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Hospital Sousa Martins- Unidade Local de Saúde- Guarda

Tratamento perda óssea em fractura exposta ossos antebraço - Caso


clínico

Autores:

Oliana Madeira Tarquini, Jorge Azevedo, Eunice Carvalho, Jorge Correia

Serviço Ortopedia

Introdução

A reconstrução por perda de substância óssea é um problema árduo na traumatologia.

Quando o defeito ósseo é contemporâneo ao acidente inicial, acompanha-se frequentemente


de lesões major dos tecidos moles e risco de infecção.

O fim do tratamento ,obter um membro sólido e funcional, implica a equação de várias


estratégias que podem comportar diversas etapas operatória.

Caso clínico

Anamnese

Doente sexo feminino, 60 anos, deu entrada no serviço de urgência no mês de Outubro de
2008, vítima de acidente de viação, com despiste de tractor agrícola.

Á entrada no SU apresentava-se hemodinamicamente estável, Glasgow 15, com fractura


exposta no antebraço direito, grau IIIB de Gustilo, sem lesões nervosas e pulsos periféricos
mantidos. Sem outras lesões associadas.

Sem antecedentes patológicos relevantes.

Na sala de emergência, foi feita lavagem inicial com laqueação artérias sangrantes e
antibioterapia.

Diagnostico

Avaliação radiológica inicial (Fig 1) revelou fractura do 1/3 distal dos ossos do antebraço, com
perda ossea a nivel do radio.

Tratamento

No bloco operatório foi realizado desbridamento e estabilização da fractura do rádio com


fixador externo e estabilização do cúbito com fio intramedular ( Fig 2) . Pós-operatório imediato
sem complicações.

Teve alta no D30 pós-operatório, revelando ferida com boa evolução cicatricial.
Fig 1 Fig 2.1 Fig 2.2

Seguimento

Aos dois meses e meio, foi realizada extracção de fixador externo, fio do cúbito e colocação de
gesso braqui-palmar ( Fig 3) . Rx revela fractura alinhada, sem sinais visíveis de calo ósseo.

fig 3

Foi realizado Rx controlo 4 semanas após colocação de gesso, que revelou sinais radiológicos
de atraso de consolidação e perda de alinhamento ( Fig 4), pelo que foi submetida a tratamento
cirúrgico, realizando-se encurtamento do cúbito e osteossintese com placa LC-DCP e
colocação de enxerto e osteossintese do rádio com placa em T e colocação de enxerto ósseo
autologo , para preenchimento do defeito ósseo ( Fig 5).Internamento sem intercorrências.
Teve alta em D9 pós-operatório
Fig4 Fig5

A evolução radiológica, desde a intervenção cirúrgica ate a data, não mostra reabsorção do
enxerto ( fig 6)

Na última avaliação radiológica ( fig 6.3) é evidente a integração do enxerto ósseo.

Fig 6 – 1 mês Fig 6.1- 2 mês

Fig 6.2 – 8 meses Fig 6.3 – 12 meses


Actualmente apresenta movimentos livres de flexão dorsal e palmar

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