2ª Edição

FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Prof. Flávio Antonio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental

NÃO EXISTEM PERGUNTAS IMBECIS Grandezas Escalares – As idéias que grandezas

como comprimento, massa e tempo representam
[...] À exceção das crianças (que não sabem o ficam perfeitamente definidas por um valor
suficiente para deixar de fazer as perguntas numérico acompanhado da respectiva unidade de
importantes), poucos de nós passam muito tempo
pensando por que a Natureza é como é [...]. Há até
medida (ex.: comprar 2 m de corda ou 5 kg de
crianças, e eu conheci algumas delas, que desejam arroz; sair de casa às 8 h). São, por isso, grandezas
saber como é um buraco negro; qual é o menor escalares.
pedaço de matéria; por que nos lembramos do
passado, mas não do futuro; e por que há um Grandezas vetoriais – Velocidade, aceleração e
Universo.
De vez em quando, tenho a sorte de lecionar
força são exemplos de grandezas vetoriais porque,
num jardim de infância ou numa classe do primeiro além de um valor numérico seguido de uma
ano primário. Muitas dessas crianças são cientistas unidade de medida, exigem uma direção e um
natas [...]. Perguntas provocadoras e perspicazes sentido para ficarem inteiramente definidas.
saem delas aos borbotões. Demonstram enorme
entusiasmo. Sempre recebo uma série de perguntas
encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noção de
Grandezas Fundamentais – No SI tem-se sete
"perguntas imbecis". grandezas fundamentais:
Mas, quando falo a estudantes do último ano
do secundário, encontro algo diferente. Eles Grandeza Fundamental Nome Símbolo
memorizam os "fatos". Porém, de modo geral, a
alegria da descoberta, a vida por trás desses fatos, se Comprimento metro m
extinguiu em suas mentes. [...] Ficam preocupados Massa quilograma kg
com a possibilidade de fazer perguntas "imbecis"; Tempo segundo s
estão dispostos a aceitar respostas inadequadas; não
fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de Corrente elétrica ampère A
olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se Temperatura termodinâmica kelvin K
eles têm a aprovação de seus pares [...]. Quantidade de matéria mole mol
Algo aconteceu entre o primeiro ano primário e
o último ano secundário, e não foi apenas a Intensidade luminosa candela cd
puberdade. Eu diria que é, em parte, a pressão dos
pares para não se sobressair (exceto nos esportes); Grandezas Derivadas – São definidas a partir das
em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificações a
sete grandezas fundamentais em função das
curto prazo; em parte, a impressão de que a ciência e
a matemática não vão dar a ninguém um carro esporte equações que as relacionam. As unidades SI
[...]. derivadas, para estas grandezas derivadas, são
Mas há outra coisa: conheço muitos adultos obtidas a partir destas equações e das sete
que ficam desconcertados quando as crianças unidades fundamentais.
pequenas fazem perguntas científicas. “Por que a Lua
é redonda?” perguntam as crianças. Por que a grama
é verde? O que é um sonho? [...]. As crianças logo UNIDADES DE MEDIDA
reconhecem que de alguma forma esse tipo de
pergunta incomoda os adultos. Novas experiências As unidades de medida adotadas no Brasil
semelhantes, e mais uma criança perde o interesse
pela ciência. Por que os adultos têm de fingir
são as do Sistema Internacional de Unidades (SI),
onisciência diante de crianças de seis anos é algo que instituídas em Paris, no ano de 1969. Esse sistema
nunca vou compreender. O que há de errado em regulamentou, definitivamente, a unidade de
admitir que não saibamos alguma coisa? A nossa medida-padrão para cada uma das grandezas
auto-estima é assim tão frágil? [.] físicas conhecidas. Neste sistema, destacam-se as
SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos
unidades de comprimento, de massa e de tempo.
Demônios: a ciência vista como uma vela no escuro.
Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia 1. De comprimento: o metro (m)
das Letras, 1998, p. 311-312. Quilômetro (km): 1 km = 1.000 m = 103 m
Hectômetro (hm): 1 hm = 100 m = 102 m
GRANDEZAS FÍSICAS Decâmetro (dam): 1 dam = 10 m
Decímetro (dm): 1 dm = 0,1 m = 10-1 m
Centímetro (cm): 1 cm = 0,01 m = 10-2 m
Milímetro (mm): 1 mm = 0,001 m = 10-3 m

2
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Em seus estudos, sempre que for possível,

Embora não façam parte do SI, são utilizadas: opere ou, pelo menos, apresente os resultados de
1 milha marítima = 1.852 m seus cálculos matemáticos em notação científica.
1 polegada = 0,0254 m
1 pé = 12 polegadas = 0,3048 m Exercício
1 jarda = 3 pés = 0,9144 m 1. Transforme os seguintes números extensos
1 angström = 10-10 m para a notação científica:
1 ano-luz = 9,46 . 1012 km a) 215846000000:
b) 0,0000004510024:
2. De massa: o quilograma (kg) c) 300000000:
Hectograma (hg): 1 hg = 0,1kg = 10-1 kg d) 0,0000000000000000016:
Decagrama (dag): 1 dag = 0,01kg = 10-2 kg e) 4255,875:
Grama (g): 1,0 g = 0,001 kg = 10-3 kg
Decigrama (dg): 1 dg = 0,0001 kg = 10-4 kg MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS
Centigrama (cg): 1 cg = 0,00001 kg = 10-5 kg
Miligrama (mg): 1 mg = 0,000001 kg = 10-6 kg O Sistema Internacional de Unidades
(SI), além de adotar as unidades de medida
Também são utilizadas (não são do SI):
padrão, permite ainda a adoção de múltiplos e
1 tonelada = 1.000 kg
submúltiplos dessas unidades. Eles são
1 libra = 0,45 kg
representados por prefixos, cada qual significando
1 arroba = 15 kg
uma determinada potência de 10. Os principais
prefixos são:
3. De tempo: o segundo (s)
1 min = 60 s Prefixo Símbolo Potência Equivalente
1 h = 60 min = 3.600 s
Exa E 1018
1 dia = 24 h = 1.440 min = 86.400 s
Peta P 1015
1 ano = 365 d = 8.760 h = 5,26.105min = 3,15.107s
Tera T 1012 1.000.000.000.000
Giga G 109 1.000.000.000
NOTAÇÃO CIENTÍFICA – BASE 10
Mega M 106 1.000.000
A medida de uma grandeza física pode ser Kilo K 103 1.000
representada por um número muito superior ou, às Hecto h 102 100
vezes, muito inferior à unidade padrão, tornando- Deca da 101 10
se, por isso, extremamente difícil sua - - 100 1
representação e operacionalização. Para Deci d 10-1 0,1
simplificar isso, utiliza-se a notação científica para Centi c 10-2 0,01
apresentar esses números. Mili m 10-3 0,001
Todo número pode ser expresso por um Micro µ 10-6 0,000001
produto de dois fatores. O primeiro deles é um Nano n 10-9 0,000000001
número real maior ou igual a 1, porém menor que Pico p 10-12 0,000000000001
10 (1 ≤ n < 10), enquanto o segundo fator é uma Femto f 10-15
potência de 10. Atto a 10-18
Apresentar um número em notação
científica é “expressá-lo na base 10”. Exemplos: Sendo assim, quando uma medida de
comprimento for igual a 8 km, por exemplo, isso
Número Notação Científica significa 8. 103 metros (kilo = 103), ou seja, 8000
10000 1. 104 metros.
0,005 5. 10-3 Ou ainda, se a freqüência de uma emissora
3672 3,672. 103 de rádio FM for 100,7 MHz, significa 100,7. 106
2000916 2,000916. 106 hz (mega = 106), ou seja, 100700000 hertz. Da
0,000000248 2,48. 10-7 mesma forma, a medida de massa igual a 15 mg
427,780 4,2778. 102 corresponde a 15.10-3 g (mili = 10-3), ou seja,
0,015 gramas.

3
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Exercício
2. Faça as conversões das medidas propostas
a seguir, apresentando o resultado sob
forma de notação científica: A cada direção, podemos associar uma orientação.
a) Converta 15000 km em cm:
b) Converta 0,234 mg em g: Reta horizontal com sentido para direita:
c) Converta a medida de área equivalente a 1
km2 em milímetros quadrados:
d) Converta a medida de volume equivalente a 5 Reta horizontal com sentido para esquerda:
m3 em cm3:
GRANDEZAS VETORIAIS

Retas verticais

ascendente

descendente
Grandezas físicas vetoriais necessitam,

Sentido

Sentido
para ficarem bem representadas, além do número
e da unidade, de uma direção e um sentido. Por
exemplo: uma pessoa pede à outra que aplique
uma força de 5 N sobre a lateral de uma mesa. Se
ela não disser também qual a direção e o sentido
que a força deve ser aplicada, haverá dúvidas na Lembre-se da placa de regulamentação de
realização do pedido. trânsito:

Algumas grandezas físicas vetoriais: força,

impulso, quantidade de movimento, velocidade,
aceleração e muitas outras.

Para representarmos uma grandeza escalar,

basta utilizarmos os números e as unidades, mas
como poderíamos representar direção e sentido A figura abaixo representa uma grandeza
para que possamos colocar num papel, por vetorial qualquer: um segmento de reta orientado
exemplo, uma grandeza vetorial? (direção e sentido) com uma determinada medida
(módulo).
Vetores a
A B
A melhor saída foi a
utilização de um Módulo: representado pelo
"personagem da matemática" comprimento do segmento AB;
chamado vetor, e que é
Direção: reta determinada pelos
representado por uma seta. Vetor a
pontos A e B;
Um vetor reúne, em si, o módulo, Sentido: de A para B
representando o valor numérico ou intensidade da (orientação da reta AB).
grandeza (tamanho da setinha), e a direção e
sentido, representando a orientação da grandeza. Para indicar um vetor, podemos usar
F = 5N qualquer uma das formas indicadas abaixo:

Este vetor, por exemplo, possui 5 N de a ou AB

módulo, direção horizontal e sentido para a
a
direita. A B
Origem Extremidade
É importante salientarmos as diferenças
entre direção e sentido: um conjunto de retas Para indicarmos o módulo de um vetor,
paralelas tem a mesma direção. podemos usar qualquer uma das seguintes
notações:

Retas horizontais

4
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

a ou a
Uma força de 200 N que é aplicada
 
Assim, a indica o vetor a e a indica o verticalmente para baixo, utiliza-se um segmento
módulo do vetor a . de reta, com, por exemplo, 2 cm de comprimento,
onde cada centímetro corresponde a 100 N.
Vetores Iguais e Vetores Opostos

Dois vetores são iguais quando possuem o

F
mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo
sentido. Escala: 1,0 cm = 100 N
ADIÇÃO DE VETORES

Método do Paralelogramo
a b a b
Por este método só podemos somar dois 
vetores
 de cada vez. Assim, dados dois vetores a
e b , em módulo, direção e sentido, conforme a
figura abaixo:
a = b Módulos iguais

a = b a e b São paralelos (mesma direção) a b

a e b Possuem o mesmo sentido

A determinação do vetor soma ou
Dois vetores são opostos quando possuem resultante é obtida do seguinte modo:
o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos 

contrários: • Traçamos os vetores a e b com as origens
coincidindo no mesmo ponto;

• Pela extremidade do vetor a , traçamos no
a 
segmento pontilhado paralelo ao vetor b pela
a b 
extremidade do vetor b , um segmento pontilhado
b 
paralelo ao vetor a ;

• Vetor resultante s tem origem coincidente -
 
com as origens dos vetores a e b e extremidade
a = b (módulos iguais)
no ponto de cruzamento dos segmentos
a = -b a e b Possuem a mesma direção pontilhados.
a e b Possuem sentidos contrários

Representação de Grandezas Vetoriais s

a
Na prática, a representação de grandezas
s = a + b
vetoriais é feita por meio de vetores desenhados
em escala. Assim, para representarmos b
vetorialmente a velocidade de uma partícula que
se desloca horizontalmente para a direita a 80
km/h, utiliza-se um segmento de reta, por Método do Polígono
exemplo, com 4 cm de comprimento, onde cada
centímetro corresponde a 20 km/h. Este método permite que possamos
determinar a direção e o sentido do vetor soma de
v
vários vetores.

Escala: 1,0 cm = 20 km/h Note que é importante que quando você leve
um vetor de um lugar para o outro tome o cuidado

5
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

de não mudar a sua direção e o seu sentido

originais. v2 = v12 + v22 + 2 . v1 . v2 . cos α

Quando colocamos os vetores "um na frente

do outro", cada um deles continua com a mesma Casos Particulares
direção e sentido que possuíam antes. Na prática
você pode conseguir isso com a ajuda de um Há algumas situações especiais em que a
esquadro e de uma régua. equação geral acima pode ser dispensada.

