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Sistema reprodutor:
Fases da oogénese:
Controlo hormonal:
Hormonas:
- Estrogénios: produzidos pelas células foliculares e pela teca interna.
Aumenta conforme o crescimento folicular e diminui na ovulação, voltando a
aumentar na fase luteínica. É responsável pelas contracções uterinas e
maturação dos caracteres sexuais secundários
1
- Progesterona: produzida pelo corpo lúteo atingindo valor máximo no
desenvolvimento desse corpo, que, quando degenera, a progesterona diminui.
Induz o endométrio a espessar e assegura a gravidez
Ciclo ovárico:
Ciclo uterino:
Mecanismo de retroacção:
SEXO MASCULINO
Sistema reprodutor:
Glândulas anexas:
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A formação dos espermatozóides é feita da periferia para o lúmen
dos túbulos.
Fases da espermatogénese:
Controlo hormonal:
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- A actividade do complexo altera-se também sob a acção de estímulos
nervosos externos ou internos, visto que produz variações na produção de
GnRH e o descontrolo do ciclo sexual.
FECUNDAÇÃO
Antes:
Durante:
Processos biológicos
A partir de multiplicações celulares. Por divisões mitóticas
Crescimento
e também devido ao aumento de volume das células
Conjunto de movimentos de territórios celulares que
Morfogénes tomam posições uns em relação aos outros, de acordo
e com as estruturas que vão formar. São originadas 3
camadas.
Especialização estrutural e bioquímica de células da
ectoderme, endoderme e mesoderme no sentido de
Diferenciaçã
desempenhas funções específicas. Os diferentes tecidos
o celular
inter-relacionam-se, formando órgãos e sistema de
órgãos.
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Mudanças no comportamento do feto à medida que o sistema nervoso se
desenvolve
Controlo do desenvolvimento
Após a sua acção a HCG é eliminada pela urina podendo ser detectada nos
testes de gravidez
Produção de leite
MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE
Métodos não-naturais:
Físicos:
- Preservativo: evita o encontro dos gâmetas; protege das DST. Pode romper-
se ou deixar passar espermatozóides quando não for utilizado adequadamente.
- Diafragma: impede a entrada de espermatozóides no útero. Requer
orientação médica e o uso de espermicidas; pouco recomendável a mulheres
jovens.
- DIU: impede a união dos gâmetas ou a nidação se já tiver havido fecundação.
Pode ser desconfortável; risco de infecções que podem levar à infertilidade; não
aconselhável a mulheres jovens.
Químicos:
Cirúrgicos:
Vantagens
- Boa tolerância pela maioria das mulheres
- Impedem a ovulação ou a fecundação
- Os ciclos menstruais passam a ser mais regulares e sem dores
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Desvantagens
- Problemas de hipertensão
- Problemas de diabetes
- Insuficiências de circulação
- Os riscos podem agravar-se por interacção com tabaco, drogas, álcool, etc.
Causas da infertilidade
Masculinas Femininas
Produção de espermatozóides Anomalias na secreção hormonal –
insuficiente problemas de ovulação
Deficiência na mobilidade dos Problemas ao nível do endométrio
gâmetas
Elevada % de espermatozóides Muco cervical desfavorável aos
anormais espermatozóides
Anomalia congénita no aparelho reprodutor
Ausência de produção de gâmetas
Exposição à tóxicos como tabaco, álcool, drogas, etc
Infecções genitais
Obstrução ou alteração das vias de circulação de gâmetas
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REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Fecundação in vitro:
Microinjecção citoplasmática:
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- Obtenção de gâmetas fora do casal
- Mães de substituição (casos de mulheres com ausência ou com anomalias
congénitas do útero, que sofreram histerectomia)
- Situações de monoparentalidade
- Situações de casais homossexuais
- Produção de um filho de acordo com determinado padrão genético
- Intervenção da clonagem na reprodução
- Futuro dos embriões excedentários
- Direitos dos seres humanos que vão nascer
O CONTRIBUTO DE MENDEL
Conclusão:
Segundo Mendel:
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- Cada organismo possui 2 factores que determina uma característica
- Principio da segregação factorial: na formação dos gâmetas os factores
separam-se de tal modo que cada gâmeta contém um só factor de cada par.
