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Caro Professor,

Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da


rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de
todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir
de 2010.

As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por
leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que
postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note
também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações
mais recentes.

Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise
as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas.

Na primeira parte deste documento, você encontra as orientações das atividades


propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em
2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento.

Bom trabalho!

Equipe São Paulo faz escola.

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Caderno do Aluno de Arte – 2ª série – Volume 1

O Caderno do Aluno e a Ação do Professor

Caderno do Professor. Caderno do Aluno. São Cadernos que, tal qual a rosa dos
ventos, mostram um rumo, uma direção a seguir para viajar nos territórios da Arte.
Esses Cadernos são, assim, como coordenadas, movimentos. “Cadernos rosa dos
ventos” que articulam mapas de diferentes linguagens da Arte, oferecendo proposições-
ações que, antes de serem apenas capazes de referendar um mundo da arte já sabido,
podem ser um movimento potente de diferentes mundos da Arte a serem criados.

Em especial, o Caderno do Aluno se faz registro de viagem, como parte de um


portfolio, como lugar específico para pensar e escrever sobre Arte, fazer reflexões e
produções pensadas e emocionadas a partir das provocações geradas pelas proposições
oferecidas no Caderno do Professor. Em especial, o Caderno do Aluno se faz lugar para
olhar imagens de diferentes linguagens artísticas, que nos incitam a pensar e conversar
sobre arte.

Mais do que promover respostas acertadas ou adequadas, já que em Arte não há


respostas únicas (elas sempre são expressão de pontos de vista singulares), o Caderno
do Aluno propõe questões que pretendem ser uma provocação para que o aluno pense
sobre Arte e expresse suas opiniões sobre ela. Por sua vez, as respostas dos alunos são
pessoais e também referendadas pelo contexto cultural de cada grupo, de modo a mover
diálogos, instigar reflexões pessoais, fornecer material para que o professor possa
promover trocas entre os alunos e ampliar seu repertório cultural sobre as linguagens
artísticas.

Por ser este o contorno do Caderno do Aluno, é impossível a construção de um


gabarito que dê conta de prever as muitas respostas possíveis, determinando o que é
resposta certa ou errada. Por outro lado, o Caderno do Professor contém potenciais
encaminhamentos e ampliações, ao mesmo tempo em que insere o professor no
conteúdo que está sendo proposto, oferecendo informações que enriquecem suas
referências culturais e ajudam-no a ampliar as possíveis respostas pessoais dos alunos.

Para o Caderno do Aluno, foram pensadas propostas específicas que abarcam


produção, análise, leitura, pesquisa etc., reapresentadas aqui:

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• O que penso sobre Arte?

As respostas às questões específicas neste item instigam os alunos a dar uma resposta pessoal
sobre o assunto em questão, cercando, de certo modo, seu repertório cultural. O importante é
socializar as respostas, mapeá-las na lousa, analisá-las com eles para ver o que pensam sobre
o assunto, tendo como meta a ampliação de suas opiniões.

• Ação expressiva

As ações propostas, muitas vezes denominadas encomendas, para dar mais abertura ao
professor, têm por objetivo desencadear o fazer artístico nas diferentes linguagens, sem perder
de vista os conteúdos e as competências a serem trabalhados no bimestre.

• Apreciação

As perguntas colocadas na apreciação, que se ampliam no Caderno do Professor, são apenas


impulsos para estimular a conversa dos alunos sobre as obras. As ampliações trazidas pelo
professor e por suas boas e instigantes perguntas comporão o texto que será registrado por
cada aluno no Caderno, apontando o que ficou de mais significativo para ele a partir da
apreciação oferecida.

• Você aprendeu?

Questões objetivas e/ou abertas para reflexão sobre os conteúdos trabalhados nas Situações de
Aprendizagem de cada Caderno, reveladoras do que foi possível ativar como conteúdo ou
competência. As respostas individuais tornam-se material de reflexão para os professores,
indicando o que ficou além ou aquém em sua ação docente, no contexto da escola e na própria
proposta.