Se o desenho estiver em escala, pode-se

usar uma régua para determinar o módulo do vetor
soma, mas somente se os vetores foram
desenhados em escala.
Decomposição de Vetores
A decomposição de vetores é usada para
facilitar o cálculo do vetor resultante.
y y

A A
A B C Ay
x x
α
A B C Ax
S = + +
B Ax
cos α = ⇒ Ax = A cos α
C A
A
Ay
sen α = ⇒ Ay = A sen α
A
S
Exercício
Multiplicação de Vetores Dados os vetores abaixo, determine a soma
vetorial pelos métodos gráficos:
A C
O produto de um número real n por um a) S1 = +
B C
vetor A, resulta em um vetor R com sentido igual b) S2 = +
A B
ao de A se n for positivo ou sentido oposto ao de c) SA 3
= + B C
A se n for negativo. O módulo do vetor R é igual a d) S A B C
4
= + +
n x |A|.
v 2v

-2v 0,5v

Método Analítico

O valor do vetor resultante depende do

ângulo formado entre os dois vetores que serão
somados.

v1 v1 v

α
v2 v2
A equação usada para determinar o valor (v)
do módulo do vetor resultante é a seguinte:

6
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
MECÂNICA
A Mecânica surgiu da necessidade e
vontade do homem explicar e entender o
movimento dos corpos. É dividida em Cinemática,
Dinâmica e Estática.
Cinemática
A Cinemática é o ramo da Física que
estuda o movimento dos corpos, sem levar em
conta os fatores que originam o mesmo.
Referencial
Um corpo está em repouso quando a
distância entre este corpo e o referencial não varia
com o tempo. Um corpo está em movimento
quando a distância entre este corpo e o referencial
varia com o tempo.
Questões
1. Um ônibus está andando a velocidade de 40
km/h. Seus passageiros estão em movimento
ou repouso? Por quê?
2. Uma pessoa, em um carro, observa um poste
na calçada de uma rua, ao passar por ele. O
poste está em repouso ou em movimento?
Explique.
3. Se dois carros movem-se sempre um ao lado
do outro, pode-se afirmar que um está parado
em relação ao outro?
Trajetória
Trajetória é a
linha determinada
pelas diversas posições
que um corpo ocupa no
decorrer do tempo.
Questões
4. Sobre o chão de um elevador coloca-se um
trenzinho de brinquedo, em movimento
circular. O elevador sobe com velocidade
7
constante. Que tipo de trajetória descreve o
trenzinho, em relação ao elevador e ao solo?
5. Um avião em vôo horizontal abandona um
objeto. Desenhe a trajetória que o objeto
descreve nos seguintes casos:
a) Tomando como referencial uma casa fixa à
Terra.
b) Tomando como referencial o avião?
Deslocamento (∆ s)
O deslocamento de um corpo é definido
como a variação de posição de um móvel dentro
de uma trajetória determinada.
s1 s2
∆ s = s2 – s1 s1 = posição inicial (m)
∆ s = deslocamento (m) s2 = posição final (m)
Ponto Material e Corpo Extenso
Está relacionado a relevância das
dimensões dos corpos durante o movimento.
Exercícios
6. Um carro parte do km 12 de uma rodovia e
desloca-se sempre no mesmo sentido até o km
90. Determine o deslocamento do carro.
7. Um caminhão fez uma viagem a partir do km
120 de uma rodovia até o km 30 da mesma.
Qual foi o deslocamento do caminhão?
8. Um carro vai do km 40 ao km 70. Determine:
a) A posição inicial e a posição final.
b) O deslocamento entre as duas posições.
Questões
9. Um carro tem aproximadamente 4 m de
comprimento. Se ele fizer uma viagem de 50
km em linha reta, ele poderá ser considerado
um ponto material? Por quê?
10. Dê um exemplo onde você possa ser
considerado um ponto material e outro onde
você possa ser considerado um corpo extenso.
Velocidade Média (vm)
Conceituamos velocidade média como
sendo a razão entre a distância que o objeto
percorre e o tempo que ele gastou para percorrer.
t1 t2
s1 s2
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Exercícios
∆ s = s2 – s1 ou ∆ s = s – so ∆s 17. Velocímetro de um carro indica 72 km/h.
vm =
∆ t = t2 – t1 ou ∆ t = t – to ∆t Expresse a velocidade deste carro em m/s.
18. Uma velocidade de 36 km/h corresponde a
vm = velocidade média (unidade: m/s, km/h) quantos metros por segundo? E 15 m/s
∆ s = deslocamento (m, km) correspondem a quantos quilômetros por hora?
∆ t = tempo (s, min, h)
Exercícios
11. Quando o brasileiro Joaquim Cruz ganhou a MOVIMENTO UNIFORME (M.U.)
medalha de ouro nas Olimpíadas de Los
Angeles, correu 800 m em 100 s. Qual foi sua O movimento uniforme pode ser definido
velocidade média? como aquele em que o móvel tem velocidade
12. Suponha que um trem-bala gaste 3 horas para constante no decorrer do tempo. Se um corpo se
percorrer a distância de 750 km. Qual a deslocar em linha reta com velocidade constante,
velocidade média deste trem? por exemplo, 2,0 m/s durante determinado
13. Um automóvel passou pelo marco 30 km de intervalo de tempo, estará em Movimento
uma estrada às 12 horas. A seguir, passou pelo Retilíneo Uniforme (MRU) em relação à Terra.
marco 150 km da mesma estrada às 14 horas.
to t
Qual a velocidade média desse automóvel
v v
entre as passagens pelos dois marcos?
14. No verão brasileiro, andorinhas migram do
hemisfério norte para o hemisfério sul numa so
Equação horária do M.U. s
velocidade média de 25 km/h. Se elas voam 12
horas por dia, qual a distância percorrida por ∆s s = so + vt
vm = ⇒
elas num dia? ∆t

Questões s = posição em um instante qualquer (m)

15. Como você faria para calcular a velocidade so = posição inicial (m)
média de uma pessoa que caminha pela rua? v = velocidade (m/s, km/h)
16. Qual a diferença entre velocidade instantânea t = tempo (s, h)
e velocidade média?
Exercícios
Velocidade Instantânea (v) 19. Uma bicicleta movimenta-se sobre uma
trajetória retilínea segundo a função horária s
Velocidade = 10 + 2t (no SI). Pede-se:
a) Sua posição inicial;
instantânea é aquela
determinada num b) Sua velocidade.
20. Uma partícula move-se em linha reta,
momento exato, como,
por exemplo, a apontada obedecendo à função horária s = –5 + 20t, no
pelo velocímetro quando S.I. Determine:
o observamos. a) A posição inicial da partícula;
b) A velocidade da partícula;
c) A posição da partícula no instante t = 5 s.
21. Um ponto material movimenta-se sobre uma
Transformação de Velocidade trajetória retilínea obedecendo a função
horária s = 10 + 2t (no SI). Determine em que
Para transformar uma velocidade em km/h
instante o ponto material estará passando pela
para m/s, devemos dividir a velocidade por 3,6.
posição 36 m.
Para transformar uma velocidade em m/s para
22. Um móvel passa pela posição 10 m no instante
km/h, devemos multiplicar a velocidade por 3,6.
zero (to = 0) com a velocidade de 5 m/s.
Escreva a função horária desse movimento.
1km 1000 m 1
= = m/s
h 3600 s 3,6

8
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Questões 25. Dois móveis, A e B, movimentam-se de

23. Como podemos identificar um movimento
uniforme?
24. Uma pessoa lhe informa que um corpo está em
movimento retilíneo uniforme. O que está
indicando o termo "retilíneo"? O que indica o
termo "uniforme"?
Movimento Progressivo
Um movimento é progressivo quando o
móvel desloca-se a favor da orientação da
trajetória. Sua velocidade é positiva (v > 0).
v
s GRÁFICOS DO MOVIMENTO UNIFORME
acordo com as equações horárias sA = –20 + 4t
e sB = 40 + 2t, no S.I. Determine o instante e a
posição de encontro dos móveis.
26. Dois móveis, A e B, movimentam-se de
acordo com as equações horárias sA = 10 + 7t e
sB = 50 – 3t, no S.I. Determine o instante e a
posição de encontro dos móveis.
27. Numa noite de neblina, um carro, sem
nenhuma sinalização, percorre um trecho
retilíneo de uma estrada com velocidade
constante de 6 m/s. Num certo instante, uma
moto com velocidade constante de 8 m/s está
12 m atrás do carro. Quanto tempo após esse
instante a moto poderá chocar-se com o carro?

Movimento Retrógrado Espaço versus Tempo (s x t)

s s
Um movimento é retrógrado quando o s0
móvel desloca-se contra a orientação da trajetória.
Sua velocidade é negativa (v < 0).
t t
v
s

s0
Encontro de dois Móveis em M.U.

Para determinar o instante em que dois Movimento Progressivo Movimento Retrógrado

móveis se encontram deve-se igualar as posições
dos móveis. Substituindo o instante encontrado,
numa das funções horárias, determina-se a posição Velocidade versus Tempo (v x t)
do encontro. v v

1ª situação: Um de encontro ao outro. I

v1 v2
t t
so1 so2
II

I ⇒ Movimento Progressivo;
2ª situação: Um perseguindo o outro. II ⇒ Movimento Retrógrado.
v1 v2

v
so1 so2
N
A=∆ s
Área t

Exercícios:

9
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Exercícios: freios e parou em 4s. Determine a aceleração

28. O gráfico a seguir indica a posição de um imprimida pelos freios à motocicleta.
móvel no decorrer do tempo, sobre uma
trajetória retilínea. Determine: Questões
a) A velocidade do móvel. 34. Explique o que é aceleração.
b) A função horária da posição em função do 35. O que significa dizer que um corpo tem
tempo. aceleração de 10 m/s2?
36. Qual a diferença entre movimento acelerado e
s (m) retardado?
90
Movimento Acelerado

10
Um movimento é acelerado quando o
t (s) módulo da velocidade do móvel aumenta com o
0 8 passar do tempo. A velocidade e a aceleração
29.O gráfico abaixo indica a posição de um possuem mesmo sinal (v > 0 e a > 0 ou v < 0 e a <
móvel no decorrer do tempo, sobre uma 0).
trajetória retilínea. Determine:
a) A velocidade do móvel. a
b) A função horária da posição em função do v
tempo.
s (m)
80
a
v

10
t (s)
0 7
30. Um móvel movimenta-se sobre uma trajetória
obedecendo à função horária s = 10 + 10t no
S.I. Construa o gráfico dessa função entre 0 e
4 s.
31. Um móvel movimenta-se sobre uma trajetória
obedecendo à função horária s = 4 – 2t no S.I.
Construa o gráfico dessa função entre 0 e 4s.
Aceleração Média (am)
Movimento Retardado
Um movimento recebe a denominação de
retardado quando o módulo da velocidade do
móvel diminui com o passar do tempo. A
velocidade e a aceleração possuem sinais
contrários ou orientações opostas (v > 0 e a < 0 ou
v < 0 e a > 0).
a v

A aceleração é a grandeza física que mede v a

a taxa de variação da velocidade de um corpo.

a = aceleração (m/s2) ∆v MOVIMENTO UNIFORMEMENTE

a=
∆v = v2 – v1 ∆t VARIADO (M.U.V)
∆t = t2 – t1
A maior parte dos movimentos que
∆v = variação da velocidade (m/s)
observamos não é uniforme. Neles, a velocidade
∆t = variação do tempo (s)
dos corpos muda constantemente. Diz-se então
que esses movimentos apresentam velocidade
Exercícios variável.
32. Entre 0 e 3s, a velocidade de um helicóptero
Movimento uniformemente variado é
em MUV varia de 4 m/s para 21 m/s. Qual a aquele em que o corpo sofre aceleração constante,
sua aceleração? não nula, variando, portanto, sua velocidade de
33. Um rapaz estava dirigindo uma motocicleta a maneira uniforme com o passar do tempo.
uma velocidade de 20 m/s quando acionou os

10
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

vo = velocidade inicial (m/s)

0 km/h 30 km/h 60 km/h 90 km/h t = tempo (s)
a = aceleração (m/s2)
0s 1s 2s 3s

É evidente que embora seja um movimento Exercícios

43. Um móvel descreve um MUV numa trajetória
em que a velocidade varia uniformemente com o
tempo, os espaços não variam de maneira retilínea e sua posição varia no tempo de
constante como ocorria com o movimento acordo com a expressão: s = 9 + 3t – 2t2. (SI)
uniforme. Determine: a posição inicial, a velocidade
inicial e a aceleração.
44. É dado um movimento cuja função horária é: s
Função Horária da Velocidade = 13 – 2t + 4t2 (SI). Determine a posição
inicial, a velocidade inicial e a aceleração.
∆v
a= ⇒ v =vo +at 45. A função horária de um móvel que se desloca
∆t numa trajetória retilínea é s = 20 + 4t + 5t2,
v = velocidade em um instante qualquer (m/s) onde s é medido em metros e t em segundos.
vo = velocidade inicial (m/s) Determine a posição do móvel no instante t =
a = aceleração (m/s2) 5 s.
t = tempo (s) 46. Um móvel parte do repouso da origem das
posições com movimento uniformemente variado
Exercícios e aceleração igual a 2 m/s2. Determine sua
37. Um carro em movimento adquire velocidade
posição após 6 s.
que obedece à expressão v = 10 – 2t (no SI). 47. Um móvel parte com velocidade de 10 m/s e
Pede-se: aceleração de 6 m/s2 da posição 20 metros de uma
a) A velocidade inicial; trajetória retilínea. Determine sua posição no
b) A aceleração; instante 12 segundos.
c) A velocidade no instante 6 s. 48. Um ponto material parte do repouso com
38. É dada a seguinte função horária da
aceleração constante e 10 s após encontra-se a
velocidade de uma partícula em movimento 40 m da posição inicial. Determine a
uniformemente variado: v = 15 + 20t (no SI). aceleração do ponto material.
Determine o instante em que a velocidade vale
215 m/s. Exercícios complementares
39. Um veículo parte do estacionamento e é
49. É dada a função horária do M.U.V de uma
acelerado à razão de 5 m/s2. Calcule a sua partícula, s = –24 + 16t – t2. Determine (S.I):
velocidade 30 s após a sua partida. a) O espaço inicial, a velocidade inicial e a
40. Um automóvel tem velocidade de 25 m/s e
aceleração da partícula;
freia com aceleração de –5 m/s2. Depois de b) A posição da partícula no instante t = 5 s.
quanto tempo ele pára? 50. Ao deixar o ponto de parada, o ônibus
percorre uma reta com aceleração de 2 m/s2. Qual
Exercícios complementares a distância percorrida em 5 s?
41. Qual a diferença entre velocidade e
aceleração?
42. Um veículo parte do repouso e adquire
Equação de Torricelli
aceleração de 2 m/s2. Calcule a sua velocidade
v 2 = vo2 + 2a∆s
no instante t = 5s.
v = velocidade em um instante qualquer (m/s)
Função Horária das Posições vo = velocidade inicial (m/s)
1 2 a = aceleração (m/s2)
s = so + vo t + at ∆ s = deslocamento (m)
2

