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PROJETO

EDUCAÇÃO CONTINUADA
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
Lucro Real
Atualização para 2011 e

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Regime de tributação

 As empresas podem optar, entre outras, por um dos seguintes


regimes de tributação:

 a) lucro real; ou

 b) lucro presumido.

 Para cada forma de tributação, existem normas e definições diferentes


e, em algumas, restrições e vedações.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real

 Conceito:

 Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com


observância das normas da legislação comercial, ajustado no
Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelas adições,
exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação tributária (arts. 247, 249 e 250 do RIR/99).

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Determinação do Lucro Real


 Um dos princípios fundamentais de contabilidade, e que possui


extrema relevância para entendimento e lógica do que vem a ser
a ciência contábil e sua importância para as atividades
empresarias, é o princípio da confrontação da receita com a
despesa.

 RECEITA = TODO VALOR GANHO


 DESPESA = CONSUMO OU GASTO ATRELADO AO GANHO
 CONFRONTO ENTRE RECEITA X DESPESA

 Sendo assim, para determinação do Lucro Real, deverá ser


obedecido o Princípio da confrontação da receita com a despesa.
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LUCRO REAL PARA 2011

 Formação do Lucro Tributável

 A tributação não é feita exatamente sobre o resultado


contábil adequadamente apurado.
 Para transformar o lucro apurado na contabilidade em
lucro fiscal, são necessários ajustes, referentes a
despesas e receitas que a legislação do imposto de renda
entende que podem e não podem ser consideradas na
determinação da base de cálculo.
 O lucro fiscal será determinado apenas pelas receitas
tributadas e pelas despesas aceitas pelo Fisco e não
através de receitas e despesas registradas pela
contabilidade, sendo o resultado de partida aquele
registrado na escrituração contábil.
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 Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 LUCRO ANTES DE IR+CSL


 (+) ADIÇÕES
 - Despesas Contabilizadas que não são Aceitas pelo FISCO
 - Receitas Exigidas pelo FISCO e não Contabilizadas em Receita
 (-) EXCLUSÕES
 - Receitas Contabilizadas que não são Exigidas pelo FISCO
 - Despesas Aceitas pelo FISCO e não Contabilizadas em Despesa

 LUCRO ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

 (-) COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

LUCRO TRIBUTÁVEL
 A seguir o detalhamento de cada nomenclatura informada na
passagem do lucro contábil para o lucro fiscal.
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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real

 Finalidade:

 A finalidade do lucro real é apurar a base de cálculo do


imposto de renda das pessoas jurídicas que optarem por esse
tipo de apuração.

 O Lucro real é demonstrado no Livro de Apuração do Lucro


Real – LALUR.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real

 Lalur:

 O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro fiscal exigido


pela legislação do imposto de renda (art. 262 do RIR/99).

 Parte A, destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do


período de apuração e à transcrição da demonstração do lucro real.
Nessa parte é que apuramos a base de cálculo do imposto.

 Parte B (cuja numeração é seqüencial à da Parte A), destinada ao


controle dos valores que foram ajustados na Parte A que devam
influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração
futuros e não constem da escrituração comercial.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real

 Lalur – Adições:
 a) custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer
outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido e que, de acordo com a
legislação do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro
real;

 b) resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na


apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de
Renda, devam ser computados na determinação do lucro real.

 - Principais Adições:
 • CSLL;
 • Alimentação de sócios, acionistas e administradores;
 • Brindes;
 • Multas por infrações fiscais;
 • Provisões (exceto as de férias, 13º salários e seus encargos sociais e as
provisões técnicas estabelecidas pela Susep);
 • Ajustes de RTT; e
 • Outras adições.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real
 Despesas e Custos Dedutíveis
 De acordo com o art. 299 do RIR/99:
 São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias
à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora;
 São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das
transações ou operações exigidas pela atividade da empresa;
 Basicamente, são três os requisitos que habilitam um determinado gasto
a ser considerado como despesa operacional dedutível:
 1. É necessário que o gasto seja incorrido, ou seja, é indispensável que
a empresa já tenha usufruído dos bens e serviços adquiridos;
 2. O gasto deve ser necessário para a manutenção da atividade da
empresa e, além disso, deve ser normal e usual ou relacionado com a
atividade explorada; e
 3. O gasto deve ser adequadamente comprovado.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real
 Lalur - Exclusões:

 a) Resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na


apuração do lucro líquido e que, de acordo com a legislação do Imposto de Renda,
não sejam computados no lucro real;

 b) Valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do Imposto de Renda e


que, pela sua natureza exclusivamente fiscal, não tenham sido computados na
apuração do lucro líquido.

 Principais Exclusões:

 Lucros ou dividendos recebidos, de investimento avaliado pelo custo de


aquisição;

 Reversão de provisões não dedutíveis;

 Ajustes de RTT; e

 Outras exclusões.

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 Lucro real

 Lalur - Exclusões:

 Compensação de prejuízos fiscais de períodos de


apuração anteriores, respeitado o limite de 30% do lucro
ajustado.

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LUCRO REAL PARA 2011
 Lucro real
 Pessoas Jurídicas Obrigadas à Apuração do Lucro Real:
 Estão obrigadas à apuração do Lucro Real (art. 14 da Lei n° 9.718/98):
 a) As pessoas jurídicas que auferiram receita total no ano a imediatamente
anterior superior a R$ 48.000.000,00;

 b) Cuja atividade sejam Instituições Financeiras e equiparadas;

 c) As pessoas jurídicas que auferiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital no


exterior;

 d) As pessoas jurídicas que usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou


redução do imposto de renda;
 e) Que optarem pelo pagamento por estimativa;

 f) Factoring;
 g) As atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de
imóveis que realizarem venda de imóveis antes de concluído o empreendimento e
computaram, no custo do imóvel vendido, os custos orçados para a conclusão
das obras (IN SRF n° 25/99);
 h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real
 Período de Apuração

 O período de apuração das empresas é trimestral (art. 1° da Lei n°


9.430/96).

 A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá


optar pelo regime anual de tributação. Nesse caso, a empresa deverá
antecipar o imposto devido em 31 de dezembro pelo pagamento, em
cada mês, por estimativa.

 Essa estimativa poderá ser calculada com base nas receitas brutas e
demais receitas ou com base no levantamento de balanço ou balancete
de verificação para suspender ou reduzir o pagamento do imposto.

 A opção pelo regime trimestral ou anual do imposto será efetuada no


primeiro pagamento do imposto no ano-calendário e será irretratável
para todo o anocalendário (art. 17 da IN SRF n° 93/1997).

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real
 Lucro Real Trimestral:
 Se a empresa optar pelo período trimestral deverá, apurar a base de cálculo do
imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido nos resultados apurados
em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada
anocalendário, da seguinte maneira:
 a) com base no levantamento de balanço patrimonial ou balancete de verificação; e

 b) efetuar os ajustes extracontábil no LALUR.


 Deverá, ainda:

 a) Escriturar, trimestralmente, o livro de Registro de Inventário e o livro para Registro


Permanente de Estoque, até a data de vencimento da primeira ou da quota única do
imposto;

 b) Apurar e pagar o imposto de renda e a CSLL, trimestralmente.

 O balanço ou balancete deverá ser efetuado com observância das disposições


contidas nas leis comerciais e fiscais e ser transcrito no livro Diário até a data fixada
para pagamento do imposto do respectivo trimestre.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação do IRPJ:


 Lucro líquido contábil antes IRPJ
 (+) Adições
 (-) Exclusões
 (=) Lucro Ajustado
 (-) Compensações ( até 30% do lucro ajustado)
 (=) LUCRO REAL
 Cálculo:
 a) Alíquota normal:
 Lucro Real x 15% = IRPJ
 b) Adicional do imposto de renda:
 Lucro Real
 (-) Parcela Isenta ($ 60.000,00)
 (=) Base de cálculo do adicional (X) alíquota de 10% (=) Adicional do IRPJ
 c) A + B = Imposto Total
 Dedução dos Incentivos Fiscais:
 Do imposto normal devido (alíquota normal de 15%), poderão ser deduzidos os incentivos fiscais,
observados os limites e condições aplicáveis.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação do IRPJ:


 (+) Adições

 - Despesas contabilizadas e não aceitas pelo fisco

 São aqueles valores registrados pela contabilidade da empresa


em despesa, mas que a legislação fiscal não aceita como
dedução do lucro.

 - Receitas exigidas pelo fisco e não contabilizadas em receita

 Esta situação acontece quando a empresa não registra


determinado valor em receita na contabilidade, mas o Fisco
exige seu reconhecimento para fins fiscais.
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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação do IRPJ:


 (-) Exclusões

 - Receitas contabilizadas e não exigidas pelo fisco

 Aplica-se o mesmo raciocínio das adições, ou seja, representa um valor


que, embora reconhecido como ganho pela empresa e contabilizado em
receita, a legislação fiscal não exige sua tributação, permitindo assim que
esta receita não entre na base fiscal para cálculo dos tributos sobre o
lucro.

 - Despesas aceitas pelo fisco e não contabilizadas em despesa

 Em algumas situações o Fisco permite que sejam feitas deduções na base


fiscal que não estão registradas como despesa na contabilidade. A forma
adequada de se proceder a estas deduções é através do registro
diretamente na base fiscal, sem transitar pelo resultado contábil.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real

 Deduções Permitidas do Imposto devido:

 Poderão ser deduzidos do imposto devido (imposto total – incentivos


fiscais), no trimestre:

 a) IR Fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos federais,


estaduais e municipais;

 b) IR Fonte sobre pagamentos efetuados entidades da administração


pública federal (empresas públicas; sociedades de economia mista e
demais entidades que a União detenha a maioria do capital social com
direito a voto);

 c) IR Fonte sobre remuneração de serviços profissionais;

 d) IR Fonte sobre os rendimentos de aplicação financeira;

 e) IR pago sobre os ganhos líquidos decorrentes de aplicação de renda


variável.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real
 Pagamento:
 O imposto de renda, apurado no final do trimestre (IRPJ devido –
Deduções), será pago em quota única, até o último dia útil do mês
subsequente ao do encerramento do período de apuração (art. 19 da IN
SRF n° 93/1997).
 O referido imposto poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e
sucessivas, vencíveis no último dos três meses subsequentes ao do
encerramento do período de apuração.

 O valor de cada quota não poderá ser inferior a R$ 1.000,00 e serão


acrescidas da taxa selic.
 No campo 04 do DARF serão informados os seguintes códigos:
 a) 3373, para pessoas jurídicas não obrigadas ao lucro real;
 b) 0220, para pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real.
 Se for apurado imposto a compensar, este valor poderá ser compensado
através da perdcomp.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação da CSLL:


 Similarmente ao procedimento aplicável ao imposto de renda será aplicável a CSLL
(art. 3° da IN SRF n° 390/2004), isto é:

 Lucro líquido contábil antes CSLL

 (+) Adições
 (-) Exclusões

 (=) Lucro Ajustado

 (-) Compensações (até 30% do lucro ajustado)

 (=) Base de Cálculo Positiva da CSLL

 Alíquota:

 A CSLL será calculada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre a base de


cálculo positiva apurada.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação da CSLL:


 Similarmente ao procedimento aplicável ao imposto de renda será aplicável a
CSLL (art. 3° da IN SRF n° 390/2004), isto é:

 Lucro líquido contábil antes CSLL

 (+) Adições

 Despesas contabilizadas e não aceitas pelo fisco

 São aqueles valores registrados pela contabilidade da empresa em despesa,


mas que a legislação fiscal não aceita como dedução do lucro.

