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Ligações Metálicas

Introdução
 Metais – grande número de entidades iguais mantidas coesas
em um retículo cristalino.
• Não pode ser explicado pela teoria das ligações covalentes – o arranjo
dos metais não segue o padrão geométrico das ligações covalentes – os
metais se arranjam em retículos cristalinos.
• Não pode ser explicado pela teoria das ligações iônicas – não existe
atração eletrostática entre íons com cargas opostas.

Primeiro modelo de ligação metálica


 Modelo do gás eletrônico (Drude-Lorenz):
• Retículo de esferas rígidas (cátions) – forma arranjos cristalinos
compactos.
• Elétrons mais externos se encontram muito longe do núcleo.
• Os metais possuem baixa energia de ionização – tornam-se cátions
facilmente.
• A força de coesão seria resultante da atração entre os cátions no
reticulado e a nuvem eletrônica deslocalizada.
Modelo do gás eletrônico

Elemento Energia de ionização (kJ/mol) Elemento Raio atômico (Å) Raio iônico (Å)
Sódio 495,8 Sódio 1,57 0,95
Ferro 759,3 Ferro 1,16 0,76
Prata 731,0 Prata 1,34 1,26
Oxigênio 1.313,9

Cloro 1.251,2 Quanto maior a redução no raio


atômico mais fácil retirar o elétron.

 Explica de maneira adequada a condutividade elétrica dos metais.


Substância Condutividade elétrica (ohm.cm -1)

Prata 6,3 x 105

Cobre 6,0 x 105

Zinco 1,7 x 105

NaCl 10-7

Diamante 10-14

Não explica de maneira adequada o espectro de emissão


eletrônica de um metal.
O espectro de emissão eletrônica de um metal

Transição eletrônica

Radiação incidente h = E2 – E1

Emissão de um fóton

espectro de emissão de um átomo espectro de emissão de um metal


Teoria das bandas de energia
 Vamos estudar a ligação metálica sob a ótica da teoria dos OMs.
 Como ocorre o processo juntando átomo a átomo.
• Número de OMs = OAs (N/2 ligantes e N/2 antiligantes).
• Obedeça ao princípio de exclusão de Pauli (dois elétrons por OM).

• Os elétrons irão ocupar sempre o OM de menor energia


disponível.
 A formação do metal Li (1s2 2s1) passo a passo.
Teoria das bandas de energia

Molécula de
Li426

 2*s
Dois
Seis
Quatro
átomos
átomos
de Lide Li

 2s
Teoria das bandas de energia
Combinando “n” átomos de Li
Orbitais do Lin


 *
2s


 2s 
 n
 2s

 Parte superior do diagrama – OMs vazios (antiligantes – maior energia).


 Banda de condução semi-preenchida.
 Com uma pequena excitação os elétrons passam para um OM vazio onde
poderão conduzir – elevada condutividade elétrica.
 Qualquer transição eletrônica é permitida – explica espectro de emissão.
Sobreposição de bandas de energia
 Distribuição eletrônica do Be: 1s2 2s2 2p0
 Condução eletrônica do Be: 2,5 x 105 ohm-1.cm-1
 Bandas com energias próximas podem se sobrepor!!!  2* p

Orbitais
Orbitaisdodo
BeBe
n n 2p
“n”“n”
átomos
átomos
dede
BeBe
 *
2s
 
 2s 
 n
 2s
Características e propriedades da ligação metálica
 São não direcionais – atração eletrostática – forma retículos
cristalinos.
 Força da ligação metálica – depende da carga dos cátions (Na (PE
= 883o C); Mg (PF = 1090o C); Al (PF = 2519o C )). Aumenta a
densidade da nuvem eletrônica e as forças eletrostáticas.
 Brilho metálico – interação dos elétrons livres do metal com os
diversos comprimentos de onda incidentes (quase todas as
transições são permitidas pois existem níveis com todas as
energias).
 Condução da energia elétrica – elétrons são promovidos a níveis
energéticos mais elevados que estão disponíveis (vazios).
 Condução de energia térmica:
• Elétrons “deslocalizados” interagem fracamente com os núcleos.
• No aquecimento os elétrons adquirem grande quantidade de energia
cinética e deslocam-se para as regiões mais frias.
• Dissipação desta energia através de choque com outras partículas
levando ao aquecimento do retículo.
• Vibração dos cátions em suas posições no retículo cristalino também
contribui – razão pela qual a condutividade elétrica dos metais cai com
o aumento da temperatura.
Características e propriedades da ligação metálica

 Dureza, ponto de fusão e ponto de ebulição – dependem


primordialmente da força da ligação metálica.
Podem formar uma grande quantidade de ligas combinando-os com
outros metais ou outros elementos da TP.
 Ductilidade – capacidade de se deformar quando submetido a uma
tensão – tração ou compressão.
Cálculo da densidade a partir dos parâmetros da
célula unitária
 Volume da célula unitária (Vcel) – cúbica:
• Modelo de esferas rígidas.
• Aresta do cubo determinada pela relação com o raio atômico.
 Determine o número de átomos (NA) por célula unitária.
 Determine a massa dos átomos na célula unitária: Mcel
Mcel = (NA x Massa atômica)/6,02 x 1023
 Densidade – Mcel/Vcel.
Condutores, semi-condutores e isolantes
 Metais são condutores por excelência.

Condutores Semi- Isolantes


condutores
Semi-condutores intrínsecos e extrínsecos

Semi-
condutores Extrínsecos Extrínsecos
intrínsecos tipo-n tipo-p

Semi-condutores intrinsecos e extrinsecos tipo-n – conduzem com


pequeno aumento de temperatura ou entao com uma pequena ddp
aplicada.
Semi-condutores intrínsecos e extrínsecos
 Semi-condutores são geralmente semi-metais do grupo 14/IV – Si e
Ge:
• 4 elétrons na banda de condução.
• Formam 4 ligações não muito fortes.
 Semi-condutores extrínsecos são obtidos por dopagem – adição
de pequenas quantidades de impurezas.
• Semi-condutividade controlada.
 Extrínseco tipo-n – os condutores são elétrons em excesso:
• Dopa-se o semi-condutor com um elemento com 5 elétrons na banda
de condução – As ou P em Si sólido.
• O elétron em excesso irá ocupar o nível de energia do dopante que
está próximo ao nível vazio do semi-condutor.
 Extrínseco tipo-p – os condutores são buracos eletrônicos:
• Dopagem com um elemento com apenas 3 elétrons na banda de
condução - B em Si sólido.
• A banda de condução não fica totalmente cheia.
• Condução por buracos eletrônicos.
• Cargas positivas conduzem eletricidade.

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