Exercícios
s = posição em um instante qualquer (m) 51. Um automóvel possui, num certo instante,
so = posição no instante inicial (m) velocidade de 10 m/s. A partir desse instante o

11
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
motorista imprime ao veículo uma aceleração
de 3 m/s2. Qual a velocidade que o automóvel
adquire após percorrer 50 m?
52. Partindo do repouso, um automóvel percorre
256 m de uma rodovia com uma aceleração
igual a 8 m/s2. Determine sua velocidade no
final do percurso.
53. Um veículo tem velocidade inicial de 4 m/s,
variando uniformemente para 10 m/s após um
percurso de 7 m. Determine a aceleração do
veículo.
54. A velocidade de um corpo em MUV varia de 6
m/s a 9 m/s, num trajeto de 3 m. Calcule a
aceleração do corpo.
55. Um carro de corrida inicialmente em repouso
é sujeito à aceleração de 5 m/s2. Determine a
distância percorrida pelo carro até atingir a
velocidade de 10 m/s.
56. Um trem trafega com velocidade de 15 m/s.
Em determinado instante, os freios produzem
um retardamento de – 1,5 m/s2. Quantos
metros o trem percorre durante a frenagem, até
parar?
Exercícios complementares
57. Uma composição do metrô parte de uma
estação, onde estava em repouso e percorre
100 m, atingindo a velocidade de 20 m/s.
Determine a aceleração durante o processo.
58. Um carro está se movendo com uma
velocidade de 16 m/s. Em certo instante, o
motorista aciona o freio, fazendo com que o
carro adquira um movimento uniformemente
variado, com aceleração de – 0,8 m/s2. Calcule
a velocidade desse automóvel após percorrer
uma distância de 70 m a partir do início da
freada.
Exercícios com as Equações do M.U.V.
∆v 1 2
a= s = so + vo t + at
∆t 2 II ⇒ Movimento Progressivo e Acelerado;
v = vo + at v 2 = v o2 + 2a∆s
59. Um carro de corrida, que estava parado,
arranca com movimento retilíneo
uniformemente acelerado. O valor da sua
aceleração é de 4 m/s2. Quanto tempo o carro
gasta para atingir a velocidade de 12 m/s?
60. Ao pousar, um avião toca a pista de
aterrissagem com uma velocidade de 70 m/s.
12
Suponha que seu movimento, a partir desse
instante, seja retilíneo uniformemente
retardado, com aceleração a = – 5 m/s2. Qual
será a velocidade do avião 10 s após ele tocar
o solo?
61. Um carro, com movimento retilíneo
uniformemente acelerado, de aceleração a =
1,5 m/s2, partiu do repouso. Qual a distância
que o carro percorre em 4 s?
62. Uma moto com velocidade inicial de 20 m/s
freia com aceleração igual a –2 m/s2. Escreva a
função horária da velocidade para esta moto.
63. Uma ave voa, a partir do repouso, com
aceleração de 8 m/s2. Qual é a velocidade
atingida em 20 s?
64. Para decolar numa pista de 2 km, a partir do
repouso, um avião precisa atingir a velocidade
de 360 km/h. Qual a aceleração do avião?
65. O tempo de reação de um motorista é de
aproximadamente 1 s (intervalo de tempo
decorrido entre a percepção de um sinal para
parar e a efetiva aplicação dos freios). Se os
freios de um automóvel podem garantir uma
aceleração de retardamento de – 5 m/s2 calcule
a distância percorrida por ele até parar,
supondo que sua velocidade era de 20 m/s ao
perceber o sinal para parar.
GRÁFICOS DO M.U.V.
Diagrama Espaço versus Tempo (s x t)
s s
so
so
III IV
I II
t t
I ⇒ Movimento Retrógrado e Retardado;
III ⇒ Movimento Progressivo e Retardado;
IV⇒ Movimento Retrógrado e Acelerado.
Diagrama Velocidade versus Tempo (v x t)
v v
v0
II
III
t t
I IV
v0
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

I ⇒ Movimento Retrógrado e Retardado;
II ⇒ Movimento Progressivo e Acelerado;
III ⇒ Movimento Progressivo e Retardado;
IV⇒ Movimento Retrógrado e Acelerado.
Deslocamento pelo diagrama da velocidade
a) No ar;
b) No vácuo.
67. Se não existisse a aceleração da gravidade,
qual seria a trajetória para um tiro de canhão?
68. Imagine que um astronauta tenha saltado de
pára-quedas, a partir de um foguete, a certa
altura acima da superfície da Lua, caindo em
direção ao solo lunar:
a) Você acha que, ao ser aberto o pára-quedas, ele
teria alguma influência no movimento de queda
do astronauta? Por quê?
b) Que tipo de movimento o astronauta teria até
atingir o solo lunar?

v Exercícios
69. Um objeto cai do alto de um edifício, gastando
v 7s na queda. Calcular com que velocidade
atinge o solo (g = 10 m/s2).
N
v0 A=∆ s 70. De uma ponte deixa-se cair uma pedra que
Área demora 2 s para chegar à superfície da água.
t Sendo a aceleração local da gravidade igual a
g = 10 m/s2, determine a altura da ponte.
71. Num planeta fictício, a aceleração da
Aceleração versus Tempo (a x t) gravidade vale g = 25 m/s2. Um corpo é
abandonado de certa altura e leva 7 s para
a a chegar ao solo. Qual sua velocidade no
instante que chega ao solo?
72. Um gato consegue sair ileso de muitas quedas.
Suponha que a maior velocidade com a qual
t t ele possa atingir o solo sem se machucar seja 8
m/s. Então, desprezando a resistência do ar,
qual a altura máxima de queda para que o gato
nada sofra? (g = 10 m/s2).

MOVIMENTOS VERTICAIS Composição de Movimentos

Trata-se de movimentos variados que
ocorrem nas imediações da superfície da terra,
com direção vertical e sob a influência da
aceleração da gravidade (g).
Consideremos um avião voando, com certa
v y = voy ± gt g Terra ≅ 10 m / s 2 velocidade, em um local onde o ar esteja parado,
sem ventos. Se começar a ventar, o avião estará
1 2
y = y o + voy t ± gt animado de dois movimentos; seu movimento em
2
relação ao ar, que lhe é proporcionado pelos
v 2y = voy
2
± 2 g∆y
motores, e o movimento do ar que também
desloca o avião. Situações como esta, em que um
g = aceleração da gravidade no local (m/s2) corpo possui simultaneamente duas ou mais
velocidades em relação a um observador, são
Questões encontradas freqüentemente.
66. Dois objetos, uma pedra e uma pena, são
abandonados simultaneamente da mesma Qual seria a velocidade com que um
altura. Determine qual deles chega primeiro ao observador veria se movimentar um corpo
chão, admitindo que a experiência se realize: animado de várias velocidades? Lembrando que a