- O factor recessivo nunca se manifesta na presença do dominante
Actualmente:
Conclusão:
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> No diibridismo os alelos se comportam como em dois cruzamentos de
monoibridismo, ocorrendo simultaneamente.
> Principio da segregação independente: os genes que determinam
características diferentes distribuem-se independentemente nos gâmetas
> A probabilidade de um acontecimento ocorrer é independente da sua
ocorrência em tentativas anteriores
> A probabilidade de dois acontecimentos independentes ocorrerem
conjuntamente é igual ao produto das probabilidades de ocorrerem
isoladamente.
Leis de Mendel
13
TEORIA CROMOSSOMICA DA HEREDITARIEDADE
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Fenótipo: corpo negro e asas vestigiais x corpo cinzento e asas longas
Genótipo: bbvgvg x b+b+vg+vg+
Gâmetas: bvg x b+vg+ b b X b+ b+
vg vg vg+ vg+
Fenótipo da descendência F1:
- Todos apresentam corpo cinzento e asas longas (características
dominantes – selvagens)
Exemplo: Sistema Rh
> Rh é um aglutinogénio
> Sangue do tipo Rh+ contém esse aglutinogénio. Pode receber sangue Rh+ ou
Rh-
> Sangue do tipo Rh- não possui esse aglutinogénio. Só pode receber sangue
Rh-
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Actualmente existe uma vacina que é injectada na mãe e que inibe a
actuação dos anticorpos anti-Rh
4) Hereditariedade humana
Recessiva:
- Maioria dos descendentes afectados possui pais normais
- Heterozigóticos apresentam fenótipo normal
- Dois progenitores afectados originam uma descendência em que todos os
indivíduos apresentam anomalia
Dominante:
- Anomalia tende a aparecer em todas as gerações
- Quando um indivíduo manifesta a anomalia, pelo menos um dos progenitores
também a possui
- Quando um dos progenitores apresenta anomalia, aproxim. metade da
descendência pode ser afectada.
- Os heterozigóticos apresentam anomalia
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Por isso é mais frequente manifestar-se uma característica recessiva no
homem do que na mulher.
Recessivo no cromossoma X
- Não afecta igualmente homens e mulheres
- Quando um homem afectado cruza com uma mulher normal, originas filhos
fenotipicamente normais e filhas portadoras.
- Quando uma mulher portadora cruza com um homem normal há 50%
probabilidade de os filhos serem normais e 50% de probabilidade de serem
afectados. As filhas são todas normais podendo 50% ser portadoras.
No geral:
- Um homem afectado transmite a doença a todas as suas filhas
- Uma mulher afectada transmite a doença aos filhos e filhas
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REGULAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO
MUTAÇÕES
Definição:
AGENTES MUTAGÉNICOS
MUTAÇÕES GÉNICAS
TIPOS
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- Substituição è ocorre a troca de um ou mais pares de bases. Chama-se
transição a substituição de uma purina por outra ou de uma pirimidina por outra
e transversão a substituição de uma purina por uma pirimidina ou vice-versa.
- Adição è acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA,
modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a
transcrição.
- Delecção è acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA,
modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição.
ALGUMAS DOENÇAS HEREDITÁRIAS ver folhas anexas
MUTAÇÕES CROMOSSÓMICAS
ESTRUTURAIS
- Provocam alterações na estrutura dos cromossomas, podendo ocasionar a
perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes.
- Podem acontecer por delecção, duplicação, translocação ou inversão de partes
de cromossomas.
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- Trissomia (2n+1) è um cromossoma a mais no cariótipo.
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Caso sejam alterados por agentes mutagénicos passam a permitir que as
células se dividam indefinidamente.
Vector: entidade que possa levar o material genético do genoma de onde foi
tirado para o genoma que o vai receber. Os mais comuns são os plasmídeos das
bactérias.
