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Summerhill, Realidade ou Utopia

“Summerhill, realidade ou utopia”


Mestrado em Educação – Formação Pessoal e Social
Correntes Pedagógicas Contemporâneas

Discentes: Balbina Andrade, Isabel Ribeiro, Marina Mateus, Paula Serra e Sara Conde
UBI 2004
Summerhill, Realidade ou Utopia

Índice:

- Concepção do Ensino - Aprendizagem

- Relação Pedagógica

- Concepção de Currículo

- Alcance Sócio Cultural da Educação

- Exequibilidade das Concepções Pedagógicas apresentadas


Summerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

Rousseau
Rousseau Freud
Freud
Summerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas
PRESSUPOSTOS:
PRESSUPOSTOS:

Crençana
Crença nabondade
bondadenatural
naturaldo
dohomem
homem
Atribuiçãoààcivilização
Atribuição civilizaçãodada
responsabilidadepela
responsabilidade pelaorigem
origemdodomal
mal

Rousseau OBJECTIVOSDA
OBJECTIVOS DAEDUCAÇÃO:
EDUCAÇÃO:
Rousseau
Desenvolvimentodas
Desenvolvimento daspotencialidades
potencialidades
naturais
naturais
Afastamentodos
Afastamento dosmales
malessociais
sociais
Summerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas
MÉTODO:
MÉTODO:

Retardaroocrescimento
Retardar crescimentointelectual
intelectual

AMBIENTEDE
AMBIENTE DEEDUCAÇÃO:
EDUCAÇÃO:
Rousseau
Rousseau
Semrestrições
Sem restriçõesfísicas
físicas
Summerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas
LIVROS:
LIVROS:

“Interpretationof
“Interpretation ofdreams”
dreams”

“Psychopathologyof
“Psychopathology ofeveryday
everydaylife”
life”
Freud
Freud
Summerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas
PRESSUPOSTOS:
PRESSUPOSTOS:

Conflitoentre
Conflito entreos
osimpulsos
impulsoshumanos
humanosee
asregras
as regrasque
queregem
regemaasociedade
sociedade

Proibiçõessociais
Proibições sociaisbloqueiam
bloqueiamas
as Freud
Freud
pulsõesbiológicas
pulsões biológicas
Summerhill, Realidade ou Utopia

Fundador: Alexander Sutherland Neill


[1883/ 1973]

Filho de um mestre de escola, cresceu sob a alçada de um homem


puritano que regulava os seus alunos com um “punho de ferro”.

Aos 15 anos, foi proposto como aspirante a professor, pelo seu


próprio pai.

Aos 25 anos, ingressou na Universidade de Edimburgo onde se


formou em inglês; posteriormente dedicou-se ao jornalismo e mais
tarde assumiu a direcção de uma pequena escola em Gretna Green.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Fundador: Alexander Sutherland Neill


[1883/ 1973]

“Lane era um firme acreditador da bondade inata das crianças. Ele


familiarizou Neill com a”New Psychology” de Freud e mais tarde tornou-
se psicanalista de Neill. Desta forma ele introduziu a Neill dois
elementos que foram essenciais à fundação de Summerhill:

A reunião de auto-governo, e a importância do bem estar emocional


das crianças acima do desenvolvimento académico.”
Summerhill, Realidade ou Utopia

Fundação: ano de 1921

Localização: Leiston – Suffolk - Inglaterra

População: 25 rapazes e 20 raparigas (1960)

Idade Populacional:
Entrada: 5 anos/ 15 anos Saída: 16 anos

Origem da População: Inglesa, Escandinava, Holandesa, Alemã e


Americana
Regime: Internato

Conceito de Summerhill no Mundo:


mais de 200 escolas seguem o seu ideal
Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão sobre a finalidade da Aprendizagem

Filosofia de Ensino

Enriquecimento das crianças e jovens


com outro tipo de experiências

Forte sentido de responsabilidade Competências de socialização

Summerhill é sinónimo de utopia

Designação vulgar: “Do as you like school”


Summerhill, Realidade ou Utopia

Conceito Summerhill

“Crianças sãs, desprovidas


de medos e de ódios.”

Desenvolver a imaginação
Responsabilidade
e a liberdade de estar
nos seus actos.
e de sentir.

Ausência de Proporcionar liberdade


receio ao adulto. de expressão.

Desenvolvimento
Crianças com natural.
personalidade forte.
Partilha dos
mesmos direitos.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Aulas Aprendizagem
Facultativas Livre

A sabedoria em si não
Os métodos de ensino
são pouco importantes
Summerhill é tão importante como
a personalidade e o carácter.

