Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA 2011
INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
PERÍODO ANTIGO
NA BÍBLIA
Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus
relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os
registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se
tinha! (Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente
inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um
novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-
17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o
que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada
(Mateus 18.23-27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.
PERÍODO MEDIEVAL
O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes
que ocorreram neste período:
Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos
emigrassem, principalmente para Itália;
Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme
potencial de riquezas para alguns países europeus;
Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram
para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras
riquezas que o Novo Mundo representava.
Conforme IUDICIBUS, MARION, FARIAS (2009) a introdução da técnica contábil nos
negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a
empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas
especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem
úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que
viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
Segundo IUDICIBUS, MARION, FARIAS (2009) Várias são as teses que evidenciam o
surgimento e desenvolvimento da Contabilidade. O desenvolvimento econômico acompanha de
perto o desenvolvimento Contábil. Em 1920, com a grande ascensão dos EUA, deu-se origem à
Escola Norte-Americana.Com o surgimento das grandes Corporations, principalmente no século
atual, adicionando-se o desenvolvimento do mercado de capitais, a Contabilidade encontrou um
campo propício para o seu desenvolvimento com teorias e aplicações no campo prático.
Os Estados Unidos herdaram da Inglaterra a tradição de Auditoria, criando lá sólidas
raízes. No início do século XX, a chamada Escola Européia teve sua queda, quando a Escola
Norte-americana obteve sua ascensão.
Diferenças entre as escolas européias e norte americanas
Algumas razões da Queda da Escola Européia Algumas razões da Ascensão da Escola Norte-
(especialmente italiana) Americana
1. Excessivo Culto à Personalidade: grandes 1. Ênfase ao Usuário da Informação Contábil: a
mestres e pensadores da Contabilidade Contabilidade é apresentada como algo útil
ganharam tanta notoriedade que passaram a ser para a tomada de decisões, evitando-se
vistos como “oráculos” da verdade Contábil. endeusar demasiadamente a Contabilidade;
atender os usuários é o grande objetivo
2. Ênfase a uma Contabilidade Teórica: as 2. Ênfase à Contabilidade Aplicada:
mentes privilegiadas produziam trabalhos principalmente à Contabilidade Gerencial. Ao
excessivamente teóricos, apenas pelo gosto de contrário dos europeus, não havia uma
serem teóricos, difundindo-se idéias com pouca preocupação com a teoria das contas, ou querer
aplicação prática. provar que a Contabilidade é uma ciência.
3. Bastante Importância à Auditoria: como
3. Pouca Importância à Auditoria: herança dos ingleses e transparência para os
principalmente na legislação italiana, o grau de investidores das Sociedades Anônimas (e
confiabilidade e a importância da auditagem outros usuários) nos relatórios contábeis, a
não eram enfatizados. auditoria é muito enfatizada.
4. Universidades em busca de qualidade:
4. Queda do nível das principais faculdades: grandes quantias para as pesquisas no campo
principalmente as faculdades italianas, contábil, o professor em dedicação exclusiva, o
superpovoadas de alunos. aluno em período integral valorizaram o ensino
nos Estados Unidos.
NO BRASIL
Princípios
Princípios contábeis podem ser conceituados como sendo as premissas básicas acerca
dos fenômenos e eventos contemplados pela Contabilidade, premissas que são a cristalização
da análise e observação da realidade econômica, social e institucional
Objetivo
Os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de
credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das
demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a
adequada interpretação entre empresas do mesmo setor.
Os princípios devem ser observados de maneira essencial no exercício da profissão
contábil, pois, orientam a prática e são fundamentados no direito das NBC’s (NORMAS
BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE).
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam o conjunto de princípios e
teorias relativas à Ciência da Contabilidade. Diz respeito à Contabilidade no seu sentido mais
amplo de Ciência Social, cujo objeto é o Patrimônio da Entidade.
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são:
I) o da Entidade;
II) o da Continuidade;
III) o da Oportunidade;
IV) o do Registro pelo valor original;
V) o da Atualização monetária; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10)
VI) o da Competência e
VII) o da Prudência.