 - Adições (Receitas exigidas pelo fisco e não contabilizadas em receita)

 Esta situação acontece quando a empresa não registra determinado valor em


receita na contabilidade, mas o Fisco exige seu reconhecimento para fins
fiscais. Como não está compondo o resultado da empresa, se nele fosse
incluído, representaria uma adição.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação da CSLL:


 Lucro líquido contábil antes CSLL

 (-) Exclusões

 - Exclusões (Receitas contabilizadas e não exigidas pelo fisco)

 Aplica-se o mesmo raciocínio das adições, ou seja, representa um valor


que, embora reconhecido como ganho pela empresa e contabilizado em
receita, a legislação fiscal não exige sua tributação, permitindo assim que
esta receita não entre na base fiscal para cálculo dos tributos sobre o
lucro.

 - Exclusões (Despesas aceitas pelo fisco e não contabilizadas em


despesa)

 Em algumas situações o Fisco permite que sejam feitas deduções na base


fiscal que não estão registradas como despesa na contabilidade. A forma
adequada de se proceder a estas deduções é através do registro
diretamente na base fiscal, sem transitar pelo resultado contábil.
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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - Determinação da CSLL:

 Deduções:

 Poderão ser deduzidos da Contribuição Social devida no


trimestre:

 a) CSLL Retida na Fonte sobre pagamentos efetuados por


órgãos públicos federais, estaduais e municipais;
 b) CSLL Retida na Fonte sobre pagamentos efetuados
entidades da administração pública federal (empresas públicas;
sociedades de economia mista e demais entidades que a União
detenha a maioria do capital social com direito a voto);
 c) CSLL Retida na Fonte sobre remuneração de serviços
profissionais

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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro real - CSLL:


 Pagamento:
 A Contribuição Social, apurada no final do trimestre (CSLL
devida – Deduções), será paga em quota única, até o último dia
útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração (art. 33 da IN SRF nº 390/2004).
 A referida contribuição poderá ser paga em até três quotas
mensais, iguais e sucessivas, sendo que cada quota não
poderá ser inferior a R$ 1.000,00.
 As quotas da contribuição serão acrescidas de juros
equivalentes à Taxa Selic.

 No campo 04 do DARF será informado o código 6012.

 Se for apurada CSLL a compensar, este valor poderá ser


compensado.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Exemplo lucro real trimestral

 Para o exemplo, vamos considerar que a pessoa


jurídica seja tributada pelo lucro real trimestral e
que tenha apresentado a seguinte situação em um
determinado trimestre do ano-calendário.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Exemplo lucro real trimestral


Discriminação Valores (Em R$)
Receita bruta de revenda de mercadorias.
800.000,00
Receita bruta da prestação de serviços 250.000,00
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.050.000,00
(-) Vendas Canceladas e Descontos Incondicionais (10.000,00)
(-) ICMS (25.500,00)
(-) ISS (12.500,00)
(-) PIS/PASEP sobre o faturamento (19.635,00)
(-) COFINS sobre o faturamento (90.440,00)
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 891.925,00
(-) Custos das Mercadorias Revendidas (650.000,00)
(-) Custos dos Serviços Vendidos (67.000,00)
LUCRO BRUTO 174.925,00

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Exemplo lucro real trimestral
(-) Remuneração a Dirigentes (42.000,00)
(-) Salários, Ordenados e Outras Remunerações a Empregados (56.000,00)
(-) Comissões e corretagens pagas à pessoas jurídicas (1.400,00)
(-) Serviços profissionais pagos à pessoas jurídicas (7.000,00)
(-) Encargos sociais (29.141,00)
(-) Programa de Alimentação do Trabalhador (1.910,00)
(-) Transporte de Empregados (1.521,00)
(-) Arrendamento Mercantil e Aluguéis (1.834,00)
(-) Conservação e Manutenção do Imobilizado (2.454,00)
(-) Propaganda e Promoção (5.420,00)
(-) Multas infrações fiscais (126,00)
(-) Encargos de depreciação (4.105,00)
(-) Provisão para Férias (4.942,00)
(-) Bens de pequeno valor deduzido como despesa (260,00)
(-) Outras despesas operacionais (69.000,00)
Receitas financeiras 4.385,00
Outras receitas operacionais 76.000,00
(-) Despesas financeiras (9.754,00)
LUCRO OPERACIONAL 18.443,00
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
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LUCRO REAL PARA 2011

 Exemplo lucro real trimestral

 Dentre os valores apresentados, não são dedutíveis para fins


de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL:
 a) o valor de R$ 126,00, relativo a multas por infrações
fiscais;
 b) valor de R$ 8.000,00 registrado em outras despesas
operacionais, relativo à despesa sem comprovantes e com
alimentação de sócios.
 A empresa não tem prejuízos fiscais, nem base de cálculo
negativa da CSLL, a compensar.
 Para determinação do lucro real, primeiro devemos apurar o
valor da provisão para a CSLL, em face de que este valor
também não é dedutível.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Exemplo lucro real trimestral

 Provisão para a CSLL cfe ajustes no Lalur.

LUCRO LÍQUIDO ANTES DA CSLL E IRPJ 18.443,00


Adições: multas e alimentação dos sócios 8.126,00
Lucro ajustado para a CSLL 29.569,00
Provisão para a CSLL (R$ 26.569,00 x 9%) 2.391,21

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Provisão para a CSLL lançada na contabilidade.

Discriminação Valores (Em R$) Valores (Em R$)

(=) Lucro líquido antes da CSLL 18.443,00


Provisão para a CSLL 2.391,21
LUCRO ANTES DO IRPJ 16.051,79

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 No Lalur vamos apurar o IRPJ sobre o Lucro Real do trimestre

Valores (Em Valores (Em


Discriminação
R$) R$)
(=) Lucro líquido após a CSLL 16.051,79
(+) Adições:
Provisão para a CSLL 2.391,21
Multas 126,00
Despesas s/comprovantes e alimentação sócios 8.000,00 10.517,21
(=) Lucro Real do período 26.569,00
Provisão para o Imposto de Renda IRPJ (R$ 26.569,00 x 15%) 3.985,35

Caso o lucro do trimestral seja superior a R$ 60.000,00 no trimestre a empresa


estará sujeita ao adicional de 10% de IRPJ.

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LUCRO REAL PARA 2011

 PREJUÍZO - COMPENSAÇÃO

Lucro Antes da Compensação de Prejuízos Fiscais

Representa o lucro apurado pelo Fisco no período. São as receitas tributáveis


menos as despesas dedutíveis. É a soma do lucro antes de IR e CSL com as
adições, deduzidas das exclusões ao lucro líquido.

Portanto, o lucro fiscal (antes da compensação de prejuízos fiscais) é o


resultado das receitas tributáveis menos as despesas dedutíveis.

Abaixo existirá tópico especifico tratando das adições e exclusões ao lucro.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 PREJUÍZO - COMPENSAÇÃO

- Compensação de Prejuízos Fiscais

Poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do contribuinte, os


prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde que observado o
limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições
e exclusões previstas na legislação tributária. O prejuízo compensável é o
apurado na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no
Lalur (parte B) (Lei nº 8.981, de 1995, art. 42), AGORA NO E-LALUR
ELETRÔNICO.

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LUCRO REAL PARA 2011

 PREJUÍZO - COMPENSAÇÃO

- Lucro Fiscal

É o lucro após a compensação dos prejuízos


fiscais

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LUCRO REAL PARA 2011
Compensação de Prejuízos Fiscais

Prejuízo contábil representa o resultado negativo de uma empresa. No


caso da contabilidade, significa que o total de despesas foi maior que o
total das receitas.

Prejuízo na contabilidade;

Lucro fiscal.

Exemplo.

A empresa “Vende Tudo” tem prejuízo antes de IR e CSL no valor de R$


100, sendo que a única despesa não aceita pelo Fisco é a despesa com
brindes, no valor de R$ 120. Como este valor será retirado do resultado
para fins de cálculo do IR, o resultado tributado pelo Fisco será de R$ 20,
pois uma despesa de R$ 120 não era, teoricamente, necessária para a
atividade da empresa.
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LUCRO REAL PARA 2011
Limitação Percentual de Compensação de Prejuízos Fiscais

O prejuízo fiscal apurado em determinado exercício poderá ser


compensado nos exercícios seguintes, limitado a 30% do valor do lucro
ajustado do período.

Exemplo: um prejuízo de R$ 100, ocorrido no ano de 2009, poderá ser


compensado com um lucro de R$ 300 no ano de 2010 até 30% do valor
deste lucro.
Assim a compensação estaria limitada em R$ 90, que representa 30% do
lucro de 2010 (R$ 300).

O valor de R$ 10 que deixou de ser compensado em 2010, em virtude do


limite de 30%, continuará registrado no Lalur e poderá ser compensado a
partir do ano seguinte.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011
Limitação Percentual de Compensação de Prejuízos Fiscais
A empresa não poderá compensar seus prejuízos fiscais se, entre a data
da apuração e da compensação do prejuízo fiscal, ocorrer,
cumulativamente, modificação do controle societário e modificação do
ramo de atividade.

De acordo com a Lei nº 6.404/76 o controle societário pode ocorrer de


forma direta ou indireta, conforme os seguintes conceitos:

a) controle direito: entende-se por controlador a pessoa, natural ou


jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto ou sob
controle comum;

b) controle indireto: considera-se controlada a sociedade na qual a


controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria
dos administradores.
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
LUCRO REAL PARA 2011
Limitação Percentual de Compensação de Prejuízos Fiscais

Modificação do Ramo de Atividade

A alteração do ramo de atividade pode ocorrer por inclusão de nova


atividade ou substituição de atividade anteriormente exercida, desde que,
em qualquer caso, a nova atividade seja de ramo diferente das
anteriormente exploradas.

Todavia, entende-se que a simples cessão de determinadas atividades e a


manutenção de outras já exploradas anteriormente não constituem
impedimento à compensação de prejuízos, visto que, em tal hipótese, não
ocorre modificação do ramo, mas apenas cessação parcial da atividade.

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LUCRO REAL PARA 2011

Compensação de Prejuízos Fiscais Não-Operacional

Os prejuízos não-operacionais, apurados a partir de 01º. 01.1996, somente


poderão ser compensados com lucros não-operacionais, observado o
limite de 30% do lucro real do período de apuração da compensação.

São considerados como não-operacionais os resultados (lucros ou


prejuízos) decorrentes da alienação de bens e direitos do Ativo
Permanente, que corresponde a diferença, positiva ou negativa, entre o
valor pelo qual o bem ou direito houver sido alienado e o seu valor
contábil.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

LALUR

O Livro de Apuração do Lucro Real, conhecido como LALUR, é um livro


eminentemente fiscal, cujo objetivo principal é demonstrar a passagem
do lucro contábil para o lucro fiscal. O LALUR é dividido em duas partes:
parte A e parte B.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

LALUR

Parte A

Na parte A, a empresa deve fazer a transcrição da apuração do lucro


fiscal, partindo do resultado obtido pela escrituração contábil.

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LUCRO REAL PARA 2011

LALUR

Parte B

Na parte B, são registrados todos os lançamentos que podem afetar a


base fiscal de períodos posteriores.

Assim, toda despesa que representa adição temporária deve ser


registrada na parte B, pois, em algum período seguinte, esta despesa será
dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na parte B do Lalur,
a exclusão poderá ser feita sem nenhuma preocupação.

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e-LALUR

Através da publicação da IN RFB nº. 989, de 22 de dezembro de


2009, no DOU de 24/12/2009, foi instituído o Livro Eletrônico de
Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica
Tributada pelo Lucro Real (e-Lalur).

A escrituração e entrega do e-Lalur, referente à apuração do


Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), será obrigatória
para as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do Imposto sobre a
Renda pelo Regime do Lucro Real.

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e-LALUR

- Informações a Serem Prestadas

O sujeito passivo deverá informar, no e-Lalur, todas as operações que


influenciem, direta ou indiretamente, imediata ou futuramente, a
composição da base de cálculo e o valor devido de IRPJ e CSLL.

- detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real;


- detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL;
- registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou
compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base
de cálculo negativa da CSLL;
- os lançamentos constantes da Entrada de Dados para o Controle Fiscal
Contábil de Transição (FCont), de que tratam os arts. 7º a 9º da IN RFB nº.
949/2009, e a IN RFB nº. 967/2009.

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e-LALUR

O e-Lalur deverá ser apresentado pelo estabelecimento matriz da pessoa


jurídica, até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos
e cinquenta e nove segundos), horário oficial de Brasília, do último dia útil
do mês de junho do ano subsequente ao ano-calendário de referência,
por intermédio de aplicativo a ser disponibilizado pela RFB na Internet, no
endereço eletrônico <www.receita.fazenda.gov.br>.

O e-Lalur deverá ser entregue até o último dia útil do mês subsequente ao
da ocorrência do evento, nos casos de:

I - cisão total ou parcial;


II - fusão;
III - incorporação; ou
IV - extinção;

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e-LALUR

Assinatura Digital

O arquivo eletrônico contendo os registros do e-Lalur será assinado


digitalmente pelo contribuinte com Certificado Digital emitido por
Autoridade Certificadora credenciada pela Infra-Estrutura de Chaves
Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), mediante utilização de certificado digital:

I - do contribuinte; ou

II - do representante legal do contribuinte; ou

III - do procurador, no caso da procuração a que se refere o inciso VI do


art. 2º da Instrução Normativa SRF nº 580, de 12 de dezembro de 2005; e

IV - do contabilista responsável pela escrituração do e-Lalur.

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LUCRO REAL PARA 2011

- Penalidade do E-Lalur

A pessoa jurídica que deixar de apresentar o e-Lalur no prazo


estabelecido sujeitar-se-á à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por
mês-calendário ou fração.

- Dispensa de Livro Lalur em Papel e FCONT

As pessoas jurídicas que apresentarem o e-Lalur ficam dispensadas, em


relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2010, da
escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real no modelo e normas
estabelecidos pela Instrução Normativa SRF nº 28, de 13 de junho de
1978, e da utilização do Programa Validador e Assinador da Entrada de
Dados para o FCont.

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Despesas Dedutíveis e Não-Dedutíveis

De acordo com o artigo 299 do Regulamento do Imposto de Renda -


RlR/99 considera como despesas operacionais aquelas necessárias à
atividade e à manutenção da respectiva fonte produtora.

São necessárias as despesas pagas ou incorridas para realização das


transações ou operações exigidas pela atividade da empresa.

As despesas operacionais admitidas são as usuais e as normais, no tipo


de transações, operações ou atividade da empresa.

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Despesas Dedutíveis e Não-Dedutíveis

As despesas que a contabilidade registra e a legislação fiscal entende


como não necessárias para a manutenção da fonte produtora das
entidades empresarias devem ser adicionadas nas bases de imposto de
renda e da contribuição social.

As regras básicas para dedutibilidade das despesas são as seguintes:

SEREM DESPESAS NECESSÁRIAS


SEREM COMPROVADAS E ESCRITURADAS
SEREM DEBITADAS NO PERÍODO-BASE COMPETENTE
NÃO SEREM COMPUTADAS NOS CUSTOS

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LUCRO REAL PARA 2011

Comprovação de Despesas

As despesas devem ser comprovadas, sendo necessário inicialmente que


estejam registradas regularmente na inscrição contábil, com detalhes que
permitam a correta identificação da operação efetuada.

Documentadas:

- com notas fiscais;


- faturas;
- recibos.

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Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos

Os Estoques representam um grupo de contas de grande


importância na maioria das empresas industriais e comerciais,
normalmente com saldos relevantes, tanto no balanço patrimonial,
onde são classificados no ativo, como na demonstração do
resultado do exercício, onde são registrados os custos das
mercadorias e produtos vendidos.

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Custos de Empresas Comerciais

Nas empresas comerciais, a apuração do custo das mercadorias vendidas


é aparentemente mais simples, em comparação com a apuração do custo
dos produtos vendidos nas indústrias.

O ICMS não integra o custo da mercadoria, pois é um imposto que será


recuperado posteriormente (lN SRF n° 51/78). Já o IPI, como a empresa
comercial não é contribuinte, será integrado ao preço da compra da
mercadoria. O mesmo aconteceria com o imposto de importação, se a
empresa adquirisse produto importado.

Também não vai compor o custo o PIS e Cofins sobre a entrada, um vez
que também serão recuperáveis. (Lei nº 10637/2002 e Lei 10833/2003)

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Custos de Empresas Industriais

A apuração dos custos nas empresas industriais é tarefa das mais


complexas, ainda mais se os controles não forem eficientes, por isso
serão abordados os aspectos fiscais envolvidos e integrados com os
aspectos contábeis.

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LUCRO REAL PARA 2011
O custo industrial

Devem ser integrados ao estoque, os seguintes valores, conforme a


aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e determinação
da legislação fiscal:

- O custo de aquisição das matérias-primas;


- Os materiais de embalagem;
- Materiais auxiliares;
- Outros Materiais utilizados na fabricação do produto;
- O custo de pessoal alocado na produção, inclusive de supervisão direta,
manutenção e guarda das instalações de produção. Além desses, deve
ser incluída também no estoque a mão-de-obra indireta, como
almoxarifado, recursos humanos, enfim, qualquer pessoal de apoio que
esteja envolvido apenas com os empregados da fábrica;
- Depreciação, amortização e exaustão dos bens e recursos utilizados na
produção; e
- Todos os demais custos indiretos tais como aluguel de fábrica, energia,
água, telefone, entre outros.
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O custo e o Arbitramento fiscal

O critério por arbitramento é utilizado pelo Fisco quando a contabilidade


de custos não estiver integrada com a contabilidade principal. No caso, o
saldo individual de estoque será igual a 70% do maior preço de venda do
período.

Por exemplo, um fabricante de bolsas, cujo maior preço de venda do


período seja R$ 30, registrará como estoque de produtos acabados o
valor unitário de R$ 21. Já em relação ao custo dos produtos em
processo, o contribuinte pode fazer a melhor opção entre:

Uma vez e meia o maior custo de aquisição de matérias-primas adquiridas


no período; ou 56% (referente 80% de 70%) do maior preço de venda do
período.

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LUCRO REAL PARA 2011
Quebras e Perdas

O Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99, em seu artigo 291,


determina que integrará também o custo o valor das quebras e das
perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade,
quando ocorridas na fabricação, no transporte e manuseio. Integram
também os custos as quebras ou perdas de estoque por deterioração,
obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por seguros,
desde que comprovadas:

- Por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que


especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as
razões da providência;
- Por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios,
inundações ou outros eventos semelhantes; ou

- Mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de


bens obsoletos, invendáveis ou danificados, quando não houve valor
residual apurável.
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Pagamentos a Sociedades Civis Ligadas

Não são dedutíveis os pagamentos efetuados pela empresas a


sociedades civis de profissão regulamentada quando esta for controlada,
direta ou indiretamente, por pessoas físicas que sejam diretores ou
controladores da pessoa jurídica que efetuar o pagamento. (grupo de
empresas com mesmo sócio ou administrador).

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Despesas com Provisões

A partir do ano de 1997 (Lei 9.430/96), foi proibida pela legislação fiscal a
dedução de qualquer provisão nas bases do IR e da CSL, exceto as
seguintes:

-Provisões de férias e de 13° salário; e

- Provisões técnicas de empresas de seguros, capitalização e previdência


privada.

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Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

Desde janeiro de 1997, a tradicional despesa de PDD (Provisão para


Devedores Duvidosos) passou a fazer parte da lista de despesas
consideradas não necessárias para a atividade da empresa, por isso a
proibição de sua dedução como despesa.

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PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS - Lei nº 9.430/96, art. 9º e 10

Dedução para os créditos em atraso:


a) Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do
devedor, mediante sentença emanada do Poder Judiciário;
b) Sem garantia de valor:
- Até R$ 5.000, por operação, vencidos há mais de seis meses,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o
seu recebimento;
- Acima de R$ 5.000 até R$ 30.000, por operação, vencidos há mais de
um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais
para o seu recebimento, porém mantida a cobrança administrativa; e
- Acima de R$ 30.000, vencidos há mais de dois anos, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu
recebimento.

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Tributos com Exigibilidade Suspensa

A dedutibilidade da contrapartida da provisão para pagamento de


tributo que está sendo contestado pela pessoa jurídica amparada ou
não por medida judicial desobrigando-a do recolhimento, não lhe
permite considerar que esta provisão é dedutível, uma vez que a
empresa está discutindo judicialmente que o tributo é indevido.

Com ou sem depósito, a maioria dos tributos discutidos deve ser


registrada em conta de despesa, com a obrigação sendo informada no
passivo, de preferência no exigível de longo prazo.

Na operação de contabilização de um tributo contestado, o Fisco não


aceita como dedução para a apuração do IRPJ e CSLL. Com o advento
da IN SRF n° 390/2004 (art. 50), esta adição deverá ser feita também na
base da CSL desde abril de 2004.

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Participações de Empregados no Lucro

As participações de empregados nos lucros são dedutíveis nas bases


do imposto de renda e da contribuição social, desde que se
enquadrem nas regras determinadas na Lei 10.101/2000. As provisões
para participação nos lucros e resultados, os famosos PPR e PLR que
as empresas pagavam no início do ano seguinte, são aceitos como
despesa nas bases do IR e da CSL. Contudo, para evitar qualquer
questionamento por parte das autoridades fiscais, a contabilização
deste passivo deve ser efetuada como contas a pagar e não como
provisão para participações de empregados no lucro na contabilidade.

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Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

Os ativos, principalmente estoques, títulos e aplicações em ações,


devem ser registrados pelo custo, sendo reconhecidos pelo valor de
mercado, quando este for menor que o valor registrado na
contabilidade.

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- Provisão para Garantias de Produtos com Defeitos

As indústrias, principalmente de bens de consumo duráveis,


constituem provisão para garantias contra devoluções e
manutenções dos produtos com defeitos. Esta provisão não é
dedutível nas bases do imposto de renda e contribuição social.

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- Provisão para Manutenção de Bens do Ativo Imobilizado

Existem empresas que possuem máquinas gigantes,


poderosas, que recebem manutenção em períodos
predeterminados. Por exemplo, empresas que possua uma
máquina com vida útil prevista de 20 anos, com manutenção
pesada feita de cinco em cinco anos.

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Demais Provisões

Existem outras provisões especificas que podem e devem ser


constituídas, mesmo sem a possibilidade de dedução por parte da
legislação fiscal. A contabilidade deve registrar as receitas do período
e todas as despesas relacionadas e integradas com a geração dessas
receitas. Se, dentre estas despesas, estiverem provisões de valores
ainda não qualificados, mas com clara e evidente perspectiva de se
tornarem exigíveis, deverão ser constituídas e adicionadas na base de
IR e CSL.

Estas provisões devem ser controladas no Lalur (Parte B), com


reconhecimento de créditos tributários diferidos, de preferência em
contas internas individualizadas por adição constituída.

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- Despesa com Depreciação

As despesas com depreciação são dedutíveis, obedecendo aos limites


máximos permitidos pela legislação fiscal.

A lei nº. 6.404/76 diz, em seu artigo 179, que devem ser classificados
no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens
destinados a manutenção das atividades da empresa, ou exercidos
com essa finalidade, inclusive bens de propriedade industrial ou
comercial.

O Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99 trata dos aspectos


tributários envolvendo a depreciação de bens do ativo imobilizado nos
artigos 305 a 323.

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- Despesas com Amortização

As despesas com amortização são dedutíveis na base do IR e da CSL


desde que obedeçam a determinadas regras, examinadas a seguir.

O RIR/99 determina no artigo 325, os valores que somente podem ser


registrados como despesa, para fins fiscais, num prazo mínimo de cinco
anos .

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Doações

As doações, desde 1996, não são dedutíveis para o imposto de renda e


também para a contribuição social, exceto em alguns casos específicos e
com limitação percentual em função do lucro operacional. (Lei nº
9.249/95, art. 13, inciso VI).

