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NOVAS OPORTUNIDADES

OFERTA DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE TONDELA:

CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE


ADULTOS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

(EFA/NS)
E DE HABILITAÇÃO ESCOLAR

(Percurso Formativo: S – Tipo A)


EFA
LEGISLAÇÃO ENQUADRADORA
• Portaria n.º 230/2008, de 27 de Julho
define o regime jurídico dos cursos de educação e formação de
adultos, designados por Cursos EFA, e das formações modulares

• Despacho n.º 11203/2007, de 8 de Julho


Define as competências e habilitações dos elementos das equipas
técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades e dos cursos
EFA

• Portaria n.º 475/2010, de 8 de Julho


Aprova o modelo da caderneta individual de competências e regula o
respectivo conteúdo e o processo de registo previsto no regime
jurídico do Sistema Nacional de Qualificações, aprovado pelo Decreto
–Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro.
EFA
LEGISLAÇÃO ENQUADRADORA
• Portaria n.º 612/2010, de 3 de Agosto
Aprova os modelos de certificados e diplomas obtidos no âmbito dos
processos de qualificação de adultos e estabelece que a emissão
daqueles certificados e diplomas deve ser realizada através do
Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa
(SIGO).

• Portaria n.º 711/2010, de 17 de Agosto


Introduz algumas alterações à Portaria n.º 230/2008, de 7 de Março ,
nomeadamente ao nível da organização e desenvolvimento dos
cursos e das formações modulares, em particular no que concerne à
constituição dos grupos de formação.
EFA/NS
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
• Referencial de Competências-Chave para a
Educação e Formação de Adultos – Nível
Secundário

…e respectivo

• Guia de Operacionalização
ORGANIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
DE CURSOS EFA/NS
(Portaria 230/2008, de 27 de Julho)

PARA QUEM

O curso EFA/NS de habilitação escolar destina-se a adultos que:


Tenham idade igual ou superior a 18 anos (a título excepcional,
poderá ser aprovada a frequência num determinado curso EFA a
formandos com idade inferior a 18 anos, desde que estejam inseridos
no mercado de trabalho);
Pretendam completar o 12º ano de escolaridade.
Curso EFA de nível Secundário e de habilitação escolar

QUAL O OBJECTIVO

 Este curso dá a possibilidade de adquirir habilitações escolares


(12º ano) , com vista a uma (re)inserção ou progressão no
mercado de trabalho.
EFA
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Modelo de Formação

Os cursos EFA organizam-se:

• Numa perspectiva de educação e formação ao longo da vida,


• Em percursos flexíveis de formação definidos a partir de processos de
reconhecimento e validação de competências (RVCC), previamente adquiridas
pelo adulto, por via formal, informal e não formal;
• Em percursos formativos desenvolvidos de forma articulada;
• Num modelo de formação modular estruturado a partir de unidades de competência e/ou
unidades de formação;
• No desenvolvimento de formação centrada em processos reflexivos e de aquisição de
saberes e competências que complementem e promovam as aprendizagens através do
portefólio reflexivo de aprendizagens (PRA), para o nível secundário.
EFA SECUNDÁRIO

ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO


(Portarias n.º 230/2008 e n.º 711/2010)

GRUPO DE FORMANDOS – mínimo de 20 formandos (O funcionamento de grupos de formação com


menos de 20 formandos pode ser autorizado, a título excepcional, pela DRE ou pelo IEFP)

CONTRATO DE FORMAÇÃO

ASSIDUIDADE – não pode ser < 90% da carga horária total


Cursos EFA de nível Secundário e de habilitação escolar
Durações máximas de referência (em horas):
Percurso formativo Condições Componentes de formação Total
mínimas de acesso
Formação de base *Portefólio Reflexivo
(a) de Aprendizagens(b)

S – Tipo A 9º ano 1 100 (c) 50 1150


S – Tipo B 10º ano 600 25 625

S – Tipo C 11º ano 300 15 315

Percurso flexível a partir do < ou = 9º ano 1 100 50


processo RVCC (a)

