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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
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1.
a) Espera-se que os alunos observem que os indígenas ocupavam o território do
atual Brasil antes da chegada dos portugueses. Portanto, a propriedade da terra era
dos indígenas antes que os colonizadores tomassem essas terras, praticamente
dizimando os nativos.
b) Espera-se que os alunos percebam que a reprodução minuciosa de elementos da
vida dos povos indígenas serve para comprovar o quanto eram ricas as culturas
desses povos antes da chegada dos colonizadores. É importante que você incentive os
alunos a buscar informações que contextualizem a obra de arte estudada.
2. Durante a observação da obra de arte, você deve destacar alguns de seus detalhes,
facilitando, assim, a elaboração da resposta. O olhar do pintor está situado na ponte
de comando do navio, projetando-o sobre a proa e conferindo destaque para as
famílias de emigrantes. Embora, ao que tudo indica, o instante escolhido pelo artista
seja o da tristeza do desterro, o navio parece erguer-se, maior e mais forte do que os
obstáculos naturais (o mar) em direção a seu porto de destino. Além desses aspectos,
nota-se o valor atribuído pelo artista aos seres anônimos que, egressos de diferentes
países, contribuíram para a formação e diversidade étnica do Brasil contemporâneo.
3. A letra da canção pretende chamar a atenção para a presença dos afrodescendentes na
população brasileira. Mais que isso, busca reafirmar a valorização do movimento
negro em nosso país, a partir das décadas de 1980 e 1990, não somente por
intermédio de sua organização e mobilização político-social como também de sua
expressão pela dança, música e poesia. É o caso, entre outros, do RAP (Rhythm and
Poetry; Ritmo e Poesia) e do Movimento Hip-Hop. Essas expressões artísticas
contribuem para o processo de reconstrução de identidades nas sociedades em que
eles estão presentes, dando origem à constituição de um novo patamar urbano de
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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 2a série – Volume 3
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1. Espera-se que os alunos apresentem como critérios os seguintes elementos: cor da
pele e critérios morfológicos como formato do nariz, dos lábios, do queixo, do
formato do crânio, o ângulo facial etc.
2. De acordo com o texto, ao se considerar elementos culturais, psicológicos e
intelectuais para classificar raças, cria-se uma hierarquia valorativa por meio da qual
é possível estabelecer quem é “melhor” ou “pior”, “superior” ou “inferior” que
outros. Se alguns geneticistas consideram raça um conceito biologicamente
ultrapassado, a sociedade deve romper com classificações criadas com o intuito de
gerar hierarquias, responsáveis por justificar formas de dominação de um povo sobre
outros. As sociedades devem, portanto, respeitar-se, compreendendo que as
diferenças entre os povos manifestam-se pela diversidade cultural e que cada
indivíduo é único e como tal deve ser compreendido como mais um membro da
espécie humana, dentro do contexto socioeconômico e cultural em que vive. Você
pode aproveitar essa reflexão para discutir com os alunos a ideia de “diferença” em
contraposição à ideia de “desigualdade”.
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1. Na comparação dos gráficos, observa-se que há diminuição no número de brancos e
aumento significativo do número de pardos. Espera-se que os alunos percebam que
os dados de 2006 demonstram que mais pessoas em nosso país estão assumindo sua
cor de pele, abrindo mão, assim, de uma ideologia de cunho racista que as fazia
desvalorizar sua cor de pele. Em parte, isso ocorre em um contexto histórico de
fortalecimento do movimento negro e de uma transformação positiva da imagem
pública das pessoas desse grupo, em nossa sociedade, que sofrem preconceito ainda
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hoje. Podem surgir respostas que justifiquem essa mudança na distribuição étnico-
racial pelo aumento da miscigenação entre negros e brancos.
2.
a) Até o levantamento de 1991, só havia quatro classificações possíveis: brancos,
pardos, pretos e amarelos. A partir do censo de 2000 foi introduzida a classificação
indígena. Os dados de 2001 são mais abrangentes do que os dos levantamentos
anteriores, pois houve a inclusão de mais uma categoria.
b) Espera-se que os alunos percebam a imprecisão dos critérios do IBGE para a
classificação da população em relação à cor da pele, visto, por exemplo, que os
indígenas podem ser pardos ou amarelos.
c) Espera-se que os alunos percebam que os dados não refletem fielmente a realidade
da população brasileira, por serem dados autodeclarados, uma vez que o IBGE solicita
que cada indivíduo se reconheça em um dos poucos parâmetros relativos à cor da pele
previstos no instrumento de pesquisa e não são considerados aspectos sociais e
culturais. Nos dados colhidos a partir de 2000, além de alguma preocupação sobre
esses aspectos, asiáticos e indígenas foram agrupados separadamente.
