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Correntes pedagógicas contemporâneas

do ensino da música II

JOHN PAYNTER
John Paynter acredita firmemente que a criatividade é o
ponto de partida para o ensino da música, dado que a música é
uma arte criativa em todas as suas facetas – compor é criar,
executar é interpretar e ouvir é refazer a música dentro de nós.
A abordagem pedagógica de Paynter centra-se na
criança e na sua necessidade natural de descoberta. A
composição, como actividade criativa, deve ser uma prioridade
na educação musical. Por seu intermédio o aluno desenvolve a
compreensão do pensamento musical, o sentido estético e a
capacidade de expressão.
As actividades de composição e criação que Paynter
propõe baseiam-se num processo designado por “composição
empírica”, ou seja, a descoberta de sons e suas combinações
para uma determinada fonte sonora vai sendo aperfeiçoada e
corrigida à medida que o processo se vai desenvolvendo. Deste
modo, os alunos podem compor empiricamente utilizando
técnicas originárias de diferentes tipos de música ou impondo
determinadas limitações harmónicas, por exemplo. Podem,
ainda, criar peças para instrumentos musicais inventados e
construídos para eles.

MURRAY SCHAFER
Schafer acredita que a aprendizagem das artes em
geral deve assentar no estímulo à capacidade criativa de cada
um, constituindo a descoberta e a criação formas de
desenvolvimento da auto-expressão.

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Na música, como arte que é, há que conduzir as
crianças através de um processo de ensino dirigido à
experimentação e à descoberta. A improvisação é, pois, o ponto
nevrálgico do ensino da música para Schafer. Fazer música a
partir de materiais velhos e sem utilidade, inventar
onomatopeias, coleccionar sons de toda a espécie, são
actividades que possibilitam uma liberdade criativa total,
levando a que os alunos participem activamente e troquem
ideias entre si.
As fontes de inspiração devem ser todos os tipos de música,
desde que os alunos não se deixem influenciar pela sociedade,
antes mantenham a curiosidade e a ousadia para experimentar
novos géneros.

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