* O desenvolvimento da área de PRA deve ter uma regularidade quinzenal, quando realizada em regime laboral e
uma regularidade mensal, quando realizada em regime pós-laboral (art. 16º)
a) A duração mínima da formação de base é de 100 horas.
(b) Sempre que se trate de um adulto que frequente a formação em regime não contínuo, o cálculo deve ser feito
tendo em conta sessões de 3 horas a cada 2 semanas de formação, para horário laboral, e 3 horas, de 4 em 4
semanas, para horário pós-laboral. A duração mínima da área de PRA é de 10 horas.
(c) A esta carga horária poderão ainda acrescer entre 50 e 100 horas correspondentes às UFCD de língua
estrangeira, caso o adulto revele particulares carências neste domínio.
PLANO CURRICULAR
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO
EQUIPA PEDAGÓGICA
Portaria n.º 230/2008, de 7 de Março • Mediador pessoal e social (Art.º 25º)

1 — O mediador pessoal e social é o elemento da equipa técnico-pedagógica a quem compete, designadamente


a) Colaborar com o representante da entidade formadora na constituição dos grupos de formação, participando no processo de recrutamento
e selecção dos formandos;
b) Garantir o acompanhamento e orientação pessoal, social e pedagógica dos formandos;
c) Dinamizar a equipa técnico-pedagógica no âmbito do processo formativo, salvaguardando o cumprimento dos percursos individuais e do
percurso do grupo de formação;
d) Assegurar a articulação entre a equipa técnico-pedagógica e o grupo de formação, assim como entre estes e a entidade formadora.
2 — O mediador não deve exercer funções de mediação em mais de três cursos EFA nem assumir, naquela qualidade, a
responsabilidade de formador em qualquer área de formação, salvo em casos excepcionais devidamente justificados e com autorização da
entidade competente para a autorização do funcionamento do curso.
3 — A acumulação da função de mediador e formador (…) não se aplica ao módulo Aprender com Autonomia e à área de PRA, consoante,
respectivamente, o nível básico ou secundário do curso EFA.
4 — O mediador é responsável pela orientação e desenvolvimento do diagnóstico e selecção dos formandos, em articulação com os formadores
da equipa técnico-pedagógica;
5 — A função de mediação é desempenhada por formadores e outros profissionais, designadamente os de orientação, detentores de habilitação
de nível superior e possuidores de formação específica para o desempenho daquela função ou de experiência relevante em matéria de educação
e formação de adultos.
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO
EQUIPA PEDAGÓGICA
• Formadores (Art.º 26º)

1 - compete aos formadores, designadamente:


(…)
d) Conceber e produzir os materiais técnico-pedagógicos e os instrumentos de avaliação
necessários ao desenvolvimento do processo formativo, relativamente à área para que se encontra
habilitado;
e) Manter uma estreita cooperação com os demais elementos da equipa pedagógica, em particular (…), no
desenvolvimento dos processos de avaliação da área de PRA (…).
2 — No que respeita à formação de base dos cursos EFA de nível básico e de nível secundário, os
formadores devem ser detentores de habilitação para a docência, nos termos regulamentados por despacho
do membro do Governo responsável pela área da educação (Despacho n.º 11203/2007, de 8 de Junho)

4 — Os formadores da formação de base dos cursos EFA de nível secundário devem assegurar, para os
efeitos da alínea e) do n.º 1, o exercício das suas funções em regime de co-docência relativamente a,
pelo menos, 50 % da carga horária de cada unidade de competência da formação de base.
EFA SECUNDÁRIO
AVALIAÇÃO DOS CURSOS EFA

OBJECTO E FINALIDADES ( Portaria 230/2008 art. 27º)

1 — A avaliação incide sobre as aprendizagens efectuadas e competências adquiridas, de acordo com os

referenciais de formação aplicáveis.

2 — A avaliação destina-se a:

a) Informar o adulto sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos no processo formativo;

b) Certificar as competências adquiridas pelos formandos

à saída dos cursos EFA.

3 — A avaliação contribui também para a melhoria da qualidade do sistema, possibilitando a tomada de decisões

para o seu aperfeiçoamento e reforço da confiança social no seu Funcionamento.


EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO

PRINCÍPIOS AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser:


a) Processual, porquanto assente numa observação contínua e sistemática do processo de formação;
b) Contextualizada, tendo em vista a consistência entre as actividades de avaliação e as actividades de
aquisição de saberes e competências;
c) Diversificada, através do recurso a múltiplas técnicas e instrumentos de recolha de informação, de
acordo com a natureza da formação e dos contextos em que a mesma ocorre;
d) Transparente, através da explicitação dos critérios adoptados;
e) Orientadora, na medida em que fornece informação sobre a progressão das aprendizagens do adulto,
funcionando como factor regulador do processo formativo;
f) Qualitativa, concretizando-se numa apreciação descritiva dos desempenhos que promova a
consciencialização por parte do adulto do trabalho desenvolvido, servindo de base à tomada de decisões.
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO

AVALIAÇÃO
MODALIDADES

O processo de avaliação compreende:

a) A avaliação formativa, que se projecta sobre o processo de formação, permitindo obter informação sobre o
desenvolvimento das aprendizagens, com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias de
recuperação e ou aprofundamento;

b) A avaliação sumativa, que tem por função servir de base de decisão sobre a certificação final.
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO
AVALIAÇÃO

Avaliação nos cursos EFA de nível secundário de educação

1 — Nos cursos EFA de nível secundário a avaliação formativa ocorre, preferencialmente, no âmbito da área de
PRA, a partir da qual se revela a consolidação das aprendizagens efectuadas pelo adulto ao longo do curso.

2 — No âmbito dos cursos EFA de nível secundário, a avaliação traduz-se ainda na atribuição de créditos, de acordo
com o referencial de competências chave de nível secundário, com efeitos na certificação dos formandos.

3 – As entidades formadoras de Cursos EFA devem assegurar o registo da informação relativa à avaliação dos
formandos, nomeadamente através do SIGO.
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO

REGISTO DE INFORMAÇÃO
Plataforma SIGO (Sistema Integrado de Informação e Gestão
da Oferta Educativa e Formativa)
EFA SECUNDÁRIO
ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO CURSO

CERTIFICAÇÃO

1 — Para efeitos da certificação conferida pela conclusão de um curso de educação e formação de adultos, o
formando deve obter uma avaliação sumativa positiva, com aproveitamento nas componentes do seu percurso
formativo, nomeadamente na formação prática em contexto de trabalho, quando esta faça parte integrante daquele
percurso.
2 — Nos cursos EFA de nível secundário a certificação está dependente da avaliação positiva de um número
não inferior a 44 das 88 competências que compõem o referencial de competências chave de nível secundário,
entendido como patamar mínimo para a certificação, de acordo com a seguinte distribuição:
a) 16 competências na área de competências chave de cidadania e profissionalidade;
b) 14 competências, em cada uma das áreas de competências chave de sociedade, tecnologia e ciência (STC) e
cultura, língua, comunicação (CLC), contemplando obrigatoriamente as competências integradas nas unidades de
competência relativas aos saberes fundamentais.
EFA SECUNDÁRIO
DESENHO DO REFERENCIAL DE COMPETÊNCIAS-CHAVE

Sociedade, Cultura,
Adulto em
Tecnologia Situações de Língua,
e Ciência vida Comunicação
EFA SECUNDÁRIO
ELEMENTOS CONCEPTUAIS

• Dimensões das Competências - agregações das UC e respectivos critérios de evidência em cada Área C. - Chave

• Núcleo Gerador - tema abrangente, presente na vida dos cidadãos, a partir do qual se geram evidenciam Comp. - Chave
• Domínios de Referência para a Acção (DR)– contextos de actuação fundamentais para o accionamento das
Comp.–Chave : contexto privado (DR1); contexto profissional (DR2); c. institucional (DR3); c. macro-estrutural (DR4)

• Tema – área/ situação da vida na qual as compet. são geradas e evidenciadas. Resulta do cruzamento dos Nuc. Ger. com DR

• Unidades de Competência – combinatórias dos elementos de competência em cada Área de competência-Chave

• Critérios de Evidência – diferentes acções/ realizações através das quais o adulto indica o domínio da competência
visada. Organizados por elementos de complexidade : Tipo I – Identificação; Tipo II – Compreensão; e Tipo III - Intervenção
Áreas
Elementos
CP STC CLC
EFA SECUNDÁRIO
Social Social (sociedade) Cultural (cultura)
Dimensões
das Cognitiva Tecnológica (tecnologia) Linguística (língua)
Competências
Ética Científica (ciência) Comunicacional (comunicação)

Núcleos
8 (específicos da área de CP) 7 (iguais à área CLC) 7 (iguais à área de STC)
Geradores

