de
Físico Química
Taxa de reação
A cinética química principia com a determinação experimental das taxas de
reação das quais as equações cinéticas de reações químicas (ou mais
simplesmente, "lei de velocidade ou taxa") e a constantes de velocidade são
derivados. Leis de taxa relativamente simples existem para reações de ordem
zero (no qual as taxas de reação são independentes da concentração), reações
de primeira ordem, e reações de segunda ordem, e podem ser derivado para
outras.
Em reações consecutivas a etapa de determinação de taxa muitas vezes
determina a cinética. Em reações consecutivas de primeira ordem, uma
aproximação de estado estacionário a lei de taxa. A energia de ativação para
uma reação é determinada experimentalmente através da equação de
Arrhenius e a equação de Eyring. Os principais fatores que influenciam a taxa
de reação incluem: o estado físico dos reagentes, a concentração dos
reagentes, a temperatura em que a reação ocorre, e se ou não algum
catalisador está presente na reação.
Fatores que influem na velocidade das reações
Temperatura
Com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética média das
moléculas em um sistema e consequentemente o número de colisões efetivas
entre elas. Alimentos na geladeira, como por exemplo, leite, ovos, carnes e
etc., demoram muito mais para estragar do que no ambiente. Isso porque as
reações químicas feitas pelos microorganismos de compositores são
retardadas pelas baixas temperaturas.
Há uma regra que foi formulada no século XIX pelo holandês Jacobus Henricus
van't Hoff que diz que um aumento de 10 graus celsius na temperatura do
sistema que irá reagir duplica a velocidade da reação. Hoje se sabe que essa
regra apresenta várias exceções, mas ela é muitas vezes útil para se fazerem
previsões aproximadas do comportamento da velocidade de certas reações.
Ela é conhecida como Regra de Van't Hoff.
Estado físico
O estado físico (sólido, líquido, ou gás) de um reagente é também um
importante fator da taxa de reação. Quando reagentes estão na mesma fase,
como em solução aquosa, o movimento térmico os coloca rapidamente em
contato. Entretanto, quando eles estão em diferentes fases, a reação é limitada
a interface entre os reagentes. A reação somente pode ocorrer na área de
contato, no caso de um líquido ou gás, na superfície de um líquido. Agitação
vigorosa e/ou turbilhonamento podem ser necessários para conduzir a reação a
realizar-se completamente. Isto significa que quanto mais finamente dividido
um sólido ou líquido reagente é, a sua maior área de superfície, tornará mais
rápida a reação (o que é analisado mais detalhadamente em Superfície de
contato, abaixo). Em química orgânica existe a exceção que reações
homogêneas (no mesmo meio e fase) podem ocorrer mais rapidamente que
reações heterogêneas.
Superfície de contato
Se numa reação atuam reagentes em distintas fases, o aumento da superfície
de contato entre eles aumenta a velocidade das reações. Considerando, por
exemplo, uma reação entre uma substância sólida e uma líquida, quanto mais
reduzida a pó estiver a substância sólida, maior é a superfície de contacto entre
as partículas de ambas as substâncias e portanto, maior é a possibilidade de
essas partículas colidirem umas com as outras. Fazendo-se uma analogia, por
exemplo, quando acende-se uma lareira, usa-se palha ou papel e destes
acende-se as mais grossas porções de lenha.
Exemplos claros deste tipo de influência na velocidade de reações é o perigo
que representa em silos de farinhas e grãos de cereais a combustão violenta,
explosiva, de partículas finamente divididas com o ar. Um exemplo laboratorial
que é apresentado sobre este fator é a reação do iodo "metálico", granulado,
com o metal zinco. A reação se processa muito mias rapidamente com o zinco
em pó que o zinco em lâmina, após o acréscimo de água sobre os reagentes.
Presença de um catalisador
Os catalisadores aumentam a velocidade de uma reação química, mas não
participam da formação dos produtos, sendo completamente regenerados no
final. Atuam ao promover rotas de reação com menor energia de ativação. O
catalisador acelera a reação, pois diminui a energia de ativação das moléculas,
mas não participa da reação, ou seja, não ocorre nenhuma mudança nos
elementos químicos da reação, e o catalisador continua intacto.