13
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
velocidade é uma grandeza vetorial, podemos
concluir que a velocidade observada para o corpo
será a resultante das velocidades que ele possui.
Uma situação interessante que ilustra a
composição de movimentos é a travessia de rios.
Seja vB a velocidade do barco em relação às águas
e vC a velocidade da correnteza em relação às
margens (velocidade de arrastamento). Fazendo a
composição dos movimentos, teremos, em relação
às margens do rio, um movimento resultante com
velocidade v, dado pela soma vetorial de vB e vC.
vB
vC
v v 2 = v B2 + vC2
Exercícios:
73. Um barco a vapor sobe um rio
percorrendo 2160 m em 432 s. Quando ele
desce o rio, percorrendo a mesma distância,
leva 240 s. A máquina imprime a mesma
velocidade ao barco nos dois trajetos. Obter a
velocidade do barco e a das águas do rio.
74. Um barco apresenta velocidade de 2 m/s
em águas tranqüilas. Ele pretende atravessar um
rio de 40 m de largura e cujas águas têm
velocidade de 0,5 m/s. O barco atravessa
mantendo-se sempre perpendicular às margens.
40 m
vc
a) Obter a posição atingida na outra margem.
b) A distância percorrida pelo barco.
Lançamento Horizontal
Quando um corpo é lançado
horizontalmente no vácuo, ele descreve, em
relação à Terra, uma trajetória parabólica. Esse
movimento pode ser considerado como o
resultado da composição de dois movimentos
simultâneos e independentes: Um movimento
vertical, uniformemente variado, sob a ação
exclusiva da gravidade. E um movimento
horizontal uniforme, pois não existe aceleração na
direção horizontal.
14
Por exemplo, se uma bola é lançada
horizontalmente, esta continua a mover-se para
diante, mas ao mesmo tempo sofre a ação da força
da gravidade, que a puxa para a Terra. O resultado
é que a bola descreve uma trajetória curva, uma
parábola com concavidade voltada para baixo,
com relação a quem está junto ao solo.
Em cada ponto da trajetória, a velocidade
resultante do móvel, é dada pela soma vetorial da
velocidade horizontal, constante, e da velocidade
vertical, variável.
O fato de as duas velocidades serem
independentes tem uma conseqüência importante:
o tempo que um projétil gasta para cair, quando
lançado horizontalmente, é o mesmo que gastaria
para cair em queda livre. Ou seja, se jogarmos
uma pedra horizontalmente, do segundo andar de
uma casa, com uma velocidade de 10 m/s e
deixarmos cair outra pedra ao mesmo tempo,
ambas as pedras atingirão o solo no mesmo
instante.
v x
vx
g
vy1
vx
vy2
y
Na horizontal (eixo x) ⇒ MU
Velocidade: vx = v; Alcance: A = x = vt
Na vertical (eixo y) ⇒ MUV
1 2
v y = gt y= gt v 2y = 2 g∆y
2
Velocidade Total: v = v x + v y
2 2 2
Exercícios
75. (UFTPR) – Um menino posicionado na borda
da piscina atira uma pedra horizontalmente da
altura de 1 m da superfície da água. A pedra
atinge a água a 3 m da borda. Determine a
velocidade, em m/s, com que o menino a
lançou, considerando g = 10m/s2 e
desprezando a resistência do ar.
76. Um avião de salvamento, voando
horizontalmente a uma altura de 125 m do solo
e com velocidade de 108 km/h, deve deixar
cair um pacote para um grupo de pessoas que
ficaram isoladas após um acidente. Para que o
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
pacote atinja o grupo, deve ser abandonado t
segundos antes de o avião passar diretamente
acima do grupo. Adotando g = 10 m/s2 e
desprezando a resistência oferecida pelo ar,
determine:
a) O valor de t;
b) A que distância da vertical, em que o pacote
foi lançado, ele atinge o solo;
77. (FEI - SP) – Um bombardeiro voa a 3920 m de
altura com velocidade de 1440 km/h. De que
posição ele deve soltar uma bomba para
atingir um alvo no solo? Adote g = 10 m/s2.
78. (Vunesp) – Em vôo horizontal, a 3000 m de
altitude, com velocidade de 540 km/h, um
bombardeiro deixa cair uma bomba. Esta
explode 15 s antes de atingir o solo.
Desprezando a resistência do ar, calcule a
velocidade da bomba no momento da
explosão. Adote g = 10 m/s2.
79. (UFPR) – Uma bola rola sobre uma mesa
horizontal de 1,225 m de altura e vai cair num
ponto do solo situado à distância de 2,5 m,
medida horizontalmente a partir da beirada da
mesa. Qual a velocidade da bola, em m/s, no
instante em que ela abandonou a mesa?
Adote g = 9,8 m/s2.
Lançamento Oblíquo
Como no lançamento horizontal, o
lançamento oblíquo também pode ser analisado
como dois movimentos independentes. O estudo
deste tipo de movimento foi de fundamental
importância para o desenvolvimento da balística,
uma vez que o alcance definia o acerto ou o erro
de um alvo. Podemos interpretar o lançamento
oblíquo como sendo um lançamento vertical para
cima, sob a ação da gravidade, e como um
movimento uniforme na direção horizontal.
Enquanto o projétil sobe, seu movimento é
retardado, tornando-se acelerado durante a
descida.
y
g anterior, informar se o projétil atinge ou não o
ym
x
Componentes da velocidade inicial:
v0 y = v 0 sen α
v 0 x = v 0 cos α
15
Em x ⇒ MU Em y ⇒ MUV
v y = v 0 y − g .t
Alcance: 1 2
y = yo + voy t − gt
A = x = v.t T 2
v y2 = voy
2
−2 gh
Desprezando a resistência do ar, a
velocidade de chegada no solo é exatamente igual,
em módulo, à de arremesso.
O alcance – distância que o projétil atinge
na horizontal – e a altura máxima dependem dos
componentes vx e vy da velocidade de lançamento.
À medida que o valor de vx aumenta, o
valor de vy diminui, o que faz com que diminua o
tempo que o projétil permanece no espaço. O
alcance depende de ambos os componentes e é
máximo para um ângulo de lançamento de 45º.
Exercícios
80. Qual o valor da componente vertical de uma
bola de futebol chutada com velocidade de 30
m/s e com um ângulo de 30º em relação ao
campo?
81. A componente horizontal de um corpo lançado
com ângulo de 60º em relação ao chão vale 12
m/s. Pede-se qual a velocidade deste corpo.
82. Um projétil é lançado com velocidade de 100
m/s segundo um ângulo de 53º com a
horizontal. Considere sen 53º = 0,8 e cos 53º =
0,6. Calcule:
a) as componentes horizontal e vertical da
velocidade no início do movimento;
b) as componentes horizontal e vertical da
velocidade no instante t = 10 segundos;
c) o módulo e o sentido da velocidade no
instante t = 10 segundos;
d) a posição do projétil no instante t = 10
segundos.
e) a altura máxima atingida pelo projétil;
f) o alcance do projétil.
83. Supondo que um edifício de 120 m esteja a
uma distância de 600 m do ponto de
lançamento do projétil descrito no exercício
edifício.
84. Com que velocidade mínima deve ser lançado
um projétil para que ele atinja uma distância
de 180 m?
85. Num lugar em que g = 10 m/s2, lançamos um
projétil com velocidade inicial de 100 m/s e
formando com a horizontal um ângulo de
elevação de 30º. A altura máxima será atingida
após quanto tempo?
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
AS LEIS DE NEWTON
As leis de Newton são como conhecidas as
três leis que modelam o comportamento de corpos
em movimento, descobertas por Isaac Newton.
Newton publicou essas leis no seu trabalho de
três volumes intitulado Philosophiae Naturalis
Principia Mathematica em 1687. As leis
explicavam vários dos resultados observados
quanto ao movimento de objetos físicos.
1ª LEI DE NEWTON
Lei da Inércia
Inércia é a propriedade comum a todos os
corpos materiais, mediante a qual eles tendem a
manter o seu estado de movimento ou de repouso.
Um corpo livre da ação de forças
permanece em repouso (se já estiver em repouso)
ou em movimento retilíneo uniforme (se já estiver
em movimento).
Questões
86. Explique a função do cinto de segurança de
um carro, utilizando o conceito de inércia.
87. Por que uma pessoa, ao descer de um ônibus
em movimento, precisa acompanhar o
movimento do ônibus para não cair?
88. Um foguete está com os motores ligados e
movimenta-se no espaço, longe de qualquer
planeta. Em certo momento, os motores são
desligados. O que irá ocorrer? Por qual lei da
física isso se explica?
2ª LEI DE NEWTON
Princípio Fundamental da Dinâmica
A 2ª Lei de Newton analisa a situação em
que um corpo não se encontra em equilíbrio.
Neste caso, a resultante das forças não é nula, e o
corpo não se encontra nem em repouso nem em
MRU. Ele estará dotado, portanto de aceleração.
Newton anunciou que a resultante das
forças aplicadas num corpo é diretamente
proporcional à aceleração por ele adquirida.
16
a
FR
m
FR = força resultante (N)
m = massa (kg) FR = m.a
a = aceleração (m/s2)
Unidade de força no SI: Newton (N)
Unidade Prática: Quilograma-Força (Kgf)
Exercícios
89. Um corpo com massa de 0,6 kg foi empurrado
por uma força que lhe comunicou uma
aceleração de 3 m/s2. Qual o valor da força?
90. Um caminhão com massa de 4000 kg está
parado diante de um sinal luminoso. Quando o
sinal fica verde, o caminhão parte em
movimento acelerado e sua aceleração é de 2
m/s2. Qual o valor da força aplicada pelo
motor?
91. Partindo do repouso, um corpo de massa 3 kg
atinge a velocidade de 20 m/s em 5 s.
Descubra a força que agiu sobre ele nesse
tempo.
92. A velocidade de um corpo de massa 1 kg
aumentou de 20 m/s para 40 m/s em 5 s. Qual
a força que atuou sobre esse corpo?
93. Uma força de 12 N é aplicada em um corpo de
massa 2 kg.
a) Qual é a aceleração produzida por essa força?
b) Se a velocidade do corpo era 3 m/s quando se
iniciou a ação da força, qual seu valor 5 s
depois?
94. Sobre um plano horizontal perfeitamente
polido está apoiado, em repouso, um corpo de
massa m = 2 kg. Uma força horizontal de 20 N
passa a agir sobre o corpo. Qual a velocidade
desse corpo após 10 s?
95. Um corpo de massa 2 kg passa da velocidade
de 7 m/s à velocidade de 13 m/s num percurso
de 52 m. Calcule a força que foi aplicada sobre
o corpo nesse percurso.
96. Um automóvel de 1000 kg, a 20 m/s, percorre
50 m até parar, quando freado. Qual a força
que age no automóvel durante a frenagem?
97. Sob a ação de uma força constante, um corpo
de massa 7 kg percorre 32 m em 4 s, a partir
do repouso. Qual o valor da força aplicada no
corpo?
Questões
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
98. Um corpo tem certa velocidade e está se
movendo em movimento uniforme. O que
deve ser feito para que a sua velocidade
aumente, diminua ou mude de direção?
99. Uma pequena esfera pende de um fio preso ao
teto de um trem que realiza movimento
retilíneo. Como fica a inclinação do fio se:
a) O movimento do trem for uniforme.
b) O trem se acelerar.
c) O trem frear.
100. Se duas forças agirem sobre um corpo, a que
condições essas forças precisam obedecer
para que o corpo fique em equilíbrio?
Peso (P) e Massa (m) de um Corpo
Massa: Quantidade de matéria (nunca muda)
Peso: Força da gravidade (depende do planeta)
PESO MASSA
Natureza Força da Quantidade de
Gravidade Matéria
Grandeza Vetorial Escalar
Unidade (SI) Newton (N) Quilograma (Kg)
Instrumento de
Medida Dinamômetro Balança
Valor Depende do g Constante
P =m.g
P = peso (N)
m = massa (kg)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
Exercícios
101. Calcule a força com que a Terra puxa um
corpo de 20 kg de massa quando ele está em
sua superfície. Dado: g = 10 m/s2
102. Na Terra, a aceleração da gravidade é em
média 9,8 m/s2, e na Lua 1,6 m/s2. Para um
corpo de massa 5 kg, determine a massa e o
peso desse corpo na Lua.
103. Um astronauta com o traje completo tem uma
massa de 120 kg. Determine a sua massa e o
seu peso quando for levado para a Lua, onde a
gravidade é aproximadamente 1,6 m/s2.
104. Em Júpiter, a aceleração da gravidade vale 26
m/s2, enquanto na Terra é de 10 m/s2. Qual
seria, em Júpiter, o peso de um astronauta que
na Terra corresponde a 800 N?
105. Qual é o peso, na Lua, de um astronauta que
na Terra tem peso 784 N? Considere gT = 9,8
m/s2 e gL = 1,6 m/s2.
17
106. Na Terra, num local em que a aceleração da
gravidade vale 9,8 m/s2, um corpo pesa 98 N.
Esse corpo é então levado para a Lua, onde a
aceleração da gravidade vale 1,6m/s2.
Determine sua massa e o seu peso na Lua.
Questões
107. Você sabe que seu peso é uma força vertical,
dirigida para baixo. Qual é o corpo que exerce
esta força sobre você?
108. Um avião partiu de Macapá, situada sobre o
equador, dirigindo-se para um posto de
pesquisa na Antártica. Ao chegar ao seu
destino, o peso do avião aumentou, diminuiu
ou não se alterou? E a massa do avião?
Força Elástica (FE)
F = K .x
x
F = força elástica (N)
k = constante elástica da mola (N/m)
x = deformação da mola (m)
Exercícios
109. Uma mola tem constante elástica de 10 N/cm.
Determine a força que deve ser aplicada para
que a mola sofra uma deformação de 5 cm.
110. Uma mola de suspensão de carro sofre
deformação de 5 cm sob ação de uma força de
2000 N. Qual a constante elástica dessa mola?
111. Uma mola é submetida à ação de uma força de
tração. O gráfico abaixo indica a intensidade
da força tensora em função da deformação x.
Determine:
a) A constante elástica da mola;
b) A deformação x quando F = 270 N.
F(N)
18
x(cm)
0 6
Força Normal (N)
Força normal é aquela que um corpo troca
com a superfície na qual se encontra apoiado. Essa
força só existe quando há contato entre os corpos.
N N
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

A força normal é sempre perpendicular à
superfície de apoio.
Força de Tração (T)
Força de tração é aquela transmitida a um
corpo por intermédio de um fio, cabo ou corda.
T apoiados sobre uma superfície horizontal
Polias (Roldanas)
As polias ou roldanas são dispositivos
mecânicos que servem para alterar a direção e o
sentido da força de tração ou facilitar a realização
de uma tarefa, tornando-a mais cômoda.
Para toda força de ação existe uma
correspondente força de reação, de mesma
natureza, sendo ambas de mesma intensidade,
mesma direção e sentidos contrários, aplicadas em
corpos diferentes.
Exercícios
112. Dois blocos de massas mA = 2 kg e mB = 3 kg,
perfeitamente lisa, são empurrados por uma
força F de 20 N, conforme indica a figura a
seguir. Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o corpo A exerce no corpo B.
F B
A

113. Os
corpos A e B encontram-se apoiados sobre
Polia Fixa
uma superfície horizontal plana perfeitamente
A função de uma polia fixa é apenas a de
lisa. Uma força F de 40 N é aplicada em A
alterar a direção e o sentido da força de tração.
conforme indica a figura. Dados: mA = 2 kg e
mB = 8 kg. Determine:
a) aceleração dos corpos A e B;
T=P b) a força que A exerce em B.

F B
A

114. Dois
corpos A e B, de massas mA = 6 kg e mB
= 4 kg estão interligados por um fio ideal. A
Polia Móvel superfície de apoio é horizontal e
A polia móvel facilita a realização de uma perfeitamente lisa. Aplica-se em B uma força
tarefa, como por exemplo, a de puxar um corpo. horizontal de 20 N, conforme indica a figura
Para cada polia móvel colocada no sistema, a abaixo. Determine:
força do operador fica reduzida à metade. a) a aceleração do conjunto;
P b) a força de tração no fio.
T =
2N
B F
A
P ⇒ Peso
T ⇒ Tração 115. Dois
corpos A e B de massas respectivamente
N ⇒ polias móveis iguais à 5 kg e 3 kg, interligados por um fio
de massa desprezível, são puxadas sobre um
Talha Exponencial plano horizontal liso por uma força horizontal
F. A aceleração do conjunto é de 6 m/s 2.
3ª LEI DE NEWTON Determine:
a) a força F;
b) a força de tração no fio.
Lei da Ação e Reação
B F
A

18
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Sobre um corpo no qual aplicamos uma

116. Nafigura abaixo o corpo A está sobre o plano força F, temos:
sem atrito unido ao corpo B por uma corda.
Sendo as massas dos corpos mA = 6 kg e mB = FR = m.a ⇒ F − FAT = ma
4 kg, e g = 10 m/s2, determine a aceleração do
sistema e a tração na corda. Exercícios
121. Um bloco de massa 8 kg é puxado por uma
força horizontal de 20 N. Sabendo que a força
A de atrito entre o bloco e a superfície é de 2 N,
calcule a aceleração a que fica sujeito o bloco.
Dado: g = 10 m/s2.
122. Um bloco de massa 10 kg movimenta-se numa
B mesa horizontal sob a ação de uma força
horizontal de 30 N. A força de atrito entre o
117. Amáquina de Atwood constitui-se de uma bloco e a mesa vale 20 N. Determine a
polia suspensa ao teto, pela qual passa um fio aceleração do corpo.
em cujas extremidades são presos dois blocos. 123. Um corpo de massa m = 5 kg é puxado
Sendo mA = 6 kg e mB = 4 kg, determine a horizontalmente sobre uma mesa por uma
aceleração do sistema e a tração no fio que força F = 15 N. O coeficiente de atrito entre o
une os corpos. corpo e a mesa é µ = 0,2. Determine a
aceleração do corpo. Considere g = 10 m/s3.
124. Um bloco de massa 2 kg é deslocado
horizontalmente por uma força F = 10 N,
sobre um plano horizontal. A aceleração do
bloco é 0,5 m/s2. Calcule a força de atrito.
A 125. Um corpo de massa 6 kg é lançado com
B velocidade inicial de 8 m/s. Determine a
Questões distância que o corpo percorrerá até parar,
118. Um pequeno automóvel colide com um grande sabendo que o coeficiente de atrito entre o
caminhão carregado. Você acha que a força corpo e a superfície é 0,1. Adote g = 10 m/s2.
exercida pelo automóvel no caminhão é 126. Um pequeno bloco de massa 20 kg, em
maior, menor ou igual à força exercida pelo movimento com a velocidade de 20 m/s,
caminhão no automóvel? atinge uma superfície áspera onde a força de
119. Um soldado, ao iniciar seu treinamento com atrito vale 8 N. Determine a distância
um fuzil, recebe a seguinte recomendação: percorrida pelo bloco até parar.
"Cuidado com o ‘coice’ da arma". O que isso 127. Um carro de massa 900 kg e velocidade de 30
significa? m/s freia bruscamente e pára em 3 s. Calcule
120. É possível mover um barco a vela, utilizando a força de atrito.
um ventilador dentro do próprio barco?
Justifique. Questões
128.Como o atrito pode ser reduzido?
Força de Atrito (Fat) 129.Cite as vantagens e desvantagens do atrito.
130. Um guarda-roupa está sendo empurrado por
Quando um corpo é arrastado sobre uma uma pessoa e se desloca com velocidade
superfície rugosa, surge uma força de atrito de constante. Existe outra força atuando no
sentido contrário ao sentido do movimento.
FAT = µN guarda-roupa? Justifique.
131. No espaço não existe atrito algum. Será que
F uma nave espacial pode manter velocidade
Fat A constante com os motores desligados?
132. Na superfície congelada de um lago,
Fat = força de atrito (N) praticamente não existe atrito. Um carro
µ = coeficiente de atrito poderia mover-se sobre uma superfície assim?
N = força normal (N)

