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58036-5
ANDRÉ BARBIERI 02.58043-8
HENRIQUE CALOCA 01.57223-7
JÚLIO CÉSAR FINATELLI 02.58251-0
KILDER STABILE 02.58259-7
TRANSPORTE PNEUMÁTICO
TRANSPORTE PNEUMÁTICO
Banca examinadora:
Professor João Carlos Martins Coelho
Orientador
Escola de Engenharia Mauá
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O fluxo de ar é gerado por meio de um soprador que juntamente com a dosagem correta do
material faz com que as partículas fiquem em suspensão do ponto de início até a descarga
no silo de destino.
ABSTRACT
Pneumatic conveying is used on processes that need solid material transportation between
two points.
The study is based on the transportation of grinded phosphatic rock through pipe using the
concept of pneumatic conveying in diluted phase.
The air flow is generated by a blower that together with the correct dosage of the material
makes the particles be in suspension from the initial point until the final destination discharge
silo.
The equipment responsible for the alimentation and dosage of the material is the rotary
valve. In the end of the conveying pipe it is necessary separate the material from the air, for
this it is used filter bags.
A supervisory system was developed for the whole logic of the pneumatic conveying system
alerting about failures on the process.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
8
LISTA DE TABELAS
SIMBOLOGIA
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.....................................................................................................7
1 OBJETIVO.........................................................................................................................17
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE TRANSPORTE PNEUMÁTICO.............................18
2.1.1 TRANSPORTE PNEUMÁTICO DE FASE DENSA..........................................................................19
2.1.2 TRANSPORTE PNEUMÁTICO FASE DILUÍDA.............................................................................20
2.2 DESCRIÇÃO GERAL....................................................................................................23
2.3 PRINCIPAIS COMPONENTES....................................................................................26
2.3.1 VÁLVULA ROTATIVA......................................................................................................................26
2.3.2 FILTRO.................................................................................................................................................28
2.3.3 COLETOR CICLONE..........................................................................................................................32
2.3.4 ALIMENTADORES.............................................................................................................................33
2.3.5 SOPRADOR..........................................................................................................................................34
2.3.6 CIRCUITO DE TRANSPORTE...........................................................................................................38
2.4 CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS TRANSPORTADOS..................................40
2.4.1 DENSIDADE RELATIVA E DIMENSÃO DA PARTÍCULA...........................................................40
2.4.2 ÂNGULO DE DESLIZAMENTO E ÂNGULO DE REPOUSO.........................................................40
2.4.3 ABRASIVIDADE DO PRODUTO......................................................................................................41
2.4.4 MATERIAIS HIGROSCÓPICOS........................................................................................................42
2.4.5 MATERIAL EXPLOSIVO...................................................................................................................42
2.4.6 PRODUTO TÓXICO OU CORROSIVO.............................................................................................43
2.4.7 PONTO DE FUSÃO.............................................................................................................................43
2.4.8 ÍNDICE DE UMIDADE.......................................................................................................................43
2.4.9 ELETRICIDADE ESTÁTICA..............................................................................................................43
2.4.10 OUTROS PROBLEMAS....................................................................................................................43
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................44
3.1 Transporte pneumático....................................................................................................44
3.2 Características.................................................................................................................45
4 SISTEMA PROPOSTO......................................................................................................46
5 METODOLOGIA................................................................................................................47
6 PROJETO BÁSICO...........................................................................................................47
6.1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES..............................................................................48
6.2 DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA..............................................................50
6.2.1 PROCEDIMENTO DE ENSAIO..........................................................................................................50
6.2.2 RESULTADOS DO ENSAIO DE GRANULOMETRIA....................................................................52
6.3 DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE......................................53
6.3.1 PROCEDIMENTO DE ENSAIO..........................................................................................................53
6.4 DIMENSIONAMENTO DA VÁLVULA ROTATIVA................................................54
6.5 AVALIAÇÃO DA POTÊNCIA DO SOPRADOR........................................................56
6.6 VELOCIDADE DE TRANSPORTE..............................................................................56
6.7 DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO E COMPRIMENTO EQUIVALENTE....................58
6.8 VAZÃO VOLUMÉTRICA DE AR E CONCENTRAÇÃO DE SÓLIDO....................59
6.9 PERDA DE CARGA E VARIAÇÃO DE PRESSÃO....................................................60
13
7.1.4 EMERGÊNCIA.....................................................................................................................................85
Caso acionado algum botão de emergência, localizado no painel elétrico e em alguns
pontos do trecho de transporte, o soprador e a válvula rotativa serão desligados e a
válvula de esfera será fechada...........................................................................................85
O botão de emergência, caso apertado, ficará travado, sendo necessária uma
avaliação geral dos danos causados ao sistema por esta operação, para liberar
novamente o sistema para operação.................................................................................85
O botão de emergência somente deve ser utilizado em caso de extrema gravidade,
quando os procedimentos normais de parada indicados não puderem ser utilizados
normalmente........................................................................................................................85
7.2 DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DO SISTEMA DE CONTROLE...............................86
Apresenta-se na figura 34 um exemplo dos componentes a serem utilizados no
sistema de controle utilizando como fabricante a Rockwell/Allen-Bradley:...................86
terminal de programação...................................................................................................86
IHM – interface homem máquina.......................................................................................86
CLP – controlador lógico programável.............................................................................86
inversor de freqüência.......................................................................................................86
sensores de nível...............................................................................................................86
pressostato.........................................................................................................................86
7.3 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS.............................................................................87
Para efeito de futura cotação, foram escolhidos 3 fabricantes, quando possível, para
cada equipamento...............................................................................................................87
