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Maringá
Departamento de Ciências Morfofisioló
Morfofisiológicas
ANATOMIA HUMANA
Breve histórico,
questões éticas e legais na
utilização do cadáver.
Anatomia
Significado de termos: Anatomia e Dissecação
História da Anatomia
Seu estudo tem uma
longa e interessante
história, desde os
primórdios da
civilização humana.
Inicialmente limitada
ao observável a olho
nu e pela manipulação
dos corpos, expandiu-
se, ao longo do
tempo, graças a
aquisição de
tecnologias
inovadoras.
OSSOS ARTICULADOS: figura
do livro De humani corporis
fabrica, de ANDREAS
VESALIUS, 1543 (gravura 22).
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Histó
História da Anatomia
Representação de caça
encontrada no Rio Grande do
Norte: uma das mais antigas
pinturas rupestres do mundo
Histó
História da Anatomia
Egípcios: Técnicas de
conservação do corpo
humano:
- Mumificação (natural)
- Embalsamamento
(química)
Histó
História da Anatomia
A anatomia Humana é
considerada a matéria mais
antiga da Medicina, tanto que,
inicialmente, ambas se
confundiam. (“Nulla Medicina
sine Anatomia!” =>Não há
medicina sem anatomia)
(Di Dio,
www.sbanatomia.com.br)
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Histó
História da Anatomia
Grécia
antiga:
Maior
aceitação
como ciência.
Histó
História da Anatomia
Escola de Alexandria (século III a.C.): dissecava
cadáveres de condenados a morte.
Histó
História da Anatomia
Roma => Dissecação: (proibida em 150 a.C.;
retornou muitos anos mais tarde, mais por
questões práticas que intelectuais).
Galeno de Pérgamo
(130 a 200 a.C.):
retrocesso, aliado a
igreja => animais;
Até 1400 seus
“ensimamentos”
foram utilizados.
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Histó
História da Anatomia
Idade média:
O Homem de Vitrúvio
(1492): simetria
(proporção e equilibrio
das formas)
Marcus Vitruvius Pollio: arquito e engenheiro romano-interesse
humanista-antroponcentrismo
Michelangelo
Buonarotti: ápice;
20 anos adquirindo
conhecimentos do
corpo humano num
convento.
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Obras de Michelangelo
David
Moisés
Histó
História da Anatomia
Histó
História da Anatomia
Andreas Vesalius
(1514-1564): “De
humani corporis
fabrica”. Corrigiu
erros de outros
anatomistas, expôs
esqueleto do corpo
humano. “Pai da
Anatomia”
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Vesá
Vesálio (1514-
(1514-1564)
1564)
Vesá
Vesálio (1514-
(1514-1564)
1564)
•Foi responsável por uma revolução:
•Monumental obra intitulada “De Humani Corporis
Fabrica Libri Septem” (1543).
•Corrigiu erros da Anatomia Galênica,
•Fez contribuições em: osteologia e miologia e
rejeitou, em cardiologia, a noção de Galeno do
septo pérvio (intercomunicante).
• A revolução contra Galeno e sua Anatomia
provocou ondas de críticas que o conduziram à
Espanha, onde foi escolhido como médico do
Imperador Carlos V.
Histó
História da Anatomia
Escola de Salermo: Primeira escola de Anatomia a se
destacar na Europa – dissecação de animais. (Italia,
França e Alemanha)
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Histó
História da Anatomia
Histó
História da Anatomia
Histó
História da Anatomia
Formalina utilizada com fixador (1890)
Raios X (1985)
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Atualidades
Gunther von Hagens
(Universsidade de Heidelberg)
Plastinação
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Atualidades – Von Hagens
NOMENCLATURA (NOMINA)
ANATÔMICA
Uniformização internacional dentro da anatomia
1955 - Congresso de Paris, onde surgiu a chamada
P.N.A.(Paris Nomina Anatomica), com termos em
Latim, facultando a cada país a tradução destes
termos para sua própria língua).
A última atualização da nomenclatura anatômica,
ocorreu em fevereiro de 1998, quando a Federação
Internacional de Anatomistas reuniu-se em Mainz,
Alemanha para apresentar a nova Nomina
Anatômica.
Comissão Federativa da Terminologia Anatômica e
Membros da Federação Internacional de
Associações de Antomistas (56 associações) –
Prof. Liberato J. A. Di Dio, Secretário Geral.
Professor Emérito e Diretor Emérito do Medical College of Ohio, USA, Professor de Anatomia Cirúrgica
e Metodologia Científica, UNISA, Pesquisador Senior do CNPq, Instituto do Coração-USP, UMC,
UNIMES
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Histó
História da Anatomia
Conhecimento do corpo humano:
- Criar métodos de estudos na busca do
conhecimento morfológico => uso de
cadáveres (Necessidade de manter o
corpo íntegro).
Anatomia
Bioé
Bioética – significado
Bioética
“bios” = vida
“ethos” = ambiente, comportamento, ética
É uma ciência da vida. Uma ciência nova (1991-Van
Rensselaer Potter– oncologista norte americano) que
une a reflexão moral, a biologia, a medicina, a
sociologia, etc.
É uma associação de diversas disciplinas,
comprometidas com a vida: humana, vegetal, animal.
Participam: biólogos, botânicos, veterinários, médicos,
enfermeiros, psicólogos, advogados, assistentes
sociais, filósofos, teólogos, sociólogos, teólogos.
