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c Responsabilidade Civil Profissional

Conceito de atividade profissional: Conjunto de atos praticados em decorrência do


exercício de ofício autônomo ou subordinado.

A responsabilidade é contratual ou extracontratual? Em regra a responsabilidade civil


profissional é contratual, posto que decorrente de um negócio jurídico que tem por objeto
uma prestação de serviço. Maria Helena Diniz, citada por Pablo Stolze, esclarece que existem
profissões que possuem G 

 , incidindo sobre tais profissões responsabilidade
tanto contratual quanto extracontratual: Ex: o advogado, independentemente do contrato,
deve pautar seu comportamento conforme o estatuto da advocacia e o código de disciplina,
assim como o médico deve observar o Código de Ética Médica.

c Responsabilidade Civil Profissional

Subjetiva ou objetiva? A responsabilidade civil profissional é subjetiva, ou seja, o


profissional responde subjetivamente. Todavia, se o profissional estiver na condição de
empregado ou preposto, a responsabilidade civil do empregador ou comitente será objetiva
nos termos do art. 932, inciso III do CC ou art. 14 do CDC em se tratando de relação de
consumo. Nos termos do §4º do art. 14 do CDC a responsabilidade dos profissionais liberais
será subjetiva.

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Obrigações de meio e de resultado:

Nas obrigações de meio o devedor atua sem garantir o resultado. Nas obrigações de
resultado, o devedor se obriga a atuar e a produzir o resultado esperado. Os médicos e
advogados possuem obrigação de meio, posto que não estão obrigados a garantir o resultado
esperado pelo paciente e cliente, mas devem ser cautelosos no exercício da atividade.
Relativamente ao cirurgião plástico, sua responsabilidade será de resultado. Para as profissões
onde as obrigações sejam de resultado, a sua não ocorrência gera presunção de culpa
(inversão do ônus da prova ao profissional). Nas obrigações de meio, para que o profissional
seja responsabilizado é preciso que tenha agido com imperícia, competindo ao lesado fazer a
prova da culpa.

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2007.001.52975 - APELAÇÃO CÍVEL DES. JOSE GERALDO ANTONIO - Julgamento: 17/10/2007 -


SÉTIMA CÂMARA CÍVEL RESPONSABILIDADE CIVIL DO ADVOGADO - NATUREZA SUBJETIVA -
OBRIGAÇÃO DE MEIO E NÃO DE RESULTADO. DESÍDIA DO ADVOGADO NÃO CONFIGURADA. A
responsabilidade civil do advogado é de natureza subjetiva, sendo sua obrigação de meio e
não de resultado e só pode ser reconhecida por desídia, quando deixar de praticar os atos
judiciais de interesse da parte. Cabe ao profissional do direito avaliar as possibilidades e
adequação quanto à interposição, ou não, de recursos, não lhe sendo exigível interpor
recursos meramente procrastinatórios, visando a retardar a prestação jurisdicional.Recurso
improvido.
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2007.001.27320 - APELAÇÃO CÍVEL DES. MARIA HENRIQUETA LOBO - Julgamento: 26/09/2007


- SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Responsabilidade civil. Erro médico.Danos materiais e morais.Cirurgia
ortopédica. Lesão dos nervos do 3° quirodáctilo da mão esquerda.Ação indenizatória ajuizada
pela paciente contra o seguro-saúde, o médico e o hospital.Agravo retido.Preliminar de
ilegitimidade passiva ad causam do seguro-saúde. Rejeição.Legitimado passivo é aquele que o
autor indica como réu, segundo a teoria de Liebman, adotada pelo Código de Processo Civil.
Dentro de um conceito abstrato do direito de agir, a legitimação fica no campo da afirmação e
o mérito no campo da prova.Saber se a parte é ou não responsável pela lesão é matéria de
mérito.Responsabilidade objetiva e solidária da seguradora, que credenciou o médico
responsável pelo evento danoso.Quem se compromete a prestar assistência médica por meio
de profissionais que indica, é responsável pelos serviços que estes prestam.Responsabilidade
subjetiva do médico. Culpa demonstrada.Dois laudos periciais que concluem pela existência de
nexo de causalidade entre a cirurgia realizada pelo segundo réu para retirada de cisto e a
secção dos nervos da mão esquerda da paciente.Necessidade de uma segunda cirurgia para
enxerto de nervos. Demora que acarretou seqüela permanente e não recuperada totalmente
na segunda cirurgia.Sentença de procedência parcial condenando a seguradora e o médico ao
pagamento de 100 (cem) salários mínimos a título de danos morais. Improcedência do pedido
quanto ao nosocômio.Exclusão do terceiro réu (clínica) porque contratado apenas para
hospedar a paciente, não tendo sido comprovada qualquer falha naprestação de seus
serviços.Dano material decorrente da redução da capacidade laborativa da autora.Dano
moral.Quantum indenizatório que atende aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.Desprovimento dos recursos de apelação e agravo retido da seguradora, e
parcial provimento ao recurso da autora para condenar a primeira ré e o segundo réu no
pagamento de indenização por dano material no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), no
período de 03 de outubro de 2002 a 17 de março de 2003, tendo em vistasua incapacidade
total e temporária, e 15% (quinze por cento) sobre seus vencimentos, em caráter permanente,
a partir de 18 de março de 2003, a serem apurados em liquidação de sentença, tendo em vista
a redução de sua capacidade laborativa, acrescidos de juros de mora a contar da citação e
correção monetária a contar deste acórdão.

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