É recomendado que o CLP, a IHM e o inversor de freqüência sejam fornecidos pelo
mesmo fabricante devido a eventuais problemas de comunicação entre eles e a
programação ser comprometida, em alguns casos, pela diferença de origem. ............87
A tensão de alimentação de todos os sensores é 24 Vdc com grau de proteção IP 67,
com conexões resistentes a sujeira e ambientes hostis. ...............................................87
7.3.1 CLP .......................................................................................................................................................87
O CLP deve conter 32 entradas e 32 saídas digitais no painel e entradas e saídas
digitais e analógicas flexíveis ao longo da planta............................................................87
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley...............................................................................87
Modelo: SLC-500 CPU 5/04................................................................................................87
Fabricante 2: Omrom.........................................................................................................87
Modelo: CPM 2ª..................................................................................................................87
Fabricante 3: Cutler Hammer.............................................................................................87
Modelo: D320 PLC ..........................................................................................................87
7.3.2 IHM.......................................................................................................................................................88
A IHM contém uma interface gráfica colorida com tela em LCD....................................88
15
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley...............................................................................88
Modelo: Panel View 1500 Plus...........................................................................................88
Fabricante 2: Omrom.........................................................................................................88
Modelo: NT631C-ST141-EV2..............................................................................................88
Fabricante 3: Cutler Hammer.............................................................................................88
Modelo: Panel Mate 5000...................................................................................................88
7.3.3 INVERSOR DE FREQUÊNCIA..........................................................................................................88
Válvula rotativa...................................................................................................................88
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley...............................................................................88
Modelo: 1305 ......................................................................................................................88
Fabricante 2: Weg...............................................................................................................88
Modelo: CFW-08.................................................................................................................88
Fabricante 3: SEW..............................................................................................................88
Modelo: Movidrive..............................................................................................................88
Soprador.............................................................................................................................88
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley...............................................................................88
Modelo: 1336 ......................................................................................................................88
Fabricante 2: Weg...............................................................................................................88
Modelo: CFW-09.................................................................................................................88
Fabricante 3: SEW..............................................................................................................88
Modelo: Movidrive..............................................................................................................88
7.3.4 BOTÕES (LIGA / DESLIGA / EMERGÊNCIA).................................................................................89
7.3.5 SENSOR CAPACITIVO (NÍVEL).......................................................................................................89
7.3.6 PRESSOSTATO...................................................................................................................................89
Medidor de pressão com saída analógica 4..20 mA, com range de 0 a 2 bar (mínimo) 89
Fabricante 1: IFM................................................................................................................89
Modelo: PA3026..................................................................................................................89
Fabricante 2: Hytronic........................................................................................................90
Modelo: HTP25 /0002 / R/ 44/ P/ MN..................................................................................90
Fabricante 3: Nivetec.........................................................................................................90
Modelo: 790 - 2 - P – 1........................................................................................................90
7.3.7 PROTOCOLOS DE REDE...................................................................................................................90
Como exemplo de aplicação utilizando equipamentos da Rockwell/Allen-Bradley, foi
escolhido dois protocolos de rede do fabricante.............................................................90
Para a comunicação entre o CLP, a IHM e o inversor de freqüência foi escolhido o
protocolo de rede DH+, que além de realizar a comunicação dos equipamentos citados
permite a entrada em qualquer ponto da rede um terminal de programação................90
Para a rede de campo (instrumentação) foi escolhido a REMOTE I/O que permite a
centralização dos sinais próximo aos dispositivos, e um adaptador local (Flex I/O) faz
16
1 OBJETIVO
O transporte de fase densa é caracterizado pela sua baixa necessidade de ar. Já que, neste
caso, uma quantia mínima de ar é adicionada ao processo para movimentar a partícula
(figura 03).
O transporte de fase diluída utiliza fluxo de ar de alta velocidade (fonte de alta pressão ou
vácuo) para carregar material por uma linha de transporte em estado de suspensão (figura
05). É caracterizado por velocidades de ar altas (aproximadamente 40 m/s), baixas
concentrações de sólidos (massasólidos/massaar < 15) e baixas quedas de pressão por unidade
de comprimento de linha de transporte.
É limitado a pequenas extensões, ao transporte contínuo de sólidos a taxas menores do que
30 t/h e é o único sistema capaz de operar sob pressão manométrica negativa. Sob
condições de fluxo diluído as partículas sólidas se comportam como individuais
completamente suspensas no fluido, e as forças de interação fluido-partícula dominam.
21
Característica de
Densa Diluída
comparação
O produto para os Pó ou granulados - abrasivos, Pó ou granulados - Não
quais os sistemas frágeis, misturados por bateladas abrasivos, não frágeis, de baixa
melhor se aplicam (minimiza a segregação), pesados, densidade.
higroscópicos.
Velocidade de Baixa de 0,1 a 2 m/s, utilizando-se Alta acima de 23 m/s utilizando-
transporte vaso de pressão. se sopradores tipo Roots ou
sopradores centrífugos
Relação Pressão e Pressões relativamente altas Pressões baixas inferior a 103
vazão de ar (acima de 103 kPa) e baixa vazão kPa e alta vazão de ar
de ar
Vazão de material Mais alto comparado aos outros Mais baixo comparado aos
transportado sistemas outros sistemas
Desgaste de Baixo índice de desgaste de Alto índice de desgaste de
equipamento tubulação e diminuição de tubulação e altíssimo índice de
desgaste nas curvas devido à desgaste nas curvas devido a
baixa velocidade de transporte alta velocidade de transporte
Custo de implantação Mais alto comparado aos outros Mais baixo comparado aos
sistemas outros sistemas
Custo de manutenção Mais baixo comparado aos outros Mais alto comparado aos outros
sistemas sistemas
Fonte: http://www.powder.com.br/equipamentos (22/10/2007)
Nos transportadores que operam por sucção o material é transportado em ar rarefeito, nos
de pressão a corrente de transporte é ar comprimido; os que combinam os dois tipos
consistem em duas seções, uma operando em vácuo parcial e outra com ar comprimido.