21/03/09
HISTÓ
HISTÓRICO – Bioé
Bioética
Código de Nuremberg, 1947 (2a Guerra Mundial – holocausto
mundo ocidental cria um código para limitar estudos com
seres humanos)
Declaração Universal dos Direitos do Homem, 1948
Declaração de Helsinque, 1964; 1975; 1983; 1989; 1996;
2000; 2002
Bioética início em 1970
Van Rensselaer Potter =>criou a palavra Bioética
Brasil 1988 - 96=> Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
CONEP (é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde):
função cunsoltiva, deliberativa, normativa e educativa.
(CEP- Comitês de Ética em Pesquisa):
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“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi
sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este
corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu
embalado pela fé e pela esperança daquela que em
seu seio agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos
sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou
e foi amado e sentiu saudades de outros que
partiram. Acalentou e esperou um amanhã feliz, e
agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse
derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse
uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o
destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza
de servir à humanidade. A humanidade que por ele
passou indiferente. Este é o lugar onde se ufana
de socorrer a vida.”
Rokitansky (1876).
Bioé
Bioética
Ética da vida
Bioética
Interação entre a vida e o
universo das normas e valores
morais;
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Anatomia
Cadáver como material de estudo
Anatomia
Anatomia - Dilemas
Primeiro dia de aula:
Misto de curiosidade, repugnância, pesar,
ansiedade e medo
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Ética
Justificativa
Ação
Ensino de Anatomia Humana
Moral Direito
Voluntária
Regras Obrigatória
Sartre
LEGISLAÇÃO
Lei n° 8.501, de 30 de
novembro de 1992
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O que diz a lei federal 8.501
LEGISLAÇÃO
Art. 2° O cadáver não reclamado junto às
autoridades públicas, no prazo de trinta
dias, poderá ser destinado às escolas de
medicina, para fins de ensino e de pesquisa
de caráter científico.
LEGISLAÇÃO
§ 1° Na hipótese do inciso II deste artigo, a
autoridade competente fará publicar, nos
principais jornais da cidade, a título de utilidade
pública, pelo menos dez dias, a notícia do
falecimento.
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LEGISLAÇÃO
Art. 4°
Cumpridas as exigências estabelecidas nos
artigos anteriores, o cadáver poderá ser
liberado para fins de estudo.
Anatomia e Bioé
Bioética
A utilizaç
utilização do cadá
cadáver é uma trítríplice liç
lição
educativa :
a. Instrutiva ou informativa,
informativa, como meio de
conhecimento da organizaç
organização do corpo
humano,precedendo ao estudo no vivo;
b. Normativa, disciplinadora do estudo,
estudo, pelo
seu cará
caráter metodoló
metodológico e de precisão de
linguagem;
c. Esté
Estético-
tico-moral, pela natureza do material de
estudo, o cadá cadáver, e pelo mé método de
aprendizado, a dissecaç
dissecação, que é experiência e
fuga repousante na contemplaç
contemplação da beleza e
harmonia de construç
construção do organismo humano.
O Professor Renato Locchi, já falecido, foi Professor Catedrático
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da
Escola Paulista de Medicina.
LEGISLAÇÃO
O modo de proceder:
Estabelecida a existência de cadáver de pessoa não
identificada ou, identificada, sem que os Assistentes-
Sociais consigam localizar seus parentes ou
responsáveis, vítimas de morte natural:
a) A instituição de ensino interessada no cadáver deve
promover a publicação de editais "em jornal de grande
circulação, em dez dias alternados e pelo prazo de trinta dias,
onde deverão constar todos os dados identificatórios
disponíveis do cadáver e a possibilidade de serem dirigidas
reclamações de familiares ou responsáveis legais ao oficial
delegado";
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LEGISLAÇÃO
1997 => Dirigentes das IES públicas + ministério
público => comissão de distribuição de cadáveres do
Paraná (sem caráter jurídico para ordenar as doações
entre as universidades);
2007 => Criação do Conselho Estadual de
Distribuição de Cadáveres, instituído pela Assembléia
Legislativa do Estado do Paraná.
=> A aprovação do Conselho, foi feita
simultaneamente à da Lei Estadual 15.471. O
documento amplia a norma Federal de 1992
estabelecendo os critérios legais para a doação
voluntária e estendendo-as para as escolas que
necessitam de aulas de anatomia, mas não possuem o
curso de medicina.
LEGISLAÇÃO
LEI Nº
Nº 15471 - 10/04/2007
Publicado no Diá
Diário Oficial Nº
Nº 7451
de 16/04/2007
LEGISLAÇÃO
Art. 1°
Fica o Poder Executivo, através da Secretaria
de Estado de Ensino Superior, Ciência e
Tecnologia, autorizado a instituir o “Conselho
Estadual de Distribuição de Cadáveres”, que
terá a finalidade de fazer a distribuição de
cadáveres não identificados, não reclamados
ou doados, para todas as Instituições de
Ensino Superior Estaduais e Particulares, que
possuam em seus currículos as disciplinas de
Anatomia e/ou Pesquisas Científicas em
Cadáveres.
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LEGISLAÇÃO
Art. 2°
O Poder Executivo designará a
composição do Conselho que será
formado por representantes das
instituições de Ensino Superior que
tenham em seus currículos a
disciplina de Anatomia e/ou
Pesquisas Científicas em
Cadáveres.
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