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4. O gene passa a fazer parte do plasmídeo possui agora, para além dos
seus genes, o gene estranho (um DNA recombinante)
5. O plasmídeo recombinante em contacto com bactérias pode introduzir-se
nelas (estimulação com choque térmico). Estas bactérias funcionam como
hospedeiras aceitando o plasmídeo.
6. A partir do DNA recombinante, o gene inserido passa a comandar a
síntese da proteína desejada.
Alguns plasmídeos possuem genes que lhes conferem resistência a alguns
antibióticos, o que permite localizar as bactérias que contêm o DNA
recombinante. Sujeitam-se as bactérias a um meio com esse antibiótico e as
que resistirem são isoladas, pois possuem o plasmídeo recombinante
Transcriptase reversa:
enzima existente em
determinados vírus que
catalisam a formação de DNA a
partir de RNA.
- A replicação do cDNA é
catalisada pela enzima DNA
polimerase, que transforma
cDNA com uma cadeia numa
molécula com duas cadeias.
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Impressões digitais genéticas ou DNA fingerprint ver “Texto
informativo” e livro p.138
Processo:
Processo:
SISTEMA IMUNITÁRIO
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Agentes patogénicos: seres que podem provocar doenças (patologias)
Vírus: seres acelular que possuem um património genético constituído por DNA
ou RNA (retro-vírus), mas nunca os dois simultaneamente. São rodeados por
uma camada proteica (cápside), possuindo, por vezes, algumas enzimas e
invólucro externo, o qual é produzido pela células hospedeira onde se
multiplicam. São parasitas intracelulares obrigatórios. São incapazes de se
reproduzir e de realizar o metabolismo de modo autónomo.
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bioquimicamente único. São a expressão de genes que existem sob diferentes
formas alélicas.
2ª Linha de defesa
Resposta inflamatória (esquema 6 das fichas)
- Acontece quando os microorganismos conseguem ultrapassar as barreiras
anatómicas.
- Mastócitos e basófilos produzem histamina e outros mediadores químicos
que provocam a dilatação dos vasos e aumentam a permeabilidade.
- Aumenta a quantidade de fluido intersticial, o que provoca um edema na
região
- Quimiotaxia: a acumulação de substâncias químicas inflamatórias activa o
sistema imunitário, atraindo células efectoras para o local
- Diapedese: os neutrófilos e monócitos deformam-se, atravessam as paredes
dos capilares e passam para os tecidos infectados.
- Os monócitos transformam-se me macrófagos, que fagocitam as células
estranham e destroem-nas em vacúolos digestivos por acção de enzimas
hidrolíticas
- A dor no local é devido à distensão dos tecidos e à acção de diversas
substâncias químicas sobre as terminações nervosas que existem na zona.
- O rubor e o calor são causados pelo maior afluxo sanguíneo
- Ocorre a cicatrização por processos mitóticos
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Resposta sistémica: envolve todo o organismo. Um dos sintomas é a febre.
As toxinas produzidas pelos agentes patogénicos e certos compostos
chamados pirogénios, produzidos por alguns leucócitos, podem fazer disparar
a febre.
- A febre muito alta é perigosa mas a febre moderada contribui para a defesa
do organismo.
IMUNIDADE HUMORAL
Estrutura do anticorpo:
Imunoglob
Características e funções
ulinas
Mais abundante no soro humano. Pode atravessar a placenta.
IgG
Existe no colostro e no leite
IgM Existe exclusivamente no soro
Lágrimas, saliva, secreção nasal, suor, leite, suco intestinal e
IgA
muco. No soro em concentrações baixas
Mais na superfície dos linfócitos B, como receptor antigénico. No
IgD
soro em concentrações baixas
Liga-se aos basófilos e mastócitos e é responsável por alergias.
IgE
No soro em concentrações baixas
Anticorpos pertencentes a classes diferentes podem apresentar a mesma
especificidade antigénica.
Vigilância imunitária
Rejeição
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- Quando se reincide o excerto a resposta imunitária é muito mais intensa e
rápida, devido à informação retida pelos linfócitos Tm (memória).
- Para minimizar as rejeições procuram-se tecidos ou órgãos que sejam
compatíveis com as características bioquímicas do receptor. Este é ainda
submetido a um tratamento com drogas que suprimem a resposta
imunitária, mas que devido à sua baixa selectividade podem comprometer
a capacidade do sistema imunitário em relação a outras infecções.