Desenvolver a O importante é o
persistência e a interesse em aprender
determinação.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Durante as tardes as crianças desenvolvem


actividades de trabalhos manuais

De modo espontâneo, sem ordem ou tempo


pré-definido, e dependente apenas das
suas motivações

Mecânica Fabricar barcos e / ou


Rádio revolveres
Desenho Apreciar uma leitura
Pintura Recortar linóleo
Jogos Trabalhar em couro
Arranjar Trabalhar com vergas
bicicletas … Olaria …

A cozinha é fascinante para ambos os


sexos
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Paralelamente podem participar em actividades previamente marcadas

Cinema
2ª Feira
Compras com os país

3ª Feira Conversa sobre Psicologia

4ª Feira Dança

6ª Feira Eventos especiais

Sábado Assembleia Geral de Escola

Domingos
de Inverno Teatro Nocturno
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Sem agressividade Felizes consigo


– reflexo do ambiente – pouco conflituosas –
que os acolhe não têm prazer em irritar os outros

Meninos e Meninas
Escrevem peças de teatro, de Summerhill “… são charmosas
elaboram o guarda-roupa e as ocasiões de nervos
e os cenários pouco numerosas.”

Cheios de originalidade
e iniciativa
Summerhill, Realidade ou Utopia

Todas as crianças
são tratadas da mesma forma
e com o mesmo respeito

A liberdade
não é sinónimo A segurança das crianças
de abolição de bom senso está em 1º lugar

A Comunidade
Summerhill

Isolar as crianças do perigo, O regulamento da escola


leva á cobardia é proposto e votado
em Assembleia de Escola

Os professores não têm


um sentido de propriedade
privada muito desenvolvido

“Subir ás árvores faz parte da aprendizagem da vida …” (Neill)


Summerhill, Realidade ou Utopia

Summerhill versus Escola Tradicional

Em Summerhill:

- A finalidade da vida, é a procura da felicidade, a procura de um objectivo;


- Educação = preparação para a vida;
- “As crianças como os adultos aprendem apenas o que querem.”
- “Tudo o que a criança necessita, é de saber ler, escrever e contar; para
o resto, as ferramentas, a plasticina, os desportos, o teatro, a pintura
e a liberdade seriam suficientes.”
- “Os livros de estudo não tratam do carácter humano, do amor,
da liberdade, da auto determinação.”

O estudo não deveria vir depois da brincadeira.


- “Estudar é importante  mas não para toda a gente.”
- “Só um currículo absurdo pode obrigar uma futura costureira
a estudar equações e teoremas.”
Summerhill, Realidade ou Utopia

Na Escola Tradicional:

Educação Politica Economia

Guerra

“…a consciência do mundo é ainda primitiva.”


- O trabalho manual está demasiado ligado á produção de um qualquer
objecto fabricado sob o olho atento de um perito;

- A criança é forçada a aprender qualquer coisa.


-“…ausência de maturidade dessas raparigas e desses rapazes cheios
de saber inútil.”

Jovens pessoas

Amáveis Prazenteiras Apaixonadas


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Na Escola Tradicional:

Devem aprender: Um pouco de:

Matemática Ciências
História Arte
Geografia Literatura

Temas muitas vezes pouco interessantes para os alunos.

Escolas onde se fabrica em série,


não importa o que o aluno aprende,
mas o que se lhe ensina.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Aprendizagem em Summerhill
Summerhill, Realidade ou Utopia

Teorias da Aprendizagem

Comportamentalistas
Cognitivistas-gestaltistas
-associacionistas
Skinner Brunner

Aprendizagem Física
Teoria Social
e Lógico-Matemática
Bandura
Piaget
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Métodos / Modelos de ensino

Transmissor de conhecimentos
••OOprofessor
professorpode
podeveicular
veicularum
um
Descoberta dirigida
afectoeeuma
afecto umaempatia
empatiagenuínas.
genuínas.
Dessaforma,
Dessa forma,criará
criaráum
umambiente
ambiente
quenteeefacilitador,
quente facilitador,do
doqual
qualos
os
Inquérito dedutivo
alunostirarão
alunos tirarãobenefícios.
benefícios.
Descoberta pelo aluno

••AAqualidade
qualidadeda
dainteracção
interacçãohumana,
humana,
comoaasinceridade
como sinceridadeeehonestidade
honestidade
Aprendizagem dotratamento
tratamentodos
dosalunos,
alunos,éé
do
interpessoal essencialpara
parapara
paraaaaprendizagem.
aprendizagem.
essencial
Summerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA PORQUE...

