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O MANUSCRITO DO PURGATÓRIO

Published Abril 15th, 2009 in Doutrina da Igreja, Vida eterna

O manuscrito do Purgatório, Editora Cidade do Imaculado Coração de Maria, 2005-5, é um

livrinho que recolhe os manuscritos da Irmã Maria da Cruz, contem ensinamentos interessantes

sobre a vida do além, notávelmente sobre o Purgatório, acompanhados de numerosos conselhos

de direcção espiritual. Sobre a sua autencidade não temos dúvidas. Sabemo-lo por testemunhos

certos e concordantes e factos devidamente controlados. Quer saber mais, clica aqui

Trata-se da Irmã Maria da Cruz, uma religiosa do convento de Valognes, falecida em Cherbourg

a 11 de Maio de 1917. Ela, em Novembro de 1873, começou a ouvir gemidos prolongados… Em

vão tentou multiplicar as preces, aferecer comunhões, vias sacras e rosários; os gemidos não

cessavam e permanecia o mistério. Finalmente, no domingo 15 de Fevereiro de 1874, ouviu uma

voz bem conhecida: “Não tenha medo! Sou a Irmã Maria Gabriela”. A Irmã Maria Gabriela era

uma jovem religiosa, companheira da Irmã Maria da Cruz, falecida em Valognes a 22 de Fevereiro

de 1871, com apenas 36 anos de idade. Ela, durante a sua vida terrena, tantas vezes desprezara

os conselhos da Irmã Maria da Cruz. Agora, estando no Purgatório, por um impercrutável desígnio

da misericórdia de Deus, foi-lhe concedido de pedir a ajuda da sua antiga companhaeira, a Irmã

Maria da Cruz para se libertar e se santificar e, assim, ir para o Céu. O-manuscrito-autenticidade

ANO DE 1878

- Verdadeiramente, considero isto tão surpreendente que já não sei em que acreditar! 

- Compreendo o seu embaraço. Sei o que sofre com isto, mas, como Deus o permite e me alivia,

terá piedade de mim, não é? Quando eu for libertada verá que retribuirei, com mais do que me

deu. Já rezo muito por si.

- Onde está a lrmã…?

- No grande Purgatório, onde não se recebem orações de ninguém.

13 de Setembro de 1879 

- Conhece as coisas da terra?

- O meu conhecimento é restrito: conheço aquilo que Deus quer. Soube alguma coisa da

comunidade. Não sei o que se passa nas almas das outras pessoas, excepto na sua, porque o

Senhor assim o permite para sua santificação.

Sobre as etapas do Purgatório, posso falar-lhe porque já as passei. No grande

Purgatório há diferentes graus. No mais baixo e mais doloroso, que é um inferno

momentâneo, estão os pecadores que cometeram crimes enormesdurante toda a sua vida e

que a morte surpreendeu nesse estado, sem lhes dar tempo para se arrependerem. Foram salvos

como por milagre … Para estas almas, o Purgatório é terrível. É como o inferno, à excepção de que

no inferno se amaldiçoa a Deus, enquanto no Purgatório se bendiz e se Lhe agradece por nos ter

salvo. Em seguida vêm as almas que não fizeram grandes crimes, como as primeiras, mas

foram indiferentes em relação a Deus. Não cumpriram durante a vida o dever pascal, e,

convertidos igualmente à hora da morte, não poderam comungar, estão no Purgatório em

penitência da sua longa indiferença, sofrendo penas indescritíveis, abandonadas, sem orações…
ou, se as fazem por elas, não podendo aproveitá-las. Há ainda neste Purgatório religiosos e

religiosas tíbios, negligentes dos seus deveres, indiferentes com Jesus, e Padres que não

exerceram o seu ministério com a reverência devida à soberana Majestade e não ajudaram as

almas que lhes foram confiadas a amar o bom Deus. Eu estive neste lugar.

No segundo Purgatório encontram-se as almas dos que morrem com pecados veniais, não

expiados antes de morte, ou pecados mortais perdoados, mas pelos quais não satisfizeram

inteiramente a justiça divina. Também há neste Purgatóriodiferentes graus, segundo os méritos

das pessoas. Assim o Purgatório dos consagrados e dos que receberam mais graças é mais longo

e penoso que o do comum dos mortais.

Enfim, o Purgatório de desejo que denominamos “Átrio” e que muito poucos evitam. Para o

evitar é preciso ter desejado ardentemente o Céu e a contemplação de Deus, o que é mais raro do

que parece, porque muitas pessoas, mesmo piedosas, Lhe têm medo e não desejam o Céu com

verdadeiro ardor. Este Purgatório tem, como os outros, o seu martírio: ser privado da visão do

bom Jesus!

- O que se passa na agonia e depois. Sob que forma é pronunciada a sentença?