Nos transportadores pressurizados a densidade do ar e a pressão possuem valores
elevados. Estes tipos são mais eficientes com materiais de menor fluidez e para transportes
a longas distâncias. Estes transportadores são usados principalmente para manusear
materiais em pó densos e empelotados, grãos são geralmente manuseados por sucção ou,
algumas vezes, pela combinação de sistemas de sucção e pressão.
24
A válvula rotativa mais popular é a tipo drop-through, com a entrada localizada no topo e a
saída na parte inferior da válvula. O rotor pode ser do tipo open-end onde as palhetas são
fixas diretamente no eixo ou do tipo closed-end onde as palhetas são fixas em um disco
(figura 09).
27
A B
Rotores tipo open-end são mais econômicos, mas possuem desvantagens devido a
desgastes no alojamento do rotor e com isso o produto pode ficar preso entre o final das
palhetas e o alojamento. Rotor tipo closed-end possui todas as palhetas presas juntas e
suportadas por um escudo. Isso elimina o desgaste no alojamento devido ao fato das placas
não entrarem em contato com o produto.
Quando um rotor closed-end (figura10) é usado em sistema de pressão manométrica
negativa com vácuo no topo da válvula e pressão ambiente na parte inferior um sistema de
sangria de ar pode minimizar desgaste no alojamento. O selo no eixo pode ser removido e
“plugues” para sangria podem ser abertos para a atmosfera, então o ar flui através da
válvula para a atmosfera. Este ar “lava” a área do alojamento com isso eliminando desgaste.
Se a parte superior da válvula não possuir esta “sangria”, o vazamento de ar flui para baixo
da válvula podendo assim transportar produto e poeira, causando desgaste no alojamento.
Para um alimentador tipo gravidade puro, sem pressão diferencial através da válvula rotativa
o deslocamento do material é dado em m3/h, com cerca de 10 a 15% (MCKETTA, 1993) de
reserva para discrepâncias na densidade. Usualmente essas válvulas necessitam de
ventilação porque somente o ar movimentado é expelido do rotor com o produto.
Devido às folgas existentes na válvula pode ocorrer vazamento de ar da saída para a
entrada da mesma. Quando a válvula alimentar um sistema com pressão positiva, o
vazamento de ar mais o ar deslocado para o silo de alimentação deve ser captado e filtrado
para ser lançado no meio ambiente, isto pode exigir um sistema elaborado para coleta de
poeira. Outra opção de processo é instalar uma linha de ventilação interligando o silo de
alimentação (que já possui sistema de filtragem) ao silo de estocagem para equalização das
pressões e filtragem do ar proveniente do silo de estocagem.
O sopro de ar reduz a eficiência volumétrica da válvula retardando o enchimento da linha
devido ao fato de provocar redução na densidade relativa do material.
A rotação de operação da válvula deve ser calculada para que permita o máximo
deslocamento volumétrico e o bom fluxo do produto transportado dentro das palhetas. Altas
rotações reduzem o fluxo do produto através da válvula por não permitirem um tempo de
exposição do produto ao rotor necessário para o pleno enchimento das palhetas. O intervalo
normal de velocidade é de 10 a 30 rotações por minuto, dependendo do tamanho da válvula
(MCKETTA, 1993). Quanto maior a válvula, menor será a velocidade.
2.3.2 FILTRO
Este tipo de filtro também pode ser usado em receptor para fazer a reintrodução de poeiras
no produto transportado. A sua aplicação depende da quantidade de ar com poeiras a tratar,
das características físicas das partículas, da concentração da mistura, do meio filtrante e da
velocidade de filtragem adotada.
O fluido a ser filtrado, é forçado a passar pelas mangas filtrantes, e desta forma, os
particulados ficam retidos e os gases já limpos, passam para a câmara através dos Venturi e
daí para o ventilador de sucção (figura 12).
Durante a filtração, o particulado coletado pelas mangas, produz uma redução de sua
porosidade e, portanto, faz-se necessária a sua limpeza.
30
Existem diversos tipos de processos de limpeza das mangas sendo o mais utilizado a
limpeza por ar comprimido.
O processo consiste em inflar as mangas por meio de pulsos de ar comprimido. São
geralmente equipados com programador eletrônico responsável pelo controle de limpeza
das mangas, possuindo regulagem para a freqüência dos pulsos de ar (1 a 60 segundos) e a
duração dos mesmos (1/20 a 1 segundo). Este controlador irá energizar periodicamente
fileiras de válvulas solenóides, permitindo assim a passagem de jato de ar comprimido no
interior das mangas.
Para o processo de limpeza é utilizado um tubo injetor de ar comprimido e um tubo Venturi
para cada manga, posicionado no centro desta (figura 13). Quando em operação normal, os
gases filtrados saem da manga através do Venturi, em direção a exaustão, entretanto
quando ar comprimido é liberado sob a forma de um jato (ar primário), ar secundário limpo é
aspirado, e um fluxo de ar reverso composto pelo ar primário e pelo ar secundário é
introduzido na manga. É no Venturi que ocorre a mistura do ar primário e secundário,
deixando o Venturi em alta velocidade e com um aumento de pressão em relação à pressão
interna do filtro (figura 13).
31
1. Vazão de ar primário
2. Vazão de ar secundário
3. Distribuição de velocidades
4. Tubo de mistura
Este jato produz um aumento de pressão no interior da manga que a expande, provocando
uma flexão no tecido que fratura a lâmina de pó, desprendendo-a da parte externa das
mangas (figuras 14 e 15).
2.3.4 ALIMENTADORES
Para sólidos firmemente unidos, a melhor escolha é um sistema Venturi que não possui
partes móveis (figura 18).