19
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
Exercícios complementares
133. Um bloco de massa M repousa sobre um plano
horizontal. Uma força horizontal F = 25 N
imprime ao corpo uma velocidade de 4 m/s
em 2s. Sendo a força de atrito entre o bloco e
o plano de intensidade igual a Fat = 5 N,
calcule M.
134. Uma caixa de 0,6 kg desliza 2,5 m sobre um
plano horizontal, até parar. Ela é lançada
nesse plano com a velocidade inicial de 3 m/s.
Calcule:
a) A força de atrito;
b) O coeficiente de atrito.
TRABALHO MECÂNICO DE UMA FORÇA
Quando aplicamos uma força sobre um
corpo, provocando um deslocamento, estamos
gastando energia e realizando um trabalho. Em
Mecânica, o Trabalho é o produto da força ou
componente da força na direção do deslocamento,
pelo deslocamento.
Força Paralela ao Deslocamento
F Exercícios
∆s
τ = trabalho (J)
F = força (N) τ = F .∆s
∆ s = deslocamento (m)
TRABALHO MOTOR ( τ > 0)
A força tem o sentido do movimento.
TRABALHO RESISTENTE ( τ < 0):
A força tem sentido contrario ao do movimento.
Exercícios
135. Calcular o trabalho realizado por uma força de
28 N que desloca um objeto numa distância
de 2 m na mesma direção e sentido da força.
136. Um boi arrasta um arado, puxando-o com uma
força de 900 N. Sabendo que o trabalho
realizado pelo foi de 18000 J, calcule a
distância percorrida pelo boi.
137. Aplica-se uma força horizontal de 10 N sobre
um corpo que se desloca numa trajetória
retilínea de acordo com a equação s = 10 + 3t
+ t2, no SI. Calcule o trabalho realizado pela
força em 5 s.
20
138. Sobre um corpo de massa 10 kg, inicialmente
em repouso, atua uma força F que faz varia
sua velocidade para 28 m/s em 4 segundos.
Determine:
a) A aceleração do corpo;
b) O valor da força F;
c) O trabalho realizado pela força F para
deslocar o corpo de 6 m.
Questões
139. Uma moça está em pé, parada, segurando uma
bolsa de 40 N de peso. Ela está realizando um
trabalho físico? Por quê?
Força Não-Paralela ao Deslocamento
F F
α α
∆s
α = ângulo que a força forma com horizontal.
τ = F .∆s. cos α
140. Um corpo é arrastado sobre um plano
horizontal por uma força de 20 N. Essa força
forma ângulo de 37o com o deslocamento do
corpo, que é de 4 m. Calcule o trabalho da
força. Dado: cos 37o = 0,8.
141. Um trenó é puxado sobre uma superfície plana
e horizontal por uma força F = 600 N. O
ângulo entre essa força e o sentido do
movimento é 30o. Sendo o deslocamento do
trenó igual a 50 m, calcule o trabalho
realizado pela força F. Dado: cos 30o = 0,86.
Trabalho através da Área
O trabalho é numericamente igual à área,
num gráfico da força em função do deslocamento.
F
AN=
Área τ
∆
s
Exercício
142. As figuras representam a força aplicada por
um corpo na direção do seu deslocamento.
Determinar, em cada caso, o trabalho
realizado pela força para deslocar o corpo.
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

a) b) Calcule o trabalho realizado pela força peso

F(N)
durante a subida do pacote. Lembre que esse
10
trabalho é negativo.

∆ s(m POTÊNCIA MECÂNICA (P)

)
0 5
A grandeza física potência relaciona o
b) trabalho realizado por uma força, com o tempo
F(N)
gasto para realizar esse trabalho.
10
A Potência Mecânica mede a
∆ s(m rapidez da realização de um
) determinado trabalho.
0 2 5

Trabalho da Força Peso Unidade de potência: watt (W)

m Pot = potência (W) τ

P =m.g
g h
τ = trabalho (J) τ = P.h
P = peso (N)
h = altura (m)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
( τ > 0): O deslocamento tem o sentido do g;
( τ < 0): O deslocamento contrário ao do g.
Exercícios
143.Uma pessoa realizou um trabalho de 9 J para
levantar verticalmente uma caixa que pesa 4
N. Quantos metros atingiu a altura da caixa?
144. Um bloco de massa 2 kg é tirado do solo e
colocado a uma altura de 5 m. Determine o
trabalho da força peso.
145. Uma pedra de massa 0,5 kg é libertada da
altura de 20 m em relação ao solo. Determine
o trabalho da força peso para trazê-la até o
solo.
146. Você pega do chão um pacote de açúcar de 5
kg e coloca-o em uma prateleira a 2 m de
altura. Enquanto você levanta o pacote, a
força que você aplica sobre ele realiza um
trabalho. A força peso que age sobre o pacote
também realiza um trabalho. Considerando g
= 10 m/s2, determine:
a) Quanto vale o peso desse pacote de açúcar?
τ = trabalho (J) P=
∆t
∆t = tempo (s)
Exercícios
147.Calcule a potência de um motor, sabendo que
ele é capaz de produzir um trabalho de 180 J
em 20 s.
148.Em quanto tempo um motor de potência igual
a 1500 W realiza um trabalho de 4500 J?
149. Um motor de potência 55000 W aciona um
carro durante 30 minutos. Qual é o trabalho
desenvolvido pelo motor do carro?
150. Uma máquina eleva um peso de 400 N a uma
altura de 5 m, em 10 s. Qual a potência da
máquina?
151. Um elevador de peso 4000 N sobe com
velocidade constante, percorrendo 30 m em 6
s. Calcule a potência da força que movimenta
o elevador.
152. Um corpo de massa 2 kg está inicialmente em
repouso. Num dado instante passa a atuar
sobre ele uma força F = 10 N. Sabendo que
ele gasta 5 s para percorrer 10 metros, calcule:
a) O trabalho da força F;
b) A sua potência.
Questões
153. Se você sobe uma escada muito depressa,
acaba se cansando mais do que se tivesse feito
o mesmo trabalho calmamente. Isso acontece
porque você realiza um trabalho maior ou
emprega uma potência maior?
154.Por que, nos trechos de serra, as estradas são
constituídas de muitas curvas e não apenas de
uma única linha reta?

21
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
ENERGIA
Em geral o conceito e uso
da palavra energia se refere "ao
potencial inato para executar
trabalho ou realizar uma ação".
Em Física o termo é usado em
vários contextos diferentes.
Energia Potencial Gravitacional (EPG)
Energia potencial é uma forma de energia
armazenada, pronta para ser transformada ou
transferida em outra. Energia potencial
gravitacional é aquela que o corpo adquire quando
é elevado em relação a um determinado nível.
E PG = m.g .h m Energia Potencial Elástica (EPE)
g
EPG = Energia potencial gravitacional (J) h
g = aceleração da gravidade (m/s2)
m = massa (kg)
h = altura (m)
Exercícios
155. Um corpo, com massa de 2 kg, está a uma
altura de 160 m do solo. Calcular a energia
potencial gravitacional desse corpo em
relação ao solo, considerando g = 10 m/s2.
156. Determine a energia potencial gravitacional,
em relação ao solo, de uma jarra com água, de
massa 2 kg, que está sobre uma mesa de 0,80
m de altura, num local onde g = 10 m/s2.
157. Quanto varia a energia potencial gravitacional
de uma pessoa de massa 80 kg ao subir do
solo até uma altura de 30 m? Adote g = 10
m/s2.
158. Um corpo de massa 2 kg tem energia potencial
gravitacional de 1000 J em relação ao solo.
Sabendo que g = 10 m/s2, calcule a que altura
o corpo encontra-se do solo.
Energia Cinética (EC)
Energia de movimento. É aquela que o
corpo adquire devido a sua velocidade.
mv 2
m
EC =
2 v
Ec = Energia cinética (J)
22
m = massa (kg)
v = velocidade (m/s)
Exercícios
159. Qual a energia cinética de um veículo de 700
kg quando sua velocidade é de 20 m/s?
160.Qual a massa de uma pedra que foi lançada
com uma velocidade de 5 m/s, sabendo-se que
nesse instante ele possui uma energia cinética
de 25 J?
161. A energia cinética de um corpo é 1800 J e sua
massa é 2 kg. Determine sua velocidade.
Questão
162. O que acontece com a energia cinética quando
dobramos a velocidade de um corpo?
F = K .x
Da mesma forma que a energia potencial
gravitacional, o trabalho da força elástica
transforma em potencial elástica a energia
aplicada em corpos que sofrem deformações
elásticas.
Kx 2
K = constante elástica (N.m) E PE =
x = deformação (m) 2
EPE = Energia potencial elástica (J)
Exercícios
163. Uma mola de constante elástica 103 N/m está
deformada em 10 cm. Um corpo de massa 2
kg se encontra encostado na mola. Quanto
vale a energia potencial elástica do sistema?
164.Uma mola é tracionada com uma força de
1000 N e sofre deformação de 10 cm. Qual é
a energia potencial elástica armazenada na
mola, quando deformada de 5 cm?
Conservação de Energia
A energia não pode
ser criada ou destruída, mas
unicamente transformada.
Questões
165.Cite alguns tipos de energia.
166.Cite um exemplo prático de transformação de
energia.
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
167. Dê exemplos das seguintes transformações:
a) Energia elétrica em calor;
b) Energia elétrica em luz;
c) Energia térmica em energia de movimento;
d) Energia química em energia de movimento;
e) Energia de movimento em energia elétrica;
168. Quando um corpo se arrasta sobre uma
superfície horizontal rugosa, energia cinética
se converte em energia térmica. Se o corpo
inicialmente possuía 100 joules de energia
cinética e, após o deslocamento referido,
possui apenas 70 joules, que quantidade de
energia cinética converteu-se em energia
térmica.
Energia Mecânica (EM)
A energia mecânica é a soma da energia
cinética e potencial num ponto.
vA
Num sistema conservativo:
hA
EMA = EMB
EMA = ECA + EPA
EMB = ECB + EPB vB hB
Questões
169. Qual a diferença entre energia cinética e
potencial?
170.O que acontece com a energia mecânica do
corpo, durante a queda?
171. Uma pedra cai sob ação exclusiva de seu peso.
Durante a queda, como variam a energia
cinética, potencial e mecânica?
172. Uma esfera de aço afunda lentamente num
barril cheio de óleo viscoso, com velocidade
constante. A energia mecânica da esfera é
constante ao longo de seu movimento?
Exercícios
173. Uma pedra é abandonada de certa altura
chegando ao solo com uma velocidade de 10
23
m/s. Calcule essa altura. Admita g = 10 m/s2 e
despreze a resistência do ar.
174. Uma pedra é libertada de uma altura de 15 m
em relação ao solo. Sabendo que sua massa
vale 5 kg e g = 10 m/s2, determine sua energia
cinética ao atingir o solo.
175. Um corpo de massa 3 kg é abandonado do
repouso e atinge o solo com velocidade de 40
m/s. Determine a altura de que o corpo foi
abandonado.
176.Uma bola é lançada para cima, atingindo uma
altura de 3,2 m. Qual a velocidade inicial com
que foi lançada?
177. Um corpo de massa 5 kg é lançado
verticalmente para cima com velocidade igual
a 10 m/s. Determine a energia potencial
gravitacional, em relação ao solo, ao atingir a
altura máxima.
DINÂMICA IMPULSIVA
Passaremos a estudar agora a relação entre
a força aplicada a um corpo com o intervalo de
tempo de sua atuação e seus efeitos. Veremos que
as grandezas Impulso e Quantidade de Movimento
(Momento Linear) são dimensionalmente iguais e
são extremamente importantes para entendermos
melhor o nosso dia-a-dia.
Impulso ( I )
O Impulso está relacionado com a força
aplicada durante um intervalo de tempo. Ou seja,
quanto maior a força maior o impulso e quanto
maior o tempo que você aplica maior será o
impulso.
Um jogador de tênis ao rebater a bola,
aplica uma força com a raquete durante um
pequeno intervalo de tempo na bola. A mesma
coisa ocorre com o jogador de futebol quando
aplica durante um intervalo de tempo uma força
ao chutar a bola.
Portanto, para uma força constante o
Impulso é calculado da seguinte forma:
I = F .∆t
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

I = Impulso ⇒ Newton x segundo (N.s) massa de ar sopra sobre um

F = Força constante ⇒ Newton (N) barco a vela ela transfere algo
∆ t = Intervalo de tempo ⇒ segundo (s) para ele. Esse algo que o vento
transfere para o barco é a
O Impulso é uma grandeza que necessita grandeza física denominada
de direção e sentido para sua total caracterização, quantidade de movimento.
portanto ela é uma grandeza vetorial. A grandeza quantidade de movimento
envolve a massa e a velocidade. Portanto,
Características: calculamos a Quantidade de Movimento de um
Módulo → I = F . ∆ t corpo pela expressão:
Direção → igual à direção da força. Q =m.v