ALERGIAS
Tipos de hipersensibilidade:
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Fase de sensibilização: Resulta da síntese de
grandes quantidades de imunoglobulina E (IgE)
É a mais que se liga aos mastócitos.
frequente e Resposta secundária: Num 2º contacto com o
manifesta- alergénio, este vai ligar-se ao IgE dos
Tipo I se mastócitos. O complexo antigénio-anticorpo
Imedi imediatame activa os mastócitos e basófilos, os quais
ata nte após o libertam histamina que desencadeia uma
contacto resposta inflamatória intensa – vasodilatação
com o (diminui tensão arterial), edema, afluxo de
alergénio. células fagocitárias e secreção de grandes
quantidades de muco que causa a contracção
dos bronquíolos.
Leva mais Resposta imunitária mediada por células.
Tipo II de 12h Alergias de contacto: Sobreactivação de certas
Tardia para se células do sistema imunitário devido à repetida
desenvolve aplicação de uma substância sobre a pele. Ex.
r eczema de contacto
Património genético constitui um importante factor de risco na
génese de certas alergias.
AUTO-IMUNIDADE
Mecanismos de desencadeamento:
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As injecções de insulina servem para controlar a diabetes crónica mas não
ataca a doença, a qual pode levar ao mal funcionamento do sistema
cardiovascular, sistema nervoso, gangrena das extremidades, insuficiência
renal e cegueira. Pode haver uma pré-disposição genética para a diabetes.
Artrite reumatóide:
- Caracterizada pela destruição (proteólise) das cartilagens pelo sistema
imunitário, o que leva ao enfraquecimento dos ligamentos e à deformação das
articulações
Esclerose múltipla:
- Doença neurológica que se declara entre os 20 e 40 anos. A mielina dos
axónios e células nervosas é destruída por linfócitos T ou por mediadores
químicos, ocorrendo lesões na substância branca dos centros nervosos.
- Certos linfócitos T reactivos confundem determinado antigénio com os
auto-antigénios do indivíduo e atacam a mielina. Os macrófagos fagocitam os
detritos e apresenta-os ao sistema imunitário. Os linfócitos B também
produzem os anticorpos contra os constituintes da mielina.
- Em 80% dos casos os sintomas são: perturbações sensitivas, formigueiros,
falta de acuidade visual, desequilíbrio, dificuldades motoras dos membros
inferiores, etc.
- Alternam-se períodos de crise com períodos de remissão. As crises podem
durar vários dias ou semanas deixando ou não sequelas – “cicatrizes”
formadas por tecidos de sustentação, zonas sem mielina e axónios.
- A longo prazo estas lesões levam a uma atrofia do sistema nervoso
central.
IMUNODEFICIENCIAS
Congénita:
Adquirida:
Causas Básicas:
- Falha na transferência de passiva de anticorpos do colostro
- Insuficiência de colostro
- Falha na absorção dos anticorpos
- Stress
- Administração de Corticóides
- Desnutrição
- Drogas citotóxicas / irradiação
- Linfomas e outras condições neoplásicas
- Infecções Bacterianas Crónicas (Exaustão Imunológica)
- Infecções Virais: Viroses linfotrópicas (ex. SIDA); Viroses indutoras de Exaustão
Imunológica; Viroses indutoras de neoplasia linfóide.
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O HIV é um retrovírus responsável por infectar os linfócitos T4, levando ao
enfraquecimento do sistema imunitário
Uma pessoa infectada com o HIV reage à sua presença através da produção
de anticorpos anti-HIV pelos linfócitos B, pelo que a pessoa é denominada de
seropositiva e pode transmitir o vírus, mesmo que não tenha sintomas clínicos
– ver fichas informativas + pág.197
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Interferões: os interferões produzidos por organismo manipulados são
utilizados no tratamento de cancros.
- Uma enzima corta o DNA de um linfócito humano nas zonas de restrição. O
mesmo acontece com o plasmídeo da bactéria. As ligases unem o plasmídeo
aberto e o gene humano isolado. O plasmídeo recombinante é introduzido na
bactéria que produz o interferão.