2.3.5 SOPRADOR
Com o intuito de se obter pressões mais elevadas do que as obtidas nos ventiladores
centrífugos, podem-se usar ventiladores em série ou ventiladores com rotor em multiestágios
(figura 21).
36
Os contatos das palhetas e do rotor com o estator podem formar três câmaras separadas
(figura 22 d) que contém ar em diferentes pressões, e devem, portanto ser estanques.
Esse equipamento, que também é conhecido como soprador Roots, tem ampla utilização no
transporte pneumático, é constituído tipicamente de dois rotores simétricos em forma de 8
conjugados por engrenagens e girando em sentido inverso, movimento este sendo realizado
em um invólucro (figura 23).
2.3.6.1 TUBULAÇÃO
Deve-se escolher o diâmetro da tubulação para que seja possível, manter em todo o trajeto
do transporte a velocidade necessária para deslocamento do produto.
O circuito é feito com tubo em aço com costura para usos gerais. Quando a natureza do
produto exige, deve-se usar tubulação em aço inoxidável ou em liga de alumínio. Se o
produto não é abrasivo, para transportes em baixas concentrações, podem ser fabricados
em chapas de aço carbono calandradas e soldadas.
Em todos os casos, o circuito deve ser perfeitamente estanque e as seções diferentes de
tubulação devem ser alinhadas perfeitamente para evitar todo e qualquer ressalto interno. O
acoplamento entre elas deve ser conseguido por meio de flanges soldadas e parafusos, com
uso de juntas de estanqueidade, gaxetas, juntas de dilatação ou outros acessórios
desenvolvidos para esse fim.
39
Para transporte de produtos pouco abrasivos, na maioria dos casos, utilizam-se curvas em
aço carbono ou fabricadas a partir de tubos sem costura. Usualmente adota-se o raio de
curvatura mínimo igual a 2,5 Ø, sendo Ø o diâmetro da tubulação.
Também são utilizadas curvas obtidas pela conformação a quente de tubos obtendo-se
curvas com grande raio de curvatura em média de 5 a 10 Ø, em aço carbono comercial, aço
inoxidável ou liga de alumínio.
Quando o produto exige reforços nas curvas, devido à abrasão, são fundidas ligas especiais,
com calotas removíveis para facilitar a troca e a manutenção.
Estas características do produto devem ser conhecidas para que seja determinada a
velocidade de transporte. Também são necessárias para o dimensionamento das válvulas
rotativas e dispositivos de alimentação.
A densidade relativa do material deve ser determinada em seu estado natural sem haver
compactação.
Ângulo de deslizamento
Ângulo de repouso é o ângulo que o produto forma com o horizonte quando derramado em
uma pilha; é uma indicação da fluidez do produto. Geralmente um ângulo de menor que 30°
propicia uma excelente fluidez. Um ângulo entre 30° e 45° propicia ao produto uma boa
fluidez, porem ângulos acima de 45° diminui a fluidez do produto na linha (figura 29).
Materiais que possuem pouca abrasividade em seu estado natural tornam-se extremamente
abrasivo em um sistema de ar devido ao efeito do atrito.
42
Devido a isto, placas especiais de desgaste são colocadas em pontos de choque. Curvas
com peças substituíveis são necessários e algumas vezes uma cobertura de borracha
natural é usada. Curvas especiais de liga de níquel podem ser adequadas dependendo da
abrasividade do material transportado. Essas curvas são disponíveis em segmentos de 15° e
somente os segmentos danificados são substituídos. Válvulas rotativas são danificadas após
cerca de 300 horas de operação quando transportando cimento; areia pode danificar uma
válvula rotativa após a descarga de um vagão de trem do mesmo material (MCKETTA,
1993).
Para quantificar a resistência que um material oferece ao atrito é utilizada a escala de
dureza de Mohs, escala esta criada por Friedrich Mohs em 1812 que utiliza 10 minerais de
diferentes durezas atribuiu a estes valores de 1 a 10. O valor 1 foi dado ao talco e o valor 10
foi dado ao diamante que é a substância mais dura encontrada na natureza.
1 - talco;
2 - gesso;
3 - calcita;
4 - fluorita;
5 - apatita;
6 - feldspato;
7 - quartzo;
8 - topázio;
9 - safira;
10 - diamante.
Quando ocorre este caso, um circuito fechado com sistema de gás inerte é requerido ou um
sistema de ventilação deve ser usado.
43
Produtos que contem mais que 10% de gordura ou óleo podem criar problemas com
acúmulo em curvas e com o separador ciclone. Força centrífuga e o aquecimento gerado
pelo atrito causam a separação da gordura nestes equipamentos. Isto, em alguns em casos,
pode ser minimizado pelo aumento do raio da curva. A adição de energia por calor nestas
regiões poderá também ajudar. Uma curva flexível agitada periodicamente ajuda a livrar o
acúmulo. Lavagem com água quente ou vapor pode também ser necessária.
Materiais com forte odor são tratados comumente da mesma forma que produtos tóxicos ou
corrosivos. Spray desodorante pode ser requerido se o ar do sistema de transporte é
eliminado para a atmosfera.
Impurezas no produto podem modificar completamente as suas características. Alguns
materiais que normalmente não são abrasivos podem se tornar devido às impurezas.
44
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta revisão bibliográfica consta de duas secções. A secção 3.1 trata do histórico e
possibilidades de aplicação do transporte pneumático. A secção 3.2 apresenta algumas
características do sistema.
3.2 Características
A distância de transporte pode variar desde alguns poucos metros até longas distâncias,
situação para a qual são particularmente recomendados. A granulometria varia desde pó até
grãos. A densidade do sólido pode variar desde 15 kg/m3 até 3 t/ m3. A aplicação típica é
para materiais finos que em outros tipos de transportadores seria perdido por arraste, e para
longas distâncias (Gomide, 1983).
