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O documentário Zeitgeist 3 aborda o sistema monetário em que se baseia a

actual sociedade e a farsa que a mantém em funcionamento.

O sistema monetário tal como o conhecemos hoje em dia baseia-se no


endividamento, na ganância/ambição e o lucro que estes podem gerar. É uma
sociedade baseada no desequilíbrio.

Desde cedo que todos nós somos obrigados a enveredar pelo sistema
educacional que pouco a pouco vai moldando a nossa consciência,
aproveitando-se da nossa fragilidade e inocência. A pureza das crianças é
utilizada para a criação/continuação de uma esquizofrenia humana,
denominada ego, um falso centro que foi criado de modo a que as pessoas se
identifiquem com a sua mente, criando um desequilíbrio emocional
inimaginável. O problema é que com a pressão o ego é moldado consoante a
necessidade da sociedade, e as mentiras tornam-se rapidamente em verdades
inquestionáveis que são apenas desculpas bizarras para actos tremendamente
cruéis contra toda a humanidade. É uma doença do forro psicológico, onde
apenas uma pequena parte da grande floresta foi iluminada, totalmente
desequilibrada e contagiosa.

Foi uma jogada inteligente, a humanidade foi evoluindo e consigo a inteligência


também, sendo que assim os primeiros (ditos) génios aproveitaram-se do
egoísmo animal (mecanismo de salvação) e converteram todos os outros seres
a seu favor. Com a sua vaidade e a inocência dos outros, foi fácil criar esta tal
doença.

Embora o ego tenha sido e ainda seja uma ilusão necessária ao


desenvolvimento e comunicação entre a humanidade, a identificação com este
é desnecessária.

Toda a criança nasce uma semente, e para uma semente germinar e


posteriormente crescer e desabrochar é necessária uma certa ambição, que
nada mais é do que seguir os seus próprios instintos. Seguir sempre em
viagem a aprender cada vez mais, é uma necessidade.

Então toda essa parte é negada no sistema educacional confundindo a criança


de tal maneira que ela não sabe se segue a verdade biológica (natural) ou a
crença psicológica. São continuamente desencorajadas com medos e críticas
que levam à destruição da sua autoconfiança. Ao mesmo tempo que o seu lado
verdadeiro vai sendo deixado para trás, é-lhes dado um novo rumo a seguir,
um desejo de crescer para provar que é alguém; aqui a mente começa a
dominar. A criança agora segue uma farsa para tentar preencher o vazio que
sente, acreditando no futuro e relembrando o passado como uma forma de
lição, desprezando completamente o momento presente e a alegria que este
proporciona.
Todo o sistema educacional é apenas para fortalecer este falso centro, cada
vez com mais inovações, prémios desde dinheiro a medalhas e diplomas,
cheios de promessas em relação ao futuro. E a criança é aprisionada num
quarto escuro cada vez com mais sede de se revelar, de sair e viver, enquanto
o falso centro luta constantemente para saciá-la.

Finalmente na universidade, o ego está completamente moldado, todas as


barbaridades tornaram-se verdades. Agora quem outrora fora humano, hoje
tornou-se numa pessoa.

A pessoa irá fazer o possível e o impossível para saciar aquela enorme sede
que ela sente. O problema é que o amor e a coragem foram negados, deixando
de serem um todo, e tornaram-se em meios. Em mentiras que as ajudam a
alcançar metas.

Desta forma cada um, luta, o que mais pode para preencher esse vazio, mas
como existe um desvio em relação aos seus instintos, o seu amor é dirigido a
coisas materiais, mantendo a sociedade a funcionar. As pessoas cada vez
adquirem mais coisas, lutam para adquirir cada vez mais, e grandes dívidas
são criadas, dívidas que são a base da existência de mais lucro. O capitalismo
baseia-se neste desequilíbrio.

Quando a identificação com o ego está completa, acontece o reconhecimento


da individualidade, este reconhecimento faz com que o homem deixe de viver
como um Todo no Todo (Existência) e este sentimento de separação causa um
medo enorme, tudo ao nosso redor torna-se desconhecido, e nada é mais
temível do que não saber o que se passa ao nosso redor. É como quando
estamos deitados e começamos a ouvir barulhos estranhos lá fora, e sem
sabermos o que se passa, entramos em paranóia. Então toda a aventurança
neste desconhecido ou o não conhecimento deste (desconhecido) torna-se
sinónimo de morte, e morte significa o fim da vida tal como é conhecida na
individualidade (do ego). O ser humano passa a temer a sua segurança e é aí
que a sua atenção é direccionada para sistemas de protecção como a casa.

Quando vamos ao banco pedir um empréstimo para comprar/fazer uma casa,


não sabemos que o banco não possui esse dinheiro. O dinheiro que nos é
emprestado é dinheiro proveniente das dívidas (juros) de outros (que devem).

Ou seja, o dinheiro não existe fisicamente nas instituições, ele é criado a partir
de dívidas.

O mesmo pode ser observado nos noticiários, o mundo está cheios de


problemas. Existe pobreza, existe guerra, existe criminalidade, existem
doenças, existe corrupção, enfim, existe sofrimento.

O que seriam dos médicos se não existissem doenças? O que seriam dos
polícias se não existisse criminalidade? Como poderia haver a maior parte dos
empregos se não existissem os problemas para os quais foram inventadas
soluções?

Cada vez mais problemas, problemas que mantêm o sistema a funcionar, e


como tal não podem ser resolvidos nele.

Toda a sociedade é um sistema que escraviza quase toda a humanidade para


o benefício de alguns, muito poucos. E esses são os denominados os reis do
mundo, que governam as empresas que operam os grandes pontos da
sociedade.

São ideologias como a moralidade e a ética que se aproveitaram da compaixão


existente em cada um de nós, que vão de encontro com a paz que tanto
queremos alcançar, ideologias que são mentiras que nos prendem ao nosso
“eu” (ego/falso), mantendo a sociedade a funcionar.

É necessária uma revolução na consciência humana, é apenas isto que o


documentário quer transmitir, expor o projecto vénus ao mundo, um projecto de
sociedade que se baseia nos recursos do planeta, e na tecnologia que
possibilita o gerenciamento, e consequentemente a distribuição de igual forma
por todos nós, filhos da Terra.

“Este mundo lhe dá um tremendo desafio


Não culpe os outros. O que quer que eles sejam, eles são. Na verdade, toda
a esperteza e embuste do mundo lhe ajudam a ficar atento.

Se este mundo não lhe pode ajudar a ficar consciente, então que
mundo será capaz de tornar você atento, cauteloso?

Este é um bom mundo; ele lhe dá um tremendo desafio para ser


consciente.”

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