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Equipe EAD
@ VIRTUAL
Equipe EAD
REITORIA
Profª. Ms. Cristina Nitz da Cruz
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Prof. Ms. Marcos Barros
COORDENAÇÃO GERAL
Ricardo Teodoro Martins
ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sandra Regina Pinto Pestana
DESIGN INSTRUCIONAL
Samira Santana Dias
REVISÃO TEXTUAL
Aricinara Porto O’Farrell
DESIGN GRÁFICO
Equipe EAD
João Mário Chaves Júnior
Apresentaçã
Apresentação
Apresentação
Módulo 02 – Capital de Giro – Estudar a Necessidade de Capital de
Giro observando os procedimentos que se pode ter uma visão econômica
para surgimento de novos investimentos. Análise do Ativo Circulante
Operacional, Passivo Circulante Operacional, Análise do Custo de Capital
de Giro, Análise de planilha gerencial e exercícios propostos.
Módulo 03 – Fluxo de Caixa – Estudar os segmentos da atividade do
fluxo de caixa, como: Atividade Operacional, Atividade de Investimento e
Atividade de Financiamento. Preenchimento de planilha gerencial de fluxo
de caixa e análise das planilhas. Exercícios propostos.
Módulo 04 – Indicadores Econômico – Financeiros Nesse módulo
procuramos mostrar a liquidez, rentabilidade, rotatividade e endividamento
de uma empresa embasado nas demonstrações financeiras fictícias de uma
empresa. Exercício prático.
Módulo 05 – Introdução à análise de Contabilidade de Custos. Esquema
básico de custos. Terminologias utilizadas em custos. Separação entre
custos e despesas. Análise de um processo produtivo. Exercícios básicos e
propostos.
Módulo 06 – Metodologia de custeamento. Estudo e análise do custo
direto variável e metodologia do custo por absorção. Exercícios resolvidos
e propostos.
presentaçã Ainda como reforço da disciplina elaboramos alguns exercícios diversos
onde poderão ser praticados fora da sala de aula.
O conhecimento contábil os espera. Tenham grande proveito em mais uma
fase de estudos em EAD.
Sucesso a todos.
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................03
MÓDULO I – INTRODUÇÃO A
CONTABILIDADE GERENCIAL
Sumário
1.1 Definições através de Vários Autores ............................................................8
1.2 Metas para a Contabilidade Gerencial para o alcance dos seus Objetivos ...9
1.3. Comparabilidade e Técnicas .........................................................................10
1.4. Características dos Processos da Contabilidade Gerencial ...................11
MÓDULO V – INTRODUÇÃO À
CONTABILIDADE DE CUSTOS
MÓDULO VI – METODOLOGIA DE
CUSTEAMENTO
Sumário
. .
REFERÊNCIAS ......................................................................................................55
u NICEUMA
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Módulo
INTRODUÇÃO A
CONTABILIDADE GERENCIAL
Contabilidade Gerencial e de Custos
OBS: É interessante que o professor faça uma reflexão formando grupos de alunos, tentando com
que os mesmos definam com suas próprias palavras a definição sobre contabilidade gerencial
baseado no que os autores pensam.
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Curso de Graduação a Distância
1.2 Metas para a Contabilidade Gerencial para o alcance dos seus Objetivos
A administração das empresas industriais precisa da Contabilidade Gerencial para auxiliar no processo
decisório, no tocante a:
a) ajudar engenheiros a projetarem produtos que podem ser fabricados mais eficientemente;
b) avisar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez nas operações de
produção;
c) orientar sobre o que produzir considerando os produtos mais lucrativos
d) escolher fornecedores alternativos no caso de ocorrer constantes variações na qualidade dos
componentes adquiridos;
e) orientar quanto à utilização eficiente da mão-de-obra direta;
f) orientar quanto aos investimentos financeiros no mercado
O Controle das Organizações é alcançado pela avaliação do desempenho dos gerentes e das operações
que são de sua responsabilidade e desafio . As operações são avaliadas objetivando se as mesmas devem ser
ou não alteradas.
A avaliação de uma operação pode ser negativa, ainda que a avaliação do gerente possa ser positiva ou
vice-versa, ou seja, a avaliação GERENTE x OPERAÇÃO deve ser dissociada.
Os gerentes devem confrontar os resultados obtidos com os resultados estimados e, se houver
necessidade, estabelecer ações corretivas, pois quando um resultado obtido é divergente do planejado, deverá
ocorrer averiguação do desvio e um dos fatores poderá ter sido a não adequação das metas ( plano irreal)
ou as variáveis incontroláveis ou ainda mudança no cenário estratégico da empresa devido a expansões,
retrações e outros fatores e, por conseguinte, desatualização das metas dentro do plano operacional.
O controle utilizado para avaliar o desempenho das operações e do operador ( gerente) é denominado
de Relatório de Desempenho.
O relatório de desempenho estabelece paralelo entre os valores orçados e o realizado, desta forma
tornando-se uma excelente ferramenta de controle, pois torna os processos capazes e sob controle. O
trabalho do gerente está na abordagem das exceções, ou seja, as investigações estão nos itens que sofreram
as variações inesperadas ( desvios), é o estudo das exceções.
É importante a ressalva de que as exceções devem ser investigadas, entretanto, é de extrema importância
a materialidade dos desvios e as consequências deles. Não deve ser investigado desvios pequenos em relação
ao plano estratégico.
Em relação à Tomada de Decisão, esta faz parte do contexto planejamento e controle. Elas são
tomadas para dirimir dúvidas, para recompensar ou punir determinados processos ou gerentes, para alterar
ou revisar as operações e ou planos.