Sentido → igual ao sentido da força

Q = Quantidade de Movimento
Nos casos em que a força aplicada sobre o quilograma x metro por segundo (kg.m/s)
corpo for variável não podemos utilizar a fórmula m = massa ⇒ quilograma (kg)
anterior para resolver. Para o cálculo do trabalho
v = velocidade ⇒ metro por segundo (m/s)
de forças variáveis deve-se determina-lo através
do cálculo da área do gráfico. Quantidade de Movimento também é uma
Imaginemos uma força constante aplicada grandeza vetorial, portanto precisamos além do
sobre um corpo durante um intervalo de tempo módulo sua direção e sentido.
∆ t. O gráfico F x t seria:
Características:
F
Módulo → Q = m . v
F N Direção → igual à direção da velocidade.
I=A Sentido → igual ao sentido da velocidade.
Área
t
Exercícios
0 t1 t2 180. Mostre que as grandezas Quantidade de
Movimento e Impulso são dimensionalmente
Exercícios
iguais.
178. Um ponto material fica sujeito à ação de uma
181. Uma partícula de massa 0,5 kg realiza um
força F, constante, que produz uma aceleração
movimento obedecendo à função horária:
de 2 m/s2 neste corpo de massa 50 000
s = 5 + 2t + 3t2 (SI). Determine o módulo da
gramas. Esta força permanece sobre o corpo
quantidade de movimento da partícula no
durante 20 s. Qual o módulo do impulso
instante t = 2 s.
comunicado ao corpo?
179. O gráfico a seguir nos dá a intensidade da
força que atua sobre um corpo, no decorrer do Teorema do Impulso
tempo. A partir desse gráfico, calcule o
impulso comunicado ao corpo entre os Embora no fim desta parte de nosso estudo
instantes t1 = 0 e t2 = 14 s. nós cheguemos a uma expressão matemática, o
conceito do Teorema do Impulso é muito mais
F (N) importante do que a matemática dele. Observemos
20 a seqüência abaixo:
10 14 t (s)
0 Imagine uma moça num balanço com certa
4 6 velocidade. Seu namorado então lhe aplica uma
-10
força durante um intervalo de tempo, ou seja, lhe
dá um impulso.
Quantidade de Movimento ( Q )

Em certas situações a
Força não é tudo. Quando uma

24
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
O resultado do impulso dado pelo
namorado é um aumento na quantidade de
movimento que a garota possuía. O teorema do
impulso afirma que se pegarmos o “movimento”
que a moça passou a ter no final e compararmos
com o “movimento” que tinha veremos que ela
ganhou certa quantidade de movimento que é
exatamente o impulso dado pelo namorado.
O Teorema do Impulso é válido para
qualquer tipo de movimento. Entretanto iremos
demonstrá-lo para o caso de uma partícula que
realiza um movimento retilíneo uniformemente
variado (MRUV). Retomando o desenho do
balanço:
v2
v1
Q1 Q2
Demonstração:
∆v
FR = m . a ⇒ FR = m .
∆t
FR . ∆t = m . ( v 2 − v1 )
FR . ∆t = m.v 2 − m.v1
IR = ∆ Q
IR = Q2 – Q1
O impulso resultante comunicado a um
corpo, num dado intervalo de tempo, é igual à
variação na quantidade de movimento desse
corpo, no mesmo intervalo de tempo.
Exercícios
182. Uma força constante atua durante 5 s sobre
uma partícula de massa 2 kg, na direção e no
sentido de seu movimento, fazendo com que
sua velocidade escalar varie de 5 m/s para 9
m/s. Determine:
a) O módulo da variação da quantidade de
movimento;
b) A intensidade do impulso da força atuante;
c) A intensidade da força.
25
183. Um corpo é lançado verticalmente para cima
com velocidade inicial 20 m/s. Sendo 5 kg a
massa do corpo, determine a intensidade do
impulso da força peso entre o instante inicial
e o instante em que o corpo atinge o ponto
mais alto da trajetória.
Princípio da Conservação da
Quantidade de Movimento
Os Princípios de Conservação, em física,
são extremamente importantes para melhor
compreensão dos fenômenos do dia-a-dia e
ajudam muito na resolução de problemas
complexos.
Neste caso é necessário que saibamos o
conceito de Sistema Isolado; sistema no qual a
resultante das forças externas que atuam sobre ele
é nula.
Demonstração:
IR = Q2 – Q1 ⇒ FR . ∆ t = Q2 – Q1
Sendo o sistema isolado sabemos que: FR = 0
∆ Q=0 ⇒ Q2 – Q1 = 0
Q2 = Q1
Num Sistema Isolado, a quantidade de
movimento no inicial é igual a quantidade de
movimento final, ou seja, ela permanece
constante.
Exercícios
184. Um canhão de artilharia horizontal de 1
tonelada dispara uma bala de 2 kg que sai da
peça com velocidade de 300 m/s. Admita a
velocidade da bala constante no interior do
canhão. Determine a velocidade de recuo da
peça do canhão.
185. Um projétil de massa 20 g incide
horizontalmente sobre a tábua com velocidade
500 m/s e a abandona com velocidade
horizontal e de mesmo sentido de valor 300
m/s. Qual a intensidade do impulso
comunicado ao projétil pela tábua?
186. Um vagão de trem, com massa m1 = 40 000
kg, desloca-se com velocidade v1 = 0,5 m/s
num trecho retilíneo e horizontal de ferrovia.
Esse vagão choca-se com outro, de massa m2
= 30 000 kg, que se movia em sentido
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
contrário, com velocidade v2 = 0,4 m/s, e os
dois passaram a se mover engatados. Qual a
velocidade do conjunto após o choque?
187. Na figura temos uma massa M = 132 g,
inicialmente em repouso, presa a uma mola de
constante elástica k = 1,6 . 104 N/m, podendo
se deslocar sem atrito sobre a mesa em que se
encontra. Atira-se uma bala de massa m = 12
g que encontra o bloco horizontalmente, com
uma velocidade vo = 200 m/s incrustando-se
nele. Qual é a máxima deformação que a
mola experimenta?
a) 25 cm;
b) 50 cm;
M k
c) 5,0 cm; m
d) 1,6 m;
e) n.d.a.
COLISÕES MECÂNICAS
O conceito de colisão é muito importante
no curso de física, além dos choques mais simples
que iremos tratar, existem colisões extremamente
complexas como as estudadas por centros de
pesquisa como a NASA, colisões entre partículas.
Neste estudo existe a preocupação de materiais
capazes a resistir a colisões no espaço.
Choques mecânicos ou colisões mecânicas
são resultados de interação entre corpos. Podemos
dividir essas interações em duas partes:
Deformação: Onde a energia cinética é
convertida em energia potencial.
Restituição: A energia potencial é transformada
em energia cinética. Essa transformação pode ser
total, parcial ou não existir.
É exatamente a forma como a energia
potencial é restituída em energia cinética que
define os tipos de colisões.
Colisão Elástica
Neste tipo de colisão a energia cinética
antes da colisão é igual à energia cinética após a
colisão, portanto não existe dissipação de energia.
Como não houve dissipação podemos concluir que
a velocidade após a colisão é trocada, ou seja, a
26
velocidade de um corpo passa para outro e vice-
versa. Esquematicamente temos:
Antes Durante Depois
Colisão Parcialmente Elástica
Na Colisão Parcialmente Elástica temos a
energia cinética antes da colisão maior que a
energia cinética após a colisão, portanto existe
dissipação da energia. Por causa da dissipação da
energia a velocidade do conjunto no fim diminui e
a velocidade de A e B são diferentes.
Antes Durante Depois
Colisão Inelástica (Plástica)
A Colisão Inelástica possui energia
cinética antes da colisão maior do que no final da
colisão. Aqui a dissipação de energia é máxima,
portanto no final as velocidades de A e B serão
iguais, ou seja, eles continuaram juntos.
Esquematicamente temos:
Antes Durante Depois
Importante: Como se está trabalhando com
sistemas isolados, a quantidade de movimento é
constante em qualquer tipo de colisão.
Coeficiente de Restituição ( e )
Para se fazer a medição e caracterização
matemática de uma colisão, utilizamos o
coeficiente de restituição. O coeficiente mostra a
taxa de energia cinética que é restituída após a
colisão, logo na colisão elástica esta taxa é
máxima e na colisão inelástica ela será mínima.
Vamos considerar dois corpos de massas
mA e mB que se movem com velocidades vA e vB
na mesma direção e que sofrem colisão central e
frontalmente.
Antes do choque:
vA vB
mA mB
Depois do choque:
v'A v'B
mA mB
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

Antes do choque, os corpos A e B se a) Qual a quantidade de movimento inicial do

aproximam com velocidade vap = v A −v B . conjunto?
Depois do choque, os corpos A e B se b) Qual a velocidade do carrinho que continua
afastam com velocidade v af = v B − v A .
' ' em movimento? v
O coeficiente de restituição (e) de um
choque é obtido pela razão entre as velocidades de
afastamento e aproximação.
v af v B' − v A'
e= =
v ap v A − vB 192. (FUVEST-SP) – Dois corpos se movem com
movimento retilíneo uniforme num plano
horizontal onde as forças de atrito são
Resumo Geral das Colisões desprezíveis. Suponha que os dois corpos,
TIPOS e EC Q cada com energia cinética de 5 J, colidam
Elástica 1 Ed = Ea Qd = Qa frontalmente, fiquem grudados e parem
Parcialment 0<e<1 Ed < Ea Qd = Qa imediatamente, devido à colisão. Qual foi a
e Elástica
quantidade de energia mecânica que não se
Inelástica 0 Ed < Ea Qd = Qa conservou na colisão?
Exercícios:
188. Uma partícula de massa m desloca-se num
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
plano horizontal, sem atrito, com velocidade
vA = 12 m/s. Sabe-se ainda que ela colide com
uma segunda partícula B de massa m,
inicialmente em repouso. Sendo o choque
unidimensional e elástico, determine suas
velocidades após o choque (faça o
desenvolvimento matemático). Um corpo realiza um movimento circular e
189. Seja um choque perfeitamente elástico de dois Uniforme (MCU) quando descreve uma trajetória
corpos A e B. A velocidade de cada corpo circular (circunferência ou arco de circunferência),
está indicada na figura e suas massas são mA com velocidade de módulo constante.
= 2 kg e mB = 10 kg. Determine as
velocidades de A e B após o choque.
6 m/s 1 m/s ac
v
v
ac
A B
190. Um corpo A de massa mA = 2 kg, desloca-se
com velocidade vA = 30 m/s e colide R
frontalmente com uma partícula B, de massa
mB = 1 kg, que se desloca com velocidade vB
= 10 m/s, em sentido oposto ao de A. Se o R ⇒ Raio da trajetória circular
coeficiente de restituição desse choque vale
0,5, quais são as velocidades das partículas Módulo: constante.
após a colisão? Direção e sentido: mudam de ponto para
v
191. (FUVEST-SP) – Dois carrinhos iguais, com 1
ponto da trajetória.
kg de massa cada um, estão unidos por um
barbante e caminham com velocidade de 3
m/s. Entre os carrinhos há uma mola Nula: pois o módulo do vetor velocidade
at
comprimida, cuja massa pode ser desprezada. é constante.
Num determinado instante o barbante se
rompe, a mola se desprende e um dos Módulo: a = v2 (constante)
carrinhos pára imediatamente. c
R
Direção: muda de ponto para ponto
ac da trajetória.
Sentido: sempre para o centro da
trajetória.
27
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
Período:
É o tempo gasto por um corpo para efetuar
uma volta completa no circulo. No SI é medido
em segundo (s).
Freqüência:
É o número de voltas efetuadas no circulo
na unidade de tempo. Sua unidade no SI é o hertz
(Hz)
Relação entre período e freqüência
1 1
f = T =
T f
Exercícios
193. Qual o período do ponteiro das horas de um
relógio?
194. Qual o período de rotação da Terra e de
translação da Terra ao redor do Sol?
195. Um garoto num gira-gira descreve um
movimento circular uniforme executando 5
voltas em 20 s. Determine o período e a
freqüência do movimento.
196. Um carrinho de um autorama realiza um
movimento circular uniforme completando 10
voltas em 5 s. Determine seu período e sua
freqüência.
197. Um carrossel gira uniformemente, efetuando
uma rotação completa a cada 4 s. Determine a
freqüência com que cada cavalo executa o
movimento circular uniforme.
Velocidade no MCU
Vamos considerar um móvel que descreve
um arco de circunferência, num intervalo de
tempo ∆ t, conforme mostra a figura:
(t, s)
∆ s. Determine a velocidade angular neste
s intervalo de tempo.
∆
ϕ (to, so)
R circular uniforme com velocidade escalar v =
28
∆ s ⇒ Deslocamento escalar (m)
∆ ϕ ⇒ Deslocamento angular (rad)
R ⇒ Raio da circunferência (m)
Velocidade Escalar ou Tangencial (v)
A velocidade escalar (v) no MCU é
constante; portanto, ela coincide com a velocidade
escalar média.
v =
∆s
∆t
Para um corpo que completa exatamente
uma volta, a equação acima fica:
2πR
v= ⇒ v = 2πRf
T
Unidade no SI da velocidade escalar: m/s
Velocidade Angular (ω )
A velocidade escalar (ω ) é definida pela
razão entre o deslocamento angular e o intervalo
de tempo correspondente para efetuar tal
deslocamento.
∆ϕ
ω=
∆t
Para um corpo que completa exatamente
uma volta, a equação acima fica:
2π
ω= ⇒ ω = 2πf
T
Unidade no SI da velocidade angular: rad/s
Relação entre v e ω ⇒ v = ωR
Exercícios
198. Um ponto percorre uma circunferência e
descreve um ângulo central de 2 rad em 5 s.
Determine a velocidade angular nesse
intervalo de tempo.
199. Uma partícula percorre uma circunferência,
descrevendo um ângulo central de 3 rad em 2
200. Uma partícula descreve um movimento
5 m/s. Sendo 2 m o raio da circunferência,
determine a velocidade angular.
201. Uma partícula descreve uma trajetória circular
de raio 5 m. Ao percorrer o arco de
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
circunferência ∆ϕ, ela desenvolve uma
velocidade escalar de 10 m/s, gastando 0,5
segundo nesse percurso. Determine o ângulo
descrito ∆ϕ.
Acoplamento de Polias
Com 2 Eixos ⇒ mesma velocidade escalar
v A = vB
RA
RB
A B
R A f A = RB f B
Só com 1 eixo ⇒ mesma velocidade angular
ωA = ωB
RB
RA
fA = fB
Exercícios
202.Duas rodas, A e B, acopladas por uma correia
têm raios 25 cm e 15 cm, respectivamente. A
roda A, ligada a um motor, está em rotação
uniforme de freqüência 120 rpm. Determine a
freqüência de rotação da polia B.
203.Um ciclista pedala sua bicicleta. Sabe-se que
o raio da coroa dentada da frente mede 12 cm,
enquanto que o raio da catraca localizada no
eixo da roda traseira mede 3 cm. Sabendo que
as duas coroas estão ligadas por uma corrente
e que o número de voltas dadas pela roda
traseira a cada pedalada depende do tamanho
relativo das coroas, pode-se afirmar que
enquanto o ciclista dá 10 pedaladas (10 giros),
a roda traseira completa quantas voltas?
204.Uma cinta funciona solidária com 2 cilindros
de raios R1 = 10 cm e R2 = 60 cm. Supondo
que o cilindro maior tenha freqüência de
rotação f2 = 60 rpm, determine a freqüência
da roda menor e a velocidade da cinta.
205.Dois discos A e B de raios iguais a 5 cm e 20
cm estão acoplados a um mesmo eixo. O
29
disco B gira à razão de 10 Hz. Determine, em
FC
m/s, a velocidade tangencial do disco A. v
Força Resultante Centrípeta ( Fc )
A força que age e modifica a direção da
velocidade de um corpo num movimento
curvilíneo é chamada força central ou força
centrípeta. Qualquer tipo de força pode funcionar
como força centrípeta.
FC v
A orientação da força é a mesma da
aceleração que ela provoca. Logo, no MCU, em
que a aceleração resultante é centrípeta, orientada
para o centro a circunferência, a força resultante
também tem essa mesma orientação.
A força centrípeta é a resultante das
forças que atuam sobre o corpo na direção
perpendicular ao seu movimento e não é uma
força a mais.
v2 mv 2
ac = Fc =
R R
v
m
Fc
Exercícios
206. Um bloco de massa 4 kg esta preso à
extremidade de um fio de 50 cm de
comprimento e descreve sobre uma mesa
horizontal e lisa um movimento circular com
velocidade constate de 3 m/s. Determine a
força de tração no fio.
207. O coeficiente de atrito entre a borracha e o
asfalto molhado vale 0,25. Num dia de chuva,
um automóvel entra numa curva horizontal e
plana de raio 160 m com velocidade de 90
km/h. Justifique se o automóvel consegue
fazer a curva sem derrapar (adote g = 10
m/s2).
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