46
4 SISTEMA PROPOSTO
5 METODOLOGIA
6 PROJETO BÁSICO
Tabela 2: Dados técnicos gerais fornecidos pela empresa que manuseia e extrai o material.
Dados técnicos gerais
Material Rocha fosfática
Vazão (t/h) 25
Massa específica aparente (t/m³) 1,57
Granulometria 90% abaixo de 43µ m
Umidade 0,5% máx.
Temperatura (°C) 40 máx.
Para fluidez considera-se o talco possuindo um alto fator de fluidez e o dióxido de titânio
como possuindo um baixo fator, portanto, assume-se como um nível bom a fluidez do
produto estudado.
LAYOUT PROPOSTO
h
f
a, b, c, d
b) coletar a massa do béquer + material ao ar, obtendo o valor MGar inicial bruto
granulometria Dp;
g) após a obtenção das razões acima mencionadas, definir o maior percentual retido
para utilizá-los no dimensionamento do transporte pneumático.
52
Fluido ρ γ cinemática
(kg/m3) (N/m3) ν
(m2/s)
Ar 1,20 12,1 1,51x10-5
c) coletar a massa do béquer + líquido padrão, obtendo o valor MH2O bruto (garantir
béquer com 100% de enchimento);
d) determinar, por diferença algébrica, a massa líquida do material ao ar, obtendo o
valor Mar liq;
e) determinar, por diferença algébrica, a massa líquida do líquido padrão, obtendo o
valor MH2O liq;
f) determinar, por razão algébrica (M ar liq / M H2O liq) o valor da densidade aparente dr.
M arliq
dr =
M H 2Oliq
(1)
Onde: M ar liq é a massa líquida do material ao ar utilizada no cálculo de densidade aparente
em kg, M H2O liq é a massa líquida do líquido padrão utilizada no cálculo de densidade
aparente em kg e d é a densidade aparente determinada pela razão entre M ar liq e M H2O liq .
d r = 1,57
ρ = d r × ρ H 2O (2)
ρ ≅1,57 ×998 ,2
ρ≅1567 kg/m 3
Qmat
Qvr =
ρ (3)
Onde: Qvr é vazão volumétrica de material necessária aplicável na válvula rotativa em m 3/h e
Qmat é vazão mássica de material necessária aplicável ao sistema em kg/h.
Após, calcula-se a capacidade volumétrica por rotação de material que a válvula rotativa
pode fornecer de acordo com o percentual (%) de grau de enchimento das palhetas rotativas
determinado em função da aplicação da válvula rotativa.
C vr % = C vr × % enc (4)
Onde: Cvr é o volume de material por rotação da válvula rotativa em m3/rot e Cvr% é o volume
de material necessário por rotação da válvula rotativa considerando o percentual de
enchimento das palhetas rotativas em m3/rot.
Qvr
ω= (5)
C vr %
Onde: ω é rotação válvula rotativa em rotação por minuto, Qvr é a vazão volumétrica de
material necessária da válvula rotativa em m3/rot e Cvr% é o volume de material necessário
por rotação da válvula rotativa considerando o percentual de enchimento das palhetas
rotativas em m3/rot.
DALLA VALLE apresenta expressões que levam em conta a massa específica aparente ρ e
o diâmetro das partículas Dp (variando entre 1 e 5 mm), sendo que a velocidade U é dada
em m/s.
57
A tabela 8 fornece valores típicos para diferentes materiais, contudo vale a pena informar
que estas não levam em consideração o diâmetro das partículas Dp.
Material U (m/s)
Algodão 22,9
Areia 35,6
Areia de jato 20,3
Borracha em pó 22,9
Café em grãos 17,8
Calcário moído 25,4
Carvão fino 20,3
Cereais em grãos 28,4
Cimento 35,6
Cortiça 15,2
Lã 20,3
Papel 25,4
Poeiras metálicas 9,1
Pó de chumbo 22,4
Pós de fundição 22,9
Raspas de metal 25,4
Serragem seca 15,2
Trigo 29,5
Fonte: Operações Unitárias Vol. 1, R. Gomide p. 170
No transporte horizontal e vertical de fase diluída é desejável operar à velocidade mais baixa
possível de modo a minimizar a perda de pressão por atrito, reduzir o atrito e os custos
decorrentes. Para um tamanho de tubo particular, a velocidade de fluxo pulsante (velocidade
necessária na horizontal para manter os sólidos "saltitando" em suspensão) sempre é mais
58
Q ar = U × Area (7)
Onde: Qar é a vazão volumétrica de ar necessária para o transporte m3/s e Area é a área
interna da seção do diâmetro da tubulação em m2.
Area = π × R 2 (8)
Q mat ÷ 3600
X = (9)
Q ar × 1,204
1 e / Ø 2,51
= −2,0 ×log + (10)
f 3,7
Re × f
Para determinar o fator de atrito f, faz-se necessário esclarecer algumas das variáveis
utilizadas na equação de Colebrook. A variável e trata-se da altura média da rugosidade da
tubulação, e pode ser obtida na tabela 10 em função do material da tubulação utilizado no
transporte pneumático. Contudo vale a pena comentar que a relação da altura média da
rugosidade e com o diâmetro da tubulação chama-se de rugosidade relativa ε dada pela
equação (11).
e
ε= (11)
Ø
Rugosidade Rugosidade
Material Material
média (mm) média (mm)
Ferro fundido com
Aço estirado 0,0015 1,5 - 3
incrustação
Aço laminado 0,046 Ferro fundido enferrujado 1 - 1,5
UØ
Re = (12)
ν ar
Onde: U é a velocidade média do ar em m/s, Ø é o diâmetro da tubulação em m e var é a
viscosidade cinemática do ar em m2/s.