Objetividade
Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros
dos fatos que envolvem a gestão do patrimônio das entidades. Os registros contábeis, sempre
que possível, devem ser baseados em documentos que comprovem as respectivas transações.
Assim, por exemplo, toda vez que um Contabilista tiver mais de uma opção de valores para
atribuir a um dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de
avaliação do bem, deverá optar pelo mais objetivo – no caso, o documento.
Convenção da Materialidade
Tal convenção estabelece que não se deve perder tempo com registro irrelevantes do
ponto de vista contábil; registros cujos controles pode se tornar mais onerosos que os próprios
valores a serem registrados.
A aplicação dessa convenção é relativa em relação à natureza da empresa e seus
registros, por isso exige bom senso. Há situações em que, embora os valores sejam
irrelevantes, a respectiva importância em relação a um todo exige o registro.
Como exemplo, podemos citar os materiais de expediente utilizados no escritório,
como lápis, papéis, etc. Esses materiais, embora consumidos diariamente, podem ser
contabilizados apenas ao final do período por diferenças de estoques, dado os seus pequenos
valores unitários.
Convenção da Consistência
De acordo com essa Convenção Contábil, os critérios adotados no registro dos atos e
fatos administrativos não devem mudar frequentemente. No caso de necessidade de mudanças
em tais critérios, tais devem ser informadas em notas explicativas.
A quebra da consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos
contábeis, o que prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos
de exercícios anteriores.
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
É um dos desafios dos que iniciam o estudo da contabilidade, pois pode dificultar o
entendimento da matéria.
A contabilidade possui linguagem própria e alguns termos, palavras ou expressões
coincidem com termos, palavras ou expressões de nossa linguagem comum. As palavras que
mais perturbam os estudantes são débito e crédito.
Conceito
A contabilidade é uma ciência que tem como finalidade registrar, coletar, resumir
informar e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimonial, financeira e
econômica de qualquer entidade. - Três requisitos para ser ciência: o campo de atuação que
são as entidades; o objetivo que é o patrimônio; e o método : das partidas dobradas.
Também podemos relatar que o objetivo (finalidade) da contabilidade, é o estudo e
o controle do patrimônio e de suas variações visando ao fornecimento de informações que
sejam úteis para a tomada de decisões econômicas.
Aplicação Da Contabilidade
A contabilidade pode ser estudada de modo geral( para todas as empresas) ou em
particular( aplicada em certo ramo da atividade ou setor econômico). Assim, no estudo da
contabilidade podemos enfocar, entre outros, os seguintes ramos:
• Contabilidade Industrial;
• Contabilidade Comercial e de serviços;
• Contabilidade de Custos;
• Contabilidade Hospitalar;
• Contabilidade Agrícola e da Pecuária
• Contabilidade das Instituições Financeiras
• Contabilidade Pública
• Contabilidade Autônomo (livro caixa);
• Contabilidade das pessoas físicas – Atividade Rural (movimento > R$ 112.436,25);
• SOCIEDADES POR AÇÕES.
As principais regras contábeis direcionadas a esse tipo de companhia são aplicáveis às
demais formas jurídicas de se constituírem sociedades.
As principais características desse tipo de companhia estão a seguir:
a) são constituídas por um estatuto social;
b) o capital é dividido em partes iguais, que recebem o nome de ações;
c) seus sócios são conhecidos como acionistas;
d) em resumo, seu estatuto social deve conter: a denominação; o objeto; a sede; o valor
do capital; o prazo de duração, que normalmente é indeterminado; a forma de administração
da sociedade; a regra de partilha dos lucros e prejuízos e os direitos dos acionistas, no que
tange ao voto, deliberações sociais e seus deveres e obrigações.
PATRIMÔNIO
Qualidade e Valor
Do ponto de vista contábil, o patrimônio apresenta-se em dois aspectos: qualitativo e
quantitativo.
Qualitativo: refere-se aos nomes técnicos com que se identificam os bens, direitos e
obrigações.