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Contabilidade Gerencial e de Custos
OBS: Importante que o professor tente com os alunos através de um texto sobre administração que
contenha as metas para alcançar o objetivo da contabilidade gerencial ( planejar, controlar e tomar
decisões).
A contabilidade gerencial atua numa perspectiva diferente dos outros ramos da contabilidade e visa
atender aos usuários internos.
A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações econômicas de uma
empresa dirigida a uma clientela externa, entidades reguladoras e autoridades governamentais,
A grande diferença entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial consiste no seguinte
propósito:
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Curso de Graduação a Distância
OBS: Importante a aplicação junto aos alunos do que é a comparabilidade entre a contabilidade
gerencial e a contabilidade financeira
• IDENTIFICAÇÃO
Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e outros eventos econômicos para
ação contábil apropriada.
• MENSURAÇÃO
Quantificação, incluindo estimativas, transações empresariais ou outros eventos econômicos
que têm ocorrido ou previsões dos que podem acontecer.
• ACUMULAÇÃO
Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para registrar e classificar transações
empresariais apropriadas e outros eventos econômicos.
• ANÁLISE
Determinação das razões para reportar a atividade e sua relação com outros eventos
econômicos e circunstanciais.
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Contabilidade Gerencial e de Custos
• PREPARAÇÃO E INTERPRETAÇÃO
Coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo informações apresentadas
logicamente, o que inclui, se apropriado, as conclusões referentes a esses dados.
• COMUNICAÇÃO
Informação pertinente para a administração e outros para usos internos e externos.
• PLANEJAMENTO
Quantificação e interpretação dos efeitos de transações planejadas e outros eventos
econômicos na empresa; inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer que
o contador forneça informações quantitativas, históricas e prospectivas para facilitá-
la; isso inclui, também, participação no desenvolvimento do sistema de planejamento,
estabelecendo metas alcançáveis e escolhendo meios apropriados de monitorar o
progresso em direção às metas.
• AVALIAÇÃO
Julgamento das implicações de eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso
ótimo de ação; inclui a tradução de dados em tendências e relações: comunicação das
conclusões derivadas, efetivamente e prontamente, das análises.
• CONTROLE
Assegurar a integridade da informação financeira relativa às atividades e aos recursos da
empresa; monitoramento e medição do desempenho e indução a qualquer ação corretiva
exigida para retornar a atividade a seu curso intencional; fornecimento de informações
aos executivos que operam em áreas funcionais que possam usá-las para alcançarem o
desempenho desejável.
• RELATÓRIOS
Preparação de relatóri-os financeiros baseados em princípios de contabilidade geralmente
aceitos, ou em outras bases apropriadas, para grupos não administrativos, como acionistas,
credores, agências regulamentadoras e autoridades tributárias; participação no processo
de desenvolver os princípios de contabilidade que estão subjacentes ao relatório externo.
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u NICEUMA
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Módulo
II
CAPITAL DE GIRO
Contabilidade Gerencial e de Custos
1. CAPITAL DE GIRO
Toda Organização sofre o efeito da ambiência externa e um dos principais fatores desta ambiência é
o mercado, nesse sentido é necessário utilizar a Contabilidade Gerencial como instrumento no processo de
decisão estratégica.
O gestor empresarial irá deparar-se com problemas de ordem financeira e a ele deverá ser delegada
a capacidade de obter sucesso na resolução de problemas ou obtenção de resultados, portanto, para ter
sucesso na empresa, não basta a situação patrimonial presente e muito menos a passada, mas a capacidade
que a empresa terá de gerar e gerir o fluxo de caixa no futuro.
A lógica do mercado está respaldada em variáveis que se relacionam entre si: Risco; Preço e Retorno.
(ver detalhe no desenvolver deste trabalho). O gerente precisa entender a lógica do mercado e associar à
contabilidade gerencial.
Ele deve acompanhar os retornos que os ativos estão fornecendo e medir sua variabilidade em
detrimento ao retorno esperado ou ao retorno médio.
O risco do Ativo é comparado ao retorno esperado, para se verificar se são compatíveis, podendo
acontecer 03 (três) situações:
a) Retorno esperado é compatível com o nível de risco, isso indica que o mercado entende que
o preço pelo qual o ativo está sendo negociado é justo;
b) Retorno esperado está acima do que parece ser razoável para tal nível de risco e, nesse caso, os
agentes do mercado se sentirão atraídos pelo ativo e começarão a comprá-lo, ocasionando uma
pressão de demanda que tenderá a aumentar o preço do ativo e diminuir o retorno esperado;
c) Retorno esperado está abaixo do que parece razoável para o nível de risco do ativo, e os
agentes que o tem na carteira irão ao mercado vendê-lo, acarretando, assim, uma pressão de
oferta que tenderá a baixar o preço do ativo e aumentar o seu retorno.
O Capital de Giro, também conhecido como capital em giro, de uma empresa corresponde aos valores
aplicados em seu circulante.
As empresas, na sua atividade normal, se do segmento do comércio, compra, estoca, vende e recebe,
ou se do segmento da indústria, compra , estoca, processa , vende e recebe valores monetários decorrentes
do produto oriundo do processo. Este ciclo é repetido permanentemente objetivando a manutenção do
Giro dos Negócios.
Para determinar o NCG temos que ter o ativo circulante operacional e o passivo circulante operacional.
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Curso de Graduação a Distância
As situações básicas que ocorrem numa empresa, com relação ao ACO/PCO podem ser assim
resumidas
ACO > PCO
É a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a empresa deve encontrar
fontes adequadas de financiamentos.
ACO = PCO
Neste caso a NCG é igual a zero e, portanto a empresa não tem necessidade de financiamento para o
giro.
ACO < PCO
A empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos
das atividades operacionais, os quais poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou outras
operações que se fazem necessárias à empresa.
