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Paulismo

O Paulismo, que é um estilo literário, teve início a partir de 1913, oriundo de


um poema de Fernando Pessoa, Impressões do Crepúsculo, que marca o
início da poesia modernista em Portugal e começa com a palavra Pauis, que
significa pântano. Este estilo tem raízes no Simbolismo (idéia de sugestão) e
no Decadentismo (visão pessimista do mundo).
Este estilo literário tem como características: transmitir idéias vagas e
difusas, construir frases e expressões incomuns e extraordinárias, usa de
muitas metáforas, tende ao tédio e melancolia, evoca paisagens
esfumaçadas e é marcado por um grande desenvolvimento imaginário no
qual tende a encontrar em tudo um além, como definiu Fernando Pessoa,
em A Águia, um de seus artigos publicados.

Interseccionismo
Oriundo do Paulismo com algumas adptações e com novas estéticas do
futurismo e cubismo, o interseccionismo também foi um estilo literário criado
por Fernando. A melhor expressão deste estilo é a obra Chuva Oblíquea, que
visa expressar a complexidade nas sensações perceptíveis e intersecção
entre o passado e o presente, o sonho e a realidade, etc.

Sensacionismo
Também com origem no Paulismo, o sensacionalismo se baseia na premissa
de que a sensação é a única realidade da vida de Fernando e que se dá
como uma arte sem regras. O sensacionalismo era tido para Fernando como
uma arte universalista e sintética e que, por isso, não poderia haver regras
para serem seguidas neste estilo, ou seja, a única regra era a síntese de
tudo e sentir tudo de todas as maneiras.
Atitude central do sensacionalismo: a realidade da vida é a sensação; na arte
existe apenas as sensações e as consciências que delas temos; na arte deve
ser expressadas as sensações que devem servir de objeto de modo que seja
uma sensação para o outro.
Os três princípios da arte são: 1) cada sensação deve ser plenamente
expressa [...]; 2) a sensação deve ser expressa de tal modo que tenha a
capacidade de evocar - como um halo em torno de uma manifestação
central definida - o maior número possível de outras sensações; 3) o todo
assim produzido deve ter a maior parecença possível com um ser
organizado, por ser essa a condição da vitalidade. Chamo a estes três
princípios 1) o da Sensação, 2) o da Sugestão, 3) o da Construção.(Páginas
Íntimas e de Auto-Interpretação, pp.137-138)

http://www.casadobruxo.com.br/poesia/f/fp_texto50.htm

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