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Doações a Entidades Civis

São dedutíveis as doações para entidades civis, legalmente constituídas


no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em
benefício dos empregados da pessoa jurídica ou então em beneficio da
comunidade onde atuem.

Estará limitada a 2% do lucro operacional, antes de computada a própria


doação.

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LUCRO REAL PARA 2011
Doações a Entidades Civis

Por exemplo, empresa comercial tem em 2010 um lucro operacional de R$


6.000. Como a empresa fez uma doação de R$ 200 para uma entidade civil
(que atendeu às exigências da legislação fiscal), o cálculo da despesa
dedutível é o seguinte:

LUCRO OPERACIONAL, INCLUINDO A DESPESA DE DOAÇÃO R$ 6.000,00


(+) DESPESA DE DOAÇÃO PARA ENTIDADE CIVIL R$ 200,00
BASE DE CÁLCULO DO VALOR DEDUTÍVEL PARA IR E CSL R$ 6.200,00
PERCENTUAL MÁXIMO PERMITIDO 2%
VALOR MÁXIMO DEDUTÍVEL R$ 124,00
PARCELA ADICIONADA NAS BASES DE IR E CSL R$ 76,00

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LUCRO REAL PARA 2011
Doações a Institutos de Ensino e Pesquisa

São dedutíveis também as doações a instituições de ensino e pesquisa, cuja


criação tenha sido autorizado por Lei Federal. Estas doações estão limitadas a
1,5% do lucro operacional antes da dedução da própria doação e da doação
apresentada no item acima. O cálculo segue a mesma explicação da doação
para a entidade civil.
No exemplo anterior, admitindo uma doação a um instituto de pesquisa de R$
200, a parcela dedutível seria de R$ 96, representando 1,5% de R$ 6.400 (R$
6.000 do lucro operacional + R$ 400 das duas doações). (art. 365 do RIR/99)
LUCRO OPERACIONAL, INCLUINDO A DESPESA DE DOAÇÃO R$ 6.000,00
(+) DESPESA DE DOAÇÃO PARA ENTIDADE CIVIL R$ 400,00
BASE DE CÁLCULO DO VALOR DEDUTÍVEL PARA IR E CSL R$ 6.400,00
PERCENTUAL MÁXIMO PERMITIDO 1,5%
VALOR MÁXIMO DEDUTÍVEL R$ 96,00
PARCELA ADICIONADA NAS BASES DE IR E CSL R$ 104,00

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Doações a Oscip

Desde 2001 são dedutíveis as doações para as Organizações da Sociedade


Civil de Interesse Púbico - OSCIP, qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei n° 9.790/99. As entidades enquadradas como OSCIP
devem renovar o registro anualmente através de ato formal de órgão
competente da União.

Limite de dedução do lucro operacional de 2%, antes de computada a própria


doação.

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LUCRO REAL PARA 2011

- Doações para Projetos Enquadrados na Lei Rouanet

As doações para projetos culturais aprovados pela Lei n° 8.313/91, mais


conhecida no mercado como Lei Rouanet, também são dedutíveis sem a
limitação imposta para as demais doações. Estas doações, além de serem
dedutíveis tanto na base do IR como na base da CSL, gozam de incentivo
fiscal de redução direta de até 40% do valor da doação, com limitação
percentual de 4% do valor do IR devido (alíquota básica).

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LUCRO REAL PARA 2011

- Doações para o Fundo da Criança e do Adolescente

As doações para o Fundo da Criança e do Adolescente não são dedutíveis,


mas são incentivadas como redução direta de IR devido, com limitação em
1%do valor do imposto calculado pela alíquota básica.

Se a empresa apresentar R$ 20.000 de IR devido pela alíquota básica, poderá


reduzir este IR em R$ 200 como incentivo. Caso doe R$ 220, todo o valor será
adicionado nas bases de IR e da CSL, independente de ter ocorrido
aproveitamento de parte ou não como incentivo fiscal.

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LUCRO REAL PARA 2011

- Previdência Privada

De acordo com o art. 69 da Lei Complementar nº 109 de 2001, as contribuições


vertidas para as entidades de previdência complementar, destinadas ao custeio
dos planos de benefícios de natureza previdenciária, são dedutíveis para fins
de incidência do imposto de renda, nos limites e nas condições fixadas em lei.

São duas as condições para dedutibilidade dessas contribuições:

1 - que não exceda a 20% do total dos salários dos empregados e da


remuneração dos dirigentes da empresa vinculados ao plano previdenciário;

2 - que seja oferecido de forma indistinta a todos os empregados e dirigentes


da pessoa jurídica.

Já as contribuições para fundos de investimentos vinculados à previdência


privada (FAPI), somente serão dedutíveis se atingir, pelo menos, 50% dos
empregados da companhia (art. 70 da Lei na 9.477/07).
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LUCRO REAL PARA 2011

- Alimentação de Acionistas, Administradores e Sócios

Não são aceitos como despesas os valores pagos como


alimentação para sócios, acionistas e administradores. A
aplicação deste dispositivo gera muita discussão, pois o
conceito de administradores pode ser utilizado de forma
ampla e incluir gerentes e superintendentes.

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LUCRO REAL PARA 2011

- Multas e Juros
São aceitas pelo Fisco como despesa dedutível, as multas fiscais de
natureza compensatória, como por exemplo, as incorridas sobre imposto
vencido e pago espontaneamente pelo contribuinte.

São aceitas também as multas sobre obrigações acessórias, desde que


não resultem em falta ou insuficiência de imposto devido.

Assim, se o contribuinte atrasar a entrega da declaração anual de


rendimentos - DIPJ, mas se os impostos estiverem pagos, a multa será
dedutível na base do imposto de renda.

Não são aceitas, contudo, na base do IR, as multas fiscais de caráter


punitivo, provenientes de autos de infração. Também não são dedutíveis
as infrações de natureza parafiscal, como: multas de trânsito, multas
ambientais.
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LUCRO REAL PARA 2011

Despesas com Propaganda, Brindes e Bonificações

As despesas com propaganda são aceitas tanto na base do IR como na


base da CSL, desde que sejam diretamente relacionadas com a atividade
explorada pela empresa e estejam registradas em conta própria.

Dificilmente uma despesa de propaganda não será enquadrada neste


critério de dedutibilidade, uma vez que somente terá sentido fazer
propaganda com o objetivo de retorno de resultado.

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LUCRO REAL PARA 2011

Amostra Grátis

É dedutível também o valor das amostras grátis, distribuídas por


laboratórios químicos ou farmacêuticos e por outras empresas que
utilizem esse sistema de promoção de venda de seus produtos, sendo
indispensável que:

a) A distribuição das amostras seja contabilizada, nos livros de


escrituração da empresa, pelo preço de custo real;

b) A saída das amostras esteja documentada com a emissão das


correspondentes notas fiscais; e

c) O valor das amostras distribuídas em cada ano-calendário não


ultrapasse os limites estabelecidos pela SRF, tendo em vista a
natureza do negócio, até o máximo de cinco por cento da receita
obtida na venda dos produtos. (art. 366, inciso V lera “c” do RIR/99)

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LUCRO REAL PARA 2011
Furto, Roubo, Desfalques

Somente são dedutíveis as perdas com desfalques, assalto, furto ou


apropriação indébita, praticada por empregados ou por terceiros, se
houver inquérito nos termos da legislação trabalhista ou queixa
policial.
Despesas de Viagens

Não são aceitas as despesas de viagem sem comprovação, sendo que


a legislação aceita a falta de comprovação em despesas de
alimentação em viagem até o limite de R$ 16,57 por dia.

Despesas com Benefícios Indiretos a Empregados


Os benefícios pagos a empregados somente são considerados
dedutíveis nas bases do imposto de renda e da contribuição social se
atendidos aos seguintes requisitos:
a) Que os beneficiários sejam identificados e individualizados; e
b) Que o valor pago seja incluído na remuneração do empregado
para fins tributários, previdenciários e trabalhistas.
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LUCRO REAL PARA 2011

Despesas Médicas, Odontológicas e Farmacêuticas

O Fisco permite a dedução como despesa dos gastos com


serviços de assistência médica, odontológica, farmacêutica e
social, desde que destinados indistintamente a todos os seus
empregados.

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LUCRO REAL PARA 2011

Adições da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/209

A partir de 2008 o contribuinte tributado pelo IRPJ optante pelo RTT


faz jus aos Ajustes decorrentes das alterações nas normas contábeis
brasileiras.

Ainda que não optante, as despesas consideradas indedutíveis para a


legislação do IRPJ devem ser adicionadas via LALUR (exemplos:
novas provisões inseridas na Lei nº 6.404 de 1976 decorrentes do teste
de impairment).

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LUCRO REAL PARA 2011

Base fiscal do ativo

Considera-se base fiscal de um ativo o valor que será dedutível para


fins fiscais contra quaisquer benefícios econômicos tributáveis que
fluirão para a entidade quando ela recuperar o valor contábil do ativo.

Para que o benefício econômico não seja tributado, a base fiscal do


ativo deverá ser igual ao seu valor contábil.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
Base fiscal do ativo

Exemplo:

Vamos admitir que o custo de aquisição de uma determinada máquina


seja de R$ 10.000,00 e que os encargos de depreciação relativos ao
período corrente e a períodos anteriores, calculados para fins fiscais,
totalize R$ 4.000,00.

Tais encargos já foram deduzidos no período corrente e em período


anteriores, e o custo contábil do bem remanescente será dedutível em
períodos futuros, via depreciação ou eventual alienação.

Neste caso, a base fiscal do bem corresponderá a R$ 6.000,00 (R$


10.000,00 relativos ao custo de aquisição do bem, menos R$ 4.000,00
correspondentes à depreciação acumulada).

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
Diferenças temporárias

A Deliberação nº 599/2009 e Resolução nº 11898/2009, a qual aprovou a


NBC T 19.2 - Tributos sobre Lucros, as diferenças temporárias
tributáveis resultam de obrigações que podem ocorrer quando:
a) a depreciação considerada na determinação do resultado tributável for
diferente daquela que é considerada na determinação do resultado
antes dos tributos sobre lucros;

b) a receita é contabilizada, mas ainda não recebida. Isso ocorre na


hipótese de empreendimentos de execução a longo prazo ou de
fornecimento de bens ou serviços, quando celebrados com o Governo
ou com entidades do Governo;

c) os ganhos de capital são decorrentes de vendas de bens do Ativo


Imobilizado, registrados contabilmente, cujo recebimento e tributação
dar-se-ão a longo prazo.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
Ativo fiscal diferido

Alguns ativos fiscais diferidos são provenientes de diferenças


temporárias dedutíveis, que na maioria das vezes, são oriundas
da constituição de provisões não dedutíveis na apuração do
lucro real, mas que atendem aos princípios fundamentais de
contabilidade.

Alguns itens possuem base fiscal, mas não são reconhecidos


como ativos nem como passivos no Balanço Patrimonial.

Exemplo: os gastos com pesquisa, os quais devem ser


reconhecidos como despesa para determinar o lucro contábil.
No entanto não são dedutíveis para fins da determinação do
lucro tributável (ou prejuízo fiscal) até um período posterior.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
Ativo fiscal diferido

Exemplo:

Uma indústria farmacêutica está realizando pesquisas para o


desenvolvimento de um novo medicamento. Atualmente, os gastos com as
referidas pesquisas totalizam R$ 1.000.000,00. Por força de norma fiscal a
aplicações de capital como essas, não são dedutíveis para fins de apuração
do lucro tributável. Neste caso, considerando-se, por mera hipótese, que a
alíquota do tributo incidente sobre o lucro seja de 24%, ela tem um ativo
fiscal diferido da ordem de R$ 240.000,00, conforme demonstrado a seguir:

R$ 1.000.000,00 (total dos gastos com a pesquisa) x 24% (alíquota do


tributo incidente sobre o Lucro) = R$ 240.000,00 (ativo fiscal diferido).