Observa-se nessa planilha que nos 03 meses citados há uma diferença entre os resultados dos
circulantes operacionais, isto é, uns apresentando um ACO > que o PCO (mês 01) em que a empresa tem
mais investimentos que financiamento o que normalmente acontece nas empresas. NO mês 02 onde o ACO
= PCO onde mostra uma situação de acomodação da administração (nem tanto investimento e nem tanto
financiamento, estão satisfeitos com seus resultados operacionais). E no mês 03 onde o ACO < PCO que
demonstra uma viabilidade econômica de capital de giro, isto é, a empresa apresenta sobra de financiamentos
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Contabilidade Gerencial e de Custos
sobre os investimentos, podendo então aplicá-lo em outras áreas e segmentos operacionais, na verdade é um
aspecto visto num âmbito econômico, o que não deve retratar com a visão estática do que se tem no caixa.
Daí então observa que é uma situação interessante de viabilidade de capital de giro.
O Custo de Capital de Giro também chamado de Custo de Oportunidade, não deve ser confundido
com custo contábil. Na contabilidade custo é o consumo de um bem ou serviço atribuído aos produtos de
uma empresa, que de forma direta ou indireta produzirá receita. Um custo contábil implica desembolso, já
custo de capital de giro ou custo de oportunidade, se relaciona com possíveis desembolsos ou embolsos que
a empresa poderia incorrer se decidisse por determinada alternativa.
O custo de capital de giro ou custo de oportunidade é de categoria conceitual econômica, que
representa a quantidade de recursos que uma empresa está disposta a abrir mão em decorrência de outra
alternativa disponível naquele momento. O que vamos denominar de CCG = Custo de Capital de Giro.
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Curso de Graduação a Distância
1 - Considerando que CCL = ACO – PCO, onde se verifica se a empresa está com necessidade
ou não de capital de giro;
2 - Nunca se pode analisar o CCL dentro do próprio mês, isto é, sempre o CCL do mês anterior
com a taxa de aplicação ( inflação, variação cambial, selic, etc , a taxa que a administração queira
convergir); então:
O CCL de dez ( do ano anterior X taxa de 10% de janeiro achará o CCG ( custo de capital de
giro de janeiro na planilha da DRE GERENCIAL: R$ 300 X 10% = R$30 , que é o CCG de
janeiro)
3 - Observa-se que o CCG de dez do ano anterior foi negativo isto quer dizer que se tinha mais
financiamento do que investimentos nesse mês, então no mês de janeiro o CCG será negativo,
isto é, de natureza contrária ao próprio custo, pois todo custo pela sua própria natureza já é
NEGATIVO, e nesse caso ele está positivo ( contrário a sua própria natureza). Isso é bom para
Análise do resultado da DRE GERENCIAL.
4 - Verifica-se que no LOB 02 A EMPRESA SÓ DEU PREJUÍZO, então na sua análise junto
a CCG mês a mês , temos:
4.1 – LOB 02 DE JAN = (R$ 17,06) – CCG ( R$ 30) = LOL de R$ 12,94, observa-se que
reverteu um quadro de um resultado negativo para um resultado positivo em detrimento ao
CCG que era de natureza contrária do ( custo), conseguindo assim reverter o resultado da
empresa;
4.2 – No mês de FEV = LOB 02 = ( R$ 14,63) – CCG R$ 30 = LOL de R$ 44,63, nota-se nesse
caso que o CCG está na sua própria natureza ( sem sinal ) e como o LOB 02 já tinha um prejuízo
de R$ 14,63 e se teve um custo a mais , então o prejuízo da empresa aumenta;
4.3 – Já no mês de MAR o LOB 02 FOI DE R$ (12,19) e um CCG de R$ ( 20) sua natureza
contrária então teremos como LOL de R$ 7,81 gerando um resultado positivo para a empresa.
5 - É interessante observar que se pode ter 04 situações matemáticas para análise do LOL e do
CCG, onde se tem um exemplo numérico qualquer:
OBS: Só existem essas 04 operações matemática que poderão vir a ocorrer nessa análise.
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Contabilidade Gerencial e de Custos
Pede-se:
Preencha a planilha corretamente. E fazer toda análise possível:
Como por exemplo:
a) Houve involução ou evolução no resultado da empresa?
b) O CCL em que momento foi positivo ou negativo na análise do Capital de giro?
c) O CCG em que momentos ele pode ter sido positivo ou negativo nos resultados da empresa?
d) Pelo efeito do CCG no resultado da empresa o administrador está satisfeito ou não?
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Módulo
III
FLUXO DE CAIXA
Contabilidade Gerencial e de Custos
1. FLUXO DE CAIXA
OBS: Este tópico é de vital importância para o entendimento definitivo do poder integrador da
informação contábil.
O fluxo de caixa pode ser elaborado por consulta e reacumulação de dados das contas representativas
das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras.
É muito comum pensar que o fluxo de caixa é de competência exclusiva para o setor financeiro de uma
empresa e que o contador não tem condições para sua elaboração. Raramente vemos o fluxo de caixa sendo
elaborado pelo setor contábil. É considerada, inclusive, peça-chave na administração financeira.
A administração diária do fluxo de caixa deve ser de responsabilidade e vital ao setor financeiro. A sua
necessidade de informação é imediata, e não pode, de forma alguma, esperar tratamento contábil de mais de
algumas horas ou de um dia. (é uma característica da contabilidade gerencial).
Se o sistema de informação contábil não é construído para se terem saldos diários, pela questão da
relação custo/benefício, então temos que deixar a administração diária das movimentações dos recursos
financeiros para o setor de tesouraria.