Le U 2
hL = f (13)
Ø 2g
2 2
P1 U P U
α 1 + i + z1 = 2 α 2 + t + z 2 + h L (14)
γ 2g γ 2g
2 2
U t −U i
P1 − P2 = γ × ( z 2 − z1 ) + γ × + γ × hL (15)
2g
63
Com a vazão volumétrica de ar necessária para o transporte pneumático Qar em m3/s dada
pela equação (9) e a variação de pressão ΔP em Pa dada pela equação (15) calcula-se a
potência W em watts, requerida ao eixo do soprador, com uma eficiência η, pela equação
(16).
Q ar × ∆P
W = (16)
η
Equipamento Eficiência
Compressores reciprocantes (alternativos) 76%
Compressores de palhetas deslizantes 67%
Sopradores de deslocamento positivo 65%
Sopradores de deslocamento positivo helicoidais 70%
Ventiladores com pás radiais 64%
Fonte: Operações Unitárias Vol. 1, R. Gomide p. 177
64
Qmat
Qvr =
ρ
25000
Qvr =
1567
Qvr =15 ,95 m 3 /h
15 ,95 ×1000
Qvr =
60
(17)
Qvr =265 ,90 dm 3
/min
Na tabela 12 está indicada a capacidade volumétrica / rotação que cada modelo de válvula
rotativa proporciona em seu funcionamento.
variação de pressão não desejada no projeto. Para rotações acima de 30 rpm não é
garantido atingir a capacidade volumétrica de material especificada no projeto, pois a
velocidade de queda do material será insuficiente para o enchimento desejado para cada
caneca.
Cvr % = C vr × % enc
Qvr
ω=
Cvr %
Modelo HP-1/2
C vr % = 15 ,86 (0,60 )
C vr % =9,51 dm 3 /rot
Qvr
ω=
C vr %
265 ,90
ω=
9,51
66
Modelo HP-1
C vr % = 28 ,32 (0,60 )
Qvr
ω=
C vr %
265 ,90
ω=
16 ,99
ω=15 ,65 rpm
Modelo HP-2
C vr % = 54 ,66 (0,60 )
Qvr
ω=
C vr %
265 ,90
ω=
32 ,80
ω=8,1
1 rp
m
Qmat = 25 t/h;
ρ = 1,57 t/m3
67
Lh = 20 m;
Lv = 30 m;
Acessórios: 04 curvas 90º
(18)
Letconex = 4 ×3,6
Letconex =14 ,4 m
Le = Lt + Letconex
(19)
Le = Lh + Lv + Letconex
Le = 20 + 30 +14 ,4
Le =64 ,4 m
Como no ensaio de granulometria foi constatado que Dp << 1 mm não se pode aplicar a
equação (6) para determinação da velocidade do ar no transporte dos sólidos. A utilização
da tabela 8 também não é válida visto que o material não está listado. Então se recorre a
experiência de fornecedores do ramo para determinação da velocidade inicial de ar para o
transporte, que informa que para materiais muito finos (Dp = 37 – 210 µ m) e com massa
específica aparente ρ ≅ 1,6 t/m3 é recomendado a velocidade inicial aproximada de 28 m/s
para o transporte pneumático fase diluída.
Sólidos com 0,85 < ρ < 2 t/m3 tem um aumento da ordem de 10 m/s na velocidade terminal
(MCKETTA, 1993), com isso a velocidade terminal aumenta conforme equação (20), fato
que se pode observar pela diminuição de pressão no sistema, causada devido a perda de
68
U t = U i +10 (20)
U t = 28 +10
U t =38 m/s
U i +U t
U = (21)
2
28 + 38
U =
2
U =3
3 m
/s
69
Area = π × r 2
Area = π × (0,1524 / 2) 2
Area =0,0182 m2
Q ar = U × Area
Q = 33 ×0,0182
Q =0,60 m 3 / s
Qmat
X =
Qar
25000 / 3600
X =
0,60 ×1,204
kg sólidos
X =9,61
kg ar
Para o cálculo da perda de carga dada pela aplicação da equação (15), primeiramente
deve-se através da equação de Colebrook determinar o fator de atrito f. Com isso faz-se
necessária a aplicação das equações (10), (11) e (12), respectivamente para o cálculo do
fator de atrito f pela equação de Colebrook, da rugosidade relativa e do número de
Reynolds. Para o cálculo do número de Reynolds considera-se a viscosidade cinemática do
ar ν ar=1,51X10- 5 m2/s devido à se tratar de um transporte pneumático, o dado está conforme
tabela 6 para o ar a 20º C.
UØ
Re =
ν ar
33 × 0,1524
Re =
1,51 ×10 −5
Re = 333059
Como o material da tubulação escolhido para o projeto é o aço carbono SCH 80 (padrão
internacional no comércio de tubos de aço), pode-se obter da tabela 10 e=0,046 mm
correspondente ao aço laminado. Aplicando-se a equação (11) pode-se obter a rugosidade
relativa:
e
ε=
Ø
0,046
ε=
152 ,4
ε ≅ 0,0003
1 e / Ø 2,51
= −2,0 ×log +
f
3 , 7 Re × f
f = 0,0168
A perda de carga pode ser determinada pela equação (13), contudo como existem dois
trechos distintos para o ar percorrer na tubulação, o primeiro do soprador à descarga de
material na linha pela válvula rotativa e o segundo deste último à descarga do material no
silo de recebimento, o cálculo da perda de carga e variação de pressão é divido em 2 partes
conforme equação (22).