Domínios de
4 Organizadores 4 Organizadores 4 Organizadores
Referência
(explícitos) (explícitos) (explícitos)
para a Acção

Temas 32 (específicos da área CP) 28 (iguais à área CLC) 28 (iguais à área CLC)

TABELA SÍNTESE DA Unidades de


ESTRUTURA E ELEMENTOS 8 7 7
Competência
CONCEPTUAIS DAS 3
ÁREAS DE COMPETÊNCIA- Organização a partir de uma Organização a partir das três Organização a partir das três

CHAVE Critérios de formulação integrada por dimensões formuladas por dimensões formuladas por
Evidência domínio de referência para a domínio de referência para a domínio de referência para a
acção acção acção

3 elementos: 3 elementos: 3 elementos:

Elementos de  Identificação  Identificação  Identificação

Complexidade  Compreensão  Compreensão  Compreensão

 Intervenção  Intervenção  Intervenção


EFA SECUNDÁRIO

METODOLOGIA

ÁREA DE COMPETÊNCIAS-CHAVE
(CP)
Estrutura da Área de
Competências-Chave
EFA SECUNDÁRIO
CP
EFA SECUNDÁRIO
ÁREA DE COMPETÊNCIAS -CHAVE
DE CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE (CP)

Núcleos Geradores
Competências Cognitivas
Competências Éticas
Comp. Sociais
EFA SECUNDÁRIO
ÁREA DE COMPETÊNCIAS DE CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE

DR1
DR2
DR3
DR4

Competências Critérios de Evidência

Reconhecer constrangimentos e espaços de liberdade • Identificar situações de autonomia e


pessoal responsabilidades partilhadas.
• Compreender as dimensões inerentes à construção
e manutenção do Bem
DR1 Comum: Bem individual vs. Bem público na
comunidade.
• Explicitar situações de liberdade e responsabilidade
pessoal.
«Identificar», «Compreender», «Explicitar» - Elementos de complexidade de tipo I, II e III respectivamente
EFA SECUNDÁRIO
ÁREAS DE COMPETÊNCIAS -CHAVE
DE CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO (CLC)
E DE SOCIEDADE, TECNOLOGIA E CIÊNCIA (STC)

Núcleos Geradores
Validação de competências
EFA SECUNDÁRIO

Em Cidadania e Profissionalidade (CP), cada competência é validada quando se evidencia um


critério de evidência cuja complexidade é de tipo III.

Critérios de evidência
Competência em Tipo I - Identificação
Cidadania e
Tipo 2 - Compreensão
Profissionalidade
Tipo 3 - Intervenção
Validação de Competências EFA SECUNDÁRIO
 Em STC e CLC, para a competência ser validada, terão de ser analisados os critérios de
evidência das 3 dimensões de competência, sendo que, em pelo menos uma das dimensões, o
formando terá que evidenciar, obrigatoriamente, um critério de complexidade tipo III, podendo
nas outras duas dimensões, ter combinações diversas de tipo I e tipo II, mas nunca a sua
ausência total.
 Exemplo de uma validação possível em STC, aplicável também em CLC.

Critérios de evidência/ Dimensão Critérios de evidência/ Dimensão


da Competência da competência/ Elementos de
complexidade
Dimensão social Tipo I – identificação
Tipo II – compreensão
Tipo III - intervenção
Competência Dimensão tecnológica Tipo I – identificação
em Sociedade, Tipo II – compreensão
Tecnologia e Tipo III - intervenção
Ciência (STC)
Dimensão científica Tipo I – identificação
Tipo II – compreensão
Tipo III - intervenção

Nota: São possíveis outras combinações desde que, numa das dimensões, se verifique o tipo III.
DESTAQUES
Validação de competências

• Em CP cada competência é validada quando se evidencia um critério de evidência de complexidade tipo


III.
• Em STC e CLC cada competência é validada quando, em pelo menos uma das dimensões, se evidencia
um critério de complexidade tipo III, e nas restantes combinações diversas de tipo I, II, ou III.
Atribuição de créditos

1 crédito = 1 competência

Certificação de nível secundário

Verificação, em simultâneo, dos seguintes requisitos:

• Obtenção de, no mínimo, 44 créditos: 16 em CP, 14 em STC e 14 em CLC

• Validação de, pelo menos, 2 competências em cada UC

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