Quantitativo: se o aspecto qualitativo significa apenas as denominações dos
elementos patrimoniais, o aspecto quantitativo é definido pelo valor que cada conta apresenta
num determinado momento.
O que são, afinal, bens, direitos e obrigações?
Divisão de Bens
Relativamente ao elementos bens, impõe-se observar que são várias as suas
classificações, com enfoques e conceitos que variam segundo a área de conhecimento, que,
em dado instante, o explora e examina.
O Direito Civil faz a sua “divisão” de bens com especificações e terminologias
próprias.
A Economia trabalha esse assunto em nível particular, estabelecendo distinções nítidas
– sobre bem econômico e bem não econômico, etc...
A Contabilidade vale-se do Direito para classificar os bens em tangíveis e intangíveis.
O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado em moeda e
pertencente a uma pessoa.
BENS são as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e suscetíveis de
avaliação econômica. Podem ser materiais ou imateriais.
Bens materiais, corpóreos ou tangíveis são os objetos que a empresa tem para uso,
troca ou consumo.
Bens Tangíveis = Têm forma física, são palpáveis.
Ex.: (Veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios,
ferramentas etc.)
Bens imateriais, incorpóreos e intangíveis correspondem a determinados gastos
efetuados pela empresa que devem fazer parte do patrimônio.
Bens Intangíveis = Não são palpáveis, não constituídos de matéria.
Ex.: Marcas (Arisco, Coca-cola), patentes de invenção (direito exclusivo de explorar
uma invenção).
Bens Imóveis - Vinculados ao solo. Não podem ser retirados sem destruição ou dano:
edifício, árvores etc.
Bens móveis = Podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: animais
(semoventes), máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias.
DIREITOS são todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros, como:
Duplicatas a Receber, Promissórias a Receber, Aluguéis a Receber etc.
OBRIGAÇÕES são todos os valores que a empresa tem para pagar a terceiros, como:
Duplicatas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Pagar etc.
Para a contabilidade os totais de dividas são denominados obrigações exigíveis, isto é,
compromisso que serão reclamados, exigidos: pagamento na data do vencimento.
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Direitos
Equação patrimonial
O gráfico em T, quando utilizado para representar a situação patrimonial de uma
empresa, denomina-se Balanço Patrimonial.
SITUAÇÃO LÍQUIDA OU PATRIMÔNIO
Conceito
Para se conhecer a riqueza líquida da empresa (ou pessoa): somam-se os bens e os
direitos e, desse total, subtraem-se as obrigações; os resultado é a riqueza líquida, ou seja, a
parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou empresa. Ela é denominada patrimônio
líquido ou situação líquida.
Bens + Direitos – Obrigações Exigíveis = Patrimônio Líquido
A Situação Líquida. A Lei n. 11638/2007, , estabelece que no Balanço as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, em:
Ativo: Ativo Circulante e Não-Circulante;
Passivo: Passivo Circulante, Não-Circulante e Patrimônio Líquido
BALANÇO PATRIMÔNIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 90 Obrigações 90
Direitos 60 Situação Líquida 50
Total 150 Total 150
Ativo menor que o Passivo
BALANÇO PATRIMÔNIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 90 Obrigações 170
Direitos 60 (-)Situação Líquida (20)
Total 150 Total 150
BALANÇO PATRIMÔNIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 90 Obrigações 150
Direitos 60 Situação Líquida 0
Total 150 Total 150
Outras informações importantes
Em raras situações, Ativo e Passivo poderão ser iguais a zero.
a) PASSIVO=ZERO
BALANÇO PATRIMÔNIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 10 Obrigações 0
Direitos 20 Situação Líquida 30
Total 30 Total 30
b) ATIVO=ZERO
BALANÇO PATRIMÔNIAL
ATIVO PASSIVO
Bens 0 Obrigações 25
Direitos 0 (-)Situação Líquida 25
Total 0 Total 0
NATUREZA DAS CONTAS NA CONTABILIDADE
Débito e Crédito
Vamos entender o que vem a ser Débito e Crédito dentro da contabilidade. Muitos acham que
esses dois termos são iguais ao que vemos no extrato da nossa conta no banco, onde o Débito
seria uma saída de dinheiro de nossa conta e o Crédito seria uma entrada. Na contabilidade
esse termo não tem o mesmo significado.