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1. O grupo que apresenta a maior frequência escolar é o de mulheres brancas, o de
menor frequência escolar é o composto de homens pretos, segundo nomenclatura do
IBGE. Espera-se que os alunos relacionem a discriminação racial e a desigualdade
social como fatores que influenciam no acesso dos brasileiros à educação.
2. O grupo de mulheres pretas, segundo nomenclatura do IBGE, destaca-se por concentrar
as maiores taxas de desemprego. Os alunos deverão levantar várias hipóteses, e entre
elas podem surgir questões como a dificuldade de acesso ao mercado de trabalho formal,
que embora se negue, baseia-se no preconceito relativo à cor da pele.
3. O enunciado exige reflexão e associação entre aspectos estudados e dados
estatísticos. Espera-se que os alunos ponderem que o fato de haver uma forte
miscigenação entre brancos e não brancos no Brasil não garante que exista uma
verdadeira democracia. É o que atestam os gráficos apresentados e nos quais os
alunos poderão estruturar a argumentação a esse respeito, pois se percebe,
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SITUAÇÃO APRENDIZAGEM 2
A DINÂMICA DEMOGRÁFICA
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1. Espera-se que os dados coletados por intermédio da ficha reproduzam em escala
local os mesmos resultados relativos ao encolhimento da taxa de fecundidade e à
intensa migração da população brasileira. Tomando por base esses resultados, analise
com os alunos a importância de coletar e estudar dados populacionais, não apenas
para que os governos planejem as políticas públicas adequadas às reais necessidades
da população, mas também para que as empresas privadas façam projeções sobre
seus mercados consumidores.
2.
a) Espera-se que os alunos destaquem que houve movimento migratório, se for o
caso – o mais provável. Junto com os alunos, identifique se o movimento migratório
foi intraestadual ou de âmbito nacional e determine os vetores desse movimento.
b) Provavelmente, a média do número de filhos por família terá diminuído,
confirmando a tendência observada nas taxas de fecundidade nas últimas décadas.
Junto com os alunos, procure traçar a média de filhos nas diferentes gerações.
Páginas 13 - 15
1.
a) Como esse tema já foi estudado em anos anteriores, espera-se que os alunos não
considerem verdadeira a afirmação. A explosão demográfica ocorreu entre as
décadas de 1940 e 1970, período de grande aumento populacional em decorrência
das altas taxas de natalidade e da queda da mortalidade resultantes dos avanços da
medicina, como o surgimento dos antibióticos e a popularização de formas de
prevenção com as vacinações em massa.
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1. O número de filhos por mulher diminuiu de 6,2, em 1940, para 1,95 filhos por
mulher em 2007, começando a cair a partir da década de 1960. No geral, o gráfico
“Crescimento populacional brasileiro entre 1872 e 2000 e projeções para 2010 e
2020” mostra uma diminuição contínua no crescimento populacional. Ressalva em
1960, quando houve um pequeno aumento na taxa de fecundidade e um aumento no
crescimento populacional em comparação à década anterior.
2. O gráfico demonstra como as taxas de fecundidade diminuem sensivelmente
conforme aumentam os anos de estudo das mulheres. Além disso, percebe-se que a
Região Norte é a que apresenta a maior taxa de fecundidade nas mulheres com
menor nível de instrução.
3. Espera-se que os alunos, de modo geral, percebam que a redução nas taxas de
fertilidade é explicada pelo aumento da urbanização e, portanto, pelo maior acesso
aos meios contraceptivos, pela melhoria no nível educacional da população e pela
significativa presença da mulher no mercado de trabalho, entre outros fatores.
Páginas 17 - 18
1.
a) Espera-se que os alunos acentuem que a primeira fase caracteriza o regime
demográfico tradicional, e apresenta uma alta taxa de mortalidade e de natalidade. Na
Fase I da Transição Demográfica ocorre a redução das taxas de mortalidade e registra-
se um elevado crescimento vegetativo da população. Na Fase II, ocorre uma redução
das taxas de natalidade, e, consequentemente, do crescimento vegetativo. Por último,
na Fase III, período pós-transicional, característico de um regime demográfico
moderno, as taxas de mortalidade e de natalidade apresentam-se reduzidas.
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Páginas 19 - 20
1.