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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Ativo fiscal diferido - Classificação no Balanço

Como regra, no balanço patrimonial, o ativo e o passivo fiscais


correntes e o passivo fiscais devem ser classificados separadamente
de outros ativos e passivos.

O ativo e o passivo fiscais correntes devem ser classificados no grupo


Circulante. Já o ativo ou o passivo fiscal diferido deve ser classificado,
destacadamente, no Realizável a Longo Prazo e transferido para o
Circulante no momento apropriado, mas sempre identificando tratar-se
de item fiscal diferido.

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Ativo fiscal diferido - Lançamento Contábil do ativo fiscal diferido

a) pela constituição do ativo fiscal diferido

Considerando que a empresa vai amortizar este gasto em 5 anos temos:

D – IRPJ e CSLL Ativo fiscal diferido (AC) R$ 96.000,00


D – IRPJ e CSLL Ativo fiscal diferido (RLP) R$ 144.000,00
C – PROVISÃO de IRPJ e CSLL (RESULTADO) R$ 240.000,00

b) no primeiro ano temos a realização para efeito fiscal no Lalur, no valor


de R$ 200.000,00, já que a empresa vai utilizar o investimento realizado
para gerar receitas.

Desta forma temos o seguinte lançamento:

D - PROVISÃO de IRPJ e CSLL (RESULTADO)


C - IRPJ e CSLL Ativo fiscal diferido (AC) R$ 48.000,00
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Passivo fiscal diferido

– Constituição do Passivo diferido

Conforme exemplo anterior, temos que o aproveitamento da


depreciação acelerada incentivada, até o momento em que não atinja o
valor total do bem objeto da depreciação, gera para a empresa uma
obrigação futura de pagamento de tributo.

Portanto, nesse momento, deve-se constituir a provisão para


pagamento de impostos diferidos, em observância à Resolução CFC nº
998/2004.

Naturalmente, a partir do momento em que a depreciação (contábil


mais fiscal) atingir o total do bem, o passivo fiscal diferido, registrado
no Exigível a Longo Prazo, deverá ser remanejado para o Passivo
Circulante, relativamente à parcela do Imposto de Renda a ser
realizada no exercício seguinte.
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Passivo fiscal diferido

Diferenças temporárias tributáveis provenientes da depreciação


acelerada incentivada

A depreciação considerada na determinação do resultado tributável,


diferente daquela que é considerada na determinação do resultado
antes dos tributos sobre lucros, ocorre, na maioria das vezes, em face
de benefício fiscal referente à depreciação acelerada incentivada que
não representa desgaste físico do bem. Portanto, nesse caso, não há
que se falar em registro na contabilidade.

A contabilidade deve registrar a despesa com a depreciação "normal",


ou seja, aquela proveniente do desgaste "efetivo" do bem. Já o
benefício fiscal da depreciação acelerada tem caráter exclusivamente
fiscal e deve influenciar o resultado do exercício via Livro de Apuração
do Livro Real (Lalur), mediante exclusão do lucro líquido.

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LUCRO REAL PARA 2011
Diferenças temporárias tributáveis provenientes da depreciação
acelerada incentivada

- Exemplo

Consideremos que determinada empresa tenha adquirido bem para


incorporar seu Ativo Imobilizado no valor de R$ 10.000,00. Esse bem
está sujeito a depreciação "normal" de 10% ao ano, mas, em virtude de
benefícios fiscais, sua depreciação pode ser acelerada em 4 anos, ou
seja, 25% ao ano.

Diante dessa informação, temos que a depreciação para fins fiscais


terá a seguinte composição nos próximos 4 anos:

Depreciação normal (contábil) 10%


Depreciação acelerada (fiscal) 15%
Total da depreciação 25%

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Diferenças temporárias tributáveis provenientes da depreciação acelerada
incentivada
MAPA DE CONTROLE DO PASSIVO FISCAL DIFERIDO

Anos de Ano do reconhecimento Depreciação Depreciação Depreciação Passivo


desgaste do da despesa Benefício normal acelerada total fiscal
bem fiscal incentivada diferido
1 00 1.000,00 1.500,00 2.500,00 225,00
2 01 1.000,00 1.500,00 5.000,00 225,00
3 02 1.000,00 1.500,00 7.500,00 225,00
4 03 1.000,00 1.500,00 10.000,00 225,00
5 04 1.000,00 150,00
6 05 1.000,00 150,00
7 06 1.000,00 150,00
8 07 1.000,00 150,00
9 08 1.000,00 150,00
10 09 1.000,00 150,00
1.000,00 150,00
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Passivo fiscal diferido

 Registros contábeis a serem efetuados entre o ano 00 e 03.

 a) Reconhecimento do passivo fiscal diferido no ano 00

 D – Despesa com IRPJ (conta de resultado)


 C – Provisão para o IRPJ Diferido (Exigível a Longo Prazo) R$ 225,00

 Observa-se que ano 03 deve ser reclassificada esta provisão para o Passivo
Circulante.

 Conseqüentemente, já, a partir do ano 04 (quinto ano), não deverá mais ser
reconhecida a depreciação acelerada incentivada, desta forma, para fins
fiscais, todo o bem já estará depreciado. Contudo, a depreciação normal
deverá continuar sendo efetuada.

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Passivo fiscal diferido

 Na prática, a cada ano, deverá ser revertido para o Passivo Circulante


o equivalente a 15% do valor da depreciação a ser registrada no ano
seguinte (em nosso exemplo, 15% de R$ 1.000,00).

 b) Pelo remanejamento do passivo fiscal diferido para o Passivo


Circulante, ao final de 03.

 D - Provisão para IR Diferido (Exigível a Longo Prazo)


 C - Provisão para IR Diferido (Passivo Circulante) R$ 150,00

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Passivo fiscal diferido

 Registros contábeis a serem efetuados no ano 03.

 Como se observa no quadro apresentado de controle do passivo fiscal


diferido, a partir do ano 04 a empresa começa a reconhecer o passivo
fiscal diferido, tendo em vista que toda a depreciação registrada na
contabilidade passa a ser, também, adicionada no Lalur, para fins de
apuração do lucro real.

 Portanto, o passivo fiscal diferido deverá ser reconhecido conforme


segue:

 c) Pelo reconhecimento do passivo fiscal diferido no ano 04

 D - Provisão para IR Diferido (Passivo Circulante)


 C - Despesa com IR (Conta de Resultado) R$ 150,00

 No ano 04, a empresa deverá fazer o remanejamento do passivo fiscal


diferido para o Passivo Circulante.

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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO

Regra geral é que toda receita é tributável.

Existe algumas exceções, por exemplo, receitas que serão


excluídas por terem sido tributadas em outras empresas.

Existem também despesas que são aceitas pelo Fisco no


período, embora registradas na contabilidade em outras
contas do balanço patrimonial, mas não em despesa, ou até
mesmo não registradas.

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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO

 Receitas Contabilizadas e Não Exigidas pelo


Fisco

 São os valores reconhecidos como ganho pela


empresa, aumentando o resultado contábil, mas
não exigido pelo Fisco, que permite sua não-
tributação.

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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO
 Reversão de Provisões Constituídas em Períodos Anteriores
 Exemplo, a empresa recebe em 2009 um Auto de Infração pelo
pagamento a menor de imposto de renda sobre determinada
despesa não adicionada na Declaração de 2006.
 O Departamento Jurídico entra com recurso administrativo,
impugnando o Auto. A empresa, por conservadorismo, faz uma
provisão para pagamento do valor contido no Auto.
 Esta provisão representa uma despesa não dedutível e, portanto,
deverá ser adicionada nas bases do IR e da CSL.

 Em 2010 quando o processo foi julgado no Conselho de


Contribuintes a empresa ganhou a causa, eliminando
completamente o Auto de Infração.
 Com isso, a provisão efetuada no ano anterior deverá ser
revertida, cancelada. Esta receita deverá ser excluída nas bases
do IR e da CSL em 2010 por não representar ingresso de novos
recursos para a empresa.
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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO


 Dividendos Recebidos de Investimentos Avaliados pelo
Custo

 O recebimento de dividendos deve ser considerado


como receita não tributável, pelo fato do resultado já ter
sido tributado na empresa de origem.

 Entretanto o RIR/99, em seu artigo 380, diz que os lucros


ou dividendos recebidos até seis meses após a
aquisição das ações ou cotas, deverão ser registrados
pelo contribuinte como redução do custo do
investimento.

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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO

 Participação em Controladas e Coligadas

 O investimento avaliado pelo método da


equivalência patrimonial de empresa localizada
no Brasil deve ser excluído, por já ter sido
tributado na empresa de origem.

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EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO

 Participação em Controladas e Coligadas

 Amortização de Deságio Apurado na Aquisição de


Investimentos

 A maior preocupação das empresas ocorre na amortização do


ágio ou deságio de investimento avaliado pela equivalência
patrimonial.

 A dedutibilidade do ágio ou a tributação do deságio, para


efeitos do imposto de renda, somente ocorrem na baixa do
investimento.
 Na amortização contábil, o ágio é indedutível enquanto o
deságio não será computado no lucro real.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

EXCLUSÃO DO LUCRO LÍQUIDO

 Valores Registrados no Ativo ou PL e Aceitos como Despesas pelo Fisco

 Depreciação Acelerada Incentivada

 Algumas empresas têm incentivos fiscais referentes a dedução em dobro


da depreciação de determinados bens. A dedução em dobro é um
beneficio fiscal, não devendo afetar o registro contábil, onde a sua
previsão legal está no artigo 313 do RIR/99.

 Incentivo Fiscal para Atividade Audiovisual

 As empresas poderão deduzir da base do imposto de renda o valor do


incentivo à atividade audiovisual. Como o incentivo é registrado no ativo,
no subgrupo de investimentos, a dedução será efetuada através da
exclusão apenas na base do IR, não sendo permitida a exclusão na base
da CSL.

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 Exclusões da Lei nº 11638/2007 e Lei nº


11941/2099

 A partir de 2008 o contribuinte tributado pelo


IRPJ optante pelo RTT faz jus aos Ajustes
decorrentes das alterações nas normas
contábeis brasileiras.

 Despesas e receitas serão controladas em


virtude das normas fiscais, este controle será
via LALUR, e demonstrados no FCont, e a partir
de 2010 demonstrados no E-lalur.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Exclusões da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Exemplos de exclusões que poderão ser realizadas:

 despesas pagas durante o período decorrente de


contratos de arrendamento mercantil financeiro - não
consideradas no resultado contábil por conta do registro
do bem arrendado em ativo imobilizado;

 subvenções para investimento e doações efetuadas pelo


poder público recebidas pela empresa, bem assim
prêmio na emissão de debêntures - que são registrados
como receitas no resultado contábil, mas para fins do
IRPJ não são tributáveis.

 - Incentivos fiscais

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LUCRO REAL PARA 2011

 Exclusões da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Lançamentos na Escrita Fiscal para IRPJ e CSLL em


relação ao lucro contábil apurado

 Sabemos que com as alterações introduzidas pela Lei


11.638/2007 e Lei 11.941/2009 à Lei 6404/76, passou a
existir vários controles extra fiscais para efeito de
apurar o lucro fiscal, após a apuração do lucro
contábil apurado, para tanto estamos trazendo um
exemplo para demonstrar estes controles.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Arrendamento da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Apresentamos a seguir um esquema de contabilização de uma operação de


arrendamento mercantil financeiro, no qual foram utilizados os seguintes dados
(meramente ilustrativos):

 veículo de passeio;

 data da assinatura do contrato 15.12.2009;

 o valor justo do bem arrendado (conforme nota fiscal) é de R$ 40.000,00;

 o prazo de vigência do contrato é de 36 meses;

 o valor das prestações mensais é de R$ 1.350,00;

 o valor do contrato é de R$ 48.600,00, que corresponde as 36 parcelas de R$


1.350,00;

 os encargos financeiros incidentes sobre o contrato totalizaram R$ 8.600,00, e


correspondem à diferença entre o valor do contrato (R$ 40.600,00) e o valor justo
do bem arrendado (R$ 40.000,00).

