Você está na página 1de 23

| 



 
‡ A contabilidade de custos tem duas funções relevantes:
o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões.
‡ No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma
importância, pois consiste na alimentação de
informações sobre valores relevantes que dizem
respeito às conseqüências de curto e longo prazos,
sobre medidas de introdução ou corte de produtos,
administração de preços de venda, opção de compra ou
produção etc.
|  

 
‡ Método de custeio variável como o método científico
para tomada de decisão com as informações de custo
‡ Principais conceitos decorrentes do método (ponto de
equilíbrio e margem de contribuição)
‡ Modelo de decisão baseado na margem de contribuição
‡ Métodos para apuração do ponto de equilíbrio em várias
situações
‡ Modelo de decisão de margem de contribuição para
vários produtos
‡ Conceitos de fatores limitantes ou restritivos no modelo
de margem de contribuição
| 
 
  
 

 
‡ Segundo Padoveze (2003), o método de custeio
recomendado decisoriamente é o método do custeio
variável.
‡ O elemento de custo que mais traz dúvidas na
interpretação de seu comportamento em relação ao
volume de atividade é a mão-de-obra direta (MOD).
‡ Em essência, dentro de conjunturas econômicas normais,
a MOD pode ser considerada um custo variável. Porém,
sabemos que, no curto prazo, a MOD é um custo fixo.
‡ Um modelo decisório centra-se na perspectiva futura e,
dentro dessa perspectiva, é natural entender a MOD
como custo variável.
Ë
 |  

 
a) Os custos fixos existem independentemente da
fabricação ou não de uma determinada unidade, e
permanecem estáveis mesmo com as oscilações
da produção, dentro de certos limites;
b) Por não ser possível a identificação com os
produtos, esta categoria de custos são
distribuídos por critérios de rateio, que contêm,
em maior ou menor grau, arbitrariedade;
c) O custo fixo por unidade, depende do volume de
produção, pois acarreta variações, ou seja,
aumentando se o volume, tem-se um menor custo
fixo por unidade, e vice-versa.
‡ Segundo Martins (2003), os custos fixos
existem, representam gastos e não podem ser
ignorados.
‡ Salienta o autor, de que adiantaria ter margens
de contribuição positivas em todos os produtos
se a soma de todas elas fosse inferior ao total
dos custos fixos.
‡ Os custos fixos devem ser corretamente
analisados, mas não necessariamente devem
ser rateados aos produtos.
_   |

‡ A análise comportamental de custos, separando-os em
custos fixos e variáveis, possibilita uma expansão das
possibilidades de análise dos gastos e das receitas da
empresa, em relação aos volumes produzidos ou
vendidos.
‡ Tal situação determina pontos importantes para
fundamentar futuras decisões de aumento ou diminuição
dos volumes de produção; corte ou manutenção dos
produtos existentes; mudanças no ÷  de produção, etc.
‡ A referida análise é denominada como análise de
custo/volume/lucro e conduz a importantes conceitos:
margem de contribuição e ponto de equilíbrio
Ä

|  
‡ A análise da margem de contribuição é
relativamente simples, pois visa a identificar o
que sobrou da receita de vendas depois de
deduzidos os custos e as despesas variáveis de
fabricação.
‡ O valor resultante irá contribuir para a cobertura
dos custos fixos e para a formação do lucro.
‡ Teoricamente os produtos que gerarem as
maiores margens de contribuição são os que
propiciam um lucro maior.
Ä

|  
‡ A margem de contribuição pode ser calculada de
forma unitária ou total.
‡ A margem de contribuição unitária ³é a
diferença entre a receita e o custo variável de
cada produto; é o valor que cada unidade
efetivamente traz à empresa de sobra entre sua
receita e o custo que de fato provocou e lhe pode
ser imputado sem erro´ conforme explica
Martins.
‡ Por sua vez, a margem de contribuição total
considera o volume total vendido.
Ä

|  
‡ Representa o lucro variável.
‡ É a diferença entre o preço de venda unitário do
produto ou serviço e os custos e despesas
variáveis por unidade de produto ou serviço.
Ä


  
 


   
‡ Como já foi visto, a margem de contribuição é o mesmo
que o lucro variável unitário, isto é, o PVU do produto
deduzido dos custos e despesas variáveis necessários
para produzir e vender o produto.
‡ Exemplo: considere o PV de um produto como $1.700
- MP $ 460
- mat. indir. variáveis $ 36
- MOD $ 200
- comissões de venda (12%) $ 204
- total gasto variável $ 900
Ä


  
 


   
2     

      

    

     !"#$ "%  &"' 


( )" )% * '+( ' (  !  ) 
" ' )'(' , Ô  
ÔÔ
' +!-+ ( (  + '+
)' ." /))' )''0)
Ä


  
 


