atenção", subitem 2.1);
g) a sociedade em conta de participação;
h) as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos
sujeitos a registro público.

1.4 – Local de Entrega


A DIPJ deve ser transmitida pela Internet, por meio do programa Receitanet disponível no
endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

DIPJ de Ano-Calendário Anterior

A pessoa jurídica que entregar DIPJ relativa a ano-calendário anterior deve utilizar o
Programa Gerador da DIPJ (PGD) aprovado para o ano-calendário a que se referir a
declaração.

2. ENTREGAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

2.1 – Incorporação, Fusão ou Cisão

A pessoa jurídica que tiver o seu patrimônio parcial ou totalmente absorvido em virtude de
incorporação, fusão ou cisão deve levantar balanço específico para esse fim, no qual os
bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado, até trinta dias antes do
evento.

Relativamente às empresas incluídas em programas de privatização da União, Estados,


Distrito Federal e Municípios, o balanço a que se refere o parágrafo anterior deve ser
levantado dentro do prazo de noventa dias que anteceder à incorporação, fusão ou cisão
(Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998).

Sem prejuízo do balanço de que tratam os art. 21 da Lei 9.249/1995, e 6º da Lei 9.648, de
1999, e da responsabilidade por sucessão, para fins fiscais, os impostos e contribuições
devem ser apurados até a data do evento pela pessoa jurídica incorporadora, incorporada,
fusionada ou cindida. Considera-se data do evento aquela em que houver a deliberação que
aprovar a incorporação, fusão ou cisão.

A DIPJ deve ser preenchida em nome da pessoa jurídica incorporadora, incorporada,


fusionada ou cindida, e transmitida pela Internet, até o último dia útil do mês subseqüente
ao do evento (Lei 9.249/1995, art. 21, § 4º, Lei 9.430/1996, art. 6º). A DIPJ correspondente
ao ano-calendário, ainda não apresentada, deve ser entregue juntamente com a da
incorporação, fusão ou cisão.
Manual de Auditoria Tributária

Observação:

A pessoa jurídica incorporadora deve apresentar a DIPJ observado o disposto no art. 21 da


Lei nº 9.249, de 1995, e no § 1º do art. 1º da Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, salvo
nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estivessem sob o
mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento (Lei 9.959, de 27
de janeiro de 2000, art. 5º).

A empresa incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida deve apresentar DIPJ


contendo os dados referentes aos impostos e contribuições cujos fatos geradores tenham
ocorrido no período compreendido entre o início do ano-calendário, ou das atividades, até a
data do evento.

Caso tenha ocorrido situação especial no ano-calendário a que se refere a DIPJ, em relação
a este ano-calendário devem ser apresentadas duas declarações:
1) a primeira correspondente ao período compreendido entre 1º de janeiro e a data do
evento; e
2) a segunda correspondente ao período compreendido entre o dia seguinte à data do evento
e 31 de dezembro do ano-calendário.

Na hipótese em que a data do evento seja 31 de dezembro, somente será exigida do


contribuinte a apresentação de uma DIPJ, compreendendo os fatos geradores ocorridos
entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano-calendário, a ser entregue até o último dia útil
do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente.

2.2 - Extinção

No caso de extinção da pessoa jurídica, a DIPJ deve ser apresentada, em nome da empresa
extinta, até o último dia útil do mês seguinte ao em que se ultimar a liquidação da pessoa
jurídica.

2.3 – Pagamento dos Impostos e Contribuições em Virtude de Incorporação, Fusão ou


Cisão

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, os Darf referentes aos impostos e contribuições
devem ser preenchidos com o número de inscrição, no CNPJ, da sucedida.

2.3.1 – Prazo de Pagamento do IRPJ e da CSLL

O pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido


correspondente ao período de apuração encerrado em virtude de extinção, incorporação,
fusão ou cisão deve ser efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, não
se lhes aplicando a opção pelo pagamento em quotas (Lei 9.430/1996, art. 5º, § 4º).

As quotas de imposto de renda e/ou CSLL relativas ao período de apuração anterior ao da


extinção da pessoa jurídica, sem sucessor, cujos vencimentos sejam posteriores ao mês
Manual de Auditoria Tributária

subseqüente à extinção, devem ser pagas até o último dia útil do mês subseqüente ao do
evento, ainda que o vencimento originalmente estabelecido para o pagamento seja posterior
a essa data (Decreto 3.000, de 1999, art. 863).

