Você está na página 1de 15

Agrupamento Alfredo da Silva

Escola EB 2,3 de Albarraque

Disciplina de Ciências Naturais

Recursos Hídricos

03/2011

Trabalho realizado por:


Pedro Ribeiro nº16

Rafael Cabreira nº17 8ºC


Rita Silva nº20
Índice:
Introdução……………………………………………………………………………………………… 1

O que são recursos naturais? …………………………………………………………… 2

Recursos Hídricos

 Quantidade ………………………………………………………………………………… 2
 Onde se localiza? ……………………………………………………………………… 2
 Onde se utiliza e onde se gasta? ………………………………..………... 4

Consequências da Utilização dos Recursos Hídricos ………………….. 7

Tratamento das águas utilizadas para consumo humano …………… 10

Carta Europeia da Água ……………………………………………………………………. 11

Conclusão …………………………………………………………………………………………….. 12

Bibliografia ……………………………………………………………………………………….… 13
Introdução:
Neste trabalho fala-se sobre os recursos naturais, mais propriamente,
recursos hídricos.

Recursos Naturais são tudo o que existe na natureza e servem para


satisfazer as necessidades da Humanidade. Os recursos Naturais
classificam-se em recursos minerais, biológicos, hídricos e energéticos.

Os Recursos hídricos representam a quantidade de água doce superficial e


subterrânea que está à disposição do Homem.

97.5% Da água do planeta Terra é salgada e está inserida nos mares e


oceanos.

2.5% Da água do planeta Terra é doce e está inserida 68.9% nos glaciares e
calotes polares, 30.8% nas águas subterrâneas e 0.3% em lagos, rios e
outras reservas.

O trabalho está organizado em oito partes: o índice; a introdução; “O que


são os recursos Naturais”; “Como se utiliza e onde se gasta”; “Consequências
da utilização dos recursos hídricos”; “Carta europeia”; Conclusão e
Bibliografia.

Com este trabalho nos pretendemos saber mais sobre os recursos Hídricos
e não só os hídricos com também os outros.

1
O que é são os recursos naturais?

Um recurso natural é tudo o que existe na Natureza e serve


para satisfazer as necessidades da Humanidade. Estes recursos podem ser
classificados em: minerais, biológicos, hídricos e energéticos.

Atendendo à sua velocidade de renovação, os recursos naturais


podem dividir-se em recursos renováveis e não renováveis.

Recursos Renovaveis Recursos não Renovaveis


O que é? São recursos que não se São recursos que se
esgotam facilmente, devido esgotam a uma velocidade
à sua velocidade de superior à da sua
renovação e capacidade de renovação, que pode ser de
manutenção alguns milhões de anos.
Quais são? Hídricos, biológicos, Energia fóssil, minérios,
energias alternativas energia nuclear

Os recursos hídricos (fig.1,2,3) representam a quantidade de água


doce superficial e subterrânea que está à disposição do Homem.

Fig.1 - Oceano Fig.2 - Cascata

Fig.3 - Rio
2
De toda a água existente na Terra, 97,5% é salgada existe nos oceanos e
mares. Os restantes 2,5% representam a água doce (fig.4).

No entanto, apenas a água doce presente nos lagos, rios, ribeiros e


lençóis de água subterrânea (aquíferos) está potencialmente disponível para
o Homem.

Nos lençóis de água subterrânea, existe cem vezes mais água dos que
nos lagos e rios, mas a maior parte está demasiado profunda. Os lençóis de
água menos profundos são rapidamente esgotados e grande parte da água
superficial corre para o mar ou vai parar a sítios distantes das pessoas que
dela precisam.

Fig.4 – Distribuição da Água no planeta

Actualmente, quase 60% da população mundial tem nos lençóis de


água subterrânea a sua fonte principal de água potável, uma vez que a
disponibilidade de água doce superficial não é suficiente.

3
Como se utiliza e onde se gasta?

A água é um bem indespensável à sobrevivencia do Homem e ao


desenvolvimento de actividades humanas.

Assim, o Homem consome, actualmente, 45 vezes mais do que há 300


anos, devido à agricultura intensiva (culturas de regadio), à Revolução
Industrial e ao crescimento demográfico.

Na actualidade, o Homem utiliza cerca de 54% da água doce acessível


dos rios, lagos e aquíferos.

Este problema coloca-se fundamentalmente porque a água doce do


planeta é utilizada, com grande desperdício, no consumo doméstico, na
agricultura e nas actividades industriais.