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 Exclusões da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Para este exemplo, teríamos os seguintes lançamentos contábeis:

 1 – Pela assinatura do contrato

 D - Veículos (Ativo não Circulante - Imobilizado) R$ 40.000,00


 D - Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora do P.) R$ 2.870,00 (1)
 D - Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora do P. não Circulante) R$ 5.730,00 (2)
 C - Arrendamentos Mercantis Financeiros a Pagar (P. Circulante) R$ 16.200,00 (3)
 C - Arrendamentos Mercantis Financeiros a Pagar (P. não Circulante) R$ 32.400,00 (4)

 Onde:

 (1) Encargos financeiros relativos às parcelas a vencer até 31.12.2010;


 (2) Encargos financeiros relativos às parcelas a vencer após 31.12.2010;
 (3) 12 parcelas a vencer até 31.12.2010.
 (4) 24 parcelas a vencer após 31.12.2010.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Exclusões da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Continuando com os lançamentos contábeis:

 2 – Pelo pagamento da primeira parcela

 D - Arrendamentos Mercantis Financeiros a Pagar (Passivo Circulante)


 C - Caixa ou Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 1.350,00

 Depreciação do bem arrendado e encargos financeiros do arrendamento

 Um arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa de


depreciação relativa ao bem arrendado, assim como uma despesa financeira
para cada período contábil.

 A política de depreciação para os ativos arrendados depreciáveis deve ser


mesma e com os mesmos critérios adotados aos demais ativos depreciáveis
da entidade, e o encargo de depreciação deve ser calculado de acordo com as
regras aplicáveis aos bens do ativo imobilizado.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Arrendamento da Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 3 - Exemplo de contabilização dos encargos de depreciação e dos


encargos financeiros de contrato de arrendamento mercantil

 Apresentamos a seguir um esquema de contabilização da


apropriação dos encargos mensais de depreciação de um veículo
objeto de arrendamento mercantil, bem como dos encargos
financeiros incidentes sobre o contrato de arrendamento.

 Para tanto, considerando o valor do bem de R$ 40.000,00, e que o


seu prazo de vida útil seja de 25 anos, ou seja, 300 meses, o que
equivale a dizer que ele se deprecia à razão de 0,3333333% ao mês
(4% ao ano).

 Portanto, os encargos mensais de depreciação do mencionado bem


correspondem a R$ 133,00, e foram calculados mediante a
multiplicação do valor do bem (R$ 40.000,00), pela taxa mensal de
depreciação (0,3333333%).

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LUCRO REAL PARA 2011

 Arrendamento Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 A contabilização desses encargos seria, por sua vez, realizada da


seguinte forma:

 D – Despesa com Depreciação de veículos (conta de resultado)


 C – Depreciação Acumulada de Veículos (redutora do ANC Imobilizado)
R$ 133.33

 Vamos, agora, demonstrar conforme nosso exemplo, a contabilização


dos encargos financeiros mensais incidentes sobre o contrato de
arrendamento mercantil.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Arrendamento Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Nosso exemplo dispõe que os encargos financeiros do


contrato totalizem R$ 8.600,00, e que o contrato tem o
prazo de vigência de 36 meses.

 Desta forma, simplificando podemos considerar que os


encargos financeiros incorrem à razão de R$ 238,88 ao
mês (R$ 8.600,00/36), os quais poderiam ser assim
contabilizados:

 D - Encargos Financeiros de Contratos de Arrendamento


Mercantil (Conta de Resultado)
 D - Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora do
Passivo Circulante) R$ 238,88

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 FCONT/E-lalur - Lei nº 11638/2007 e Lei nº 11941/2099

 Desta forma, nasceu a necessidade de ajustar esta operação para efeito fiscal, uma
vez que deixamos de ter uma despesa, que era a contraprestação e passamos a ter
como despesas o encargo apropriado sobre financiamento e passamos a ter uma
despesa de depreciação que não tínhamos antes.

 Portanto no controle fiscal temos:

 Hoje FCONT. Lançamento a ser expurgado para efeito da apuração do IRPJ e CSLL;

 Lançamento do Tipo “N” :

 D – Despesa com Depreciação de veículos (conta de resultado)


 C – Depreciação Acumulada de Veículos (redutora do ANC Imobilizado) R$ 133.33

 Hoje FCONT. Lançamento a ser considerado para efeito da apuração do IRPJ e CSLL;

 Lançamento do Tipo “F” :

 D – Despesa com Arrendamentos Mercantis Financeiros (Resultado)


 C - Veículos (Ativo não Circulante - Imobilizado) R$ 1.111,12
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LUCRO REAL PARA 2011

 Formas de Apuração do Lucro Real

 As pessoas jurídicas tributadas com base


no lucro real poderão determinar o lucro
com base no balanço anual levantado no dia
31 de dezembro, sendo devidas antecipações
mensais através de estimativa ou mediante
levantamento de balancetes trimestrais com
base na Lei nº 9.430/96

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Período de Apuração

 As empresas que se enquadrarem o lucro real trimestral devem


proceder à apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL
considerando as operações realizadas nos seguintes períodos:

TRIMESTRE PERÍODO DE APURAÇÃO


1º 1º de janeiro a 31 de março;
2º 1º de abril a 30 de junho;
3º 1º de julho a 30 de setembro;
4º 1º de outubro a 31 de dezembro.

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LUCRO REAL PARA 2011

 Vantagens e Desvantagens do Lucro Real Trimestral

 A grande desvantagem do lucro real trimestral é que a


apuração do imposto passa a ser trimestral, prejudicando
sensivelmente empresas que tenham resultados apresentando
algum desequilíbrio durante o ano.

 No caso de opção pelo lucro real trimestral, um prejuízo do


primeiro trimestre somente poderá ser compensado em até
30% de um possível lucro no segundo trimestre.

 Mas a maior perda das empresas que apuram seu imposto


pelo lucro real trimestral ocorre em relação à parcela do
adicional mensal de R$ 20.000,00 mensal.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Exemplo com Perda de Adicional
 Levando em consideração que a Empresa “ABC” apresentou um
lucro de R$ 240.000 no ano de 2009. Caso a escolha tivesse sido
pelo lucro real anual, o IR no ano seria de R$ 36.000 (referente a
aplicação apenas da alíquota básica de 15%). Neste caso, a empresa
não estaria sujeita ao adicional devido ao lucro não ter ultrapassado
os R$ 240.000 no ano.
1º trimestre Lucro de R$ 70.000 IR de R$ 11.500
2º trimestre Lucro de R$ 70.000 IR de R$ 11.500
3º trimestre Lucro de R$ 60.000 IR de R$ 9.000
4º trimestre Lucro de R$ 40.000 IR de R$ 6.000
O imposto de renda total pelo lucro real trimestral será de R$ 38.000, com R$
2.000,00 a mais em relação ao valor calculado pelo lucro real anual.
A diferença é explicada devido ao lucro no ano ter atingindo a parcela de R$
240.000,00, significando que não tivemos nenhum valor de adicional de IR
devido.
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
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LUCRO REAL PARA 2011
 Exemplo com Prejuízo
 Supondo que a empresa “ABC” seja uma empresa com resultados
sazonais, apresentando bons lucros no verão e resultado negativo
durante os meses de inverno, conforme abaixo:
1º Trimestre: Lucro de R$ 150.000,00 2º Trimestre: Lucro de R$ 50.000,00
3º Trimestre: Prejuízo de R$ 40.000,00 4º Trimestre: Lucro de R$ 100.000,00

LUCRO ANTES DE IR APURADO NO ANO DE 2009: R$ 260.000


Sabendo que a empresa optou pelo Lucro Real Trimestral em 2009, segue abaixo a sua apuração de
IRPJ e CSL:
EMPRESA 1º TRI 2º TRI 3º TRI 4º TRI TOTAL ANUAL TOTAL PAGTO A
TRIMESTRAL MENOR NO
ANUAL
LAIR 150.000 50.000 (40.000) 100.000 260.000,00 260.000,00 -

(-) COMP. PREJ. FISCAL - - - (30.000) -

LUCRO TRIBUTÁVEL 150.000 50.000 - 70.000 -

CSL – 9% 13.500 4.500 - 6.300 23.400,00 24.300,00 900,00


IR – 15% (ALIQ. BÁSICA) 22.500 7.500 - 10.500 39.000,00 40.500,00 1.500,00
IR – 10% (ADICIONAL) 9.000 - - 1.000 2.000,00 10.000,00 8.000,00
TOTAL DE IR + CSL 45.000 12.000 - 17.800 64.400,00 74.800,00 10.400,00

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real do Estimativa:

 Opção pelo pagamento mensal:

 A opção pelo pagamento mensal é exercida com o pagamento do


imposto correspondente ao mês de janeiro (ou do início de
atividade):

 a) o exercício dessa opção implica, por si só, a obrigatoriedade de


apuração do lucro real, em 31 de dezembro ou por ocasião de
incorporação,cisão, fusão ou encerramento de atividades;

 b) a opção pelo pagamento mensal do Imposto de Renda impõe o


pagamento mensal também da Contribuição Social sobre o Lucro.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real Estimativa:

 Determinação do IRPJ:

 Base de cálculo do imposto mensal por estimativa, com base nas


receitas brutas e acréscimos:

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
AT I V I DAD E S % RB

Serviços de transporte de cargas 8,0

Sobre a receita bruta dos serviços hospitalares 8,0

Atividades industriais e mercantis 8,0

Sobre a receita bruta de construção por empreitada, quando houver emprego de materiais em qualquer 8,0
quantidade (Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97).
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda. 8,0

Serviços de transporte de passageiros 16,0

Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, inclusive gás natural. 1,6

Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentada, inclusive as escolas e 32,0
creches.
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, dentre outros) e as de representação 32,0
comercial.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis. 32,0

Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra 32,0

Factoring 32,0

Prestação de serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de material, em relação à receita bruta que não 32,0
decorra de atividade comercial ou industrial.
Prestação de serviços de suprimento de água tratada e coleta de esgoto e exploração de rodovia mediante 32,0
cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº 16/2000).
Hotelaria e estacionamento 32,0

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa


 Conceito de receita bruta

 Receita Bruta compreende o produto da venda de bens nas


operações de conta própria, o preço dos serviços prestados
e o resultado auferido nas operações de conta alheia
(comissões auferidas na venda de bens ou serviços por
conta de terceiros).

