Necrose associada à infecção por agentes biológicos (principalmente bactérias) a um
tecido, ou no caso específico da lesão por isquemia ou hipóxia no tecido cerebral (fenômeno ainda não muito bem compreendido).
Em tecidos infectados, forma-se um processo infamatório devido ao recrutamento de
leucócitos para neutralizar os microorganismos. Neste caso pode haver lesão e morte celular mediada por toxinas bacterianas ou fúngicas ou então devido ao processo inflamatório, e como o tecido inflamado é rico em leucócitos as células mortas são rapidamente fagocitadas e digeridas. Em todo caso a digestão do tecido necrótico resultará na formação de uma massa residual amorfa, composta por pus caso a necrose seja resultado de uma infecção aguda e haja presença de leucócitos mortos.
Achados à microscopia óptica
• Completa destruição da arquitetura tecidual.
• Transformação do tecido em uma massa amorfa (daí o termo liquefação).
Necrose Caseosa
É uma forma bastante distinta de necrose de coagulação. Macroscopicamente o tecido
se torna esbranquiçado, granuloso, amolecido, com aspecto de queijo friável. Esta necrose é encontrada em tecidos infectados com o bacilo da tuberculose e sua formação é fortemente mediada pelo sistema imune do indivíduo, que participa da formação de granulomas no tecido infectado.
Achados ao microscópio óptico
• Perda da arquitetura tecidual
• O tecido exibe uma massa amorfa composta predominantemente por proteínas (caseína - desnaturação protéica), e também formações granulomatosas de massas protéicas amorfas cercadas por uma borda inflamatória.
Calcificação Distrófica
O fenômeno da Calcificação distrófica na necrose está associado a lentidão na digestão
dos restos celulares do foco necrótico, o que atrai sais de Ca++.