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Técnicas da Engenharia de Confiabilidade

 Confiabilidade e Disponibilidade:
 ANÁLISE DOS MODOS DE FALHA E SEUS EFEITOS
(FMEA)
 DIAGRAMA DE BLOCOS
 ÁRVORES DE FALHAS
 ÁRVORES DE EVENTOS
 MODELOS DE MARKOV

 Manutenibilidade:
 MANUTENÇÃO CENTRADA EM CONFIABILIDADE (MCC)
O que é Análise dos Modos de Falha e Seus
Efeitos (FMEA) ?
 Técnica de análise indutiva onde o raciocínio parte da
perda de função de um único componente até uma
conclusão geral sobre o efeito correspondente no
sistema como um todo
 procedimento: “de baixo para cima”
 raciocínio: “o que poderia acontecer se”
 Empregada usualmente em estudos de:
 Confiabilidade
 Qualidade
 Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC)
Para que serve uma FMEA ?
 Análise usada para:
 Identificar os modos de falha dos componentes e
subsistemas (módulos) de um sistema
 Avaliar os efeitos dessas falhas sobre o sistema
 Garantir que as expectativas dos consumidores são
alcançadas
 Por que gastar tempo e recursos produzindo ou operando
itens que provavelmente causarão problemas ?

Eliminar falhas é economizar dinheiro !


Visão Geral de FMEA - Benefícios

 Oferece uma metodologia que pode:


 facilitar a melhoria do processo
 identificar e eliminar dificuldades mais cedo no
desenvolvimento de um processo ou projeto
 melhorar a qualidade de partes ou serviços contratados quando
as organizações orientam fornecedores a desenvolver FMEAs
próprias
 melhorar satisfação de clientes internos e externos
Visão Geral de FMEA - Benefícios

 Uma FMEA adequadamente executada propicia:


 melhoria na robustez e funcionalidade do produto
 redução nos custos de garantias
 redução nos problemas do dia a dia de fabricação
 melhoria na segurança dos produtos e processos
 redução de problemas de processos de negócios
O Processo da FMEA
 Identifica sistematicamente todas as funções e falhas
funcionais dos ativos
 Identifica todos os seus modos de falha (ou causas de
falha) de probabilidade razoável.
 Então procede à identificação dos efeitos destes modos de
falha prováveis, e à identificação de qual maneira estes
efeitos são importantes.
FMEA - Implementação
 Aspectos importantes:
 No momento certo
 Uso como documento vivo
 Conduzida antes que uma falha esteja inadvertidamente instalada no
processo ou projeto
 Criação
 Esforço de equipe; entretanto um indivíduo tipicamente é responsável, por
necessidade, pela sua preparação
 Engenheiro responsável articula envolvimento ativo de representantes de
todas as áreas afetadas
 Uso:
 Finalização de parte do projeto ou processo conceitual agindo como
catalizador do estimulo e troca de idéias entre funções
 Documento vivo que é atualizado
FMEA - Implementação
 Equipes trabalham para identificar modos de falha potenciais
para as funções do projeto ou requisitos do processo:
 Elas então determinam uma severidade para o efeito deste modo de falha
 Elas também determinam uma frequencia de ocorrência para a causa
potencial da falha e probabilidade de detecção
 As Organizações podem diferir na abordagem, quanto à
magnitude dos números escolhidos (i.e. severidade, frequência de
ocorrência, e probabilidade de detecção) com a restrição de que
números maiores são piores
 Depois de determinados estes números, as equipes calculam um
número de prioridade quanto ao risco (RPN) que é o produto
destes números anteriores
 As equipes usam este ranking de RPNs para focalizar os esforços
de melhoria
O que é um sistema ?
 É um conjunto de “componentes”conectados de uma
maneira organizada a fim de realizar uma ou mais
funções
 sistema solar
 rede de microcomputadores
 caldeira de grande porte
 Um agrupamento lógico de componentes que realizam
uma série de funções chaves requeridas numa planta ou
instalação. Como uma regra, plantas são compostas de
vários sistemas maiores como água de alimentação,
condensado, suprimento de vapor, suprimento de ar,
tratamento de água, combustível e proteção contra fogo.
O que é um Sistema ?
Um “time de futebol” está em conformidade com a
definição de sistema porque:
 Tem um objetivo ( ganhar jogos)
 É um conjunto de componentes (os jogadores)
 Os componentes estão organizados para operar em
conjunto (cada jogador tem um papel a cumprir e o time
tem suas estratégias e táticas)
 Tem entradas e saídas (as performances dos
componentes, os sinais do juiz,etc.)
Fronteiras de um Sistema
 As “fronteiras” de um sistema definem suas interações
com o ambiente externo (i.e. suas interfaces de entrada e
saida)
 São importantes pra garantir que nada seja deixado de
fora
 Não há uma regra fixa para o estabelecimento das
fronteiras
Fronteiras de um Sistema

SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

COMPRESSOR

MOTOR

ENERGIA ELÉTRICA

BARRAMENTOS
DISJUNTORES
RELÉS

TURBINA REDE PÚBLICA


SISTEMA DE SUPRIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Fronteiras de um Sistema
 Deve haver um conhecimento exato do que foi ou não foi incluído
no sistema de forma que funções potencialmente importantes (e os
seus equipamentos relacionados) não sejam esquecidos - ou, ao
contrário, não se sobreponham com um sistema adjacente. Isto é
especialmente verdadeiro quando as análises devem ser feitas em
dois sistemas adjacentes, as quais, provavelmente, serão feitas em
tempos diferentes e envolvendo diferentes analistas.
 Os limites serão o fator determinante em estabelecer o que chega
ao sistema na forma de energia, sinais, fluxo, calor, etc. (as
interfaces de entrada) e o que deixa o sistema (as interfaces de
saída). Uma definição clara das interfaces é uma condição
necessária para assegurar precisão no processo de análise dos
sistemas.
Modularização e Diagrama de Blocos
Óleo Lubrificante Lubrificante Usado

Água de Refrigeração
Ar Atmosférico Quente

01 02 03
Gás de Torque
Purga da COMPRESSOR Torque MULTIPLICADOR MOTOR
"PSA" DE VELOCIDADE ELÉTRICO
Movimento da

Capacidade

Liga/Desliga e
Válvula de

Indicação
Sinal de

Proteção
Sinal de

Ar Atmosférico Frio

Graxa Lubrificante
Gás Quente com Óleo Lubrificante
Óleo de
Controle 04 05
Sinal de Controle e
CONTROLE Proteção PROTEÇÃO E
Energia
Elétrica
DE CONTROLE
CAPACIDADE
Lubrificação e
Refrigeração

Energia Elétrica
Óleo de

N2 de Purga
Instrumento
Frio

Ar de
Água de Sinal
Refrigeração 06
SEPARAÇÃO ÓLEO x GÁS
Óleo Lubrificante
e REFRIGERAÇÃO DE Gás de Purga
ÓLEO Comprimido Sem
Óleo
Água Quente

Lubrificante Usado
Planilhas de FMEA
PADRÃO DO MIL-STD 1629 A
 As causas dos modos de falha não são necessariamente
consideradas de maneira explicita
 Criticalidade da falha é função da frequência de
ocorrência da falha e de suas consequências (FMECA)
 As funções desempenhadas pelos componentes não são
enfatizadas durante a análise
Planilha de FMEA
Adaptada do MIL-STD 1629 A

Componente Modo de Efeitos sobre Efeitos Classe de Classe de Métodos de


Falha outros sobre o Severidade Frequência Detecção e
Componentes Sistema Observações
Análise de Criticalidade
CLASSE CONSEQUÊNCIAS
I. Negligível Nenhum dano ao sistema
Perda de equipamento < R$ 5.000,00
Nenhum ferimento ou doença ocupacional
Parada de produção < 1 hora

II. Marginal Danos leves ao sistema


Perda de equipamento: R$ 5.000,00 - 50.000,00
Ferimentos ou doença ocupacional leve
Parada de produção: 1 hora - 4 horas

III. Crítica Danos sérios ao sistem


Perda de equipamento: R$ 50.000,00 - 100.000,00
Ferimentos ou doença ocupacional grave
Parada de produção: 4 horas - 12 horas

IV. Catastrófica Perda do sistema


Perda de equipamento > R$ 100.000,00
Mortes
Parada de produção > 12 horas
Análise de Criticalidade
CLASSE FREQUÊNCIA
A. Frequente Esperado ocorrer uma ou mais vezes durante a vida
útil do sistema
f > 1/ano