Pois através da informatização, hoje temos condições de ter essas informações através do sistema
contábil diário.
Enquanto que o fluxo de caixa diário serve para atender as necessidades (pagamentos e recebimentos)
de curtíssimo prazo da empresa, o fluxo mensal possibilita visão de conjunto e de relevância, que o fluxo
diário não oferece. O fluxo de caixa mensal relaciona-se com os movimentos mensais das demais contas
da companhia, e dessa forma é elemento fundamental para o acompanhamento e controle de recursos da
empresa, junto com o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.
Hoje em dia em países de primeiro mundo já se pensa em colocar as informações desse relatório , incorporadas às
demonstrações contábeis publicadas. Ver lei 11.638/07 das modificações da lei das S/A.
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Curso de Graduação a Distância
Trata dos recebimentos e pagamentos oriundos da demonstração de resultado. São os gastos e receitas
das atividades de industrialização e comercialização dos produtos e serviços da empresa. Essas atividades
têm ligação estreita com os elementos do ativo e passivo circulante, que representam as necessidades líquidas
de capital de giro da empresa.Como por exemplo: Compra de mercadorias para revender, Adiantamento de
Clientes, Juros pagos por inadimplência de cliente, Pagamento de encargos sociais e trabalhistas, Pagamento
de fornecedores, Pagamento de tributos, Recebimento de duplicata de cliente, etc.
O segmento das atividades de investimento leva-nos aos dados do ativo permanente ou do realizável
em longo prazo, enfocando o conceito de ativo como aplicações de recursos. Devem ser registrados os
valores de saída para pagamento dos novos investimentos, bem como os valores de entrada por venda de bens
ativados anteriormente. Como por exemplo: Compra de bens permanentes; venda de bens permanentes;
empréstimos a sócios; Compra de ações temporárias, Venda de ações temporárias, etc.
O segmento das atividades de financiamento leva-nos aos dados do exigível em longo prazo e do
patrimônio líquido, enfocando o conceito de passivo como fontes de recursos. Devemos incluir também os
dados dos empréstimos e financiamentos contidos no passivo circulante. Como valores de entrada devemos
considerar os novos empréstimos obtidos, bem como as eventuais integralizações de capital. Os valores
de saídas referem-se à amortização dos empréstimos, tanto das parcelas do principal quanto aos juros,
eventuais pagamentos a título de devolução de capital (ações em tesouraria , por exemplo), o os valores de
remuneração aos acionistas e sócios, a títulos de dividendos, lucros distribuídos e participações nos lucros.
Como por exemplo: Integralização de Capital Social; Empréstimos e Financiamentos Bancários; Pagamento
de juros sobre empréstimos bancários, distribuição de dividendos.
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Contabilidade Gerencial e de Custos
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Curso de Graduação a Distância
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Contabilidade Gerencial e de Custos
ATIVIDADE EXTRA-CLASSE
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Curso de Graduação a Distância
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Módulo
IV
INDICADORES
ECONÔMICO – FINANCEIROS
Contabilidade Gerencial e de Custos
No contexto atual, onde a concorrência é cada vez mais forte entre as empresas e a busca pela
competitividade é uma necessidade constante até mesmo para a sobrevivência do negócio, a análise da
capacidade de pagamento, da rentabilidade, do endividamento e da rotatividade dos ativos, tornam-se
fundamental para sobrevivência da empresa.
Sem dúvida, a análise das demonstrações contábeis por meio de indicadores é importante no contexto
atual das empresas. Segundo Matarazzo (2003, p. 15) “a Análise de Balanços objetiva extrair informações das
Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões”.
A Análise das Demonstrações Financeiras pode ser entendida como um conjunto de técnicas que
mostra a situação econômico-financeira da empresa em determinado momento, por meio de indicadores.
Observa-se que a análise começa justamente onde termina a contabilidade (nos relatórios contábeis) e tem
como principal objetivo extrair informações úteis para ser base para tomada de decisão.
Os indicadores deverão estar de acordo com a visão da alta administração
em termos de acompanhamento das atividades, rentabilidade e situação
patrimonial e serão por ela escolhidos. Esses indicadores são os elementos que
tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São cálculos
matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de
resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do
entendimento da situação na empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros
e de rentabilidade.
São quatro os índices de liquidez: imediata, seca, corrente e geral. Os Índices de Liquidez mostram a
capacidade que a empresa tem para cumprir com os compromissos assumidos.
Para obter um diagnóstico mais correto sobre a liquidez da empresa é fundamental que a organização
utilize os quatro índices com o propósito de reduzir equívocos na análise. Se a empresa analisar apenas o
índice de liquidez geral, poderá concluir que tem problemas de liquidez e o índice de liquidez corrente pode
mostrar justamente o contrário, um índice satisfatório. Pode ocorrer também que os índices de liquidez
corrente e geral não sejam satisfatórios, mas a análise da liquidez imediata pode ser adequada para o momento.
Percebe-se, portanto, que a análise individual não pode ser parâmetro para um relatório, o analista deve
aplicar os quatro índices de liquidez para chegar a uma conclusão sobre a capacidade da empresa cumprir
com os compromissos assumidos.
Conforme Zdanawicz (1998, p. 60) “a liquidez é denominada de análise de razão ou quociente, visa a mensuração
da capacidade financeira da empresa em pagar seus compromissos de formas imediata, a curto e em longo prazo”.
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Curso de Graduação a Distância
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Contabilidade Gerencial e de Custos
Entende-se pelo índice de liquidez geral que para cada um real de dívida total, a empresa tem R$
1,12 de recursos totais, envolvendo valores, a curto e longo prazo.
