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MEIO AMBIENTE E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Temas que a cada dia requerem maior atenção e despertam um grande interesse
no Poder Público, nas esferas executivas, legislativas e judiciárias, são as
questões referentes ao Meio Ambiente e à Responsabilidade Social. Assuntos que
estão sendo abordados constantemente nos Meios de Comunicação porque se
tornaram prioridade para o desenvolvimento sustentável de todo o Planeta.

Quando pensamos em Meio Ambiente o aquecimento global é a expressão que


vem à tona. Se você é um aluno de graduação, numa faixa etária entre 17 a 28
anos, já deve estar acostumado a refletir sobre esse problema. Mas quem viveu
ativamente nas décadas de 1980 e 1990 ou não ouvia falar desse assunto
naquela época ou esporadicamente pode ter se debruçado sobre o assunto. Na
década de 2010, o aquecimento global é um assunto que causa grande
preocupação na população mundial. Mas o que é aquecimento global?

É o aumento da temperatura média do Planeta Terra, especialmente nos oceanos


e no ar da atmosfera (que percorre a superfície terrestre) constatado a partir do
início do século XX.

O aumento da proliferação de gazes do efeito estufa provenientes de ações do ser


humano, tais como a derrubada de árvores e consequente queima de carvão e
combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo são consideradas as
principais causas do aquecimento global.

Estudos indicam que a concentração de dióxido de carbono e de metano cresceu,


respectivamente, 31% e 151% desde meados do século XVIII. Os níveis “atuais”
desses gases são considerados os mais altos nos últimos 400.000 anos, segundo
as técnicas que aferem informações da análise do gelo das calotas polares.

Ainda há como regredir esse estado alarmante e tentar salvar o planeta de uma
catástrofe ambiental. Sim, é isso mesmo o que você está lendo. Se não fizermos
mudanças drásticas para frear o aquecimento global nosso planeta poderá sofrer
consequências destruidoras. Estima-se que no dia 31 de outubro de 2011, a
população mundial atinja a impressionante marca de 7.000.000.000 de pessoas.
Paralelamente, pesquisadores afirmaram que nesse século, a elevação prevista
para o nível do mar, impulsionada pelo derretimento da calota polar do Ártico,
fique em torno de 90 centímetros e que esse número pode chegar ao alarmante
1,6 metro.
Você tem uma ideia do que isso representaria? Bem, é melhor deixarmos as
previsões apocalípticas de lado e pensarmos nas atitudes que a humanidade
precisa tomar para que o mais grave não ocorra.

Diminuição das emissões de gases nocivos à atmosfera. Essa é a principal atitude


que o Planeta precisa para retomar um estado de tranquilidade no que concerne
ao equilíbrio do Meio Ambiente e manutenção de um estado de sobrevivência. O
dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) são gerados, especialmente, através
da queima de combustíveis fósseis. Para diminuir essa queima devemos optar por
matrizes energéticas renováveis e limpas, como a energia eólica e solar, e os
biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel. Além dos combustíveis, é
necessário diminuir drasticamente o desmatamento e a devastação florestal. A
terceira forma de diminuir a emissão de gases é a mudança de hábitos de
consumo e do estilo de vida.

Na nossa aula sobre Análise da Realidade Urbana Brasileira, já discutimos o


quanto cada um de nós produz diariamente de lixo, em média. E quais seriam as
soluções para melhorar o transporte coletivo. Se diminuirmos a quantidade de
petróleo que emitimos por meio dos nossos veículos, já estaríamos evoluindo nas
questões ambientais.

Em dezembro de 2009, ambientalistas, políticos, economistas, enfim,


representantes da comunidade internacional estiveram reunidos na COP 15 –
Conferência sobre as Mudanças Climáticas, realizada pela Organização das
Nações Unidas, em Copenhague, capital da Dinamarca. O resultado final da
conferência não agradou os ambientalistas tendo em vista a falta de adesão dos
mais influentes e ricos países do mundo, que também são os mais poluentes.

Por isso, mesmo com a participação direta de cerca de 120 países que se fizeram
presentes na conferência e com tentativas de intervenção do secretário-geral da
ONU, Ban Ki-Moon, a COP 15 não resultou num consenso após duas semanas de
discussões intensas. De forma resumida, podemos dizer a você que o documento
final não foi consensual. Os acordos da ONU são firmados, obrigatoriamente,
depois de aprovados em unanimidade. E isso não ocorreu na COP 15.

A solução encontrada no final do encontro foi tomar nota do resultado das


discussões e apontar uma lista de 114 países que apoiariam o documento final.
Entre essas nações, estão África do Sul, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos,
França, Índia, Itália, Japão, Rússia e Reino Unido. A maior parte dos países que
se negaram a assinar o acordo é proveniente da África.