Materiais e Reagentes
Béquer 250 mL
Béquer 100 mL
Pipita 5,0 mL
Bagueta
Cronômetro
Papel branco
Tubos de ensaio
Estante para os tubos
HCl 2M
Na2S2O3
Água Oxigenada
Óxido de Manganês
Detergente
Procedimento Experimental
Pesou-se 4,4g de Na2S2O3 e dissolveu-se em 110mL de água destilada num
béquer de 250mL. Após mediu-se 50mL desta solução e colocou-se em um
béquer de 100mL e este sobre um papel branco, onde marcou-se em seu
centro um “X”. Adicionou-se 5,0mL de ácido clorídrico 2M em agitação com
uma bagueta e iniciou-se o cronômetro. Em seguida, quando não foi possível
mais visualização do “X”, anotou-se o tempo final.
Repetiu-se o experimento porem com diferentes concentrações, como mostra a
tabela abaixo:
Concentração 4,4 g Na2S2O3 + 110mL Água Destilada (mL) H2O (mL) Tempo (seg)
1º 50 0 28
2º 30 20 48
3º 20 30 1,04
4º 10 40 2,15
Resultados e Discusão
Segundo a lei de Guldberg-Waage; V = k [A]a [B]b.
Onde:
V = velocidade da reação;
Energia de ativação:
É a energia mínima necessária para que os reagentes possam se transformar
em produtos. Quanto maior a energia de ativação, menor será a velocidade da
reação.
Ao atingir a energia de ativação, é formado o complexo ativado. O complexo
ativado possui entalpia maior que a dos reagentes e dos produtos, sendo
bastante instável; com isso, o complexo é desfeito e dá origem aos produtos da
reação.
Observe o gráfico:
Onde:
C.A.= Complexo ativado.
Eat. = Energia de ativação.
Hr. = Entalpia dos reagentes.
Hp. = Entalpia dos produtos.
DH = Variação de entalpia.
Catalisador:
O catalisador é uma substância que aumenta a velocidade da reação, sem ser
consumida durante tal processo.
A principal função do catalisador é diminuir a energia de ativação, facilitando a
transformação de reagentes em produtos. Observe o gráfico que demonstra
uma reação com e sem catalisador:
A ação do catalisador é abaixar a energia de ativação, possibilitando um novo
caminho para a reação. O abaixamento da energia de ativação é que
determina o aumento da velocidade da reação.
MM Na2S2O3 = 158g/mol
[ 5 mL HCl ] constante = 2M
Concentração 4,4 g Na2S2O3 + 110mL Água Destilada (mL) H2O (mL) Tempo (seg)
1º 50 0 28
2º 30 20 48
3º 20 30 1,04
4º 10 40 2,15
Conclusão
Na cinética estuda-se a velocidade das reações químicas.
As velocidades das reações químicas são expressas por M/s “molaridade por
segundo”.
Quanto maior for a temperatura, maior será a velocidade, existindo fatores que
influenciam nessa velocidade, como “superfície”, “temperatura” e “concentração
dos reagentes”, onde, quanto maior for a superfície de contato maior será a
velocidade de reação, quanto maior a temperatura maior será a velocidade de
reação, quanto maior for a concentração dos reagentes maior será a
velocidade de reação.
“Lei de Guldberg-Waage” lei onde a ordem de uma reação é a soma dos
expoentes das concentrações da equação da velocidade.
Existe uma energia mínima para que os reagentes se transformem em produto,
essa “energia mínima” da se o nome de “energia de ativação”, quanto maior
for a energia de ativação, menor será a velocidade da reação.
Para diminuir essa “energia de ativação” pode-se usar um catalisador que
facilita a transformação de reagentes em produtos.
Exercícios:
1 - Qual a reação do bisulfito com o ácido clorídrico.
Bibliografia Consultada
Livro Físico Química.
Atkins, Peter; Jones, Loretta; Princípios de química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente; Porto Alegre: Bookman, 2001; pág.
Lide, R. D.; Hand Book of Chemistry and Physics; Special Student Edition;
Editor-in-Chief; 73RD Edition; 1992-1993; p. 6 – 12
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