   
‡ O modelo de decisão da margem de contribuição
expressa-se em uma demonstração de resultados, em
que necessariamente devem ser incorporados os dados
quantitativos (volumes de produção, venda ou o nível
de atividade) e os preços unitários.
Período Dados 01 un 02 un 700 un 701 un
anual unit.
Vendas 1700 1700 3400 1190000 1191700

Gastos (900) (900) (1800) (630000) (630900)


variáveis
MC 800 800 1600 560000 560800

Gastos (560000) (560000) (560000) (560000)


fixos
Result. (559200) (558400) 0 800
Operac.
Ä


  
 


   
‡ Quando vende 700 unidades, a empresa tem
um resultado igual a zero.
‡ Nessa situação pode-se dizer que a empresa
está no ponto de equilíbrio.
Ä


  
 


     
A B
Quant. 625 250
PVU 1700,00 3750,00
GVU 900,00 1962,00
MCU 800,00 1788,00
Vendas Tot. 1062500,00 937500,00 2000000,00
GVT 562500,00 490500,00 1053000,00
MCT 500000,00 447000,00 947000,00
MC % 47,1% 47,7% 47,4%
Ä


  
 


     
A B
MCT 500000,00 447000,00 947000,00
MC % 47,1% 47,7% 47,4%
GFT (560000,00)
Result. 387000,00
Operac.
Margem 19,4%
Operac. %
Partic. Prod. 52,8% 47,2% 100%
MCT
Ä


  
 


     
‡ Após pesquisa de mercado, a empresa identificou a
possibilidade de lançar um produto intermediário entre
A e B.
‡ Produto C, cujo PV seria de $ 2500,00, desde que o
prod. A fosse vendido com redução de 10% no seu PV.
‡ Com isso , a empresa calcula que deixará de vender 250
un do prod. A e que venderá 230 um do prod. C.
‡ O CVU do prod. C será 30% menor do que o prod. A.
‡ Com o novo ÷  de venda, a empresa incorrerá em
$30000,00 de despesas fixas anuais de publicidade.
Ä


  
 


     
‡ Novo PVU de A será $ 1530,00
‡ Comissão (DV) de A será $ 183,60 (12% x
$1530,00)
‡ Comissão (DV) de C será $ 300,00 (12% x
2500,00)
‡ Custo variável de C será $ 904,80 ($696,00 x 1,30)
‡ Nova quantidade do prod. A = 375 um (625-250)
‡ Novo gasto total fixo = $590000,00 ($ 560000,00
+ $ 30000,00)
Ä


  
 


     
A B C
Quant. 375 250 230
PVU 1530,00 3750,00 2500,00
GVU 879,60 1962,00 1204,80
MCU 650,40 1788,00 1295,20
Vendas Tot. 573750,00 937500,00 575000,00
GVT 329850,00 490500,00 277104,00
MCT 243900,00 447000,00 297896,00
MC % 42,5% 47,7% 51,8%
A B C
MCT 243900,00 447000,00 297896,00
MC % 42,5% 47,7% 51,8%
MCT 988796,00
GFT (590000,00)
Result. 398796,00
Operac.
Margem 19,1%
Operac. %
Partic. Prod. 24,7% 45,2% 30,1%
MCT
Ä


  
 


     
‡ Comparando-se os dados encontrados com a situação
inicial (dois produtos), temos:
- que a nova alternativa aumentou a receita total de $
2000000,00 para 2086250,00;
- o novo mix não alterou significativamente a MC
percentual média, que continuou em 47,4%;
- a MC do prod. A diminuiu de 47,1% para 42,5%,
devido à redução de 10% do PVU;
- o prod. C traz um valor agregado maior, MC
percentual de 51,8% (a maior dos três)
Ä


  
 


     
 apesar do aumento dos GF, a MCT com o novo ÷  é
maior, gerando um resultado operacional maior ($
387000,00 para $ 398796,00);
- a margem operacional percentual total média diminuiu de
19,4% para 19,1%. Tal situação, isoladamente, é ruim,
porém não deve ser considerada como relevante, pois o
valor absoluto do lucro operacional aumentou.
- essa alternativa deverá ser aceita, pois economicamente o
lucro total é superior ao da situação anterior.
_
   
‡ Evidencia, em termos quantitativos, o volume que a
empresa precisa produzir ou vender para que consiga
pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e
despesas variáveis.
‡ No ponto de equilíbrio não há lucro ou prejuízo. A partir
de valores adicionais de venda, a empresa passa ater
lucro.
‡ A informação do ponto de equilíbrio, tanto do total
global, como por produto individual, é importante,
porque identifica o nível mínimo de atividade em que a
empresa ou cada divisão deve operar.

Você também pode gostar