PRETENDE...
• que se “aprenda” a ter carácter • isto não se aprende nos livros

• não impor ideias às crianças • é uma ofensa ao direito de viver da


criança

• ensinar tudo o que for possível desde • a criança não deve aprender por
que a criança se sinta suficientemente imposição do adulto
motivada
• não forçar as crianças activas a • acredita na eficácia da liberdade
sentarem-se diante de uma cadeira
para estudar matérias inúteis
Summerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA PORQUE...

PRETENDE...
• servir as necessidades dos alunos • as matérias só têm interesse para
quem as quer aprender

• a liberdade de expressão e da • a criança não deve ser submetida a


aprendizagem qualquer tipo de disciplina, de
direcção, a qualquer sugestão, a uma
moral preconcebida, a uma instrução
religiosa qualquer que ela seja.
• o desenvolvimento tanto quanto as • é preferível ser-se um varredor de
capacidades naturais o permitirem ruas feliz do que um sábio neurótico
Summerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA PORQUE...

PRETENDE...
• permitir que a criança tenha confiança • a sabedoria adquirida nos livros não
em si própria e personalidade prepara as crianças para a vida

• não utilizar métodos definidos de • não se deve forçar a aprendizagem às


ensino crianças, seja qual for o método

• permitir originalidade nas tarefas • as tarefas não devem ser conduzidas


pelo professor, senão perdem a sua
originalidade
• deixar aprender tudo o que se deseja • defender a criança de certas
mesmo que revele algum perigo situações, consistiria em fazer delas
cobardes
Summerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA PORQUE...

PRETENDE...
• preparar as crianças para a vida • as pessoas não podem viver limitadas
apenas ao seu conhecimento adquirido

• que se “aprenda” a sentir • deve-se evitar a infelicidade causada


pela repressão e pelo sistema de
modelos impostos pela sociedade de
consumo, pela família e pela educação
tradicional
• que as crianças procurem livremente • não se podem “matar” grandes
as ferramentas que a sua originalidade criadores que, subjugados em salas de
e génio exigem aula, se vêem obrigados à
necessidade de estudo
Summerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA PORQUE...

PRETENDE...
• que a criança possa “brincar, brincar e • “aprender brincando” é apenas uma
só depois aprender” nova forma de estudar mas mais
dissimulada
• que se prepararem os exames de • uma boa costureira não precisa saber
admissão para a faculdade apenas fazer equações ou teoremas
para os que querem prosseguir
estudos
Summerhill, Realidade ou Utopia

A aprendizagem em Summerhill é...

••AAdecisão
decisãoeeaaescolha,
escolha,da
dacriança
criançaem
emliberdade,
liberdade,que
quese
sedesenvolve
desenvolveao
ao
seuritmo.
seu ritmo.

••Trabalhar,
Trabalhar,basicamente,
basicamente,aadimensão
dimensãoemocional
emocionaldodoaluno,
aluno,para
paraque
queaa
sensibilidadeultrapasse
sensibilidade ultrapassesempre
sempreaaracionalidade.
racionalidade.

••Evitar
Evitaraanatural
naturalsuperprotecção
superprotecçãodos
dosadultos
adultosque
queimpedem
impedemaacriança
criançade
de
desenvolveraasegurança
desenvolver segurançasuficiente
suficientepara
parareconhecer
reconheceroomundo,
mundo,seja
sejade
de
forma intelectual,
forma intelectual,emocional
emocionalou
ouartística.
artística.
••Permitir
Permitiraaalegria
alegriada
dadescoberta
descobertaeeaaauto
autoconfiança
confiançanecessária
necessáriapara
paraaa
superaçãode
superação deobstáculos,
obstáculos,causando
causandosentimentos
sentimentosde deinferioridade
inferioridadeee
dependência,que
dependência, quesão
sãofortes
fortesbarreiras
barreiraspara
paraaafelicidade
felicidadecompleta.
completa.
Summerhill, Realidade ou Utopia

A aprendizagem em Summerhill é...

••Usar
Usaraacuriosidade
curiosidadeinata
inatada
dacriança
criançacomo
comocondutora
condutoranatural
naturaldo
doprocesso.
processo.

••Ser
Serlivre
livrepara
paraagir
agireepensar,
pensar,tendo
tendoconsciência
consciênciado
doseu
seupapel
papelna
nasociedade.
sociedade.