O índice de liquidez corrente mostra que para cada um real de dívida circulante e não circulante a
empresa tem R$ 4,11 de recursos a curto prazo. Portanto, a organização tem condições de cumprir com
todas as obrigações a curto prazo e ainda tem uma folga de 3,11 para cada 1,00 de dívida a curto prazo.
O índice de liquidez seca mostra que para cada um real de dívida circulante a empresa tem R$ 0,78
de liquidez seca. Para obter o ILC é preciso pegar o Ativo Circulante, deduzir os estoques e a partir desse
valor, dividir pelo total das dívidas a curto prazo (passivo circulante).
O índice de liquidez imediata mostra que para cada um real de dívida circulante prazo, a empresa
tem R$ 0,38 de recurso disponível. Portanto, a empresa cumpriu com 38% das obrigações a curto prazo
apenas com os valores considerados disponíveis. Observa-se que disponível normalmente considera-se o
valor do caixa, mais o saldo da conta bancos - conta movimento.
Vale lembrar que teoricamente, quanto maior a liquidez, melhor para empresa analisada.
O índice de participação de capital de terceiros refere-se a 1,65, percebe-se que para cada R$ 1,00
de capital próprio existem aplicados na empresa de R$ 1,65 de capitais de terceiros. O índice mostra que o
capital próprio é bem superior ao capital de terceiros.
O índice de composição do endividamento de 0,24 indica que para cada R$ 1,00 de dívidas totais
existem R$ 0,24 de obrigações vencíveis a curto prazo, isto é, a empresa terá de repor, a curto prazo, 24%
dos capitais tomados de terceiros.
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Curso de Graduação a Distância
As obrigações de curto prazo são inferiores às obrigações a longo prazo, portanto entende-se que
essa situação pode ser considerada normal, isso justifica-se pelo fato da empresa apresentar um Índice de
Liquidez Corrente superior a 1,00, ou seja, 4,11. Dessa forma, conclui-se que o índice revela uma situação
favorável, apesar de 24% dos recursos tomados de terceiros terem vencimento a curto prazo.
O índice de imobilização do patrimônio líquido revela que para cada R$ 1,00 do Patrimônio Líquido
teoricamente a empresa imobilizou R$ 0,80, ou seja, a empresa imobilizou 80% do seu capital próprio e o
restante está aplicado no ativo circulante.
O índice de imobilização dos recursos não correntes de 0,36 indica que para cada R$ 1,00 de
recursos não correntes a empresa imobilizou R$ 0,36 ou seja, 36% dos recursos não correntes. O restante,
teoricamente está aplicado no Ativo Circulante.
Observa-se que apesar da empresa analisada apresentar capital de terceiros maior que o capital próprio,
o retorno dos investidores é satisfatório. Dessa forma, a administração da empresa deve comparar esses
índices com outros períodos da própria organização e assim verificar a tendência do grau de endividamento
do negócio.
Cabe ressaltar que teoricamente, os índices de endividamento, quanto menor, melhor para a empresa.
31
Contabilidade Gerencial e de Custos
Observa-se que em pouco mais de cinco anos a empresa retornará o valor total investido nesse negócio,
prazo considerado bom, de uma forma geral.
Observa-se que 2,04 anos é o tempo necessário para o retorno sobre o investimento próprio, conforme
os relatórios analisados. Percebe-se um certo conforto quanto à rentabilidade, em virtude dos indicadores
mostrarem prazos satisfatórios de retorno, tanto para o valor total investido (total do ativo), quanto para o
capital próprio da empresa analisada. Salienta-se que teoricamente, quanto maior a rentabilidade (índices),
melhor.
O índice de rotatividade dos estoques mostra que o giro dessa conta corresponde a 2,66 no período
analisado, ou seja, mais de duas vezes e meia. Vale ressaltar que considera-se como estoque médio o valor
apresentado nessa conta no ano analisado.
Na rotatividade da conta clientes ou ( duplicatas a receber ) observa-se um índice de 14,03, isso
mostra que a cada um real da referida conta foram vendidos R$ 14,03 (quatorze reais e três centavos).
A rotatividade da conta fornecedor permite o seguinte entendimento: o giro dessa conta foi superior
a oito vezes no período analisado.
Vale lembrar que esses indicadores devem ser acompanhados periodicamente pela administração da
empresa.
O giro do Ativo Circulante é de 3,11, isso permite analisar que para cada um real de circulante a
empresa vendeu R$ 3,11 (três reais e onze centavos).
OBS: É interessante que o orientador pratique como exercício, em atividade extraclasse, outro
balanço extraído de revistas técnicas , jornais, boletins, os índices estudados aqui. No retorno com a
turma praticar os comentários em cima dos índices encontrados.
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u NICEUMA
@ VIRTUAL
Módulo
INTRODUÇÃO À
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Contabilidade Gerencial e de Custos
CMV = EI + C – EF
VENDAS – CMV = LOB
LOB - DESPESAS = LOL
ANTES = contabilidade de custos era simplesmente auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais
como arma de controle e decisão gerencial.
HOJE = o custo passou a ser relevante, aumento da competitividade. Não aos custos incorridos e sim
aos preços praticados no mercado.
O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se não
rentável, se é possível reduzí-los.
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Curso de Graduação a Distância
GASTO
Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer.
Exemplos :
• Gastos com mão-de-obra
• Gastos com aquisição de mercadorias para revenda
• Gastos com aquisição de máquinas e equipamentos
INVESTIMENTO
Gasto ativado em função de sua vida útil ou benefício atribuíveis a futuro(s) período(s).
Exemplos :
• Aquisição de móveis e utensílios
• Aquisição de imóveis
• Aquisição de marcas patente
• Aquisição de material de escritórios
• Aquisição de máquinas e equipamentos
CUSTO
Gasto relativo a bem ou serviços utilizado na produção de outros bens e serviços.
