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Estátua da Liberdade

Estátua oferecida pela França, em


1886, para comemorar o centenário
da independência dos EUA.

As Treze Colónias Ingleses


Características das colónias inglesas

Colónias do
Factores de Colónias do
Norte e
União Sul
Centro
Actividades Língua
Comercial Actividades
Industrial (metalúrgica)
Tradições Exploração agrícola de
Agrícola (colónias do
políticas grandes latifúndios
centro)
Liberdades
individuais
Dependência da Sociedade
Coroa britânica Aristocrática
Sociedade Luta contra os Esclavagista (a mão-de-
Burguesa obra utilizada nas
colonos explorações agrícolas era
franceses constituída por negros,
oriundos de África)
•Políticas •Económicas •Sociais
- Dependência face ao - Descontentamento - A burguesia deseja
domínio britânico; face ao regime de obter liberdade política
- Influências iluministas; exclusivo imposto pelo e económica face aos
- Limitação das regime britânico; ingleses.
liberdades - Impostos sobre o chá,
o açúcar e o papel
selado.
Boston Tea Party (1773)

No dia , um grupo de colonos, disfarçados de


índios, atirou ao mar o carregamento de chá de 3 navios ingleses
ancorados no porto de Boston. Foi o início da Revolução Americana.
Entre e , realizaram-se
dois congressos na cidade de Filadélfia;
uma das resoluções saídas dessas
reuniões foi a organização de um
exército, liderado por George
Washington, para resistir aos Ingleses.

George Washington
Em , no terceiro Congresso de
Filadélfia, os representantes das 13 colónias
inglesas proclamaram a independência.

Em , no Tratado de Versalhes, a
Inglaterra reconheceu a independência dos
Estados Unidos.

Declaração de Independência
dos Estados Unidos da América
Sentado à mesa está George
Washington, 1º Presidente dos EUA.
A figura central, de pé, junto à mesa, é
Thomas Jefferson, que redigiu a maior
parte do documento e que veio a ser o
terceiro presidente dos EUA.
A aplicação da filosofia das Luzes:
a Constituição Americana

Em 1787 as colónias aprovaram uma


Constituição que garantia:
• liberdades e direitos dos cidadãos;
• separação dos poderes legislativo (Congresso),
executivo (Presidente) e judicial (tribunais);
• a República federal: cada Estado federado
conservava a sua autonomia, mas um governo
central ocupava-se das questões comuns, como
a defesa e os negócios estrangeiros;
• soberania da nação, em que o presidente e o
Congresso eram eleitos através do voto do povo.
A França nas vésperas da Revolução

A nível político: Monarquia absoluta, cujo rei era Luís XVI. Este regime estava a ser
posto em causa pelas ideias iluministas;
A nível social: A sociedade estava marcada por uma acentuada hierarquização e
dividida em privilegiados e não privilegiados;
A nível económico: A economia era predominantemente agrícola e os camponeses
continuavam a trabalhar nas terras das ordens privilegiadas.

Sociedade francesa antes da Revolução


A França de finais do século XVIII Em Maio de 1789 – O rei Luís
vivia um período de crise XVI convocou os Estados Gerais
económica; os maus anos (assembleia constituída pelos 3
agrícolas, os gastos com as guerras estados sociais) de modo a
e o custo da corte arruinaram os encontrar uma solução para a
cofres do Estado francês. crise generalizada em que a
França tinha mergulhado.

Desacordo entre privilegiados e


não privilegiados:
Clero e nobreza: 1 voto por cada
ordem;
3º Estado: 1 voto por cabeça
(individual)

Os representantes do 3º Estado formaram a Assembleia


Nacional com o objectivo de elaborar uma Constituição.
O rei obrigou os elementos do clero e da nobreza a
participarem, formando-se uma Assembleia Nacional
Constituinte.
14 de Julho de 1789 – Tomada da Bastilha – uma prisão que era um dos
símbolos do poder absoluto. Esta prisão-fortaleza foi tomada de assalto e
os presos, que contestavam o regime, foram libertados.
Agosto de 1789 – reinício dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte

Medidas tomadas:

•Extinção de todos os direitos feudais;

•Elaboração da Declaração dos Direitos


do Homem e do Cidadão, que defendia a
igualdade de todos perante a lei, o
cumprimento dos direitos individuais,
como a liberdade, o direito ao voto e à
posse de propriedade;

•Aprovação da Constituição de 1791 que


institui uma monarquia constitucional,
com base na separação dos poderes, na
soberania popular e na supremacia da lei,
embora limitasse o acesso ao voto, uma
vez que também regulamentava o
sufrágio censitário.
Napoleão Bonaparte
Imperador dos Franceses (1804-1814)

Medidas para a modernização de


França:
reorganização da administração
pública;
publicação do Código Civil que
consagrou o direito à propriedade
privada e à igualdade perante a lei;
construção de obras públicas;
reforma do ensino;
fundação do Banco de França
Napoleão conquistou um vasto império
Políticas
- Separação dos poderes;
- Soberania da Nação;
- Abolição dos direitos feudais;
- Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão

Económicas
Consequências da Revolução - Abolição dos direitos feudais;
Francesa - Abolição das corporações;
- Livre concorrência/ Liberdade
económica.

Sociais
- Todos os cidadãos são iguais perante a
lei;
- Maior equidade fiscal;
- Liberdades e garantias dos cidadãos.
 Condicionalismos da Revolução

• Invasões francesas: entre 1807 e 1810,


Napoleão invadiu Portugal por três vezes.