hL = hL + hL
1−2 2 −3
(22)
(23)
L1−2 = 10 + 2 × 3,6
L1−2 =17 ,2 m
2
L U
hL = f 1−2 i
1−2 Ø 2g
17 ,2 28 2
hL = 0,0168 × ×
1−2 0,1524 2 ×9,81
hL =75 ,76 m
1−2
72
Para o trecho 2-3 (segundo trecho), a velocidade do ar U deve ser a velocidade média U=33
m/s. Portanto aplicando a equação (13) pode-se obter:
Le U 2
hL = f
2 −3 Ø 2g
64 ,4 33 2
hL = 0,0168 × ×
2 −3 0,1524 2 ×9,81
hL =394 ,04 m
2−3
Para o trecho 1-2 (primeiro trecho), trecho limpo, a variação de pressão é dada pela
equação (15) e pode ser simplificada considerando a mesma velocidade durante todo o
trecho e uma variação de altura desprezível:
( P1 − P2 )1−2 = γ ×hL
1−2
(25)
De acordo com tabela 6 o peso específico do ar γ é igual a 12,1 N/m3, com isso pode-se
obter a variação de pressão do trecho 1-2:
( P1 − P2 )1−2 = 12 ,1 × 75 ,76
( P1 −P2 )1−2 =916 ,70 Pa
73
Para o trecho 2-3, trecho no qual se observa a mistura de ar+material calcula-se a variação
de pressão pela equação (15) e, devido a presença de material neste trecho é necessário a
correção da variação de pressão por um fator de multiplicação (k) dado pela figura 26.
2
Ut −Ui
2
( P1 − P2 ) 2−3
= γ × ( z 2 − z1 ) + γ × + γ × hL × k (26)
2g 2 −3
Como já comentado o trecho 2-3 apresenta o ar misturado com a rocha fosfática moída,
fazendo-se necessária a correção da variação de pressão pelo fator de multiplicação κ ,
obtida na figura 26. O valor da relação de sólidos está na unidade utilizada para o
levantamento da curva empírica, para tanto se pode obter fazendo as devidas conversões
de unidades:
Aplicando a equação (27) com as novas unidades solicitadas para a figura 32, a relação Xκ
que é a vazão volumétrica de ar pela vazão mássica de material em unidades inglesas é
dada por:
Qar
Xκ = (27)
Qmat
21 ,2
Xκ =
15 ,31
Qar × ∆P
W =
η
Como foi escolhido um soprador com deslocamento positivo tipo lóbulo a eficiência do
soprador η é igual a 65% de acordo com tabela 10, com isso a potência do soprador
considerando a vazão mássica de ar Qar=0,6 m3/s e a variação de pressão ΔP=38707,9 Pa é
calculada abaixo:
38ºC
44HP
O acréscimo de temperatura obtido pela figura 33 é de 38ºC (utilizado para o cálculo da taxa
filtrante do filtro de mangas) e a potência do soprador W=44HP=32,8 kW, valor este muito
próximo do valor calculado de 35,4kW, comprovando que os cálculos utilizados trazem
resultados coerentes.
78
Com a vazão volumétrica de ar necessária para o transporte pneumático Qar dada pela
equação (7) e a taxa filtrante calculada abaixo, pode-se determinar a área filtrante
necessária para o sistema em estudo.
Para a determinação da taxa filtrante são determinados os parâmetros descritos na função:
TF = A × B × C × D × E (29)
cp = 1,0035 kJ/kg K
(conforme Fundamentos da Termodinâmica, Van Wylen, Sonntag e Borgnakke, p.522)
Tiar = 25°C + 38°C = 63°C
(38°C é devido à variação de temperatura gerada pelo soprador conforme figura 33)
mmat = 9,61mar
(conforme resultado determinação da concentração de mistura do transporte)
cp_mat = 1,0871 kJ/kg K
(0,26 BTU / lb °F conforme anexo 2 - catálogo Mikropul)
Tamb = 20°C, portanto Timat = 20°C
Portanto, após o cálculo e análise do gráfico C, foi obtido o valor de C = 0,95 considerando o
valor calculado da temperatura da mistura Tmist=74,8ºF.
Onde:
U t = 38 m s
Area = 0,0182 m 2
Onde:
Qmat = 25000 kg h
Portanto:
25000
X 't = = 10 ,04 kg m 3
2489 ,7
10040
X 't = = 4384 ,3 g ft 3
2,29
81
Portanto a área filtrante necessária calculada pela equação (35) para garantir a emissão de
ar limpo, dentro das especificações da legislação vigente é dada por:
Qar final
Af =
TF
(35)
Portanto:
0,6916 × 60
Af = = 23 ,4m 2
1,772
Com a área filtrante calculada acima, pode-se selecionar o filtro de mangas para aplicação
proposta.
82
7 DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES
Todo controle do sistema e intertravamento será feito utilizando-se um CLP que gerenciará
entradas e saídas, recebendo sinais de sensores e botões e acionando válvulas, motor do
soprador e válvula rotativa e também enviando e recebendo informações da IHM que
funcionará como o supervisório do sistema.
O controle de partida e monitoramento do motor do soprador e da válvula rotativa será feito
por meio de um inversor de freqüência.
Sensores capacitivos irão controlar o nível dos silos indicando se estão cheio ou vazio.
Pressostatos indicarão pressão alta ou baixa na linha de transporte.
Um terminal de programação ficará no painel do CLP para eventuais mudanças no programa
e localização de defeitos.
a. ligar o soprador;
b. aguardar 5 minutos para entrada em regime do soprador;
c. ligar o timer do filtro de mangas no CLP;
d. abrir a válvula de esfera do silo de estocagem;
e. ligar a válvula rotativa e em conjunto ligar o sistema de fluidização do silo de
estocagem.
7.1.1.2 INTERTRAVAMENTOS
OBSERVA-SE QUE:
O procedimento de parada deve ser constituído pelas seguintes ações listadas em ordem
cronológica:
7.1.1.5 ALARMES
Todos os alarmes serão indicados na tela da IHM para visualização rápida do operador ou
manutencista. Haverá indicação áudio visual por meio de sirene e lâmpadas.