Exemplos :
• Salário do pessoal da produção
• Matéria-prima utilizada no processo produtivo
• Combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas de fabricação
• Depreciação dos equipamentos da fábrica
• Gastos com manutenção das máquinas da fábrica
DESPESA
Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.
As despesas reduzem o PL e têm características de representar sacrifícios no processo de obtenção de
receitas
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Contabilidade Gerencial e de Custos
Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: Todos os gastos realizados
com o produto até que esteja pronto são custos, a partir daí são despesas.
Exemplos:
• Salários e encargos sociais do pessoal de vendas
• Energia elétrica do escritório
• Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas
• Telefone do escritório
Atenção: Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes de insumos
para a produção, são sempre considerados Despesas.
DESEMBOLSO
Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer junto com gasto (à vista) ou
depois deste (a prazo).
PERDA
Bem ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
No 1º caso, são considerados da mesma natureza que as despesas e são lançados diretamente contra
o resultado do período
No 2º caso, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o custo da
produção do período.
A distinção mais importante entre custo e despesa é que, se um gasto é considerado despesa, ele afeta
diretamente o resultado do exercício. Se ele é considerado custo, só afetará o resultado da parcela do gasto
que corresponder aos produtos vendidos. A parcela correspondente aos produtos em estoque ficará ativada.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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Curso de Graduação a Distância
02) O encargo financeiro efetivado por uma entidade com vistas a obtenção de um bem, para a
produção de um bem ou para a obtenção de uma receita qualquer é o que se denomina:
a) ( ) gasto b) ( ) investimento
c) ( X ) despesa d) ( ) custo
03) ... é o gasto realizado na obtenção de um bem para o ativo da entidade (bem este ativado em
função de sua vida útil ou porque serão atribuído a exercícios futuros).
a) ( X ) investimentos b) ( ) desembolso
c) ( ) custo d) ( ) perda
Os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos
financiamentos são despesas.
Prática usual - rateio das despesas administrativas para custos ( arbitrário )
OBS 01: Todas as despesas são ou foram gastos. Porém, alguns gastos muitas vezes não se
transformam em despesas (por exemplo, terrenos, que não se deprecia), ou se transformam quando
de sua venda.
OBS 02: Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega
dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos são automaticamente transformados em
despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda fazem a via – sacra completa,
passando por investimento, custo e despesa.
37
Contabilidade Gerencial e de Custos
Y
VENDA
GASTOS COM CUSTOS DESPESAS
Esses custos deverão ser alocados no departamento que teve o benefício e não ser considerado custo.
38
Curso de Graduação a Distância
Pede-se:
a) Qual o valor total dos gastos?
b) Qual o valor total dos custos?
c) Qual o valor total das despesas?
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Contabilidade Gerencial e de Custos
São os custos que podem ser apropriados diretamente aos produtos, bastando haver uma medida de
consumo (quilos de mat. Consumido, horas de mão de obra utilizada, embalagens utilizadas e, até mesmo,
em alguns casos, quantidade de energia consumida).
São todos os custos que se identificam naturalmente ao objeto de custeio, de modo mais econômico e
lógico. Também são apropriados diretamente aos produtos fabricados ou serviços.
É todo o custo que está vinculado diretamente ao produto, e varia com a quantidade produzida. Sem
ele o produto não existiria. Sua apropriação pode ser direta (sem rateio) , bastando que exista uma medida
de consumo, como quilograma, horas-máquina, horas-homem trabalhadas, etc.
• É todo o custo que não está vinculado diretamente ao produto, mas sim ao conjunto do
processo produtivo. Para serem incorporados aos produtos, obedecem a uma mecânica de
apropriação de um processo de rateio.
• São todos os custos que devem ser rateados nos produtos fabricados e que fazem parte do
custo direto do produto, mas só podemos dizer isto de uma empresa que produz mais de um
produto, uma empresa que produz um único produto os custos são diretos a ele.
• São os custos que não oferecem condições de serem medidos objetivamente, e qualquer
tentativa de alocação destes custos aos produtos tem que ser feita de forma estimada e, muitas
vezes, arbitrárias.
Alguns exemplos:
Depreciação dos bens da fábrica, energia elétrica da fábrica, telefone da fábrica, mão de obra indireta
da fábrica (MOI), etc.
É o custo que a empresa tem mensalmente, independente da produção e não se altera com o volume
produzido dentro de uma determinada faixa. É um custo fixo no total, mas variável nas unidades produzidas.
Quanto mais produzir, menor será o custo por unidade.
Por exemplo:
R$ 200,00 imputados a 80 unidades = R$ 2,5/u
R$ 200,00 imputados a 100 unidades = R$ 2,00/u
40
Curso de Graduação a Distância
São aqueles cujos valores são os mesmos, qualquer que seja o volume da empresa. É o caso, por
exemplo, do aluguel de fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível da produção,
inclusive no caso de a fábrica não produzir.
É o custo que varia em função do volume de produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas
proporções.
São os custos considerados fixos até uma determinada parcela, e a partir deste ponto passam a ser
variáveis.
R$ 100,00 para fabricar até 1.000 unidades;
R$ 200,00 para fabricar até 2.500 unidades.
São os custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que
nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária
cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do
número de kilowats consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa.
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Contabilidade Gerencial e de Custos
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Curso de Graduação a Distância
Informações Adicionais:
• Foram transferidos todos os EI de MD para o Processo em Elaboração e a metade de todo
que foi adquirido no próprio mês.
• No final do processo em elaboração foi considerado produzido 60% do saldo total que tinha
na produção.