208. Um corpo de 4 kg gira num plano vertical

preso a um fio de 3 m, com velocidade de 12
m/s. Determine a tração no fio quando o
corpo passa pelos pontos mais alto e mais
baixo da trajetória (g = 10 m/s2). A ⇒ Periélio (ponto mais próximo do Sol)
209. Determine a mínima velocidade que deve B ⇒ Afélio (ponto mais afastado do Sol)
possuir uma motocicleta no interior do “globo
da morte” de raio 6,4 m para passar pelo Segunda Lei: A linha que liga o Sol ao planeta
ponto culminante da atração sem despencar. varre áreas iguais em intervalos de tempo também
iguais.
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
AA = AB
Desde cedo, na história da humanidade, há A B
registros de observações dos corpos celestes. O
vA > vB
estudo propriamente científico dos astros se
iniciou com os filósofos da Grécia e são deles as
primeiras descrições do nosso sistema planetário. Terceira Lei: É constante para todos os planetas a
Cláudio Ptolomeu (100-170) propõe um razão entre o quadrado do período de translação
sistema planetário geocêntrico, pois estabelece (T) de um planeta ao redor do Sol pelo cubo do
estar a Terra no centro do Universo. A Lua e o Sol raio médio (R) de sua órbita.
descreveriam órbitas circulares em torno de um
centro que por sua vez descreveria outra órbita T2 T12 T22
K= =
circular em torno da Terra. R3 R13 R23
No século XVI foram levantadas novas
hipóteses sobre o Universo. O astrônomo polonês
Nicolau Copérnico (1473-1543), em sua obra
Sobre a revolução dos corpos celestes, publicada Lei de Newton da Gravitação Universal
prudentemente no ano de sua morte, rompe com o
passado propondo ser o Sol o centro do Universo.
Mm
Galileu Galilei (1564-1642) foi um F =G
d2
ardente defensor das idéias copernicanas. A
utilização de instrumentos ópticos de forma
sistemática nas observações astronômicas lhe F = força gravitacional (N)
permitiu obter fortes evidências a favor do sistema M, m = massa dos objetos (kg)
planetário heliocêntrico de Copérnico. d = distância entre as massas (m)
Entretanto, coube ao astrônomo alemão, G = constante de gravitação universal
contemporâneo de Galileu, Johames Kepler (G = 6,7. 10-11 N.m2/kg2.)
(1571-1630), estabelecer de forma definitiva como
os planetas se movem em volta do Sol. Discípulo Campo Gravitacional da Terra
e assistente do astrônomo dinamarquês Tycho
Brahe (1546 - 1601), Kepler herdou os registros O campo gravitacional consiste na região
das pacientes e precisas observações de seu de perturbação gravitacional que um corpo gera ao
mestre, que lhe permitiram após muito estudo e seu redor.
trabalho, enunciar as três leis que explicam o GM
g=
movimento planetário. F =P d2

Leis de Kepler g = aceleração da gravidade (m/s2)

d = distância do ponto ao centro da Terra (m)
Primeira Lei: Todo planeta se move ao redor do
Sol descrevendo uma trajetória elíptica na qual o Exercícios
Sol ocupa um dos focos. 210. Calcule a força de atração gravitacional entre o
Planeta Sol e a Terra. Dados: massa do Sol = 2.1030
kg, massa da Terra = 6.1024 kg, distância entre
A B
Sol

30
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

o Sol e a Terra = 1,5.1011 m e G = 6,7. 10-11

N.m2/kg2. Substância µ (g/cm3)
211. Determine a força de atração gravitacional da Cortiça 0,24
Terra sobre a Lua, sendo dados: massa da Lua Gasolina 0,70
Gelo 0,92
= 1.1023 kg; massa da Terra = 6.1024 kg;
Água 1,00
distância do centro da Terra ao centro da Lua Água do Mar 1,03
= 4.105 km; G = 6,7. 10-11 N.m2/kg2. Alumínio 2,70
212. Marte tem dois satélites: Fobos, que se move Ferro 7,86
em órbita circular de raio 10000 km e período Cobre 8,90
3.104 s, e Deimos, que tem órbita circular de Prata 10,50
raio 24000 km. Determine o período de Chumbo 11,30
Mercúrio 13,60
Deimos.
Ouro 19,30
213. Um satélite de comunicações órbita a Terra a Platina 21,40
uma altitude de 35700 km da superfície da
Terra. Calcule o valor da aceleração da
gravidade a essa altitude. Dados: raio médio Densidade (d)
da Terra = 6,4.106 m, massa da Terra = 6.1024 É a razão entre a massa e o
kg e G = 6,7. 10-11 N.m2/kg2 . V volume de um corpo qualquer.
214. O monte Everest é um dos pontos mais altos Entende-se por corpo uma
m porção de matéria que pode ser
da superfície da Terra. Sabendo-se que sua
altura em relação ao nível do mar é de oca ou maciça, constituído por
aproximadamente 9000 m, determine a uma ou mais substâncias.
aceleração da gravidade no topo do monte.
Dados: raio médio da Terra = 6,4.106 m, m m = massa do corpo
d = V = volume do corpo (incluindo
massa da Terra = 6.1024 kg e G = 6,7. 10-11 V
N.m2/kg2 . a parte vazia)

As unidades da densidade são as mesmas

MECÂNICA DOS FLUIDOS
da massa específica. Um corpo sólido oco
apresenta densidade menor que um corpo do que a
Os fluidos (líquidos e gases) em equilíbrio massa específica do material que o constitui.
estático são estudados pela Hidrostática e os
fluidos sujeitos a forças externas diferentes de Exercícios
zero são estudados pela Hidrodinâmica. 215. Qual a massa de uma chapa de ferro de
volume 650 cm3? A densidade absoluta do
HIDROSTÁTICA ferro é 7,8 g/cm3.
216. A densidade da água é 1 g/cm3. Nessa
A Hidrostática é a parte da física que temperatura qual é a massa de 200 g de água?
estuda os fluidos em equilíbrio. 217. A densidade absoluta da gasolina é 0,7 g/cm3.
Qual o volume ocupado por 420 g de
Massa Específica (Densidade Absoluta) gasolina?
218. A densidade absoluta do mercúrio é 13,6
Define-se massa g/cm3. Calcule o volume ocupado por 680 g
específica de uma substância dessa substância.
V
como a razão entre a sua massa
e o correspondente volume. m Questões
m 219.Vários meninos ganharam uma grande barra
µ= de chocolate, que foi dividida entre eles. A
V
densidade de cada pedaço é maior, menor ou
igual à densidade da barra?
µ = massa específica ou densidade absoluta 220. Como você faria para determinar a sua própria
(g/cm3 ou kg/L ou kg/m3) densidade?
m = massa (kg ou g) 221. Um pedaço de pão é comprimido por uma
V = volume (m3 ou cm3) pessoa, entre suas mãos. Descreva o que

F
p=
31 A
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
acontece com a massa, a densidade e o
volume do pão.
Pressão
É a razão entre a força aplicada e a área
que recebe perpendicularmente esta força.
F = força (N)
A = área (m2)
p = pressão (N/m2)
ou Pascal (Pa)
Exercícios
222. Aplica-se uma força de 80 N de 10 m. Determine a pressão hidrostática no
perpendicularmente a uma superfície de área
0,8 m2. Calcule a pressão exercida.
223. Qual a pressão exercida por um tanque de
água que pesa 1000 N, sobre a sua base que
tem uma área de 2 m2?
224. A água contida num tanque exerce uma
pressão de 40 N/m2 sobre a sua base. Se a
base tem uma área de 10 m2, calcule a força
exercida pela água sobre a base.
Questões
225. Um indivíduo precisa atravessar um lago
coberto com uma fina camada de gelo. Em
que situação ele tem maiores probabilidades
de atravessar o lago sem que o gelo se quebre,
andando normalmente ou arrastando-se
deitado no gelo? Explique.
226. Um faquir possui duas "camas", do mesmo
tamanho, uma com 500 pregos e a outra com
1000 pregos. Baseando-se no seu conceito de
pressão, em qual das duas camas você julga
que ele estaria mais "confortavelmente"
instalado?
227. Quando uma faca está "cega" (não afiada), é
necessária uma força maior, para descascar
uma laranja, do que quando ela está afiada.
Por quê?
Pressão Hidrostática
32
Pressão exercida pelo fluido no fundo de
um recipiente ou em determinada profundidade do
mesmo, sendo proporcional a densidade absoluta
do fluido.
p H = µgh
µ
P h
pH = pressão hidrostática (N/m2)
µ = densidade do líquido (kg/m3)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
h = altura (m)
Exercícios
228. O nível de água contida numa caixa está 6m
acima de uma torneira. Qual é a pressão
hidrostática sobre a torneira? Dado: g = 10
m/s2; µ água = 1000 kg/m3.
229. Um reservatório contém água até uma altura
fundo do reservatório. Dado: g = 10 m/s2;
µ água = 1000 kg/m3.
Teorema de Stevin
*Princípio Fundamental da Hidrostática
Dado um fluido em equilíbrio, a diferença
de pressão entre dois pontos do mesmo é igual ao
produto do desnível (∆ h) entre esses pontos pela
massa específica do fluido e pela aceleração da
gravidade.
∆p = µg∆h
3
∆ h
1 2 p1 = p 2 > p 3
Exercício
230. O reservatório de água de uma cidade fica
sobre uma colina, a 50 m do chão. Despreze a
altura da água dentro da caixa, isto é,
considere apenas o desnível entre a caixa do
edifício e o reservatório. Calcule a pressão
com que água chega à caixa de um edifício,
que está a 21 metros do chão, sabendo que a
densidade da água á de 1.000 kg/m3.
231. Um recipiente contém um líquido em
equilíbrio com densidade de 0,75 g/cm3. A
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

diferença de pressão hidrostática entre um g = aceleração da gravidade (m/s2)

ponto no fundo do recipiente e outro na h = altura (m)
superfície vale 3. 103 N/m2. Adotando g = 10
m/s2, qual a profundidade do líquido, em cm?