••Não
Nãoter
termedo
medo“a“aausência
ausênciade
demedo
medoééaamelhor
melhorcoisa
coisaque
quepode
podeacontecer
acontecer
aauma
umacriança”.
criança”.
Summerhill, Realidade ou Utopia

“Nem os estudos forçados nem os diplomas universitários


pesam na balança quando é preciso enfrentar os males
da sociedade”
“Ninguém educa para a autonomia reprimindo o outro”
A. Neill
Summerhill, Realidade ou Utopia

Parceiros ideológicos de Summerhill


Procuravaque
Procurava queas
ascrianças
criançasconstruíssem
construíssemos
osseus
seus
sistemasde
sistemas deValores.
Valores.
Jean Piaget
OOprincipal
principalobjectivo
objectivoda
daeducação
educaçãoééaaautonomia,
autonomia,tanto
tanto
intelectualcomo
intelectual comomoral.
moral.

“Aprendemosapenas
“Aprendemos apenasaquilo
aquiloque
queéérealmente
realmente impor-
impor-
tanteeerelevante
tante relevantepara
paranós
nósenquanto
enquantopessoas.
pessoas.””

“aconstituição
constituiçãonatural
naturaldas
dascrianças
criançaseeadolescentes
adolescenteséé Carl Rogers
“a
Detal
De talmodo
modoque,
que,se
setirarmos
tirarmosasasinibições
inibiçõesimpostas
impostas
pororientações
por orientaçõesexternas,
externas,seguir-se-á
seguir-se-áaaaprendizagem
aprendizagem
autodirigida.”
autodirigida.”
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Parceiros ideológicos de Summerhill

OOimportante
importantenão
nãoéétransmitir
transmitirconteúdos
conteúdosespecíficos,
específicos,
masdespertar
mas despertaruma
umanova
novaforma
formade derelação
relaçãocom
comaa
experiênciavivida.
experiência vivida.
Paulo Freire
Cadapessoa,
Cada pessoa,cada
cadagrupo
grupoenvolvido
envolvidona
naacção
acçãopedagó-
pedagó-
gicadispõe
gica dispõeem
emsisipróprio,
próprio,ainda
aindaque
quede
deforma
formarudimen-
rudimen-
tar,dosconteúdos
tar,dos conteúdosnecessários
necessáriosdosdosquais
quaisse
separte.
parte.

AAcriança
criançaéélivre
livrepara
paratomar
tomarsuas
suaspróprias
própriasdecisões.
decisões.

Wilhelm Reich
Autoregulação,movimento
Autoregulação, movimentofeito
feitopelo
pelopróprio
próprioaluno
alunono
no
sentidode
sentido degerir
geriros
osseus
seusobjectivos,
objectivos,os
osseus
seusprogressos,
progressos,
assuas
as suasestratégias
estratégiasdiante
diantedas
dasactividades
actividadesde
deensino.
ensino.
Summerhill, Realidade ou Utopia

A Aprendizagem em Summerhill seguiu os postulados do


Construtivismo

••Nada,
Nada,aarigor,
rigor,está
estápronto,
pronto,acabado;
acabado;
••OOconhecimento
conhecimentonãonãoéédado,
dado,ememnenhuma
nenhuma instância,
instância,como
comoalgo
algo
terminado.
terminado.
••OOpensamento,
pensamento,constitui-se
constitui-sepela
pelainteracção
interacçãodo
doindivíduo
indivíduocom
comoomeio
meio
físico eesocial,
físico social,com
comoosimbolismo
simbolismohumano,
humano,com
comoomundo
mundodas
dasrelações
relações
sociais.
sociais.
••OOpensamento,
pensamento,constitui-se
constitui-sepor
porforça
forçada
dasua
suaacção
acçãoeenão
nãopor
porqualquer
qualquer
dotaçãoprévia,
dotação prévia,na
nabagagem
bagagemhereditária
hereditáriaou
ouno
nomeio,
meio,de
detal
talmodo
modoque
que
antes da
antes daacção
acçãonão
nãohá
hápsiquismo
psiquismonem
nemconsciência
consciênciae,
e,muito
muitomenos,
menos,
pensamento.
pensamento.
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Summerhill

• O papel do professor
– Relação pedagógica
– Critérios pedagógicos
• Aproveitamento do pensamento de Neill, na
actualidade
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Professor

O lema pedagógico de Summerhill

É a ideia da não – interferência no


crescimento da criança e da não-pressão
sobre a criança.
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O principal papel do adulto é o de criar uma atmosfera de


aceitação, livre de ameaças e de receios, aprovar até o
que a criança desaprova em si mesma, porque
lhe ensinaram a desaprová-lo.