• A empresa só conseguiu vender 70 % do que foi produzido. (que é considerado o CUSTO DO
PRODUTO VENDIDO).
• O administrador conseguiu vender esse produto com uma margem comercial sobre o CUSTO
DO PRODUTO VENDIDO DE 40%.
Pede-se :
Calcular o EFMD; EFPE; EFPA: CPV e PV.
Y
MD PE PA
Y
foi vendido
}
EIMP= 1.000 1.000 = MP MD = 1.300 5.580 PE= 5.580
somente
70% do que
foi transferido
EIMS= 200 200 = MS EIPE = 1.000 EIPA = 0 foi produzido
50%
= CPV= 3.906
60% de PE
EIME= 100 100 = ME MOD = 3.000 5.580 3.906
para PA
MP= 2.000 1.000 = MP CIFS = 4.000 EFPA = 1.674
MS= 300 150 = MS 9.300 5.580
ME= 50 25 = ME EFPE = 3.720
3.650 2.475
EFMD= 1.175
COMENTÁRIOS DO EXERCÍCIO:
Então: Todo o EIMD foi transferido para pe e o que foi adquirido no mês foi transferido somente a
metade ( 50% do adquirido).
O Estoque Final de PE (EFPE) foi o saldo que ficou a ser produzido para o próximo período no
valor de R$ 3.750.
O valor transferido para pa foi de 60% do total que tinha na produção no valor de R$ 5.580.
Foi vendido somente 70% do que foi produzido, então 70% de R$ 5.580 que é = R$ 3.906.
43
Contabilidade Gerencial e de Custos
Considerando o exercício anterior fazer o fechamento da fórmula procurando achar o mesmo preço
de venda encontrado acima.
Considerando que num processo produtivo qualquer a empresa apresentava em seus estoques
remanescente ( do mês anterior):
Matéria-Prima ( MP ) = R$ 3.000
Material Secundário ( MS )– R$ 2.000
Material de Embalagem ( ME ) – R$ 1.000
EIPE = R$ 1.000
EIPA = R$ 2.000
44
Curso de Graduação a Distância
45
u NICEUMA
@ VIRTUAL
Módulo
VI
METODOLOGIA DE
CUSTEAMENTO
Contabilidade Gerencial e de Custos
CUSTEIO DIRETO
Não integra aos produtos e aos inventários o valor dos custos fixos e indiretos.
Para se fazer e vender um produto, a empresa tem que incorrer nos seguintes gastos operacionais:
MATÉRIA – PRIMA
Necessária para uma unidade do produto (A) 200 unidades a R$ 2,30 cada;
MATERIAIS AUXILIARES
Consumidos para cada unidade do produto (A) 0,1 unidades a R$ 360,00 cada;
Tempo necessário para produzir uma unidade do produto (A) 04 horas a R$ 50,00 por hora
GASTOS DO PERÍODO
São os CIFS e as despesas de apoio que poderão ser inclusas no processo de produção.
• Salários dos deptos de apoio à produção R$ 200.000
• Despesas dos deptos de apoio à produção R$ 90.000
• Custos indiretos de fabricação R$ 150.000
• Salários e despesas administrativas R$ 70.000
• Salários e despesas comerciais R$ 50.000
OUTROS DADOS
• Comissões - 12% sobre o preço de venda
• Preço de venda R$ 1.700 por unid do produto
• Quant. Produzida (é igualmente vendida) 1.000 unid.
CUSTO VARIÁVEL
Matéria – prima - 200 unidades x R$ 2,30------------------------------------= R$ 460,00
Materiais auxiliares – 0,10 unidades a R$ 360,00-------------------------= R$ 36,00
Mão de obra direta – 4 horas a R$ 50,00 ------------------------------------= R$ 200,00
Comissões – 12% de R$ 1.700 (PVU- Preço de Venda Unitário) = R$ 204,00
TOTAL DO CUSTO VARIÁVEL DO PRODUTO A ---------------------= R$ 900,00
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Curso de Graduação a Distância
MARGEM DE LUCRO
Preço de venda unitário do produto - PVU (a) --------------------- R$ 1.700----100,00 %
Custo variável unitário -------------------------------------------------- R$ 900----52,94 %
Lucro variável por unidade -------------------------------------------------R$ 800----47,06 %
Na verdade esse custo não apresenta dificuldades de análise por incluir somente alguns custos de
produção, o mesmo não é aceito pela legislação tributária brasileira por não incluir todos os custos necessários
a uma produção.
Na análise desse custeio observa-se a absorção de todos os custos existentes na fabricação do produto.
Iremos separar em 03 grupos: CI que chamaremos de CUSTO INDUSTRIAL, onde sua composição é
somente de custos diretos de fabricação, OG que chamaremos de OUTROS GASTOS (que são os CIFS e
os custos e despesas de apoio) e as DESPESAS OPERACIONAIS que chamaremos de DO (que refere-
se a toda e qualquer despesa que possa ser inclusa no processo produtivo. Não esquecendo que as despesas
variáveis deverão agora compor esse grupo de produção).
CUSTO INDUSTRIAL
Matéria-prima – 200 unidades x R$ 2,30----------------------------------------------R$ 460,00
Materiais auxiliares – 0,10 unidades a R$ 360,00------------------------------------R$ 36,00
Mão de obra direta – 4 horas a R$ 50,00---------------------------------------R$ 200,00
TOTAL DOS CI ( CUSTO INDUSTRIAL)------------------------------R$ 496,00
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Contabilidade Gerencial e de Custos
OUTROS GASTOS
Salários dos deptos de apoio à produção------------------------------------------R$ 200.000
Despesas dos deptos de apoio à produção----------------------------------R$ 90.000
Custos Indiretos de Fabricação------------------------------------------------------R$ 150.000
SOMA-------------------------------------------------------------------------------- R$ 440.000
Observa-se que nos Outros Gastos = OG é composto somente de CIFS e despesas de apoio.