Desvantagens da biotecnologia:
- Existem riscos que levantam problemas de ordem ética
PRÓS:
- Permitiu a produtividade em certos sectores agrícolas (produção de arroz e
milho)
- Permitiu reduzir a fome nos países onde foi aplicada
CONTRAS:
- Foi responsável por:
- Degradação dos solos,
- Baixa nos níveis dos lençóis freáticos,
- Aumento da poluição (uso de fertilizantes e pesticidas químicos)
- Perda de biodiversidade ao substituir as variedades selvagens por
sementes seleccionadas.
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- A milhões de anos atrás, os microorganismos proporcionaram a produção de
alimentos ao Homem (pão, vinho, cerveja, manteiga, queijo, etc) sem que este
soubesse da sua existência
Microorganismos:
POSSÍVEIS SUBSTRACTOS:
- Lípidos
- Hidratos de carbono
- Proteínas
REACCÇÕES ENZIMÁTICAS
QUE OCORREM NO
HIALOPLASMA:
- Glicólise: ocorre a
degradação da glicose em
piruvato
- Redução do piruvato:
conduz à formação dos
produtos de fermentação
FERMENTAÇÃO: Obtenção de
energia, na ausência de
oxigénio, a partir da
FERMENTAÇÃO ALCCÓLICA
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- As leveduras convertem os hidratos de carbono do mosto da uva ou da
cerveja em etanol e CO2, o qual pode originar as bolhas de algumas bebidas
fermentadas.
- O vinho deixado em contacto com o ar pode produzir vinagre, pois bactérias
aeróbias do género Acetobacter desenvolvem-se sobre a superfície, oxidando
o etanol, que se transforma em ácido acético.
- Na panificação as
leveduras produzem uma série enzimas que lhes permite decompor o amido
da farinha em compostos mais simples, os quais, por fermentação, produzem
álcool e CO2.
- O etanol evapora-se e o CO2 fica retido, formando bolhas que faz aumentar
o volume da massa. A cozedura mata as leveduras e faz expandir o CO2,
formando-se espaços do interior do pão.
FERMENTAÇÃO LÁCTICA
Para que se inicie uma reacção química é necessário haver colisões entre
os átomos das moléculas envolvidas.
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Quanto maior for o número de colisões (maior agitação corpuscular), mais
facilitada será a reacção química entre os reagentes.
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MODELO DO “ENCAIXE INDUZIDO” DE KOSHLAND
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INIBIÇÃO DA ACTIVIDADE ENZIMÁTICA
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estabiliza. A velocidade máxima é atingida quando todas as moléculas da
enzima estiverem ocupadas em catálise. Desse modo, os centros activos das
enzimas atingem a saturação, não há enzimas livres.
5. Inibidores:
a.Inibição competitiva: um aumento da concentração do substrato (até um
certo ponto), faz aumentar a velocidade da reacção (há mais possibilidades
da enzima encontrar as moléculas de substrato)
b. Inibição alostérica: acção dos inibidores é independente da
concentração do substrato. Haverão tantas moléculas inibidas quantas
moléculas de inibidor existirem. A inibição poderá ser ultrapassada fazendo
aumentar a concentração da enzima.
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A produção de alimentos saborosos, disponíveis e seguros por parte das
indústrias alimentares inclui:
- Processamento de matérias-primas para produzir alimentos estáveis;
- A utilização de microorganismos ou produtos da sua actividade;
- A distribuição de alimentos até ao consumidor final com garantias de
qualidade.
PROCESSOS DE CONSERVAÇÃO
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- Todos os alimentos têm tendência a deteriorar-se devido às enzimas
intrínsecas
Ervas aromáticas, cebola, alho, ovos e leite são alimentos que apresentam
substâncias antimicrobianas.
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Conservação de alimentos
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Utilidade dos microorganismos deve-se: à sua diversidade metabólica e
nutricional associada à capacidade de se reproduzirem rapidamente,
produzindo compostos de grande utilidade.
