O objetivo da amostra é estabelecer um diálogo entre pessoas com deficiência visual e a
exposição dos acervos do museu Emílio Goeldi. Formada por dois ambientes do cotidiano (floresta, cidade), a exposição surpreende pela maneira que é apresentada, a interação das pessoas em um local onde os visitantes irão explorar os ambientes. A idéia de mostrar como cada pessoa tem a idéia de percepção dos objetos através dos sentidos e superando seus limites de como vêem a vida, pois, pessoas com deficiência visual total recebem informações por meio do tato e da audição com a descrição detalhada dos ambientes e imagens de fácil compreensão e pessoas com deficiência visual parcial precisam proximar-se muito de um objeto ou texto para identificar seu conteúdo, através da comunicação visual baseada em contraste de cores para facilitar seu entendimento. O projeto origina da exposição da curadora Lúcia Santana sobre a Arte do Miriti: rios, mãos entalhos e cores, que após a convivência com os artesãos, teve a idéia de criar um ambiente em que se possa aprender a conviver com as diferenças e esquecer-se do preconceito.