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DIREITOS HUMANOS

O ESTADO CONSTITUCIONAL DE DIREITO E A SEGURANÇA DOS DIREITOS


DO HOMEM

A REIVINDICAÇÃO DO ESTADO DE DIREITO

O Estado contemporâneo nasce, no final do século XVIII, com um propósito


claro: evitar o arbítrio dos governantes.
A reação de colonos ingleses na América do Norte
Insurreição do terceiro estado na França

O PRIMADO DA CONSTITUIÇÃO

A supremacia do Direito espelha-se no primado da Constituição.


A Constituição, leis das leis, é um documento escrito de organização e
limitação do poder. Por meio dela busca-se instituir o governo não arbitrário,
organizado segundo normas que não pode alterar, limitado pelo respeito devido aos
direitos do Homem.
A Constituição regula a declaração do Direito pelo Legislativo, e sua
aplicação, não contenciosa pelo Executivo, e aplicação contenciosa pelo Judiciário.

O PACTO SOCIAL

O pacto social, para estabelecer a vida em sociedade de seres humanos


naturalmente livres e dotados de direitos, há de definir os limites que os pactuantes
consentem em aceitar para esses direitos.
A vida em sociedade exige o sacrifício que é a limitação do exercício dos
direitos naturais.
Todos não podem exercer ao mesmo tempo todos os seus direitos naturais
sem que daí advenha o conflito.

As liberdades

É a dos direitos do Homem. São poderes de agir, ou não agir,


independentemente da ingerência do Estado:
Direitos Fundamentais no Ordenamento Brasileiro
Todas as constituições brasileiras enunciaram Declarações de Direitos.
As duas primeiras contentaram-se com as liberdades públicas, vistas
claramente como limitação ao poder.

O Sistema de Garantia

Cabe ao Poder Judiciário brasileiro a missão de proteger os direitos


individuais.
Convém recordar que a atuação do Judiciário presume o implemento de duas
condições básicas:
O Sistema de Garantia

1 – Seja chamado a intervir por um legítimo interessado;

2 – Exista um litígio, ou seja, uma pretensão contrariada.

Contenciosidade

A função judiciária exerce-se por intermédio do processo. O desdobramento


dialético entre duas partes que, ocupando pólos opostos, argumentam, provam e se
contraditam, preparando com isto a decisão do juiz.

A independência do Judiciário

O direito constitucional brasileiro preocupa- se em dar ao judiciário condições


para bem desempenhar a sua tarefa.
A independência e imparcialidade do juiz.

O Devido Processo Legal

A Constituição de 1988 importou do direito anglo-norte-americano o due


process of Law: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal”

Estado de Sítio

Consiste na suspensão temporária localizada de garantias constitucionais.


Suspende aquelas limitações postas ação governamental que acompanha
declaração de direitos. Com isso, alarga esfera de ação legítima do Estado.
A atual Constituição prevê duas modalidades de estado de sítio quanto à
extensão das medidas que tolera.

A primeira modalidade permite a tomada das seguintes medidas:

1 – Obrigação de residência em localidade determinada;


2 – Detenção em edifício ao destinado a réus de crimes comuns;
3 – Busca e apreensão domiciliares;
4 – Suspensão do exercício da liberdade de reunião;
5 – Censura de correspondência, imprensa, telecomunicações e das diversões
públicas;
6 – Requisição de bens;
7 – Intervenção em empresas prestadoras de serviços públicos.

A segunda modalidade, somente na hipótese de guerra, permite as medidas


que se fizerem necessárias, respeitada a índole do sistema.

O Estado de Defesa

O estado de defesa tem como foco sanar ameaças à ordem pública ou à paz
social à frente de “grave e iminente instabilidade institucional”.
Remédios Constitucionais

A expressão “remédios constitucionais” designa os direitos-garantia que


servem de instrumento para a efetivação da tutela, ou proteção, dos direitos
fundamentais.
Como essa proteção é essencialmente confiada ao Judiciário, esses remédios
são ações especiais pelas quais se emite a pretensão à tutela de um direito por
parte desse Poder.

Remédios Constitucionais

Há remédios que são específicos para a garantia de um direito fundamental.


Mas há outros que servem para a proteção de diferentes direitos fundamentais, e,
inclusive, de direitos não fundamentais.

São remédios constitucionais:

1 – O habeas corpus

2 – O mandado de segurança

3 – O mandado de segurança coletivo

4 – O mandado de injunção

5 – O habeas data

6 – A ação popular

7 – A ação civil pública

USO PROGRESSIVO DA FORÇA


FONTE: PORTARIA INTERMINISTERIAL NO- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE
2010

O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos


princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e
conveniência.
Os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo contra
pessoas, exceto em casos de legítima defesa própria ou de terceiro contra perigo
iminente de morte ou lesão grave.
Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que esteja
desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco
imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.
Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite
bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco imediato de
morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros.
Os chamados “disparos de advertência” não são considerados prática
aceitável, por não atenderem aos princípios elencados na Diretriz n.º 2 e em razão
da imprevisibilidade de seus efeitos.
O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de
abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada.
Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa vir a
se envolver em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2 (dois)
instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de proteção necessários
à atuação específica, independentemente de portar ou não arma de fogo.
Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa vir a
se envolver em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2 (dois)
instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de proteção necessários
à atuação específica, independentemente de portar ou não arma de fogo.

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