No processo industrial todos os factores devem ser rigorosamente
controlados (pH, temperatura, humidade, esterilização, etc)
Selecção de Matérias-
microorganis primas e pré-
Melhorame Preparação
nto da do meio de
Fermentad
or
Controlo
das
Recuperação e
formulação do
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As enzimas imobilizadas têm sido utilizadas em:
- Produção de antibióticos
- Redução dos níveis de lactose no leite
- Conversão da glicose em frutose
- Produção de biossensores
Biossensores: dispositivos analíticos pouco complexos que incorporam um
agente biológico como parte fundamental, permitindo o reconhecimento e a
quantificação de um dado composto a analisar.
- Permitem detectar álcool no sangue, glicose em fluidos orgânicos, drogas
na urina, etc.
- Possuem elevada sensibilidade e especificidade, detectando o substrato em
concentrações muito baixas.
- Podem ter um vasto campo de aplicações no controlo da poluição e
gestão do ambiente.
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TRANSFORMAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS DOS ALIMENTOS
Os microorganismos possuem:
- Uma função anabólica síntese de substâncias essenciais à nutrição do
homem
- Uma função catabólica degradação de compostos complexos em simples.
- Capacidade para degradar as paredes celulares celulósicas (não digeríveis
pelo ser humano), tornando a estrutura do alimento mais permeável à saída
dos compostos nutritivos que estão no interior.
Uma opinião pública cada vez mais informada exigirá um maior controlo desses
processos e produtos
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- Sobrexploração de madeiras
- Fragmentação devido à construção de vias de comunicação e expansão de
centros urbanos
- Poluição atmosférica
- Introdução de espécies exóticas
Agricultura tradicional:
- Baseia-se no conhecimento empírico, ao longo do tempo, que permitiu o
desenvolvimento de técnicas no sentido de uma melhor rentabilidade do solo.
- Aplicação de adubos orgânicos, que em muitos casos são adubos verdes
- Pousio de terrenos após a colheita
- Rotação de culturas
- Associação de espécies com diferentes necessidades de nutricionais
- Rega com água dos rios ou poços, praticada individual ou colectivamente.
Monocultura:
- A rentabilidade das grandes plantações assenta nos avanços tecnológicos
- Desde a preparação do solo para a plantação até à colheita, todo o trabalho é
efectuado por máquinas: monda, irrigação, aplicação de fertilizantes e de
pesticidas.
- Utilizam-se fertilizantes sintéticos, por vezes em quantidades excessivas,
sem disso resultar um aumento significativo de rendimento.
- No combate às doenças são utilizados pesticidas que se espalham pelas
águas, pelo solo e pelo ar
- Pesticidas e fertilizantes em excesso poluem o ambiente
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1) Degradação dos solos: erosão, perda de fertilidade, salinização,
desertificação
- A colheita retira o total das plantas e deixa o solo praticamente sem resíduos
orgânicos. São então utilizados fertilizantes sintéticos, muitas vezes em
quantidades excessivas, não sendo absorvidos pelas raízes e ocasionando a
poluição do ambiente.
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Agricultura biológica: sistema de produção baseado no funcionamento do
ecossistema agrário. Utiliza práticas agrícolas que fomentam o equilíbrio do
ecossistema, a manutenção e a melhoria da fertilidade do solo.
Muitas das técnicas são idênticas às da agricultura tradicional.
A agricultura biológica também usa “químicos” pois estes fazem parte da
constituição de todos os materiais, mas, salvo rara excepções, não usa
componentes químicos sintéticos. Substituem-se os agroquímicos por
fertilizantes e pesticidas de origem vegetal, animal ou mineral.
