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Leandro Luiz Raimundo Procópio

ACESSO À JUSTIÇA

Santos Dumont
2008
Leandro Luiz Raimundo Procópio

ACESSO À JUSTIÇA
.

Trabalho apresentado à disciplina de


Teoria Geral do Processo, do curso de
Direito da Faculdade de Ciências
Jurídicas, da Fundação Educacional São
José de Santos Dumont.
Orientadora: Profª Ivone

Santos Dumont
2008
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2 RESUMO.................................................................................................................................4
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................................7
4 BIBLIOGRAFIA:....................................................................................................................7
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ACESSO À JUSTIÇA

1 INTRODUÇÃO

A expressão "acesso à justiça" é reconhecidamente de difícil definição, mas


serve para determinar duas finalidades básicas do sistema jurídico – o sistema pelas
quais as pessoas podem reivindicar seus direitos e ou resolver seus litígios sob as
promessas do Estado.
Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos; segundo, ele deve
produzir resultados que sejam individual e socialmente justos. Nosso enfoque, aqui,
será primordialmente sobre o primeiro aspecto, mas não poderemos perder de vista
o segundo. Sem dúvida, uma premissa básica será de que a justiça social, tal como
desejada por nossas sociedades modernas, pressupõe o acesso efetivo de acordo
com a obra comentada.

2 RESUMO

O conceito de acesso à justiça tem sofrido uma transformação importante,


correspondente a uma mudança equivalente no estudo e ensino do processo civil. A
teoria era de que, embora o acesso à justiça pudesse ser um "direito natural", os
direitos naturais não necessitavam de uma ação do Estado para sua proteção.
Esses direitos eram considerados anteriores ao Estado; sua preservação exigia
apenas que o Estado não permitisse que eles fossem infringidos por outros. O
Estado, portanto, permanecia passivo, com relação a problemas tais como a aptidão
de uma pessoa para reconhecer seus direitos e defendê-los adequadamente, na
prática. De fato, o direito ao acesso efetivo tem sido progressivamente reconhecido
como sendo de importância capital entre os novos direitos individuais e sociais, uma
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vez que a titularidade de direitos é destituída de sentido, na ausência de


mecanismos para sua efetiva reivindicação.
O acesso à justiça pode, portanto, ser encarado como requisito fundamental –
o mais básico dos direitos humanos – de um sistema jurídico moderno e igualitário
que pretenda garantir, e não apenas proclamar os direitos de todos.
Esta obra, “Acesso a Justiça” pode ser contextualizada, de forma a termos de
passar pelas categorias de justiça, elaborada por filósofos, bem como podemos falar
em justiça no plano da prática forense, resumindo o acesso à justiça ao acesso aos
tribunais, no entanto, muitos doutrinadores afirmam que nos dias de hoje a justiça é
o ideal do direito. Neste linear, precisou-se transcender as categorias de justiça
aristotélicas, no sentido de buscar um novo paradigma de justiça, uma justiça mais
participativa.
Contudo, só haverá justiça participativa se, em primeiro lugar, houver
consciência de cidadania, através do conhecimento, por parte da sociedade, de seus
direitos mais fundamentais (lembrando que o cidadão também tem deveres), bem
como a postura combativa dos agentes do direito, ao menos tentando se livrar da
conduta formalista. Desse modo, poderá se falar em justiça no plano do universal,
bem como em acesso à justiça como elemento para concretização de uma justiça
participativa, de inclusão e respeito aos direitos e garantias fundamentais de todo e
qualquer cidadão.
A população carente nos últimos anos está contando com assistência
judiciária em números cada vez maiores não só em ações familiares, criminais, mas
também nos direitos menos tradicionais. Isto porque medidas foram adotadas para
melhoria dos sistemas de assistência fazendo com que as barreiras do acesso à
justiça cedessem.
Para a eficiência do sistema existem outros enfoques que necessitam de
reforma além da assistência judiciária: é preciso que haja um grande número de
conceituados advogados ainda que exceda a oferta, a disponibilidade destes
profissionais para auxílio àqueles que não podem pagar por seus serviços, grandes
dotações orçamentárias (problema básico dos esquemas de assistência judiciária) e
atenção especial às pequenas causas.
Os serviços jurídicos de um profissional altamente treinado têm um alto custo
tanto para um cliente particular quanto para o Estado, e, de acordo com a realidade
de mercado a remuneração não é adequada para os pobres, os serviços jurídicos
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tendem a ser pobres também, pois o empenho de um advogado que se dispõe a