• Pesquisa individual e/ou em grupo, Pesquisa de campo e Lição de casa

As ações que orientam o aluno no planejamento, na realização e na discussão da pesquisa ou


da ação proposta no Caderno do Aluno tampouco têm resposta única, pois dependem das
escolhas e do que foi possível pesquisar dentro da realidade e do contexto das diferentes
escolas. Consideramos importante a valorização do que foi pesquisado e, especialmente, o
modo como a pesquisa foi apresentada. Há várias sugestões no Caderno do Professor em
relação a isso.
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Na feitura do Caderno do Aluno, tal qual acontece no Caderno do Professor, estão
presentes quatro modalidades de Arte – artes visuais, teatro, dança e música. Isso não
significa que o Caderno do Aluno deva ser trabalhado como caderno a ser preenchido
em todas as linguagens. O Caderno do Aluno não foi feito para ser apenas preenchido.
Ele é um instrumento de mediação para que o aluno tenha próximo de si as imagens e os
procedimentos que serão trabalhados na modalidade de arte que é de formação do
professor. Para que o aluno possa ter um contato com o conceito estudado nas demais
modalidades de arte, há a Nutrição estética, que oferece esse movimento de
aproximação.

Consideramos também que o Caderno do Aluno, como parte do portfolio, é


complementado por outros modos de registro, que podem gerar uma elaboração criativa
que permita ao aprendiz dar expressão à sua aprendizagem, inventando formas para
mostrar suas produções artísticas, seus textos escritos, fotografias de momentos das
aulas e pesquisas realizadas.

Como processos, esses “Cadernos rosa dos ventos” são potências nas mãos de
alunos, alunas, professoras e professores atentos à qualidade do trajeto, à ousadia de
novos encontros com a Arte, à busca da experiência estética no pensar, no fazer, no
escrever, no apreciar, no navegar pelos territórios da Arte.

AJUSTES

Caderno do Professor de Arte – 2ª série – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada
página.

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Arte – 2a série, 1o bimestre

© Succession Marcel Duchamp, licenciado por Autvis, Brasil, 2008 © Album/akg-Images-Latinstock


Marcel Duchamp. Fonte, 1917. Ready-made. Porcelana, 23,5 x 18 x 60 cm.

Talvez os alunos não estejam habituados território da mediação cultural, os alunos po-
a questões como estas, pois nem sempre se dem se tornar conscientes das escolhas que os
dão conta da mediação cultural que está professores fazem para aproximar a Arte dos
sendo realizada pelo professor. Talvez ainda estudantes, preparando-os para compreender
não tenham ido a uma exposição e percebido melhor o conceito para além da sala de aula.
qual foi o fio condutor da curadoria, isto é, E as próprias obras podem ajudar a pensar na
quais foram os focos que geraram a seleção relação entre Arte e público.
das obras e o modo de expô-las.
Quais foram as respostas dos alunos às ques-
Cada curadoria educativa (seleção e agru- tões colocadas? Perceberam que a proposta ini-
pamento de imagens/obras) traz em si a cial era discutir a escolha dessas imagens para
intenção de, ao mostrar as obras, ativar cultu- iniciar o estudo das artes visuais no território
ralmente a discussão que propõe. Trilhando o de mediação cultural? Será que os alunos per-

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Arte – 2a série, 1o bimestre
© Lenise Pinheiro

© Lenise Pinheiro
Teatro Oficina Uzyna Uzona. Bacantes, 1995, São Paulo, SP. Direção de José Celso Martinez Correa. Ator Marcelo Drummond
como Dionísio, projeção em TV durante o espetáculo (foto inferior).

© Adam Woolfitt/Corbis-Latinstock

Ruínas do Teatro de Dionísio. Acrópole de Atenas, Grécia.

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