2 Rússia e China China e Rússia apresentam base menor que o corpo da pirâmide,
resultado de baixas taxas de natalidade, e com número
significativo de idosos. Na pirâmide da Rússia, o número de
homens adultos é menor do que o de mulheres, em virtude de
guerras e conflitos militares nos quais o país se envolveu no
século XX.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
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Os dados apresentados nos gráficos revelam uma mudança histórica nas relações
familiares até então patriarcais, em que o homem era considerado o grande provedor,
para uma nova realidade, na qual o papel da mulher torna-se cada vez mais reconhecido
como participante na renda familiar e provedora individual de grande parte das famílias.
Os gráficos revelam o aumento de domicílios chefiados por mulheres, o que as torna,
nos últimos anos, protagonistas de uma grande mudança em curso no mercado de
trabalho brasileiro. Além das mudanças nas relações familiares, é importante discutir
com os alunos o processo de migração campo-cidade (êxodo rural), o consecutivo
aumento da população urbana, onde o custo de vida é mais alto, o que contribui para a
entrada da mulher no mercado de trabalho para auferir uma renda familiar maior.
Páginas 24 - 25
1. De acordo com o IBGE, denomina-se População Economicamente Ativa (PEA) o
conjunto da população em idade produtiva, entre 10 e 65 anos, e que trabalha em
atividades remuneradas, considerando-se tanto indivíduos ocupados (com trabalho)
quanto desocupados (sem trabalho, mas que tomam alguma providência efetiva no
sentido de procurar trabalho). Essa definição do IBGE pode ser discutida com os
alunos, observando que a Constituição brasileira não permite o trabalho infantil. A
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1. O que se espera é que os alunos identifiquem que os dados retratam um aumento
significativo da participação das mulheres no mercado de trabalho, fato notório nas
últimas décadas, principalmente a partir da década de 1980. Feita essa caracterização,
os alunos poderão indicar várias razões explicativas de acordo com as leituras e com o
que foi tratado em sala de aula. Poderão discorrer sobre a necessidade de
complementação da renda familiar, o aumento do número de mulheres chefes de
família ou, ainda, o desejo de emancipação e maior independência e igualdade de
oportunidades em relação aos homens. Além desses aspectos, os alunos poderão
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
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1. A pobreza é associada à insuficiência de renda. Ou seja, quando a soma dos
rendimentos de um indivíduo ou da família não permite a satisfação de suas
necessidades básicas (alimentação, transporte, moradia, saúde e educação), costuma
se utilizar o termo pobre. Quanto à exclusão social, além da renda, emprega-se a
expressão de maneira mais ampla ou multidimensional, pois também abrange
restrições à mobilidade social (intra e intergerações) resultantes de condições como
etnia, sexo, tipo de ocupação, condição socioeconômica, além de fatores culturais,
institucionais e políticos. De maneira complementar, vale chamar a atenção dos
alunos para o fato de que a exclusão social também pode ser vista sob outro enfoque,
como um conceito associado à ideia de “vulnerabilidade social”, referindo-se, nesse
caso, à marginalização de determinados segmentos sociais (em geral, pobres com
baixa escolaridade, negros e mulheres) em relação aos benefícios gerados pelo
desenvolvimento. Em qualquer dos casos, o fato é que a exclusão social está
intrinsecamente associada à noção de mobilidade social.
2. De acordo com as informações contidas no mapa, as regiões brasileiras nas quais os
índices de pobreza e exclusão mais se equiparam são as regiões Norte e Nordeste.
3. Considerando a diferença entre os conceitos, espera-se que os alunos identifiquem
que, apesar de os salários serem mais elevados em São Paulo, e as famílias em
conjunto conseguirem suprir suas necessidades básicas, essa mesma população
enfrenta restrições quanto à mobilidade social resultantes de condições como etnia,
sexo, tipo de ocupação, condição socioeconômica, além de fatores culturais,
institucionais e políticos.
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Espera-se que o trabalho em sala de aula permita aos alunos discorrerem sobre as
formas de segregação espacial manifestadas pela distribuição desigual de infraestrutura
entre os bairros ricos e pobres, assim como a manifestação desta mesma segregação em
razão do aumento de condomínios “fechados”, designados como “enclaves
fortificados”, ou seja, espaços privatizados, fechados e monitorados para residência,
consumo, lazer ou trabalho. A proliferação desses “enclaves fortificados” vem criando
um novo modelo de segregação espacial e transformando a qualidade da vida pública
não somente no Brasil como em muitas cidades ao redor do mundo. Esses locais
reproduzem uma cultura segregacionista e excludente das elites econômicas (motivadas
em virtude dos altos índices de violência urbana) em relação a outros grupos sociais
menos abastados, resultando numa fragmentação dos espaços urbanos, reproduzindo no
plano espacial a desigualdade social existente. Incentive os alunos a ilustrar essa
discussão com exemplos de exclusão e segregação espacial de seu cotidiano.
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