servi-los não será tão rigoroso.
Vale lembrar que mesmo quando perfeita a assistência judiciária não pode
solucionar problemas de pequenas causas individuais, a assessoria pública tem sido
muito eficiente em virtude de seu status de independência, orçamento adequado e
uma equipe sensível e bem treinada, a grande e nova virtude dessa instituição é
poder auxiliar a criação de grupos permanentes capazes de exercer pressão e,
dessa forma, reivindicar seus próprios direitos, através de procedimentos
administrativos e judiciais.
A proteção dos direitos difusos, com oferta de instrumentos próprios para sua
efetivação, são também passos a serem dados no alcance do acesso à justiça um
grande movimento no esforço de melhorar o acesso à justiça enfrentou o problema
da representação dos interesses difusos assim chamados os interesses coletivos ou
grupais.
A concepção tradicional do processo civil não deixava espaço para a proteção
dos direitos difusos, esse processo civil era visto apenas como um assunto entre as
duas partes; direitos que pertencessem a um grupo, ao público em geral ou a um
segmento do público não se enquadravam nesse esquema. As regras determinantes
da legitimidade, as normas de procedimento e a atuação dos juízes não eram
destinadas a facilitar as demandas por interesses difusos intentadas por particulares.
Verificou-se nesta obra, um grande movimento mundial em direção ao "direito
público" em virtude de sua vinculação com assuntos importantes de política pública
que envolve grandes grupos de pessoas com relação à legitimação ativa, as
reformas legislativas e importantes decisões dos tribunais estão cada vez mais
permitindo que indivíduos ou grupos atuem em representação dos interesses difusos
a proteção de tais interesses tornou necessária uma transformação do papel do juiz
e de conceitos básicos como a "citação" e o "direito de ser ouvido". Uma vez que
nem todos os titulares de um direito difuso podem comparecer a juízo, é preciso que
haja um "representante adequado" para agir em beneficio da coletividade, mesmo
que os membros dela não sejam "citados" individualmente, embora, a própria
Ministra Ellen Gracie, considere o principal método para representação dos
interesses difusos, em sociedades não tem sido bem sucedido ou por motivos de
sua própria natureza.
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A ineficiência na reivindicação de novos direitos ocorre pela deficiência de


técnica em áreas não jurídicas, pois tais direitos exigem solução governamental para
este problema, muitos grupos formaram sociedades que variam muito em tamanho e
especialidades temáticas a que atendem o tipo mais comum da população em uma
organização sem fins lucrativos, mantida pelo governo proporcionando
aconselhamento jurídico especializado e constante supervisão em relação a
interesses não representados e não organizados, crescente concepção de Justiça,
basta de reducionismo na visão do servo e aplicador inerte da lei.
Essa concepção está em conflito com um enfoque moderno do Direito e da
interpretação jurídica, aliás, em geral com a teoria moderna da hermenêutica: a
interpretação sempre deixa algum espaço para opções, e, portanto, para a
responsabilidade.

3 CONCLUSÃO

Nosso Direito é realmente complicado, se não em todas, pelo menos na maior


parte das áreas e ainda permanecerá assim. Se a lei é mais compreensível, ela se
torna mais acessível às pessoas comuns.
No contexto do movimento de acesso à justiça, a simplificação também diz
respeito à tentativa de tornar mais fácil que as pessoas satisfaçam as exigências
para a utilização de determinado remédio jurídico. O que se deve salientar é que a
criatividade e a experimentação ousada, até o limite de dispensar a produção de
provas, caracterizam aquilo que chamamos de enfoque do acesso à justiça.

4 BIBLIOGRAFIA:

CAPPELLETTI, Mauro e GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto Alegre:


Editora Fabris, 1988.

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