Individualmente, o Brasil assumiu um compromisso de diminuir em 36% a 39% da


emissão de gases em relação ao que emitiria se não firmasse essa meta até 2020.
Um sinal de avanço político na área, pois até então o Governo Federal não se
propunha a fixar metas para os países em desenvolvimento.
Do ponto de vista prático, não firmaram nenhuma nova meta global ou individual
para redução de emissão de gases. Porém, foi criado um fundo de 10 bilhões de
dólares anuais até 2012, que serão destinados para ajudar países pobres a
reduzirem as emissões e outro no valor de 100 bilhões de dólares ao ano até 2020
com intuito semelhante. Mas o que realmente decepcionou os ambientalistas foi a
não adoção de metas individuais e globais para a redução dos gases que
provocam o efeito estufa. Resta para nós, enquanto cidadãos, fazermos o possível
para reduzir a quantidade de lixo que produzimos, evitarmos ao máximo a
produção de dióxido de carbono. Você já pensou em formas alternativas de
transporte? Que tal a carona dos amigos que estudam ou trabalham com você e
moram na mesma região da sua cidade? Pense nisso.

Responsabilidade Social

A responsabilidade social aportou no Brasil a partir da década de 1990 quando as


empresas deixaram de pensar, exclusivamente, na maximização dos lucros e
passaram a atuar como entidades com preocupações sociais.

Os indivíduos e as empresas socialmente responsáveis são aqueles que procuram


cumprir com as obrigações e deveres com a sociedade em geral visando construir
um mundo melhor, em diversos aspectos. Seja modificando hábitos e atitudes ou
retribuindo as benesses recebidas a outras pessoas ou a partes menos
favorecidas da sociedade.

Por ser ainda incipiente, muitas vezes, a responsabilidade social é confundida com
filantropia. Mas uma empresa socialmente responsável não é apenas aquela
preocupada com o bem-estar das pessoas.

Responsabilidade Social é uma forma de conduzir as empresas e seus


respectivos negócios tomando ações éticas que visam um desenvolvimento
sustentável nos âmbitos sociais, ambientais e econômicos. Esse termo vem sendo
muito utilizado nos dias atuais. Porém, esse modismo necessita de algumas
decisões importantes para se estabelecer eficazmente.

A primeira ação de uma empresa que pensa em fomentar atitudes e programas de


responsabilidade social diz respeito à conscientização e integração dos donos ou
acionistas ao projeto.

Se os donos da empresa decidirem tomar atitudes socialmente responsáveis, faz-


se necessário desenvolver um projeto que, necessariamente, deve ser plural, ou
seja, procurar parcerias com outras instituições, sejam ligadas ou não ao terceiro
setor, e buscar a inclusão dos atores locais do entorno da empresa, desde
funcionários até a comunidade na qual a instituição está inserida. Além desses
atores locais, deve-se pensar que os projetos sociais devem estar atentos aos
anseios das comunidades e que precisará prestar contas da evolução do projeto à
mídia, aos governos e a entidades ambientais e/ou ONG’s.
O foco da ação social deve capilarizar toda a empresa, envolvendo os setores e
funcionários para a conscientização dessas questões sem, jamais, perder o foco
nos lucros. Acontece o contrário disso. Você sabia que fomentar alternativas de
desenvolvimento sustentável amplia a capacidade de produção das instituições?
Ao adotar práticas socialmente corretas, as empresas conseguem um
desempenho otimizado nos negócios e, consequentemente, terminam
aumentando a lucratividade.

Um bom exemplo de conceito que envolve ações sociais e a competitividade em


busca de lucro é o Empreendedorismo do Bem, uma iniciativa que visa aproximar
empreendedores apaixonados por querer fazer a diferença.

Segundo o site do Empreendedorismo do Bem que você pode acessar no


Ambiente: “Precisamos de inovação social, valorizar novas palavras como
criatividade, educação, comunidade, colaboração e bondade num contraponto ao
atual culto ao individualismo. O empreendedorismo do bem surge como um valor,
uma crença pessoal que, junto do sonho empreendedor, move 24 horas por dia
aqueles que acreditam na construção de um mundo melhor. Este movimento
busca ser um contraponto ao tão bem organizado outro lado desta moeda. Estava
mais do que na hora de fazermos ecoar mais e mais vozes em torno de uma
evolução na consciência para que finalmente aprendamos a criar valor fazendo o
bem: lucro sim, mas não a qualquer preço”. Esse é o conceito do
Empreendedorismo do Bem.

Sabemos que nem sempre os governos nas esferas federal, estadual e municipal
têm conseguido atuar eficazmente para resolver os diversos problemas sociais
que o Brasil enfrenta. Você já deve ter ouvido falar nos “Amigos da Escola”,
“Pastoral da Criança”, “Doutores da Alegria”, “Instituto Ethos”, e outras ações
dessa natureza. Todas são voltadas para a Responsabilidade Social.

Do ponto de vista individual, o voluntariado é uma ação que deveria ser pensada
por qualquer estudante de graduação. Você já pensou nisso? Já atuou como
voluntário em algum projeto social? Os primeiros períodos da faculdade compõem
o momento essencial na vida profissional de cada um de nós onde podemos
dedicar um pouco da nossa experiência e força de vontade em ações sociais.

Por que os primeiros períodos? Devido ao fato de que no primeiro e no segundo


período, geralmente, ainda não tivemos acesso às práticas mercadológicas da
nossa profissão. O mercado prefere, dependendo da profissão, alunos de
períodos mais avançados.

Caso você possua condições para tal, pense na possibilidade de atuar como
voluntário, pois você, a sua comunidade e o seu currículo, todos ganharão com
isso.

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