No caso de incorporação, fusão ou cisão parcial, o imposto sobre a renda e a CSLL


correspondentes ao período de apuração anterior ao do evento são pagos nos mesmos
prazos originalmente previstos.

2.3.2 – Prazo de Pagamento do IPI, da COFINS e do PIS/PASEP

O período de apuração do IPI, da COFINS e da Contribuição para o PIS/Pasep é encerrado


na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão, ou na data da extinção da
pessoa jurídica, devendo os correspondentes pagamentos serem efetuados nos prazos
originalmente previstos.

3. RETIFICAÇÃO DA DIPJ

3.1 – Considerações Gerais

A DIPJ entregue pode ser retificada, independentemente de autorização, e tem a mesma


natureza da declaração original, substituindo-a na íntegra (MP 1.990-26, de 14 de dezembro
de 1999, e reedições).

Observação:

1) A pessoa jurídica que entregar DIPJ retificadora alterando valores que tenham sido
informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) deve
proceder à mesma alteração na DCTF.

2) Não é admitida retificação que tenha por objeto mudança de regime de tributação, salvo
nos casos determinados em lei, para fins de se adotar o lucro arbitrado. Dessa forma, é
considerada intempestiva a DIPJ retificadora com base no Lucro Real entregue após o
término do prazo previsto, ainda que a pessoa jurídica tenha apresentado, dentro do prazo,
declaração com base no Lucro Presumido, quando vedada, por disposição legal, a opção
por este regime de tributação.

3.2 – Local de Entrega

A DIPJ retificadora deve ser transmitida pela Internet, por meio do programa Receitanet
disponível no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>.

4. DOCUMENTAÇÃO

A pessoa jurídica é obrigada a conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais


ações que lhes sejam pertinentes, os livros, documentos e papéis relativos a sua atividade,
ou que se refiram a atos ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua
situação patrimonial (Decreto-Lei 486, de 1969, art. 4º).
Manual de Auditoria Tributária

As pessoas jurídicas que utilizarem sistemas de processamento eletrônico de dados para


registrar negócios e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar
documentos de natureza contábil ou fiscal, ficam obrigadas a manter, à disposição da
Secretaria da Receita Federal, os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo
decadencial previsto na legislação.

O contribuinte usuário de sistema de processamento de dados deve manter documentação


técnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria,
facultada a manutenção em meio magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando
solicitada (Lei 9.430, de 1996, art. 38).

Observação:
1) A pessoa jurídica, ao transmitir a DIPJ pela Internet, deve aguardar a gravação do recibo
de entrega no disquete de envio ou no disco rígido. O recibo pode ser impresso em papel.
2) Observar os prazos de decadência e prescrição determinados na legislação específica de
cada imposto ou contribuição.

5. PENALIDADES

5.1 – Valor da multa

O sujeito passivo que deixar de apresentar Declaração de Informações Econômico-Fiscais


da Pessoa Jurídica (DIPJ), nos prazos fixados, ou que a apresentar com incorreções ou
omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não-apresentação, ou a
prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela Secretaria da Receita
Federal, e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I - de dois por cento ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do imposto de


renda da pessoa jurídica informado na DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta
de entrega ou entrega após o prazo, limitada a vinte por cento;
II - de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas.

Para efeito de aplicação das multas previstas nos itens I e II, é considerado, como termo
inicial, o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da
declaração e, como termo final, a data da efetiva entrega ou, no caso de não-apresentação, a
da lavratura do auto de infração.

Observado o disposto nos demais itens, as multas serão reduzidas:

I – em cinqüenta por cento, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de
qualquer procedimento de ofício;
II – em vinte e cinco por cento, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em
intimação.

5.2 – Multa mínima


Manual de Auditoria Tributária

A multa mínima aplicada pelo atraso ou falta de entrega da DIPJ é de R$ 500,00


(quinhentos reais).

5.3 – Declaração que não atenda às especificações técnicas

Considera-se não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas


estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal.

O sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração, no prazo de dez dias contados
da ciência à intimação, e sujeitar-se-á à multa prevista no item I do subitem.

Você também pode gostar