Aprovar significa, neste caso, ajudar a criança a


viver e a satisfazer o desejo, multiplicando-lhe as
situações para tal.
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A educação em geral aproveitou muito do seu pensamento:

Relação mais aberta Conceito de que


entre alunos e a educação
professores, que juntos deve ser uma
podem decidir regras preparação para
de conduta; A escolha de a vida;
conteúdos que
levem em conta o
interesse prévio de
cada um.
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Tornou-se ícone
Tornou-se ícone das
das pedagogias
pedagogias alternativas
alternativas
ao concretizar
ao concretizar um
um sistema
sistema educativo
educativo em
em que
que oo
A escola importante éé aa crianças
importante crianças ter
ter liberdade
liberdade para
para
escolher ee decidir
escolher decidir oo que
que aprender
aprender e,e, com
com base
base
nisso,desenvolver-se
nisso, desenvolver-seno
noseu
seupróprio
próprioritmo.
ritmo.
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Concepção do Currículo Alcance dos Conteúdos - Professor

Critérios Pedagógicos

Summerhill rege-se por quatro critérios:

Felicidade

Sinceridade
Equilíbrio

Sociabilidade
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Princípios

São três os princípios de que parte Summerhill:

Amor

Felicidade Liberdade
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Acontece com os professores:

A disciplina que querem impor, a situação que exigem ter na


turma, não são senão expressão das suas próprias pulsões
agressivas, se um desejo de poder que nem ousa enfrentar
poderes iguais e se abate sobre as crianças.
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Professores

• Não são adeptos dos exames de admissão à universidade, mas não


podem recusar o ensino das matérias necessárias para os
exames, porque enquanto os exames forem necessários, eles
serão os mestres.

• Todos os professores estão habilitados e ensinar as suas matérias.


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Pensadores como Neill e Rogers

• Mostram-nos que a educação deve ser centrada no aluno, mas


o professor deve providenciar-lhe uma base que lhe permita
aprender;

• Além disso, eles ensinam-nos a importância da afectividade no


processo educacional;

• Os alunos só aprenderão se for estabelecido um clima de


amizade, em que todos sejam aceites com as suas próprias
características.
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Em oposição à pedagogia tradicional

Surge a educação humanística também


chamada de não directiva.

Nessa abordagem, o aluno não é um simples depositário de


conhecimentos e a função do professor não é apenas transmitir
informações, mas de criar condições para que os alunos
aprendam.

Na educação humanística só há aprendizagem


quando há envolvimento emocional.
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“Gostaria antes de ver a escola produzir


um varredor de ruas feliz do que um
erudito neurótico”
Neill
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Summerhill

• Relação pedagógica
– O papel do aluno
• Deveres
• Direitos

• Concepção do Currículo
– Aquisição de conhecimentos
– Desenvolvimento afectivo
– Implementação de actividades
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Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

Cumprir Respeitar Trabalhar Desenvolver


Fazer Tomar
os os em a
escolhas decisões
regulamentos outros grupo imaginação
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Escolhem as aulas a que querem assistir.

Fazer - Escolhem o tipo de actividades extra-curriculares


escolhas que gostam de desenvolver.

- Escolhem o que devem vestir.


Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Decidem assistir ou não às aulas.


Tomar
decisões - Decidem cumprir ou não horários.

- Decidem fazer ou não os deveres.


Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Decidem fazer ou não exames.


Tomar
decisões - Decidem através do voto nas assembleias.
semanais:
actividades, horários, castigos, ementas, etc.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Pagar os danos causados (vidros partidos).

Cumprir os - Respeitar os horários estabelecidos para as tare-


Regulamentos fas diárias (refeições, aulas, camas, actividades).

- Nadar, apenas com a presença de um vigilante.


Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Nenhuma criança com menos de onze anos pode


Cumprir os circular sozinha na estrada de bicicleta.
Regulamentos
- Proibição de subirem aos telhados e uso de
espingardas de ar comprimido.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Dividem-se para ler de acordo com a idade.


Fazer
actividades - Os mais velhos gostam de assistir a conversas
em sobre psicologia (a partir dos 12 anos):
grupo
• Complexo de inferioridade;
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Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

Fazer • A Psicologia: do ladrão, do gangster,


actividades do humor e de massas;
em
grupo
- Porque é que o homem se tornou moralista?
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Gostam de trabalhar na sala de desenho, fazer


Fazer carpintaria e trabalhos manuais em geral.
actividades
em - Gostam de ir ao cinema, dançar, fazer teatro, etc.
grupo
- Gostam de fazer partidas de futebol contra os
jovens da aldeia.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Respeito pela liberdade do outro.


Respeitar - Respeito pelas normas de conduta.
os
outros - Não utilizar os objectos dos outros sem
primeiro pedir, sejam colegas ou professores.

- Respeitar o silêncio depois das vinte horas.


Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

- Os rapazes são mais imaginativos que as


Desenvolver raparigas (talvez porque a escola esteja
a melhor equipada).
imaginação
- O interesse pelas actividades diferem
consoante o género.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Neill
ÉÉviver
viveraasua
suaprópria
própriavida
vida––eenão
nãoaquela
aquelaque
quedesenham
desenhamos
osseus
seuspais
pais
ansiosos,nem
ansiosos, nemaquela
aquelaque
quepropõem
propõemososseus
seuseducadores
educadores
comosendo
como sendoaamelhor.
melhor.

Aos alunos compete:

Desenvolver - Gostam de escrever e encenar peças de teatro,


a cozinhar e frequentar o laboratório de química.
imaginação
- Gostam de ouvir histórias, nas quais são os
verdadeiros protagonistas (domingo à noite).
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo
Neill

“Os criadores aprendem o que desejam aprender. Não sabemos


quanta liberdade de criação é morta na sala de aulas”.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

AQUISIÇÃO IMPLEMENTAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
DE DE
AFECTIVO
CONHECIMENTOS ACTIVIDADES
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- Aprender
Aprender numa
numa perspectiva
perspectiva de
de
desenvolvimento global.
desenvolvimento global.

AQUISIÇÃO -- Desenvolver
Desenvolver aa responsabilidade
responsabilidade
DE
pela auto-aprendizagem.
pela auto-aprendizagem.
CONHECIMENTOS
-- Promover
Promover uma
uma aprendizagem
aprendizagem activa
activa
orientada para
orientada para um
um processo
processo de
de
descoberta.
descoberta.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- Aprendizagem
Aprendizagem por
por via
via da
da
experiência.
experiência.
AQUISIÇÃO
DE -- Centrar
Centrar aa aprendizagem,
aprendizagem, nas
nas suas
suas
CONHECIMENTOS necessidades ee sentimentos.
necessidades sentimentos.

-- Os
Os livros
livros são
são oo material
material menos
menos
importante na
importante na escola.
escola.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- Os
Os testes,
testes, exames
exames ou
ou prémios
prémios sãosão
abominados (o
abominados (o desenvolvimento
desenvolvimento da da
personalidade éé desviado
personalidade desviado aoao esta-
esta-
AQUISIÇÃO
DE
belecer modelos
belecer modelos aa seguir).
seguir).
CONHECIMENTOS
-- Tudo
Tudo oo que
que precisam
precisam éé aprender
aprender aa
ler, aa escrever
ler, escrever ee aa contar.
contar.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- A
A escolha
escolha dos
dos conteúdos,
conteúdos, deve
deve ter
ter
em conta
em conta oo interesse
interesse prévio
prévio de
de
cada um.
cada um.
AQUISIÇÃO
DE -- A
A educação
educação deve
deve ser
ser uma
uma prepa
prepa
CONHECIMENTOS ração para
ração para aa vida
vida..

-- O método adoptado
O método adoptado éé pouco
pouco impor-
impor-
tante (independentemente
tante (independentemente da
da forma
forma
de ensino,
de ensino, há
há aprendizagem).
aprendizagem).
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- Desenvolver
Desenvolver capacidades
capacidades ee
interesses sem
interesses sem qualquer
qualquer tipo
tipo de
de
trauma.
trauma.
AQUISIÇÃO
DE -- Além
Além dos
dos conteúdos
conteúdos didácticos,
didácticos,
CONHECIMENTOS também recebem
também recebem apoio
apoio ee informa-
informa-
ção sobre:
ção sobre:
•• Contracepção
Contracepção
•• Doenças
Doenças sexualmente
sexualmente
transmissíveis
transmissíveis
•• Droga
Droga
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- A
A liberdade,
liberdade, oo amor
amor ee -- Aprender
Aprender desde
desde cedo
cedo ee
auto-regulação
auto-regulação são são mais
mais na prática,
prática, noções
noções dede
na
eficientes
eficientes que
que aa autori-
autori- responsabilidade, de-
de-
responsabilidade,
dade
dade ee oo medo.
medo. mocracia ee liderança.
liderança.
DESENVOLVIMENTO mocracia
AFECTIVO
-- O
O objectivo
objectivo éé aa felicidade,
felicidade, -- Aprender
Aprender aa sentir
sentir ee não
não
sem
sem medo
medo ee sem
sem aa apenas aa pensar.
pensar.
apenas
coerção
coerção dos
dos adultos.
adultos.
-- Aprender
Aprender aa desenvolver
desenvolver
-- Aprender
Aprender aa viver
viver em
em relações interpessoais.
interpessoais.
relações
comunidade.
comunidade.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