• A família real deslocou-se para o Brasil,


passando a capital portuguesa a ser o Rio de Bloqueio Continental
Janeiro.

As tropas francesas foram expulsas


definitivamente em 1811, com a ajuda do
exército inglês.
- As Invasões Francesas abalaram Portugal:
•Desorganização da economia, devido às devastações causadas pelos
exércitos;
•Em 1808, D. João VI decretou a abertura dos portos brasileiros às nações
amigas, beneficiando principalmente a Inglaterra, o que prejudicou a
burguesia nacional;
•Após a expulsão dos Franceses, o rei não regressou do Brasil e os ingleses
continuaram a governar o nosso país.
 Movimento revolucionário de 1820

24 de Agosto de 1820 – estalou no Porto a revolução. Entre os seus dirigentes


estavam Manuel Fernandes Tomás, José Ferreira Borges e José da Silva
Carvalho, membros do Sinédrio, associação que preparou o golpe.
Foi constituída a Junta Provisional do Supremo Governo do Reino que exigiu
ao rei o seu regresso do Brasil e preparou eleições para as Cortes
Constituintes. Beresford e os generais ingleses foram expulsos do exército e
do país.
 A Constituição de 1822

A Constituição de 1822
As Cortes Constituintes concluíram a Constituição em Setembro de 1822. A
nova lei magna do país estabelecia:
•A soberania da Nação, que através do voto devia eleger os seus
deputados;
•A separação dos poderes (legislativo, executivo e judicial);
•Igualdade dos cidadãos perante a lei;
• Direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

D. João VI, que regressara do Brasil em 1821, promulgou a Constituição em


Outubro de 1822.
 A independência do Brasil

D. Pedro tornou-se o 1º
Imperador do Brasil

A revolução liberal forçou o regresso de D. João VI a Portugal em 1821, numa altura em que
se sentia que o Brasil aspirava a tornar-se autónomo. D. Pedro, filho mais velho do rei,
permaneceu em terras brasileiras como regente.
Em Portugal, as Cortes Constituintes quiseram retirar os privilégios alcançados pelo Brasil
durante a permanência de D. João VI. Revoltados com a situação, os Brasileiros, com D.
Pedro à cabeça, proclamaram a sua independência a 7 de Setembro de 1822 (Grito do
Ipiranga).
A independência foi reconhecida por Portugal em 1825.
 A reacção absolutista

Vilafrancada

D. Miguel

A rainha D. Carlota Joaquina e D. Estas revoltas levaram à


Miguel eram defensores do absolutismo divisão da sociedade
e vão conspirar contra o novo regime. portuguesa:
A Vilafrancada (1823) e a Abrilada -Os liberais: defensores da
(1824) foram dois movimentos monarquia constitucional
encabeçados por D. Miguel que visavam (intelectuais e burgueses);
restaurar a monarquia absoluta. -Os absolutistas: que
D. Miguel teve que se exilar, visto defendiam o regresso à
que não obteve êxito. monarquia absoluta (clero,
nobreza e povo rural).
Em 1826, quando faleceu D. João VI,
D. Pedro, foi aclamado rei de Portugal.
Como era também imperador do Brasil,
D. Pedro (IV) abdicou em favor de sua
filha Maria da Glória, futura rainha D.
Maria II, que tinha apenas 7 anos.
Por ser menor, o seu tio D. Miguel
assumiu a regência do Reino até que esta
atingisse a maioridade, na condição de
vir a casar com Maria da Glória.
D. Miguel comprometia-se ainda a
respeitar as leis liberais.

D. Maria II com a Carta Constitucional de 1826


 A Carta Constitucional de 1826

D. Pedro IV aboliu a Constituição de 1822 e


promulgou a Carta Constitucional de 1826.

Atribuía mais poderes ao rei: além do direito de


veto sobre as leis das Cortes e do poder executivo,
o rei passou a deter também o poder moderador. O
clero e a nobreza recuperaram parte dos seus
privilégios.

-Vintistas: partidários da

Divisão dos liberais em dois grupos: Constituição de 1822;


- Cartistas: defensores da
Carta Constitucional.
 A Guerra Civil

1828 - D. Miguel não respeitou o acordo e fez-se proclamar rei absoluto.

1831 – D. Pedro regressou do Brasil para liderar o partido liberal e, na Ilha


Terceira, reuniu os meios e os homens necessários e desembarcou no Porto para
ocupar a cidade em 1832. Era o início da guerra civil entre liberais e absolutistas
(miguelistas).

1834 – Convenção de Évora Monte: depois de várias derrotas, D. Miguel


assinou a paz. O Liberalismo estava definitivamente implantado em Portugal.
 A consolidação do Liberalismo

Os ministros de D. Pedro elaboraram as


leis necessárias para eliminar as velhas
estruturas do Antigo Regime:

Mouzinho da Silveira – aboliu os


morgadios inferiores a 200 mil réis, os
dízimos e as sisas; liberalizou a economia
através da extinção de monopólios, da
abolição das portagens e impostos sobre a
circulação interna de mercadorias; Mouzinho da Silveira: um dos
maiores legisladores do
Ferreira Borges – dotou o país de um Código liberalismo português

Comercial para regulamentar o comércio;

Joaquim António de Aguiar – extinguiu as


ordens religiosas masculinas e pôs os
respectivos bens à venda.

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