DESPESAS OPERACIONAIS
COMISSÕES 12% DE R$ 1.700 (PREÇO DE VENDA UNIT.) ------------------- R$ 204,00
OUTRAS DESPESAS
Salários e despesas administrativas--------------------------------------------------------R$ 70.000
Salários e despesas comerciais-------------------------------------------------------------R$ 50.000
SOMA---------------------------------------------------------------------------------R$120.000
MARGEM DE LUCRO
Preço de venda unitário do prod.( A ) -------------------------------R$ 1.700,00-----------100,00 %
Custo industrial unitário ---------------------------------------R$ 1.136,00--------- 66,82%
Despesas operacionais por unidade-------------------------------R$ 324,00------------ 19,06%
Lucro líquido por unidade------------------------------------------R$ 240,00-------------14,12%
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Curso de Graduação a Distância
EXERCÍCIO 01
Conforme dados das contas abaixo identificar as que podem ser consideradas no custeamento direto/
variável, custeamento por absorção e verificar se houve lucro ou prejuízo unitário pelos dois métodos.
Aluguel da fábrica – R$ 35.000
Mão-de-Obra Direta – 06 hs a R$ 20,00p/hora
Depreciação da fábrica- R$ 30.000
Matéria-Prima utilizada – 04 unidades a R$ 40,00
Mão - de – Obra Indireta = 7.000
Telefone da fábrica – R$ 2.000
PVU – R$ 4.500
Seguro da fábrica – R$ 20.000
Energia da fábrica – R$ 30.000
Salários de apoio da Adm – 20.000
Embalagem no momento da venda – R$ 3.000
Despesa da Adm. – R$ 10.000
Embalagem na produção– 1,0unidade a R$ 200,00cada
Despesa de apoio da adm. R$ 10.000
Energia da Adm. – R$ 5.000
Manutenção da fábrica – R$ 10.000
Comissão sobre vendas – R$ 10% do PVU
Depreciação depto Adm e Vendas – R$ 10.000
Telefone da Adm – R$ 1.000
Desp. Apoio depto vendas – R$ 30.000
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Contabilidade Gerencial e de Custos
Qual o PV unitário?
Para melhor entendimento observar que tudo que refere-se à fábrica, ao processo produtivo e à
produção é referente a custo.
EXERCÍCIO 02
Conforme dados das contas abaixo identificar as que podem ser consideradas no custeamento direto/
variável, custeamento por absorção e verificar se houve lucro ou prejuízo unitário pelos dois métodos.
Manutenção da fábrica – R$ 10.000
Comissão sobre vendas – R$ 15% do PVU
Despesa financeira – R$3.000
Depreciação depto Adm e Vendas – R$ 10.000
Telefone da Adm – R$ 1.000
Desp. Apoio depto vendas – R$ 5.000
Materiais auxiliares –3,0 unidade a R$ 80,00
Salários da Adm – R$ 55.000
Salários depto de vendas – R$ 20.000
Manutenção do depto vendas – R$ 1.000
Despesa com vendas – R$ 20.000
Energia dpto de vendas – R$ 2.000
Aluguel da fábrica – R$5.000
Mão-de-Obra Direta – 03 hs a R$ 30,00p/hora
Depreciação da fábrica- R$ 20.000
Matéria-Prima utilizada – 10unidades a R$ 35,00
Mão - de – Obra Indireta = 5.000
Telefone da fábrica – R$ 2.000
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Curso de Graduação a Distância
PVU – R$ 6.500
Seguro da fábrica – R$ 20.000
Energia da fábrica – R$ 30.000
Salários de apoio da Adm – 20.000
Embalagem no momento da venda – R$ 3.000
Despesa da Adm. – R$ 10.000
Embalagem na produção– 1,0unidade a R$ 100,00cada
Despesa de apoio da adm. R$ 10.000
Energia da Adm. – R$ 5.000
OBS: A empresa pretendia produzir nesse processo produtivo = 1500 unidades. Qual o PV unitário?
1) Considere os dados abaixo, extraídos da linha de produção de uma indústria. Considerando que o estoque
inicial é zero e que a empresa vendeu todo o estoque produzido, o valor do Custo dos Produtos Vendidos,
calculado pelo custeio por absorção, em reais, é:
Custo fixo R$ 1.000,00
Custo variável unitário R$ 10 ,00
Despesas fixas R$ 180,00
Preço de venda unitário R$ 20,00
Despesas variáveis R$ 3,00 (por unidade vendida)
Quantidade produzida = 270 unidades
2) Considerando o resultado do item anterior o administrador gostaria de ter uma margem comercial de
venda de 60% sobre o custo do produto vendido. Qual o valor dessa margem comercial de venda?
4) A terminologia aplicada em custos industriais conceitua gastos como sacrifício financeiro (entrega ou
promessa de entrega) para a entidade. Nessa terminologia, custo é gasto relativo a bem:
a) ativado, em função de sua vida útil.
b) consumido de forma anormal e involuntária.
c) consumido para a obtenção de receita.
d) consumido na produção de outro bem.
e) ainda que se encontre no ativo sem participar ainda do processo produtivo
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Contabilidade Gerencial e de Custos
Pergunta-se: Qual o valor do preço de venda considerando que o administrador gostaria de uma
margem comercial de 60%?
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Curso de Graduação a Distância
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e Prática. São Paulo. Atlas.
2004.
SANTOS, José Luis dos. PINHEIRO, Paulo Roberto. Fundamentos de Gestão Estratégica
de Custos. São Paulo.Atlas.2001.
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