Os lançamentos contábeis são formados através de Debito e Crédito.
• Débito: significa todo o aumento de bens e direitos, e toda a diminuição de
obrigações da empresa ou entidade. Também representa a aplicação de recursos. A aquisição
de uma máquina, a entrada de dinheiro em caixa, e tudo que aumente o Ativo, será
debitado, assim como os pagamentos de obrigações existentes e quando incorrerem gastos.
• Crédito: significa a diminuição dos Bens e dos direitos, e todo o aumento das
obrigações da empresa ou entidade. Representa a origem de capitais, ou seja, todo aumento
das obrigações e as realizações de receitas, serão creditadas, assim como a diminuição
dos Bens e Direitos da empresa ou entidade.
ou
PARA AUMENTAR OS BENS E DIREITOS = DÉBITO
PARA DIMINUIR OS BENS E DIREITOS = CRÉDITO
PARA AUMENTAR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= CRÉDITO
PARA DIMINUIR AS OBRIGAÇÕES E PATRIMÔNIO LÍQUIDO= DÉBITO
Forma de Escrituração
Para efetuar estes registros, serão necessário cinco itens, que são essenciais para uma
boa escrituração, proporcionando assim maior fidelidade em suas informações. Esses
itens são os seguintes:
- Data;
- Conta(s) debitada(s);
- Conta(s) creditada(s);
- Histórico;
- Valor.
Esses lançamentos devem obedecer aos critérios estabelecidos pelas normas e
princípios, onde sempre para uma conta debitada deve ter uma conta creditada com o mesmo
valor, informando no histórico a que se destina este lançamento. Temos várias formas
que podemos efetuar esses lançamentos.
PLANO DE CONTAS
A empresa deve manter escrituração contábil com base na legislação comercial e com
observância das Normas Brasileiras de Contabilidade.
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis que visa a evidenciar, de
forma sintética, a situação patrimonial da empresa e dos atos e fatos consignados na
escrituração contábil.
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei 6.404/76
(chamada “Lei das S/A” e substituída pela lei 11638/2007) e segundo os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 6.404/76 (artigos 176 a
182 e artigo 187), em síntese, se compõe de:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
Como exemplo, temos a conta "Caixa", que registrará o dinheiro em espécie (papel-
moeda) disponível na tesouraria da empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante,
subgrupo Disponibilidades.
Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro) níveis:
Nível 1:
Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas, Custos e Despesas.
Nível 2:
Ativo: Circulante, Não Circulante / Passivo e Patrimônio Líquido: Circulante, Não Circulante
e Patrimônio Líquido. / Receitas: Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, Outras Receitas
Operacionais / Custos e Despesas Operacionais.
Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, como por exemplo:
Nível 1 - Ativo
Nível 2 - Ativo Circulante
Nível 3 - Bancos Conta Movimento
Nível 4: Sub-contas que evidenciem o tipo de registro contabilizado, como por exemplo:
Nível 1 - 1 Ativo
Nível 2 – 1.1 Ativo Circulante
Nível 3 – 1.1.1.2 Bancos Conta Movimento
Nível 4 – 1.1.1.2.1 Banco A
COMPOSIÇÃO DAS CONTAS
1 ATIVO: São todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo
têm saldos devedores, à exceção das contas retificadoras (como depreciação acumulada e
provisões para ajuste ao valor de mercado).
1.1.2 Créditos
As contas a receber usualmente representam valores do ativo decorrentes da venda de
mercadorias e serviços.