 Consumo Doméstico

Cerca de 10% da água utilizada no mundo destina-se ao consumo


doméstico (fig.5).

Fig.5 – Utilização de água no consumo doméstico

4
Nas zonas urbanas, nas últimas décadas, o consumo de água aumentou,
consideravelmente, devido ao rápido crescimento da população.

Em alguns países, as perdas de água, por fugas nos sistemas de


distribuição, representam 40% do volume inicial, porque as redes de
distribuição urbanas são mais longas, o que aumenta o risco de perdas.

 Consumo na Agricultura

A agricultura, a nível mundial, gasta cerca de 70% de água, mas mais


de metade perde-se através da evaporação ou escorrência superficial,
devido à irrigação não controlada.

Nos países em desenvolvimento, a agricultura de regadio, onde a água


circula através de canais abertos no solo, contribui para um aumento
acentuado do consumo de água.

Na tentativa de diminuir a quantidade de água utilizada na


agricultura, têm sido adoptadas técnicas de irrigação localizada, como, por
exemplo, a irrigação por gotejamento (fig.6).

Fig.6 – Irrigação por gotejamento

 Consumo Industrial

A indústria consome 20% da água disponível, muitas vezes de forma


ineficiente. Na última década, este consumo aumentou a nível mundial.

5
Em Portugal, o consumo da água por sectores é semelhante ao dos
países em desenvolvimento (fig.7).

Fig.7 – Consumo de água por sectores em Portugal

6
Consequências da utilização dos recursos hídricos

A água, apesar de ser cosiderada um recurso naturar renovavel, é um


recurso limitado. Isto porque a sua qualidade está ameaçada pelas
actividades humanas – esgotos domésticos, residuos de fertilizantes e de
pesticidas e poluição industrial.

 As águas residuais domésticas contêm poluentes resultantes da


utilização exagerada de detergentes que circulam através de esgotos.
(fig.8)

Fig.8 – Esgotos Domésticos não tratados é um grande meio de


propagação de infecções e contaminações

 A agricultura espalha adubos artificiais que poluem os cursos de água


(fig.9)

Fig.9 – Os adubos e os biocidas utilizados na 7


agricultura poluem os cursos de água
 Os resíduos industriais são também responsáveis pela contaminação
das águas (fig.10)

Fig.10 – Algumas fábricas lançam as suas águas residuais


directamente nos rios, o que causa a morte a muitos seres vivos

Assim, para evitar a degradação do meio ambiente, é necessário


proceder ao tratamento dos esgotos antes da sua rejeição directa ao meio
aquático.

Uma simples gota de uma substância poluente pode contaminar


milhares de litros de água. A poluição de hoje poderá permanecer, durante
muitas gerações, nas águas subterrâneas destinadas ao consumo humano.

Os receios de um futuro sem água são agravados, ainda pelo aumento


previsto da população mundial (estima-se que, em 2025-2030, atinja cerca
de 9000 milhões de habitantes). De facto, a população humana continua a
aumentar e as cidades expandem-se mais rapidamente do que os sistemas
de distribuição e tratamento de água.

À medida que a população aumenta, as regiões que hoje possuem


recursos hídricos poderão sofrer stresse hídrico, isto é, falta de água
doce.

A qualidade da água é, sem dúvida, um dos grandes problemas mundiais.


Por exemplo, nos países em desenvolvimento, que não possuem ainda meios

8
de tratamento de água, este recurso representa o principal meio de
propagação de doenças e transporte de substâncias tóxicas (fig.11)

Fig.11 – Quando a população não tem acesso


a água potável, vai recorrer à água poluída

Actualmente, 1100 milhões de pessoas ainda não têm acesso a um


abastecimento de água potável e cerca de 2600 milhões de pessoas a
saneamento básico.

Considera-se água potável a água que não causa prejuízo à saúde


humana, isto é, que não contém microrganismos patogénicos nem
substâncias capazes de provocar doenças.

A disponibilidade de água potável é uma condição indispensável para a


vida humana.

A água para consumo humano, antes de chegar às nossas torneiras, é


sujeita a um tratamento que elimina as impurezas e a um controlo
laboratorial, que garante que a água tratada tem as características
necessárias para poder ser utilizada sem riscos para a saúde pública
(fig.12). O tipo de tratamento necessário é determinado em função da
qualidade da água da fonte onde ela foi captada. No entanto, a partir de um
determinado nível de poluição, a fonte não pode ser usada para
abastecimento público.