Os alarmes de pressostato podem indicar que há entupimento na linha de transporte.
Quando o sistema for colocado em manutenção, todos os equipamentos poderão ser ligados
individualmente. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados quanto ao acionamento da
válvula rotativa, ou seja, esta somente pode ser ligada individualmente se o silo estiver vazio
ou a válvula de esfera estiver fechada se houver material no silo.
Todos os demais componentes podem ser ligados individualmente sem quaisquer restrições.
7.1.4 EMERGÊNCIA
Caso acionado algum botão de emergência, localizado no painel elétrico e em alguns pontos
do trecho de transporte, o soprador e a válvula rotativa serão desligados e a válvula de
esfera será fechada.
O botão de emergência, caso apertado, ficará travado, sendo necessária uma avaliação
geral dos danos causados ao sistema por esta operação, para liberar novamente o sistema
para operação.
O botão de emergência somente deve ser utilizado em caso de extrema gravidade, quando
os procedimentos normais de parada indicados não puderem ser utilizados normalmente.
86
• terminal de programação
• IHM – interface homem máquina
• CLP – controlador lógico programável
• inversor de freqüência
• sensores de nível
• pressostato
O protocolo utilizado no campo é o REMOTE I/O, que coleta os sinais dos sensores e leva a
informação ao CLP por apenas um cabo.
O inversor de freqüência recebe as informações do CLP pela rede DH+ no formato de uma
palavra de 16 bits. Essa palavra contém informações sobre rampa de aceleração, freqüência
de trabalho entre outros sinais de configuração.
A IHM também utiliza a rede DH+ para receber informações do CLP. Esses sinais podem ser
no formato de uma palavra de 16 bits ou apenas um sinal digital de 1 bit.
Para efeito de futura cotação, foram escolhidos 3 fabricantes, quando possível, para cada
equipamento.
É recomendado que o CLP, a IHM e o inversor de freqüência sejam fornecidos pelo mesmo
fabricante devido a eventuais problemas de comunicação entre eles e a programação ser
comprometida, em alguns casos, pela diferença de origem.
A tensão de alimentação de todos os sensores é 24 Vdc com grau de proteção IP 67, com
conexões resistentes a sujeira e ambientes hostis.
7.3.1 CLP
O CLP deve conter 32 entradas e 32 saídas digitais no painel e entradas e saídas digitais e
analógicas flexíveis ao longo da planta.
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley
Modelo: SLC-500 CPU 5/04
Fabricante 2: Omrom
Modelo: CPM 2ª
7.3.2 IHM
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley
Modelo: Panel View 1500 Plus
Fabricante 2: Omrom
Modelo: NT631C-ST141-EV2
Válvula rotativa
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley
Modelo: 1305
Fabricante 2: Weg
Modelo: CFW-08
Fabricante 3: SEW
Modelo: Movidrive
Soprador
Fabricante 1: Rockwell/Allen-Bradley
Modelo: 1336
Fabricante 2: Weg
Modelo: CFW-09
Fabricante 3: SEW
Modelo: Movidrive
89
Sensor tubular diâmetro 30mm com rosca, distância sensora de no mínimo 15mm.
Fabricante 1: Balluff
Modelo: BCS M30KN2-NSC18G-AV2
Fabricante 2: Sense
Modelo: CS 20-30-RV1-A2/SY
Fabricante 3: Turck
Modelo: BC 10-M30-VP4X
7.3.6 PRESSOSTATO
Medidor de pressão com saída analógica 4..20 mA, com range de 0 a 2 bar (mínimo)
Fabricante 1: IFM
Modelo: PA3026
90
Fabricante 2: Hytronic
Modelo: HTP25 /0002 / R/ 44/ P/ MN
Fabricante 3: Nivetec
Modelo: 790 - 2 - P – 1
8 CONCLUSÃO
Embora o conceito de transporte pneumático seja utilizado há várias décadas, ainda não
está disponível literatura que indique todos os passos para desenvolvimento e
implementação de um projeto. Muitos dos dados necessários para cálculo e
dimensionamento de projetos atualmente utilizados pelas empresas que atuam neste ramo
de mercado são empíricos, pois foram obtidos ao longo de anos de experiência.
9 REFERÊNCIAS
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http://www.nol-tec.com/products-services/diagram.asp (25/10/07)
http://www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/Educ-TransportePneumatico1.htm (25/10/07)
http://www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/Educ-Transporte3.htm (22/10/2007)
http://www.powder.com.br/equipamentos/pneumaticos/valvularotativa/index.htm (24/10/2007)
http://www.polimak.com/PolEnAirlock.htm (16/11/2007)
http://www.pelletroncorp.com/Data/Rotary_GRM_English.pdf (16/11/2007)
93
http://www.deltaducon.com.br/produtos/_filtrosdemangas.html (16/11/2007)
http://www.intensiv-filter.com.br/arquivos/Artigo%20Sistema%20de%20Limpeza.pdf
(16/11/2007)
http://www.deltaducon.com.br/produtos/_ciclones.html (16/11/2007)
http://www.foxvalve.com/conveying_eductors/index.html (16/11/2007)
http://www.tecmolin.com.br/site/produtos.htm (16/11/2007)
http://aeromecanicadarma.com.br/ventilacao.htm (07/11/2007)
http://www.nei.com.br/lancamentos/verLancamento.aspx?id=6655 (07/11/2007)
www.fem.unicamp.br/~em672/SisFlu_01.doc (16/11/2007)
http://www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/Educ-Transporte2.htm (07/10/2007)
http://www.powder.com.br/equipamentos/pneumaticos/filtrodemangas/index.htm
(05/11/2007)
http://www.imapa.com.br/fm_pjet.htm (19/10/2007)
94