Vantagens:
- Produz alimentos saudáveis ricos em nutrientes
- Fertiliza os solos, reduzindo a desertificação
- Usa racionalmente a água e preserva os aquíferos
- Reduz o impacte sobre a biodiversidade
- Respeita a vida selvagem e os ambientes naturais
- Preserva a vida rural
- Protege a saúde dos agricultores
- Permite uma autêntica segurança alimentar
- CULTIVO DE PLANTAS
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Processos de reprodução artificial: Estaca, Mergulhia, Alporquia, Enxertia
(p.285)
- CRIAÇÃO DE ANIMAIS
- CLONAGEM DE PLANTAS
Etapas do processo:
55
1) Colocar em cultura (1º dia): Uma folha é colocada em líquido
desinfectante e depois lavada com água destilada. Remove-se uma pequena
porção, o explante, que será colocado num meio com elementos nutritivos
e hormonas vegetais (oxinas, giberelinas, citocininas, ácido abcísico, etileno)
2) Micropropagação (6 semanas mais tarde): forma-se o tecido caloso
(calo), um maciço de células indiferenciadas provenientes da
desdiferenciação* das células da planta em multiplicação in vitro.
Fragmenta-se o calo em microrrebentos que são colocados em meios de
cultura adequados.
3) Micropropagação ou enraizamento (4 semanas mais tarde): os
microrrebentos transformam-se em calos que são transportados para um
meio contendo somente elementos nutritivos. 6 semanas mais tarde obtém-
se a plântula.
4) Aclimatização (15 dias mais tarde): após o desenvolvimento de
pequenas plantas, elas são removidas para a estufa onde, colocadas em
vasos com terra, continuam a desenvolver-se antes de passarem para o ar
livre.
Clonagem de plantas
Vantagens Desvantagens
Produção numerosa, rápida,
Técnica altamente especializada
homogénea e económica
Utilização de um só indivíduo,
Pode conduzir a uma redução
seleccionado pelas suas características
considerável da diversidade das
– melhoramento genético
espécies cultivadas
As plantas apresentam maior vigor
As características seleccionadas
A homogeneidade das culturas pode
encontram-se em todo o clone
torná-las mais sensíveis a doenças
Diminuição do espaço de trabalho
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ENGENHARIA GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS
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Obter milho resistente à pirale:
- A utilização de plasmídeos de
Abrobacterium
tumefaciens e de
Abrobacterium rhizogenes
na transferência de genes
deve-se à capacidade destes
microorganismos do solo de
- CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Aspectos controversos:
CONTROLO DE PRAGAS
1) Luta química:
Vantagens:
- Aumenta a produtividade para uma população crescente
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- Diminui o número de mortes causadas por insectos
Desvantagens:
- Causam doenças
- Perigo de envenenamento
- Poluição
- Dispêndio económico elevado
- Aceleram a resistência genética
- Afectam organismos não visados no tratamento
- Efeito cumulativo
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2) Luta biológica: práticas alternativas
- Rotação de culturas
- Policultura em detrimento da monocultura
- Cultura em faixas
- Utilização de porta-enxertos resistentes à uma determinada praga
- Culturas em locais onde não existem as suas principais pragas
- Plantio de culturas marginais para atrair pragas para fora da cultura
principal
- Plantio de sebes em redor das culturas de forma a fornecer habitats para
predadores das pragas
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Esterilização de machos: criação de grandes quantidades de machos de
uma espécie que são esterilizados, em determinada fase do desenvolvimento,
por métodos físicos (radiações ionizantes) ou químicos. Os machos estéreis são
depois largados na área afectada, para competirem com os machos selvagens
durante o acasalamento. Os machos esterilizados impedem a formação de
ovos viáveis.
3) Luta integrada
4) Controlo genético
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- Engenharia genética: transfere-se para a planta o gene que lhe permite
resistir a uma agressor particular. Criam-se plantas transgénicas resistentes.
+
- Redução de custos no controlo de pestes
- Redução da quantidade de pesticidas e de fertilizantes
em regra altamente poluentes para o ambiente.
DL50: dose que origina a morte de 50% dos indivíduos de uma população
estudada.
64
Eutrofização cultural ou acelerada: processo de enriquecimento em
nutrientes, acelerado pelas actividades humanas, culminando na eutrofização.