-- Realizar
Realizar actividades
actividades atractivas,
atractivas, com
com
estímulo
estímulo da
da criatividade:
criatividade:

•• Trabalhos
Trabalhos manuais
manuais (madeiras,
(madeiras,
argila,
argila, verga,
verga, linóleo,
linóleo, couro,
couro, IMPLEMENTAÇÃO
têxteis,
têxteis, etc.);
etc.); DE
•• Desenho
Desenho ee pintura;
pintura; ACTIVIDADES
•• Teatro;
Teatro;
•• Cozinhar;
Cozinhar;
•• Fazer
Fazer experiências
experiências laboratoriais
laboratoriais
de
de química;
química;
•• Desporto
Desporto (futebol,
(futebol, natação,
natação, etc.).
etc.).
Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão do Currículo

 Apesar do culto à liberdade total, as regras devem ser seguidas:


• As leis do país não podem ser desrespeitadas;
• As normas de conduta são criadas e aprovadas em assembleias semanais
nos quais todos tem direito a voto.

 O ensino é centrado na prática. Por isso Neill:


• Encorajava os trabalhos manuais, o teatro a música ao mesmo nível que a
matemática e a geografia;
• A educação deveria ser principalmente uma responsabilidade dos alunos
e não apenas dos professores;
Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão do Currículo

 A maior parte dos trabalhos da aula, são apenas uma perda de tempo, de
energia e de paciência – roubando o direito de brincar “põe velhas cabeças
em jovens ombros”;

 O estudo deveria vir depois da brincadeira. Não deveria vir temperado de


jogos para o tornar mais agradável ao paladar;

 Pretendia formar cidadãos livres para agir e pensar, mas também cidadãos
conscientes do seu papel na sociedade;

 O objectivo principal da aprendizagem é a realização do ser humano e o


uso pleno das suas potencialidades e capacidades.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Conclusão: Objectivos de Neill

“Tendohorror
“Tendo horroraacompromissos,
compromissos,tenho
tenhoportanto
portantoaaobrigação
obrigação
defazer
de fazereede
decompreender
compreenderque
queoomeumeudestino
destinonão
nãoééde
de
reformaraasociedade,
reformar sociedade,mas
masde
detrazer
trazerfelicidade
felicidadeaaum
um
pequenonúmero
pequeno númerodedecrianças
crianças”.”.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação


Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Funções:

– Formar / Informar

– Servir os interesses do indivíduo / Interesses da sociedade

– Desenvolvimento original da pessoa / Adaptativa


Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

VIVER

Informar
Informar Formar
Formar

Passado Futuro

Presente
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Indivíduo
Indivíduo Sociedade
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Formaçãohumana
humana Disciplinação
Formação
a regras e modos
conduzidapela
conduzida pelanatureza
natureza sociais dominantes
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Indivíduo Sociedade

Criança
num mundo Criança como
protegido das “projecto de adulto”
preocupações
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Indivíduo Sociedade

Enquadramento
Infância idealizada num mundo
de adultos
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Indivíduo Sociedade

A criança
A criança no
é promessa
seu próprio tempo
e potencialidade
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Summerhill A infância como


“tempo de direitos”
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Pressupostos:

“Consciência do mundo é ainda primitiva”

“Pressão coerciva da civilização”

“Educação tradicional:
Suscita os traumas afectivos e a inadaptação à sociedade,

Forma adultos isentos de vontade própria,

Gera o conformismo.”
Neill
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Pressupostos:

Permite compreender a escola como um projecto


antropológico:

Capaz de redefinir as suas finalidades sociais

Capaz de se realizar como espaço educativo subordinado a uma


dignidade existencial e moral alternativa
Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Pressupostos:

Crença na possibilidade de redenção das sociedades humanas através


da transformação das escolas.

Recusa "de uma sociedade demente e de uma humanidade


enferma graças à disciplina repressiva a que crianças e jovens
são submetidos nas famílias e nas escolas"
(Trindade, 1998).
Summerhill, Realidade ou Utopia

Desenvolvimento pessoal e social

Cidadania

Participação Relações
Interpessoais
Democrática positivas

Não há rigidez de Não há rigidez nas


Solidariedade
hierarquias relações de poder
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Aspectos positivos
Aspectos negativos
Aplicabilidade no contexto de uma escola para todos
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

“O papel da criança, é o de viver a sua própria vida – e não


aquela que desenham os seus pais ansiosos, nem aquela
que propõem os seus educadores como sendo a melhor.
Uma tal intervenção ou orientação da parte do adulto não
pode senão produzir uma geração de robots.”
Alexander Neill
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Aspectos positivos Aspectos negativos

Desenvolvimento Aprendizagens
pessoal e social formais
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Aspectos positivos Aspectos negativos

Ideia falida.
Experiência educacional As crianças
inovadora que prepara não têm estrutura
os alunos para a vida . para tomarem
decisões sozinhas.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Aspectos positivos Aspectos negativos

Papel do educador na
condução das crianças,
Não estão preparados para
é de orientar em direcção o mercado de trabalho.
ao que é original .