- Como sabe eu não tive agonia, mas posso dizer-lhe que no derradeiro e decisivo momento, o

demónio semeia toda a sua raiva à volta dos moribundos. O bom Deus, para dar mais mérito às

almas, permite estas últimas provas e combates. É frequente que as almas fortes e generosas

tenham, para adquirir um melhor lugar no Céu, no fim da vida e nos transes da morte lutas

terríveis contra o anjo das trevas (a Irmã já o testemunhou). Essas almas saem vitoriosas porque

Deus não deixa que uma alma que lhe foi devotada durante a vida, se perca nos últimos

momentos.

As pessoas que amaram a Santíssima Virgem, que a invocaram toda a vida, recebem d’Ela muitas

graças na última batalha. O mesmo acontece com quem foi devoto de S. José, S. Miguel, ou

qualquer outro santo. É sobretudo nesse momento difícil que nos sentimos felizes por ter um

intercessor perto de Deus.

Há almas que morrem tranquilas, sem experimentar nada disto. O bom Deus tem para tudo os

Seus desígnios: tudo o que permite visa o bem particular de cada um.

- Como dizer e descrever-lhe o que acontece após a agonia? 

- Não pode perceber-se bem sem o ter experimentado. Vou no entanto, tentar explicar-lhe o

melhor possível. A alma, ao deixar o corpo, encontra-se perdida, toda imersa em Deus se assim

se pode dizer. Encontra-se numa tal claridade que num instante revê a vida inteira e apercebe-se

do que merece. É a própria alma, que vendo com tanta clareza, pronuncia a sua sentença. A alma

não vê Deus, mas está possuída pela Sua presença. Se é pecadora, como eu era, e merece por

isso o Purgatório, sente-se de tal modo esmagada pelo peso das faltas que ainda tem de apagar,

que se lança por si mesma no Purgatório. Só então se compreende o bom Deus, o Seu amor pelas

almas e a desgraça que é o pecado aos olhos da Sua Divina Majestade.

- E quando se trata de uma alma que vai directamente para o Céu?


- Para essa alma, a sua união começada com Jesus continua-se depois da morte: é isso o Céu,

mas a união no Céu é muito mais íntima que na terra. O-manuscrito-do-Purgatorio

Tradição católica e mística

Os homens, não tendo podido curar a morte, a miseria, a ignorância, decidiram


de não pensarem a elas para poderem ser felizes.

Pascal, nos seus pensamentos, remarca que certos adultos em plena atividade
cedam ao divertimento: o número das coisas urgentes que devam revolver os
distrai da pergunta essencial: Que coisa me transformarei depois da morte?
Esta constatação fazia dizer a um humorista: Aqui repousa um que não soube
porque vivia.
    Purgatório e a vida
A vida é algo de sério: nela devemos preparar a nossa eternidade. Se falhamos
esta vida, não teremos exames de reparação, não poderemos recomeçar, ma
deveremos prestar conta ao lugar que teremos reservado ao amor no nosso
coração e nos nossos atos.
    Purgatório e a outra vida
Se trata então de crer no além onde nos atende, no ponto de encontro entre o
tempo e o eterno, o juízo. O Purgatório, fruto da infinita Misericórdia de Deus, é
tão necessário para a salvação das almas que se não existisse seríamos
destinados à danação eterna.
    Purgatório e o homem
Por isso se deve pensar que o homem para alcançar a intimidade de Deus deve
ser puro. Se esta purificação não aconteceu sobre a terra, se realizará fora do
tempo no calor do amor. Aqui a alma deverá deixar-se purificar para acolher o
abraço definitivo de Deus.
    Purgatório e a morte
O Purgatório foi além disso um extraordinário recurso da civilização. A ideia que
o mal se possa resgatar com obras boas também para os próprios queridos
defuntos é genial: cancela o limite intocável da morte, reequilibra as injustiças
terrenas e da uma força positiva a todas as ações.
    Purgatório e a Bíblia
A seguir poderemos compreender sobre qual fundamento bíblico se funda a
doutrina da Igreja Católica, as penas do Purgatório quais sejam e quanto
duram. Não faltam as palavras iluminantes do Santo Pai João Paulo II sobre a
purificação necessária para encontrar Deus. Existem as visões e o tratado dos
Santos reconhecidas pela Igreja e de alguns místicos. Para alguns deles se è
preferido inserir um breve raconto da vida para compreender bem a
espiritualidade deles.
    Purgatório e os Santos
Santa Catarina de Genova, Maria Simma, Santa Veronica Giuliani, Freisa
Faustina Kolvaski, Santa Geltrude de Helfta, Santa Margarida Maria Alacoque e
outras nos guiam através de um mundo afascinante que nos espera no além.
Mas a primeira pergunta a responder é: podemos visitar as almas no
purgatório...

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