Pressão Atmosférica (patm)

A atmosfera é uma camada de gases
(oxigênio, hidrogênio, etc.) que envolve a Terra.
A espessura dessa camada não pode ser
perfeitamente determinada, porque, à medida que
aumenta a altitude, o ar se torna muito rarefeito,
isto é, com pouca densidade. Exercícios
O ar, sendo composto por moléculas, é 232. Calcule a pressão total no fundo de um lago à
atraído pela força de gravidade da Terra e, profundidade de 20 m. São dados: pressão
portanto, tem peso. Se não o tivesse escaparia da atmosférica patm = 1.105 N/m2; aceleração da
Terra, dispersando-se pelo espaço. Devido ao seu gravidade g = 10 m/se; densidade da água d =
peso, a atmosfera exerce uma pressão, chamada 1.103 kg/m3.
pressão atmosférica, sobre todos os objetos nela 233. Calcule a pressão total no fundo de um rio à
imersos. 10 m de profundidade. São dados: patm = 1.105
N/m2; g = 10 m/se; µ água = 1.103 kg/m3.
Altitude (m) patm (cmHg) 234. O casco de um submarino suporta uma pressão
0 76 externa de até 12 atm sem se romper. Se, por
500 72 acidente, o submarino afundar no mar, a que
1000 67 profundidade o casco se romperá?
2000 60
5000 41
Questões
10000 21
235. O que se entende por pressão atmosférica? A
Experiência de Torricelli pressão atmosférica aumenta ou diminui com
a altitude? Por quê?
Evangelista Torricelli determinou 236. Na Lua não há atmosfera. O que você acha
experimentalmente o valor da pressão atmosférica, que aconteceria lá com um ser humano sem
desvendou o “horror ao vazio” e solucionou o roupas especiais?
problema do poço do Grão-Duque de Toscana. 237. O que acontece quando você toma um
refrigerante no canudinho?
vácuo

760
Líquidos Não Miscíveis
mmHg
Num recipiente são
Hg colocados diferentes líquidos de µ
h1
massas específicas diferentes e µ1
não miscíveis. O mais denso h2
patm = 1 atm = 0,76 mHg = 76 cmHg = 760 mmHg =
fica embaixo e o menos denso µ2
10,33 m.c.a. = 1,01 . 105 Pa = 1kgf/cm2 = 14,2 lbf/pol2. h3
na parte superior do recipiente. 3

Pressão de uma coluna líquida

p = patm + µ 1.g.h1 + µ 2.g.h2 + µ 3.g.h3
Quando a superfície líquida estiver exposta
à pressão atmosférica, a pressão total, no fundo do Vasos Comunicantes
recipiente, será a soma da pressão atmosférica
mais a pressão hidrostática. p atm
p = patm + µgh 2
patm = pressão atmosférica (N/m )
µ = densidade (kg/m3)
µ
h

33
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

BARÔMETRO: Serve para

medir a pressão atmosférica.
Preenchido por um único líquido (mesmo µ ):
ESFIGMOMANÔMETRO:
Tem a finalidade para realizar
medidas indiretas da pressão
arterial.
h
Princípio de Pascal – Prensa Hidráulica

O filósofo, físico e matemático francês

Não importa o formato do vaso, todos
receberão o líquido até a mesma altura.
Preenchido por líquidos diferentes e imiscíveis:
Blaise Pascal enunciou que o acréscimo de
pressão a um ponto de um líquido ideal e em
equilíbrio se transmite integralmente para todos os
pontos desse líquido e das paredes do recipiente
na qual está contido.

p A = pB F1
h2
h1 µ
2
A2
A µ B µ1 .h1 = µ2 .h2 A1
1 F2

Exercício F1 F F1 A x
238. Uma camada de óleo (µ = ∆p1 = ∆p2 → = 2 → = 1 = 2
A1 A2 F2 A2 x1
0,8 g/cm3) foi derramada
sobre água que se h
encontrava em repouso Exercícios
240. Um adestrador quer saber o peso de um
num vaso em forma de h1
“U”. Baseado da figura h2 elefante. Utilizando uma prensa hidráulica,
determine a coluna do óleo consegue equilibrar o elefante sobre um
(h) depositada no vaso pistão de 2000 cm2 de área, exercendo uma
(dados: h1 = 14 cm e h2 = 6 força vertical de 200 N, de cima pra baixo
cm). sobre o outro pistão da prensa, cuja área é
igual a 25 cm2. Calcule o peso do elefante.
241. Numa prensa hidráulica os diâmetros dos
239. O tubo em U
representado na figura êmbolos são d1 e d2, tais que d1 = 2d2. Qual a
tem extremidades h h relação F1/F2 entre as intensidades das forças
abertas e contém dois 1 exercidas nos dois êmbolos, quando situados
h2
líquidos imiscíveis, de no mesmo nível?
massas específicas 0,8
g/cm3 e 1 g/cm3, em Princípio de Arquimedes – Empuxo
equilíbrio. Sendo h = 2
cm, calcule h1 e h2.

Medidas de Pressão

MANÔMETRO: Aparelho
utilizado para medir a pressão de Todo corpo que se encontra mergulhado
um fluido (líquido ou gás). num fluido, está sujeito a uma força, que atua de
baixo para cima, denominada de empuxo, cujo

34
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

módulo é igual ao módulo do peso do fluido maior do que a da água, você acha que isto é
deslocado pelo corpo. possível? Explique.
247. Explique o que determina se um corpo sólido
vai flutuar ou afundar num líquido.
248. Você já deve ter ouvido falar que, no mar
Morto, na Palestina, uma pessoa pode flutuar
facilmente, com parte de seu corpo fora da
água. Qual é a propriedade desta água que
torna isto possível
E = PFluidoDesl
E
ocado
Condições de Flutuação
Usando um líquido:
Se um corpo flutua
parcialmente submerso num
P E = µLVS g
líquido, temos:
E = empuxo (N)
µ = densidade do líquido (kg/m3) E = PC
E
g = aceleração da gravidade (m/s2)

Peso Aparente (PAP) µC VS

Pc =
µL VC
PAP = Peso aparente
PAP = P − E
P = Peso
E = Empuxo VC ⇒ volume total do corpo;
VS ⇒ volume do líquido deslocado (é igual ao
Exercícios volume da parte do corpo submersa).
242. Um corpo de volume 0,1 m3 é totalmente Exercícios
imerso num líquido de densidade 800 kg/m3. 249. Um corpo de volume V e densidade d, flutua
Calcule o empuxo sobre o corpo. em um liquido de densidade 3d/2. Qual a
243. Um corpo de volume 2.10-3 m3 é totalmente parcela imersa de sue volume?
mergulhado num líquido de densidade 8.102 250. Icebergs são blocos de gelo flutuantes que se
kg/m3, num local onde g = 10 m/s2. Determine desprendem das geleiras polares. Se apenas
o empuxo sofrido pelo corpo. 10% do volume de um iceberg fica acima da
244. Uma bolinha de plástico superfície do mar e se a massa específica da
está presa por um delicado água do mar vale 1,03 g/cm3, determine a
fio no fundo de um massa específica do gelo do iceberg.
recipiente com água. Se o 251. Quando um cubo de aresta a = 10 cm flutua
volume da bola for 5 . 10-4 em um líquido de densidade µ = 3. 103 kg/m3
m3 e sua massa for 0,1 kg, ele permanece com dois terços do seu volume
qual será a tração no fio? submerso. Qual o peso do cubo?

Questões
245. Considere um corpo mergulhado em um
líquido:
a) Qual a direção e o sentido do empuxo que o
líquido exerce no corpo?
b) Comparando as pressões exercidas pelo
líquido nas partes superior e inferior do corpo,
explique por que aparece o empuxo sobre ele.
246. Uma pessoa lhe garantiu ter visto uma esfera
de ferro flutuando livremente na água.
Lembrando-se que a densidade do ferro é
HIDRODINÂMICA
A Hidrodinâmica é a parte da física que
estuda os fluidos em movimento.
Viscosidade
Viscosidade é a resistência apresentada por
um fluido à alteração de sua forma, ou aos
movimentos internos de suas moléculas umas em
relação às outras. A viscosidade de um fluido
indica sua resistência ao escoamento sendo o
inverso da viscosidade, a fluidez. Por esse motivo,

35
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

os líquidos apresentam maior viscosidade do que − Num copo cheio de água, podemos
os gases. acrescentar pequenos objetos sem que a água
A despeito de sua transborde. Isto ocorre porque a superfície da
aparente solidez, o vidro é um água comporta-se elasticamente.
líquido. Parece firme por causa
de sua alta viscosidade. O vidro Escoamento Estacionário
flui como os demais líquidos, O escoamento é dito estacionário ou em
obedecendo à força da regime permanente se qualquer partícula do
gravidade. Esse é o motivo que fluido, ao passar por A, B e C, o faz com
nas casas antigas os vidros das velocidades respectivamente iguais a vA , vB e vC.
janelas são mais grossos nas
bases. (I)

vA (II)
Tensão Superficial A B vB vC
(III)
C

Nesse tipo de escoamento, cada partícula

que passar por um determinado ponto seguirá a
Certos insetos conseguem caminhar sobre mesma trajetória das partículas precedentes que
a superfície da água, que se comporta como uma passaram por aqueles pontos. Tais trajetórias são
película tensa e elástica, apenas deformada nos chamadas linhas de corrente.
pontos onde se apóiam as patas do inseto. Essa
propriedade dos líquidos, chamada tensão Equação da Continuidade
superficial, é devida às forças de atração que as
moléculas internas do líquido exercem junto às da Na figura, esquematizamos um tubo.
superfície. Sejam A1 e A2 as áreas das secções retas em duas
As moléculas situadas no interior de um partes distintas do tubo. As velocidades de
líquido são atraídas em todas as direções pelas escoamento valem, respectivamente, v1 e v2.
moléculas vizinhas e, por isso, a resultante das
forças que atuam sobre cada molécula é v1 v2
A1 A2
praticamente nula. As moléculas da superfície do
líquido, entretanto, sofrem apenas atração lateral e ∆ s2
inferior. Esta força para o lado e para baixo cria a ∆ s
tensão na superfície, que faz a mesma comportar- 1

se como uma película elástica. Como o líquido é incompressível, o

volume que entra no tubo no tempo ∆ t é aquele
existente no cilindro de base A1 e altura ∆ s1. Esse
volume é igual àquele que, no mesmo tempo, sai
da parte cuja secção tem área A2.

Volume 1 = Volume 2 ∆V1 = ∆V2

A tensão superficial está presente em Se dividirmos o volume escoado ∆ V pelo

situações interessantes: tempo de escoamento ∆ t, teremos uma grandeza
− Colocando-se cuidadosamente uma pequena denominada vazão:
agulha sobre a superfície da água, observa-se
que ela pode permanecer sobre a película ∆V A1 .v1 = A2 .v2
Q=
superficial sem afundar no líquido, apesar de ∆t
ser muito mais densa que a água.
− A gota de água que se forma numa torneira
Q ⇒ Vazão (m3/s)
mantém sua forma devido à elasticidade na
superfície da gota. ∆ V ⇒ volume escoado (m3)

36
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP
∆ t ⇒ tempo de escoamento (s)
A ⇒ Área de secção transversal (m2)
v ⇒ velocidade de escoamento (m/s)
A velocidade de escoamento é inversamente
proporcional à área da secção transversal.
Exercícios
252. Uma mangueira é conectada a um tanque com
capacidade de 10000 litros. O tempo gasto
para encher totalmente o tanque é de 500 min.
Calcule a vazão máxima da mangueira.
253. Calcule o diâmetro de uma tubulação,
sabendo-se que pela mesma escoa água a uma
velocidade de 0,06 m/s. A tubulação está
conectada a um tanque com volume de 12000
litros e leva 1 hora, 5 min e 49 s para enchê-lo
totalmente.
Equação da Bernoulli
Daniel Bernoulli, mediante considerações
de energia aplicada ao escoamento de fluidos,
conseguiu estabelecer a equação fundamental da
Hidrodinâmica. Tal equação é uma relação entre a
pressão, a velocidade e a altura em pontos de uma
linha de corrente.
A energia potencial e a energia cinética da
água muda enquanto ela é conduzida por um tubo.
Enquanto que a água se move, a mudança nas
energias potencial e cinética é a mesma que aquela
de um volume ∆ V que se movimentou da posição
1 para a posição 2.
p2
v2
p1 A2
∆ s2
v1
A1
h2
h1
∆ s
p1 + µ gh1 + ½ µ v12 = p2 + µ gh2 + ½ µ v22
1
p + µ g h + ½ µ v2 =
constante
Se um fluido estiver escoando em um
estado de fluxo contínuo, então a pressão depende
da velocidade do fluido. Quanto mais rápido o
fluido estiver se movimentando, tanto menor será
a pressão à mesma altura no fluido.
37
Aplicações da Equação de Bernoulli
AVIÕES: A asa de um avião é mais curva na
parte de cima. Isto faz com que o ar passe mais
rápido na parte de cima do que na de baixo. De
acordo com a equação de Bernoulli, a pressão do
ar em cima da asa será menor do que na parte de
baixo, criando uma força de empuxo que sustenta
o avião no ar.
asa
VAPORIZADORES: Uma
bomba de ar faz com que o ar
seja empurrado paralelamente
ao extremo de um tubo que
está imerso em um líquido.
A pressão nesse ponto diminui, e a
diferença de pressão com o outro extremo do tubo
empurra o fluido para cima.
CHAMINÉS: O movimento
de ar do lado de fora de uma
casa ajuda a criar uma
diferença de pressão que
expulsa o ar quente da lareira
para cima, através da chaminé.
Exercícios
254. A água escoa por uma mangueira de 3 cm de
diâmetro com velocidade de 0,65 m/s. O
diâmetro do bocal da mangueira é de 0,30 cm.
a) Qual a velocidade da água ao passar pelo
bocal?
b) Se uma bomba estiver numa extremidade da
mangueira, e o bocal na outra, e ambas
estiverem no mesmo nível, qual será a pressão
na bomba se a pressão no bocal for a
atmosférica?
255.Num tubo horizontal, sob pressão de 200 kPa,
está fluindo água à velocidade de 3 m/s. Num
certo ponto, o diâmetro do tubo se reduz à
metade.
a) Qual a velocidade de escoamento na secção
estreita?
b) Qual a pressão na secção mais estreita?
c) Comparar as vazões nas duas secções.
 FÍSICA GERAL 1 – Professor Flávio Galeazzi – Curso de Engenharia Ambiental – UNISEP

BIBLIOGRAFIA
Física, Tipler, Paul A. Editora Guanabara
Dois.
Física, Beatriz Alvarenga e Antônio
Máximo, Editora Scipione.
Física no Cotidiano, Paulo Ueno, Editora
Didacta.
Física Básica, Nicolau e Toledo, Editora
Atual.
Física, Bonjorno e Clinton, Ed. FTD.
Aprendendo Física, Chiquetto, Valentim e
Pagliari, Editora Scipione.
Física e Realidade, Gonçalves e Toscano,
Editora Scipione.
www.google.com.br
office.microsoft.com/cliparts
br.geocities.com/salasdefisica
pt.wikipedia.org

38