Cerizara, 1990
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Informação sobre educação em liberdade:

Não se registaram:
• Casos de gravidez
• Problemas com droga ou bebidas
• Doenças graves
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Informação sobre educação em liberdade:

Inserção social
• Actores;bailarinos; cineastas; ilustradores; músicos; técnicos de som;
fotógrafos;
• Arquitectos; advogados; professores; escritores;
• Homens e mulheres de negócios;
• Médicos; cirurgiões; cientistas;
• Jornalistas,
• Fazendeiros;
• Carpinteiros (...)
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• Público-alvo,
Público-alvo,maioritariamente
maioritariamente
Visão crítica pertenceaafamílias
pertence famíliasda
daclasse
classe
média-alta.
média-alta.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• De
Deacordo
acordocom
comFerriére
Ferriére(1922),
(1922),
oointeresse
interesse“move
“movemontanhas,
montanhas,
aachave
chaveda daescola
escolaactiva”.
activa”.
Visão crítica
•• Neill
Neilldizia
dizia“O
“Ointeresse
interesseééooúnico
único
critério”.
critério”.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• Bases
Basesdo
doensino
ensinodesenvolvimental
desenvolvimental
fundamentauma
fundamenta umarelação
relaçãoentre
entre
Visão crítica
ooensino
ensinoeeoodesenvolvimento
desenvolvimento
mental.
mental.

Vasili Davídov
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• OOdesenvolvimento
desenvolvimentodede
capacidadescognitivas,
capacidades cognitivas,em
em
Visão crítica Summerhillnão
Summerhill nãoéécontrolado,
controlado,
logopode
logo podeou
ounão
não
ocorrer.
ocorrer.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• “(...)
“(...)Sem
Semdúvida
dúvidaque
queaacriança
criança
devefazer
deve fazersó
sóooque
quedeve,
deve,porém
porém
Visão crítica
devequerer
deve querersósóooque
quevós
vósquereis
quereis
queela
que elafaça.”
faça.”

Rousseau
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• As
Ascrianças
criançasnecessitam
necessitamaprender
aprender
aacontrolar
controlaros
osseus
seusinstintos
instintosee
aaadaptar-se
adaptar-seao
aoseu
seuambiente
ambiente
Visão crítica social.
social.
AAeducação
educaçãotem
temum
umpapel
papel
fundamentalpara
fundamental paraos
osensinar
ensinar
aafazê-lo.
fazê-lo.

Freud
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

Pertinência
•• Será
Seráde
defacto
factonecessária
necessáriaesta
esta
na actualidade
mediaçãodo
mediação doEstado
Estadoentre
entreaa
Aspecto Macropolítico sociedadeeeaaeducação?
sociedade educação?
Summerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade
das concepções pedagógicas apresentadas

•• AAsociedade
sociedadehumana,
humana,
éésistémica
sistémicaou
ousistemática
sistemáticapor
por
Pertinência natureza.O
Oque
queimplica
implicaaanatural
natural
natureza.
na actualidade
tendênciade
tendência detodas
todasas
asactividades
actividades
Aspecto Macropolítico humano-sociaispara
humano-sociais paraintegrarem
integrarem
sistemas.
sistemas.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Síntese

Toda a intervenção educativa mantém em si um movimento


contraditório e dinâmico entre indivíduo e cultura

Summerhill alerta-nos para a necessidade de evitar que se


exacerbe o poder controlador das características
hegemónicas da cultura em detrimento do exercício pleno
das capacidades humanas sobretudo a criação.
Summerhill, Realidade ou Utopia

Os vossos filhos não são vossos.


São os filhos e filhas da Vida, desejosa de si mesma.
Vêm através de vós, porém não vêm de vós.
E, ainda que vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não os vossos pensamentos.
Porque eles têm os seus próprios pensamentos.
Podeis alojar os seus corpos, mas não as suas almas.
Porque as suas almas moram na casa do amanhã,
que vós não podeis visitar, nem sequer em sonhos.
Podeis esforçar-vos em ser como eles, porém não procureis
torná-los iguais a vós.
Porque a vida não retrocede nem se compadece com o passado.
in O profeta (1923), Kahlil Gibran
Summerhill, Realidade ou Utopia

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