Lago oligotrófico:
- Baixos níveis de nutrientes Lago mesotrófico:
- Crescimento limitado do - Aumento da concentração em
fitoplâncton nutrientes
- Água límpida - Desenvolvimento do fitoplâncton
- Boa penetração da luz - Aumento da turvação
- Crescimento da comunidade - Redução da comunidade vegetal
aquática submersa submersa
Lago eutrófico:
- Elevada concentração de nutrientes
- Crescimento rápido do fitoplâncton
- Acumulação de detritos e algas
mortas
- Aumento da taxa de decomposição
- Redução do O2 dissolvido
- Morte de peixes e moluscos por
asfixia
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Soluções para a poluição da água
1 – Prevenção
2 – Tratamento
2) - Fossas sépticas
- ETAR
1) Tratamento preliminar:
2) Tratamento primário:
3) Tratamento secundário:
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TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Vantagens:
- Não são necessárias grandes áreas para o tratamento dos resíduos
- Permite valorizar os resíduos no composto
- O composto é um material rico em nutrientes
- Actua no solo como uma esponja retendo a humidade e nutrientes
- Melhora as características dos solos (nova estrutura)
- Os solos ficam menos afectados pela erosão
- Diminui a utilização de fertilizantes
- Reduz a quantidade de resíduos nos aterros
- Não requer conhecimentos técnicos ou equipamento especializados.
Parte da energia absorvida pela Terra é irradiada sob forma de radiação IV,
que é absorvida pelo vapor de água, CO2 e CH4, entre outros gases presentes na
atmosfera. Com o aumento dos gases, a atmosfera terá capacidade de absorver
mais radiação IV, originando uma alteração no equilíbrio térmico do planeta.
Algumas consequências:
- Fusão das calotes polares
- Aumento do nível médio da água dos oceanos
- Menor qualidade da água
- Extinção de fauna e flora
- Problemas na agricultura e pesca
- Maior probabilidade de infecções alimentares
- Aumento do risco associado a doenças
- Aumento do risco de incêndios florestais
Chuvas ácidas
Os gases com azoto e enxofre produzidos nas mais diversas actividades
humanas, ao reagir com o vapor de água existente na atmosfera, produzem
ácidos como o ácido nítrico e ácido sulfúrico, que constituem a chuva e a neve
ácida (pH < 5,6). Estas provocam perdas na produtividade agrícola, dado que
se verifica a acidificação dos solos, e a corrosão/destruição de obras
arquitectónicas.
Camada de ozono
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Situa-se na estratosfera (15km a 50km), constituída por O3, e tem a função de
“filtrar” as radiações solares, impedindo que a maior parte dos raios UV chegue
à superfície terrestre.
A sua destruição deve-se aos CFCs:
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Como reduzir a pegada
Alimentos
• Preferência pelo consumo de produtos nacionais ou produzidos
localmente, por alimentos da época e produzidos através da agricultura
biológica;
• Incremento da produção local de alimentos, nos quintais e hortas
existentes;
• Adopção de uma alimentação preferencialmente à base de cereais e
vegetais, em detrimento da carne e peixe;
• Redução do consumo de “fast food”.
Bens de consumo
• Redução do nível de consumo, principalmente de bens supérfluos;
• Preferência de produtos “amigos do ambiente”, duradouros, reciclados ou
recicláveis;
• Reutilização e reaproveitamento de bens, compra em segunda mão.
Energia e água
• Poupança de energia e água através de simples práticas caseiras, como
seja o isolamento térmico, utilização de lâmpadas e aparelhos eléctricos
de menor consumo, diminuição do volume de água do autoclismo, etc.;
• Se for viável, investimento em painéis solares ou outras formas de
energia renovável.
Transportes
• Utilização preferencial de transportes públicos, principalmente
ferroviários;
• Sempre que possível andar a pé ou de bicicleta;
• Manutenção frequente da viatura particular; compra de carros de baixo
consumo e abastecidos a gasolina sem chumbo.
Serviços públicos
• Adopção de formas de recreio e turismo com menores impactes
ambientais (eco-turismo).
Resíduos
• Compostagem de resíduos orgânicos no jardim ou quintal de casa;
• Reciclagem de papel, vidro, plástico, embalagens, pilhas, latas
(ecopontos);
• Reutilização e reaproveitamento de bens, utilização de sacos de compras
reutilizáveis;
• Prioridade de compra de produtos que não venham envolvidos em
embalagem excessiva.
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