9
Fig.12 – ETAR de Beirolas

Tem-se verificado que, em Portugal, a qualidade de água potável não é


igual em todas as regiões e, em algumas, é mesmo pouco satisfatória.

A água disponível para consumo do Homem não é toda igual, porque a


presença de quantidades variáveis de iões determina a sua composição
química, imprimindo-lhe um carácter próprio.

Assim, podemos classificar as águas, atendendo à composição química


ou características físico-químicas, em: Águas minerais naturais, Águas de
nascente e Águas Termais.

Em Portugal existem, actualmente, cerca de 408 nascentes com


propriedades terapêuticas.

No entanto, melhorar a qualidade da água requer meios financeiros,


técnicos e até culturais, que a maioria dos países não dispõe.

Consciente do problema, o Conselho da Europa, em 1968, aprovou a


Carta Europeia da Água e defendei que a “água é um património que é
necessário proteger, tratar e, como tal, defender”.

10
Carta Europeia da Água
1 - NÃO HÁ VIDA SEM ÁGUA. A ÁGUA É UM BEM PRECIOSO, INDISPENSÁVEL A
TODAS AS ACTIVIDADES HUMANAS.

2 - OS RECURSOS DE ÁGUAS DOCES NÃO SÃO INESGOTÁVEIS. É INDISPENSÁVEL


PRESERVÁ-LOS, ADMINISTRÁ-LOS E, SE POSSÍVEL, AUMENTÁ-LOS.

3 - ALTERAR A QUALIDADE DA ÁGUA É PREJUDICAR A VIDA DO HOMEM E DOS


OUTROS SERES VIVOS QUE DEPENDEM DELA.

4 - A QUALIDADE DA ÁGUA DEVE SER MANTIDA A NÍVEIS ADAPTADOS À


UTILIZAÇÃO PARA QUE ESTÁ PREVISTA E DEVE, DESIGNADAMENTE, SATISFAZER
AS EXIGÊNCIAS DA SAÚDE PÚBLICA.

5 - QUANDO A ÁGUA, DEPOIS DE UTILIZADA, VOLTA AO MEIO NATURAL, NÃO


DEVE COMPROMETER AS UTILIZAÇÕES ULTERIORES QUE DELA SE FARÃO, QUER
PÚBLICAS QUER PRIVADAS.

6 - A MANUTENÇÃO DE UMA COBERTURA VEGETAL ADEQUADA, DE PREFERÊNCIA


FLORESTAL. É ESSENCIAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS.

7 - OS RECURSOS HÍDRICOS DEVEM SER INVENTARIADOS.

8 - A BOA GESTÃO DA ÁGUA DEVE SER OBJECTO DE UM PLANO PROMULGADO


PELAS AUTORIDADES COMPETENTES.

9 - A SALVAGUARDA DA ÁGUA IMPLICA UM ESFORÇO CRESCENTE DE


INVESTIGAÇÃO, DE FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS E DE INFORMAÇÃO PÚBLICA.

10 - A ÁGUA É UM PATRIMÓNIO COMUM, CUJO VALOR DEVE SER RECONHECIDO POR


TODOS. CADA UM TEM O DEVER DE ECONOMIZAR E DE A UTILIZAR COM CUIDADO.

11 - A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DEVE INSCREVER-SE NO QUADRO DA


BACIA NATURAL, DE PREFERÊNCIA A SER INSERIDA NO DAS FRONTEIRAS
ADMINISTRATIVAS E POLÍTICAS.

12. A ÁGUA NÃO TEM FRONTEIRAS. É UM RECURSO COMUM QUE NECESSITA DE


UMA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL.

A concretização dos objectivos do planeamento e da gestão da água passa


pela consciencialização e adesão do Homem.

11
Conclusão:
O que ficou retido sobre os recursos hídricos foi: Só existe 2,5%
de água doce de toda a água existente no planeta Terra; A água doce
existe à superfície mas também está subterrânea; O Homem tem
utilizado cada vez mais água doce ao longo dos anos no consumo
doméstico, industrial e na agricultura; Porém, esse gasto excessivo vai
ter consequências como envenenamento de seres vivos e poluição da
água; É para isso que o Conselho da Europa, em 1968, aprovou a Carta
Europeia da Água, para evitar as consequências.

12
Bibliografia:
ANTUNES, Cristina e outros (2010). Ciências Naturais
8ºano; novo Descobrir a Terra 8. 1ª Edição. Lisboa: Areal
Editores

13

Você também pode gostar