1.1.2.1 Duplicata a Receber
1.1.3 Estoques
Representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da
entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias
1.1.3.1 Revenda de mercadoria
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE:
São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao
funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos
exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes
subgrupos:
1. Curto Prazo
Classificam-se os bens, direitos e obrigações, com prazo de vencimento ou realização
de um ano, ou seja, durante o curso do exercício social seguinte; como por exemplo, as contas
do Ativo Circulante e do Passivo Circulante.
2. Longo Prazo
Classificam-se os bens, os direitos e as obrigações, com prazo de vencimento ou
realização superior a um ano, ou seja, após o término do exercício social seguinte; como por
exemplo, as contas do Ativo Realizável a Longo Prazo e do Passivo Exigível a Longo Prazo.
OBS.: na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a
classificação no circulante ou no longo prazo terá por base o prazo deste ciclo.
3. Ciclo Operacional
Representa a aplicação de recursos na atividade da entidade até a formação dos
estoques que, mediante venda, voltarão a ser valores disponíveis.
1.2.2 Investimentos
2 PASSIVO
Corresponde ao saldo das obrigações devidas, os valores são aplicados no ativo se
representam os bens e direitos que pertencem a uma determinada entidade, ainda somam-se os
impostos, obrigações trabalhistas, etc.
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações ou exigibilidades que deverão ser pagas no decorrer do exercício seguinte;
duplicatas a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos bancários, imposto de renda a
pagar, salários a pagar.
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo
não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte.
2.2.1 Passivo Exigível
São as obrigações financeiras para com terceiros. Contas do passivo exigível têm
saldos credores.
b) pela integralização:
D - Caixa ou Bancos
C- Capital Social a Realizar......................... ..R$ 250.000,00
* Capital Social a Realizar também entende-se como Capital Social a integralizar.
Se o Capital for integralizado em bens, estes deverão ser avaliados e incorporados ao
patrimônio da empresa pelo preço de mercado, através de laudo que deverá ser aprovado pela
Assembléia Geral;
Se o Capital for integralizado em crédito (valores a receber) o subscritor responderá
perante a sociedade, pela solvência do devedor;
Se o Capital for integralizado em crédito (valores a receber) o subscritor responderá
perante a sociedade, pela solvência do devedor; Se o Capital autorizado, quando o estatuto da
empresa confere ao Conselho de Administração autorização para aumentar o Capital Social,
independentemente de alteração estatutária,bastando a reunião do órgão e o registro da ata
respectiva na Junta Comercial.
Gastos -
Sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro). Para a Contabilidade, os custos e as despesas são categorias de
gastos.
Representa um resultado líquido favorável resultante de transações ou eventos não
relacionados às operações normais do empreendimento. A doação recebida por uma entidade,
por exemplo, dependendo da intenção do doador pode se caracterizar como ganho ou como
patrimônio
Despesas são determinadas pela aplicação dos princípios de apropriação e de associação
entre custos e receitas.
Quando for reconhecida a receita, deve, também, ser reconhecido o custo ou despesa que
lhe corresponda.
O instante no qual receitas e despesas são reconhecidas é também o instante em que há
mudanças nos valores do patrimônio líquido.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Regime de Caixa
Sob o regime de caixa, os recebimentos e os pagamentos são reconhecidos
unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente.
Este método é freqüentemente usado para a preparação de demonstrações financeiras
de entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o objetivo principal da contabilidade
governamental é identificar os propósitos e fins para os quais se tenham recebido e utilizados
os recursos, e para manter o controle orçamentário da citada atividade.
Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização do regime de caixa, para
fins tributários. Porém, de modo algum o regime de competência pode ser substituído pelo
regime de caixa numa entidade empresarial, pois se estaria violando um princípio contábil.
Se a legislação fiscal permite que determinadas operações sejam tributadas pelo
regime de caixa, isto não significa que a contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir seus
ditames. Existem livros fiscais (como o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR), que
permitem os ajustes necessários e controles de tal tributação, á margem da contabilidade.
O que não se pode nem se deve é submeter a contabilidade a uma distorção, apenas
para cumprir a necessidade de informação de um único organismo, como é o caso do fisco.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS