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Memórias Semicondutoras
1 Introdução
Um circuito que permite o armazenamento de um ou mais bits por tempo
indeterminado é denominado memória. Tais bits podem ser acessados (procedimento de
leitura) ou substituídos (procedimento de escrita ou armazenamento).
2 Tipos de Memória
O desenvolvimento e expansão da tecnologia de fabricação de circuitos integrados
para armazenamento de dados determinaram o grande avanço dos computadores digitais.
Até 1970, as memórias de núcleo de ferrite eram de uso corrente. Entretanto, por
causa do seu alto custo, grande consumo e limitações em velocidade forma substituídas
pelas memórias semicondutoras que lideram o mercado até hoje.
3 Características gerais
A seguir apresentamos algumas características que podem ser usadas quando
queremos avaliar o desempenho de um determinado dispositivo de memória.
3.1 Densidade:
Número de bits armazenados por área física. Está relacionado à
capacidade total de armazenamento.
3.2 Velocidade:
Se refere à rapidez com que os dados podem ser acessados (lidos) ou
armazenados (escritos).
3.3 Potência:
Potência consumida ou dissipada pela memória.
3.4 Custo:
Custo para armazenamento por bit, ou seja, o valor do semicondutor
dividido pelo número de bits que pode armazenar.
Outras características são fornecidas especificamente por cada fabricante de
circuito integrado, tais como os sinais de comandos, parâmetros elétricos e imunidade a
ruídos.
4 Definições
No manuseio com memórias a semicondutor é comum o uso de expressões
referentes aos modos de operação, aos terminais de entrada/saída, à capacidade de
armazenamento e a sinais de controle.
Entradas de dados (Datas): Correspondem aos terminais do circuito integrado usados para
introdução dos dados a serem armazenados.
Saída de dados (Outputs): Correspondem aos terminais do circuito integrado onde serão
colocados os dados armazenados em uma dada posição da memória, em uma operação de
leitura.
Memória Fixa: É aquela que não perde o seu conteúdo na ausência de alimentação.
Habilitação de chip (Chip enable): Uma entrada do chip que, quando polarizada
convenientemente, habilita ou inibe a operação do chip provocando uma redução na
potência dissipada e impedindo a operação escrita/leitura. Normalmente tais entradas são
designadas por CE (quando a habilitação é com nível 1) ou CE (quando a habilitação é
com nível 0). Nem todos os chips possuem este tipo de entrada.
Seleção do chip (Chip select): Uma entrada do chip usada para conectar ou desconectar –
colocar as saídas em alta impedância – as entradas/saídas a um barramento. Normalmente
5 Classificação
O critério para a escolha das memórias disponíveis no mercado é descrito a seguir:
Nas memórias do tipo aleatório, qualquer posição pode ser acessada aleatoriamente,
ou seja, pode ser lida diretamente sem a necessidade da leitura das demais posições. Caso,
por exemplo, das memórias RAM e ROM, descritas a seguir.
Nas memórias seqüenciais, uma posição não pode ser feita diretamente. Neste caso,
várias posições da memória são acessadas até a informação desejada, é o caso das fitas
magnéticas, dos registradores de deslocamento e das memórias de bolha magnética.
O tempo para ler uma informação em uma memória seqüencial depende da posição
de armazenamento.
6 Memórias RAM
As memórias RAM (Random Access Memory) são do tipo volátil e permitem o
acesso aleatório – para escrita ou leitura – a qualquer uma das suas posições.
6.3 Arquitetura
Normalmente as memórias RAM são organizadas (Figuras 1 e 2) em forma de
matriz nXm – n palavras, cada uma com m bits, com os seguintes tipos de entradas:
(a) (b)
nível 1 e CS em 0;
2) Níveis lógicos estáveis nas entradas de endereço e correspondentes à
locação de memória a ser lida.
7 Memórias ROM
As memórias ROM (Read Only Memory) são do tipo fixa e permitem o acesso
aleatório a qualquer uma das suas posições. Permite apenas leitura do conteúdo e é
destinada a guardar uma informação de forma permanente.
Para garantir que apenas uma das linhas X, Y, Z ou W assuma nível 1, podemos
usar um decodificador conforme a figura 4, onde A0 e A1 operam como linha de endereço.
Note que, uma vez programada, a memória não pode ser apagada para correções ou
nova utilização.
Neste tipo de memória, tanto a gravação como a desgravação é feita por sinais
elétricos. O principal meio de implementação é o Metal Oxide Semicondutor NMOS. Na
verdade é um MOS modificado onde é usado um capacitor de carga que alcança um tempo
de armazenamento entre 20 a 30 anos.
Uma tensão elevada e da ordem de 20V entre porta e dreno provoca a indução de
cargas nas portas flutuantes que ali permanecem quando a tensão é retirada.
Uma tensão inversa apaga a carga armazenada. Desta forma, tanto a programação
como o apagamento pode ser feito por posições de memória. Não é preciso apagar toda a
memória para corrigir algum dado ou usar a memória com novos valores.
Como normalmente as linhas de endereço (Ai’s) e dados (Di’s) são múltiplas, não
podem ser representadas por um sinal em nível 0 ou 1. Por esta razão, quando válidas são
representadas por linhas cruzadas. Caso, por exemplo, dos dados válidos entre os instantes
t2 e t5.
8) Tempo de escrita
8 Associação de Memórias
Podemos organizar vários chips de memória para obtermos um circuito equivalente
a uma memória com maior capacidade.
1) Interligação de entradas
CS1
X Decodificador
CS2
X CS1 CS 2
0 0 1
1 1 0
Figura 7
Nos exemplos anteriores, por ser necessário apenas 1 bit, um circuito inversor é
suficiente para controlar os CS’s e fornecer o bit A10. Contundo, quando há necessidade
de mais bits de endereço, em uma expansão vertical maior, um circuito decodificador pode
ser usado para fornecer os bits desejados.
Por exemplo, na Figura 11 é feita uma expansão para 4096 X 8. Usamos as quatro
primeiras saídas de um decodificador para comandar os CS' s . As duas entradas
significativas foram usadas como bits A10 e A11.
Porta AND: A primeira forma de se decodificar um endereço é usando portas and. Por
exemplo, para decodificar uma memória com 11 vias de endereço (2k) para um
microprocessador com 20 vias de endereço, sendo que a memória será endereçada entre
FF800h e FFFFFh. Para isso coloca-se os 9 bits mais significativos do endereço em uma
porta and e a saída invertida no CS, e os 11 restantes na própria memória. Assim enquanto
o endereço não estiver entre FF800h e FFFFh o dispositivo ficará em tri-state. Esse sistema
é muito pouco usado, pois para cada dispositivo de memória será necessário uma porta.