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Neste trabalho iremos fazer uma breve apresentação dos carboidratos de cadeias longas, os
polissacarídeos, entre eles, o amido, o glicogênio, a celulose e a ciclodextrina. Mostraremos a sua
estrutura e suas aplicações tecnológicas.
Carboidratos são também chamados de glicídios, que vem do grego glykis, doce, ou de
sacarídeo, do latim saccharum, açúcar. Se a ingestão de carboidratos é muito grande, este se
transforma em lipídeo (gordura, que também é reserva alimentar), o que acarreta num ganho de peso.
Os carboidratos desempenham muitas funções vitais no mundo animal e vegetal. Através da
fotossíntese as plantas transformam o dióxido de carbono em carboidratos, que podem ser usados como
material estrutural ou como reserva alimentar. As plantas contêm o pigmento verde clorofila, que
catalisa a conversão de dióxido de carbono e água em carboidratos. A reação é termodinamicamente
desfavorável, mas ocorre porque a energia necessária é fornecida pela luz solar.
Tanto a amilopectina como a amilose, por hidrólise produz milhares de unidades de α-D-
glicopiranoses, que poderão ser convertidas em CO2, água e energia.
GLICOGÊNIO
A celulose é a componente estrutural das paredes da célula rígida e dos tecidos fibrosos das
plantas. É o ingrediente principal do algodão, madeira, linho, palhas e folhas de milho. A celulose é
insolúvel em água, podendo ser hidrolisada (H2SO4 aq.70%). A hidrólise completa fornece a D-
glicose, enquanto que a hidrólise parcial fornece a celobiose.
A celulose é um polímero não ramificado formado por unidades de glicose ligadas pelas
posições 1,4 e β (diferente do que ocorre no amido e no glicogênio). Não tendem a se enrolar em
estruturas helicoidais. Devido a formação de ligação de hidrogênio, a ligação de muitas cadeias de
celulose constitui um polímero muito insolúvel, fibroso e rígido, ideal para a parede celular dos
vegetais.
As enzimas do organismo humano não conseguem atacar as ligações 1,4 e β, assim a celulose
não é fonte alimentar para os seres humanos, como o amido.
A celulose é empregada na fabricação de papel, de explosivos, de acetato de celulose (tecidos) e
na fabricação de filmes fotográficos.
Muitos derivados da celulose são comercializados. São grupos que as hidroxilas livres foram
transformadas em ésteres ou éteres, assim são mais solúveis em solventes orgânicos e permite que
sejam conformadas em fibras. O “Arnel” ou triacetato, formado pela reação da celulose com anidrido
acético, é muito utilizado na industria têxtil. O “algodão pólvora” ou trinitrato de celulose é usado em
explosivos. O raion é feito pela reação da celulose com o dissulfeto de carbono.
QUITINA
Carboidratos complexos são encontrados nas paredes das células de bactérias, na cartilagem
animal e em várias mucilagens. A quitina é o principal constituinte das cascas das lagostas e
caranguejos. É um polissacarídeo que contém nitrogênio e forma a "casca" dos crustáceos (camarão,
lagosta, siri) e os exoesqueletos dos insetos. É semelhante à celulose, exceto no C2 de cada unidade de
glicose onde a hidroxila (-OH) é substituída por um grupo acetilamino.
Referência Bibliográficas
1. McNAUGHT, Alan D. Nomenclatura of carbohydrates. Pure & Appl. Chem., U.K., v. 68, n.10, p.
1919-2008, 1996.