 Na receita bruta não se incluem:

 a) as vendas canceladas e as devolvidas;


 b) os descontos incondicionais devolvidos;
 c) o IPI incidente sobre as vendas;
 d) o ICMS devido pelo contribuinte substituto, no regime de
substituição tributária.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa


 Valores que não entram na base de cálculo do lucro estimado

 Não serão acrescidos à base de cálculo da estimativa mensal:

 a) os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação


financeira de renda fixa e de renda variável, quando já tiverem
sofrido tributação na fonte;
 b) Os lucros e os dividendos recebidos de participação societária
avaliada pelo custo de aquisição;

 c) O resultado positivo da avaliação de investimentos pela


equivalência patrimonial;
 d) As reversões de provisões constituídas anteriormente, que não
geraram ingressos de novas receitas;
 e) Os juros sobre o capital próprios pagos ou creditados por outra
pessoa jurídica

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa


 Cálculo do imposto:

 a) Alíquota normal:

 Lucro Estimado (base de cálculo) x 15% = IRPJ

 b) Adicional do imposto de renda:

 Lucro Estimado

 (-) Parcela Isenta ($ 20.000,00)

 (=) Base de cálculo do adicional (X) alíquota de 10%

 (=) Adicional do IRPJ

 c) A + B = Imposto Mensal Total

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa


 Deduções:
 Poderão ser deduzidos do imposto mensal devido, desde que os
rendimentos tenham integrado a base de cálculo do imposto mensal:

 a) Incentivos fiscais, respeitados os limites máximos admitidos pela


legislação (PAT, Projetos Culturais, Audiovisuais, Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente);
 b) IR Fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos federais,
estaduais e municipais;

 c) IR Fonte sobre pagamentos efetuados a entidades da administração


pública federal (empresas públicas; sociedades de economia mista e demais
entidades que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto);

 d) IR Fonte sobre remuneração de serviços profissionais;

 e) IR Fonte sobre os rendimentos de aplicação financeira de renda fixa;

 f) IR pago sobre os ganhos líquidos decorrentes de aplicação de renda


variável.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real

 Determinação da CSLL com base na Estimativa:

 Similarmente ao procedimento aplicável ao imposto de renda será


aplicável a CSLL (art. 3° da IN SRF n° 390/04), ou seja:

 Receita Bruta x % = Receita Reduzida

 (+) Demais Receitas


 (+)Ganho de Capital

 (=) CSLL ESTIMADA

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa

 Pagamento:

 O imposto de renda devido em cada mês será pago até o último dia
útil do mês subsequente ao mês de apuração (art. 858 do RIR/99).

 No campo 04 do DARF serão informados os seguintes códigos:

 A) 5993, para pessoas jurídicas não obrigadas ao lucro real;

 B) 2362, para pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real;

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa

ATIVIDADES Percentuais Aplicáveis sobre a


Receita
Serviços de Transportes 12,0

Serviços Hospitalares 12,0

Atividade Mercantil 12,0

Serviços em Geral (exceto de transporte e hospital) 32,0

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Lucro Real - Estimativa

 Não compõem a base de cálculo:

 Não incluem na base de cálculo da CSLL Estimada (art. 20 da


IN SRF nº 390/2004):

 a) Lucro ou dividendos recebidos;

 b) Resultado positivo da equivalência patrimonial;

 c) Reversões de provisões;

 d) Remuneração de juros sobre o capital próprio.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Lucro Real - Estimativa
 A CSLL será calculada mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre a base de
cálculo apurada (art. 31 da IN SRF nº 390/2004).
 Deduções:
 Poderão ser deduzidos da Contribuição Social estimada (art. 22 da IN SRF n°
 390/2004):

 a) CSLL Retida na Fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos


federais, estaduais e municipais;
 b) CSLL Retida na Fonte sobre pagamentos efetuados entidades da
administração pública federal (empresas públicas; sociedades de economia
mista e demais entidades que a União detenha a maioria do capital social com
direito a voto);

 c) CSLL Retida na Fonte sobre remuneração de serviços profissionais.


 Pagamento:
 A Contribuição Social mensal será paga até o último dia útil do mês
subsequente ao de sua apuração.

 No campo 04 do DARF será informado o código 2484

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Enquadramento na Suspensão ou Redução do Pagamento Mensal

 Apesar da obrigação de efetuar o pagamento mensalmente, as


empresas podem comparar o cálculo estimado com o cálculo pelo
lucro real a fim de recolher o menor valor.

 BALANCETE DE SUSPENSÃO – Suspende o imposto de renda,


devido à apuração pelo lucro real não apresentar nenhum valor a
recolher, em comparação com a apuração em bases estimadas.
Diz-se que o imposto foi “suspenso” pelo balancete mensal, por
isso, o nome balancete de suspensão.

 BALANCETE DE REDUÇÃO – Diminui o imposto de renda, devido


à apuração pelo lucro real apresentar valor a recolher menor, em
comparação com as bases estimadas. Diz-se que o imposto foi
“reduzido” pelo balancete mensal, por isso o nome de balancete
de redução.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Acerto de Contas

 O acerto de contas com o FISCO acontece no último dia útil do mês de


janeiro do ano seguinte, sem pagamento de nenhum acréscimo,
Assim, uma empresa que apresente IR devido de R$ 1.000,00 em 2009,
mas antecipado apenas R$ 640,00 pela base estimada, deverá pagar
em janeiro do ano seguinte o valor de R$ 360,00.
 A legislação permite o pagamento da cota de ajuste até o mês de
março do ano seguinte, sem a cobrança de multa, mas com acréscimo
de juros, sendo a taxa de fevereiro e mais 1 % referente ao mês de
março.
 Portanto, a cota de ajuste anual poderá ser paga em:
 Janeiro, apenas o valor principal;
 Fevereiro, com juros de 1%; ou
 Março, com Selic de fevereiro, mais 1%.
 A partir de 1º de abril, o pagamento da quota de ajuste terá além dos
juros, também a cobrança de multa.
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
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LUCRO REAL PARA 2011
 Exemplo Numérico
 A empresa “ABC” iniciou suas atividades em setembro de 2009 e decidiu adotar como
forma de tributação o Lucro Real. Nos quatro meses a empresa apurou os seguintes
resultados:
 CÁLCULO DO IRPJ POR ESTIMATIVA COM BASE NA RECEITA BRUTA
ABC - IR SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
Receita com Vendas 350.000 350.000 350.000 350.000
Base de Cálculo - 8% 28.000 28.000 28.000 28.000
IR – Alíquota de 15% 4.200 4.200 4.200 4.200
IR – Adicional de 10% 800 800 800 800
Total do IR Devido 5.000 5.000 5.000 5.000

CÁLCULO DA CSL POR ESTIMATIVA COM BASE NA RECEITA BRUTA


ABC - CSL SET. OUT. NOV. DEZ.
Receita com Vendas 350.000 350.000 350.000 350.000
Receita com Vendas – 12% 42.000 42.000 42.000 42.000
Receitas Financeiras – 100% 3.000 3.000 3.000 3.000
Base de Cálculo 45.000 45.000 45.000 45.000
CSL – 9% 4.050 4.050 4.050 4.050
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
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LUCRO REAL PARA 2011
CÁLCULO DO IR + CSL PELO LUCRO REAL

ABC – LUCRO REAL SET. OUT. NOV. DEZ. TOTAL


Lucro Antes do IR – no Mês 33.000 37.000 30.000 40.000
Lucro Antes do IR e CSLL - Acumulado 33.000 70.000 100.000 140.000
CSLL – 9% 2.970 3.330 2.700 3.600 12.600,00
IR – Alíquota de 15% 4.950 10.500 15.000 21.000
IR – Adicional de 10% 1.300 3.000 4.000 6.000
(-) IRRF s/ Aplicações Financeiras (600) (1.200) (1.800) (2.400)
Imposto de Renda a Pagar 5.650 6.650,00 4.900,00 7.400,00 24.600,00
TOTAL DE IRPJ E CSLL A PAGAR 8.620,00 9.980,00 7.600,00 11.000,00 37.200,00

COMPARAÇÃO ENTRE REAL E ESTIMATIVA – IR


ABC – IR SET. OUT. NOV. DEZ.
Valor Devido pela Estimativa 5.000 5.000 5.000 5.000
Valor Devido pelo Real (*2) 5.650 6.650 4.900 7.400
Opção Escolhida REAL ESTIM. REAL ESTIM.
Valor de IR a Recolher 5.650 5.000 4.900 5.000
IR Recolhido Acumulado 5.650 10.650 15.550 20.550

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
COMPARAÇÃO ENTRE REAL E ESTIMATIVA – CSL

ABC– CSL SET. OUT. NOV. DEZ.


Valor Devido pela Estimativa 4.050 4.050 4.050 4.050
Valor Devido pelo Real (*2) 2.970 3.330 2.700 3.600
Opção Escolhida REAL ESTIM. REAL ESTIM.
Valor de CSLL a Recolher 2.970 4.050 2.700 4.050
CSLL Recolhida Acumulada 2.970 7.020 9.720 13.770

(*2) Real Acumulado menos o valor já recolhido até o mês anterior

COMPARAÇÃO ENTRE REAL E ESTIMATIVA

ABC – CSL + IR SET. OUT. NOV. DEZ.


IR + CSL pela Estimativa 9.050 9.050 9.050 9.050
IR + CSL pelo Real 8.620 9.980 7.600 11.000
Opção Escolhida REAL ESTIM. REAL ESTIM.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 A comparação para escolher a melhor forma de


recolhimento, ou seja, a menos onerosa, poderá seguir:

 IR + CSL Devido pela Estimativa Mês ou;


 IRL + CSL Devido pelo Real Acumulado Menos os Valores
já Recolhidos no Período

 Em setembro o IR teve um valor menor na estimativa,


enquanto a CSL um valor menor no Lucro Real.

 Contudo, o Fisco não aceita que o IR e a CSL tenham


opções diferentes de recolhimento e por isso foram
recolhidos com base no Lucro Real, por representar
menor valor no somatório dos dois tributos.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Prazo de Recolhimento no Regime de Estimativa

 As pessoas jurídicas enquadradas no regime de estimativa devem


recolher o Imposto de Renda e a Contribuição Social devidos em cada
mês até o último dia útil do mês seguinte ao de encerramento do
respectivo período de apuração.

 Este prazo aplica-se, inclusive, ao IRPJ e a CSLL devidos no mês de


dezembro de ano-calendário.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Prazo de Recolhimento no Regime de Estimativa - Acerto de Contas

 No preenchimento do DARF para o pagamento do IRPJ devido com base no


lucro real anual, em relação ao saldo anual apurado utiliza-se, no campo 04, os
seguintes códigos:

 - 2390: Entidades Financeiras;


 - 2430: Demais Entidades obrigadas ao Lucro Real;
 - 2456: Demais Entidades não obrigadas ao Lucro Real.

 No preenchimento do DARF para o pagamento da CSLL devida com base no


lucro real anual, em relação ao saldo anual apurado utiliza-se, no campo 04, os
seguintes códigos:

 - 6758: Entidades Financeiras;


 - 6773: Demais Entidades.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Cálculo do Adicional de IRPJ



Abordaremos a seguir, através de exemplos meramente
ilustrativos, as regras aplicáveis no cálculo do adicional
de IRPJ para as empresas tributadas através do lucro
real.

Lucro Real Anual

Levando em consideração, os dados apresentados em
Janeiro de 2010, pela Empresa “Y”, calcularemos o IRPJ
devido na forma do Lucro Real Anual.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Cálculo do Adicional de IRPJ
JANEIRO DE 2010
Receita com Venda de Mercadorias 500.000
Receita com Prestação de Serviços 300.000
Total das Receitas 800.000
(-) Vendas Canceladas (*) (20.000)
(-) Descontos Incondicionais (*) (5.000)
(-) Impostos sobre Vendas (160.000)
Receita Líquida de Vendas 615.000
(-) Custo de Mercadorias e Serviços (170.000)
Lucro Bruto 445.000
Despesas Operacionais (200.000)
Com Vendas (80.000)
Administrativas (90.000)
Financeiras (30.000)
Receitas Operacionais 36.000
Financeiras 36.000
Lucro Operacional 281.000
Ganho de Capital 15.000
Resultado antes do IRPJ 296.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Cálculo Por Estimativa


Com base nas informações prestadas (Lucro Real Anual), através do cálculo
por estimativa, teremos:

Receita com Vendas de Mercadorias = (500.000 – 20.000 – 5.000) x 8% = 38.000

 Receita com Prestação de Serviços = 300.000 x 32% = 96.000



Receitas Financeiras = 36.000 x 100% = 36.000
 Ganho de Capital = 15.000 x 100% = 15.000

Base de Cálculo IRPJ = 185.000 (Neste caso como a base estimada excedeu a
R$ 20.000,00, será devido o adicional de IRPJ sobre a parcela excedente, ou
seja, sobre 165.000).

Alíquota Normal: 15% (185.000 x 15% = 27.750)

Adicional IR: 10% (165.000 x 10% = 16.500)

IRPJ Devido: 44.250

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Cálculo por Balanço/Balancete de Suspensão/Redução



Com base na DRE apresentada (Lucro Real Anual), através do cálculo
por balanço/balancete de suspensão/redução, teremos:

Base de Cálculo IRPJ = 296.000 (Neste caso como a base estimada
excedeu a R$ 20.000,00, será devido o adicional de IRPJ sobre a
parcela excedente, ou seja, sobre 276.000).

Alíquota Normal: 15% (296.000 x 15% = 44.400)



Adicional IR: 10% (276.000 x 10% = 27.600)

IRPJ Devido: 72.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 Cálculo por Balanço/Balancete de Suspensão/Redução



NOTA ITC! Como o levantamento do balanço/balancete de suspensão/redução
compreende sempre o período de 1º de janeiro até a data da apuração do lucro
nos meses seguintes poderá ser utilizada a seguinte fórmula para efetuar o
cálculo do adicional de IRPJ:

{(Base de Cálculo – Compensação de Prejuízo) – (nº de meses x 20.000)} x 10%

Onde:

Base de Cálculo = Lucro Apurado no Período



Compensação de Prejuízo = 30% do lucro caso houver prejuízo de exercícios
anteriores.

 Nº de Meses = Compreende o período de janeiro até o mês de apuração

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Levando em consideração, as seguintes informações apresentadas no segundo
trimestre de 2010, pela Empresa “Y”, teremos:
2º TRIMESTRE
 DE 2010
Receita com Venda de Mercadorias 750.000
Receita com Prestação de Serviços 200.000
Total das Receitas 950.000
(-) Vendas Canceladas (10.000)
(-) Descontos Incondicionais (2.000)
(-) Impostos sobre Vendas x (2.000)
Receita Líquida de Vendas 758.000
(-) Custo de Mercadorias e Serviços (175.000)
Lucro Bruto 583.000
Despesas Operacionais (180.000)
Com Vendas (90.000)
Administrativas (70.000)
Financeiras (20.000)
Receitas Operacionais 48.000
Financeiras 48.000
Lucro Operacional 451.000
Ganho de Capital 9.000
Resultado antes do IRPJ 460.000
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Com base nestas informações o cálculo do IRPJ será:



Base de Cálculo IRPJ = 460.000 (Neste caso como o lucro apurado
no trimestre excedeu a R$ 60.000,00* (460.000,00 – 60.000,00),
será devido o adicional de IRPJ sobre a parcela excedente, ou seja,
sobre 400.000).

*R$ 20.000,00 x 3 meses que compõem o trimestre = R$ 60.000,00

Alíquota Normal: 15% (460.000 x 15% = 69.000)

Adicional IR: 10% (400.000 x 10% = 40.000)

IRPJ Devido: 109.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Incentivos Fiscais Dedutíveis

 O governo federal concede, através de legislação específica, incentivos


fiscais, com o objetivo de destinar parte da arrecadação do IR para áreas
de atividades que necessitem de apoio federal para desenvolvimento. Os
principais incentivos fiscais de imposto de renda são os seguintes:

 a) Fundo da Criança e do Adolescente;


 b) PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador;
 c) Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI;
 d) Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA;
 e) Atividade Audiovisual;
 f) Atividade Cultural ou Artística;
 g) Atividade de Caráter Desportivo;
 h) FINAM e FINOR; e
 j) Programa Empresa Cidadã
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
LUCRO REAL PARA 2011
 Incentivos Fiscais Dedutíveis

 Fundo da Criança e do Adolescente

 Este benefício consiste na doação para o Fundo federal,


estadual ou municipal da criança e do adolescente. A
dedução pode alcançar 1% do valor do IR devido, alíquota
básica. O valor da doação deve ser adicionado nas bases do
IR e da CSL, independente da parcela incentivada.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 Incentivos Fiscais Dedutíveis

 Programa de Alimentação do Trabalhador

 O Programa de Alimentação ao Trabalhador - PAT é um


incentivo instituído em 1976 e consiste na dedução direta no
imposto de renda de parte do valor pago a título de despesas
com alimentação de seus empregados. O tratamento fiscal do
incentivo está consolidado no RIR/99, artigos 581 a 589.

 O valor incentivado é encontrado através da seguinte conta:

 Número de refeições fornecidas x (R$ 1,99 x 15%)

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 Incentivo a Inovação Tecnológica
 O incentivo a inovação tecnológica Lei nº. 11.196 de 2005, onde:

 a) Dedução, para efeito de apuração do lucro líquido, de valor


correspondente à soma dos dispêndios realizados no período de apuração
com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica,
classificáveis como despesas operacionais;
 b) Redução de 50% do IPI incidente sobre equipamentos, máquinas,
aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobres-salentes e
ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao
desenvolvimento tecnológico;
 c) Depreciação acelerada, calculada pela aplicação da taxa de depre-ciação
usualmente admitida, multiplicada por dois;
 d) Amortização acelerada, mediante dedução como custo ou despesa
operacional;
 e) Crédito 10% do imposto sobre a renda retido na fonte, incidente sobre os
valores pagos, remetidos ou creditados, a beneficiários resi-dentes ou
domiciliados no exterior, a título de royalties, de janeiro de 2009 até
dezembro de 2013.
 f) Redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas
remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de
marcas, patentes e cultivares.
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 - Incentivo Tradicional
 O incentivo fiscal está definido no artigo 1º da Lei nº 8.685/03, que
representa dedução integral do valor investido na produção de obras
audiovisuais cinematográficas brasileiras de produção independente.
 Incentivo limitado em 3% do imposto de renda devido, alíquota básica.
 Sendo assim, se uma empresa com lucro real de R$ 1.000.000, paga IR
pela alíquota básica de R$ 150.000, podendo reduzir o imposto até 3%,
ou seja, R$ 4.500.
 Além da dedução direta do imposto devido, ainda é possível abater o
valor total aplicado (sem a limitação de 3%) como despesa para fins de
imposto de renda.
Lucro Fiscal 1.000.000
Imposto de Renda
Alíquota Básica (15%) 150.000
Adicional (10%) 76.000
IR Devido 226.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 - Incentivo Tradicional
 Atividade Cultural ou Artística
 A Lei nº 8.313, de 1991, conhecida como Lei Rouanet, tratou dos incentivos fiscais das
atividades culturais e artísticas.
 Existem dois tipos de incentivos para a atividade cultural: o tradicionalmente conhecido
como Lei Rouanet e o incentivo a atividades especificas, conforme definido na Lei nº 9.874,
de 1999.
 Tanto o incentivo tradicional como o de atividades especificas tem a sua dedução limitada
em 4% do valor do imposto de renda devido, alíquota básica.
 Veja um exemplo: A empresa comercial “ABC” obteve um lucro de R$ 1.000.000 em 2009 e
neste mesmo ano realizou uma doação de R$ 6.000 para a biblioteca pública:
Empresa ABC Sem Cultura Com Cultura
Lucro Antes do IR e CSL 1.000.000 994.000
(+) Adição Doação Cultura - 6.000
Lucro Fiscal 1.000.000 1.000.000
CSL – Alíquota de 9% 90.000 90.000
IR – Alíquota de 15% 150.000 150.000
IR – Adicional de 10% 76.000 76.000
(-) Incentivo Fiscal - (6.000)
Total de IR e CSL Devido 316.000 310.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011
 - Incentivo Tradicional

 Já o incentivo fiscal da Lei Rouanet engloba as demais atividades não definidas


na Lei nº 9.874/99. Neste caso, a dedução direta do imposto de renda (sempre
limitado a 4% da alíquota básica) é de 40% nas doações e 30% nos patrocínios,
lembrando que a despesa será dedutível nas bases de IR e CSL.

 Levando em consideração que a empresa “ABC” tenha um lucro antes de IR e


CSL no valor de R$ 1.020.000, patrocinou R$ 20.000 para uma determinada
escola de samba cujo enredo foi enquadrado na Lei Rouanet. Desta forma:

ABC Sem Cultura Com Cultura


Lucro Antes do IR e CSL 1.020.000 1.000.000
CSL – Alíquota de 9% 91.800 90.000
IR – Alíquota de 15% 153.000 150.000
IR – Adicional de 10% 78.000 76.000
(-) Incentivo - (6.000)
Total de IR e CSL Devido 322.800 310.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


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LUCRO REAL PARA 2011

 - Incentivo Tradicional
 Se a empresa não pagar nada ao cinema brasileiro irá
desembolsar R$ 226.000 a titulo de IRPJ.

 Entretanto a empresa resolveu adquirir cotas de participação


de um filme registrado na ANCINE ao valor de R$ 4.000. Desta
forma o cálculo do IR será:
Comparativo Sem Cinema Com Cinema
Lucro Antes do IR 1.000.000 1.000.000
(-) Exclusão Audiovisual - 4.000
Lucro Real 1.000.000 996.000
IR – Alíquota de 15% 150.000 149.400
IR – Adicional de 10% 76.000 75.600
(-) Incentivo Fiscal - (4.000)
Total do IR Devido 226.000 221.000

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 - Incentivo ao Esporte
 A Lei nº 11.438, de 2006 criou um incentivo fiscal para fomentar
as atividades desportivas, onde a MP nº 342, de 2006 corrigiu e
complementou a Lei. Até o ano de 2015, as empresas poderão
deduzir diretamente do IR devido, alíquota básica, o valor pago
a titulo de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos
desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte. Entretanto a dedução será limitada em
1% do IR devido.
 Assim o total deduzido da alíquota básica do IR a titulo de
incentivo fiscal poderá chegar até 10%, sendo:
 4% para o PAT ou PDTI/PDTA
 4% para os incentivos fiscais da atividade cultural, seja através
da Lei Rouanet, Lei nº 9.874/99 ou Lei do Audiovisual;
 1% para o esporte; e
 1% para as doações ao Fundo da Criança e do Adolescente.
Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos
Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 – Programa Empresa Cidadã

 Através da publicação da Lei nº. 11.770, de 09 de setembro de


2008, DOU de 10/09/2010, foi criado o Programa Empresa
Cidadã com o objetivo de prorrogação da licença-maternidade,
no tocante a empregadas de pessoas jurídicas.

 Desta forma abordaremos neste trabalho os benefícios criados


em relação ao IRPJ apurado por empresas tributadas através
do lucro real que promoveram a adesão a este programa,
produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2010.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 – Programa Empresa Cidadã

 Caso Fictício

 Levando-se em consideração uma pessoa jurídica tributada através do


Lucro Real, optante pelo programa Empresa Cidadã, apurou as
seguintes informações:
LUCRO CONTÁBIL 185.000,00
(+) Adição 5.000,00
LUCRO FISCAL 190.000,00
Alíquota Básica (15%)
VALOR DO IMPOSTO 28.500,00
Incentivo (5.000,00)
VALOR DE IR A RECOLHER 23.500,00

valor da adição de R$ 5.000,00 corresponde ao montante a título de


salário-maternidade cujo ônus foi assumido pela empresa.

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
LUCRO REAL PARA 2011

 – Programa Empresa Cidadã

 Se a empresa não promover a adesão ao programa Empresa


Cidadã irá desembolsar R$ 27.750,00 a titulo de IRPJ, no Lucro
Real Anual. Entretanto ao promover a adesão o recolhimento de
IRPJ ocorrerá ao montante de R$ 23.500,00 gerando uma economia
de R$ 4.250,00.

Quadro Comparativo Com Benefício Sem Benefício


Lucro Antes do IR 185.000,00 185.000,00
(+) Adição Salário (5.000,00) -
Lucro Real 190.000,00 185.000,00
IR – Alíquota de 15% 28.500,00 27.750,00
(-) Incentivo Fiscal (5.000,00) -
Total do IR Devido 23.500,00 27.750,00

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos
OBRIGADO

“CONHECIMENTO A ÚNICA
FORMA DE SUPERARMOS
NOSSAS LIMITAÇÕES”

Instrutor: Consultor Antonio Dorvalino dos


Santos

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