B. Provável Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do


sistema
1/ano < f < 1 em 100 anos

C. Ocasional Pouco provável de ocorrer durante a vida útil do


sistema
1 em 100 anos < f < 1 em 10.000 anos

D. Remota Não esperado ocorrer durante a vida útil do sistema


1 em 10.000 anos < f < 1 em 1.000.000 anos
E. Extremamente Conceitualmente possivel, mas extremamente
Remota improvável de ocorrer durante a vida útil do sistema
f < 1 em 1.000.000 anos
Análise de Criticalidade:
Matriz de Aceitabilidade de Riscos

NEGLIGÍVEL MARGINAL CRÍTICA CATASTRÓFICA


Frequente I.A II.A III.A IV.A
Provável I.B II.B III.B IV.B
Ocasional I.C II.C III.C IV.C
Remota I.D II.D III.D IV.D
Ext. Remota I.E II.E III.E IV.E

INACEITÁVEL
NÃO DESEJÁVEL
ACEITÁVEL COM APROVAÇÃO SUPERIOR
ACEITÁVEL
Exemplos de FMEA:
Aquecedor de Água Doméstico

Componente Modo de Efeitos sobre Efeitos sobre o Classe de Classe de Métodos de Detecção e
Falha outros Sistema Severidade Frequência Observações
Componentes
Válvula de gás 01. Emperra Aquecedor não Pressão e III C Medição de temperatura.
aberta cessa operação. temperatura acima Abrir a torneira para
Demanda a válvula do normal. Geração aliviar. Observação visual
de alívio. de vapor.
02. Emperra Aquecedor cessa Não produz água III D Medição de temperatura.
fechada de operar. quente.
03. Vazamento *** Gás no ambiente. IV D Percepção olfativa e/ou
externo Possibilidade de detetores de gás
incêndio.
Conduto de fumaça 01. Entupido Combustão Não há saída dos IV E Percepção olfativa e/ou
(exaustão) incompleta no gases tóxicos de detetores de gás
aquecedor. exaustão que
Aumenta pressão podem voltar para o
na chaminé. ambiente.
Apagamento da
chama com gás no
ambiente.
Exemplos de FMEA:
Sistema de Compressão de Gás Natural
Componente Modo de Falha Efeitos sobre Efeitos sobre o Classe de Classe de Métodos de Detecção
outros Sistema Severidade Frequência e Observações
Componentes
PSV 01. Emperra Aumento de Parada total de IV D Teste de detecção de
fechada pressão no vaso compressão com falha (TDF)
possibilidade de
incêndio/explosão
02. Abrir *** Parada total de III C Teste de detecção de
indevidamente compressão falha (TDF)
03. Vazamento *** Vazamento de gás III B Inspeção externa
em flanges e
gaxetas
Cilindro A/B 01. Entupido Possivel Potência requerida III C Medição de pressão
sobrecarga dos maior que a Revisão geral
demais estágios especificada
de compressão
Válvula de 01. Falta de Aquecimento do Alta temperatura I B Medição de temperatura
sucção do estanqueidade cilindro intermediária com Revisão geral
cilindro perda de eficiência
Exemplos de FMEA:
Ar Condicionado Central

Componente Modo de Falha Efeitos sobre Efeitos sobre o Classe de Classe de Métodos de Detecção e
outros Sistema Severidade Frequência Observações
Componentes
Compressor 01. Baixa Danifica válvula Não comprimir II C Medir pressões de sucção
compressão de expansão adequadamente e descarga
o gás
02. Desarme *** Não comprimir II A Checar controles
(trip espúrio) adequadamente Medir pressões
o gás Medir tensão/ amperagem
do motor elétrico
03. Falha na Sobrecarga de Não comprimir II B Checar mecanismos de
partida amperagem no adequadamente controle
motor elétrico o gás Medir pressões
Inspeção elétrica
Serpentina 01. Ruptura/furo *** Vazamento de III D Inspeção com espuma de
condensadora gás com sabão
possibilidade de
parada do
equipamento
Matriz de Risco COPENE
ANEXO I FREQÜÊNCIA
FREQÜENTE PROVÁVEL OCASIONAL REMOTO IMPROVÁVEL
2 2 4
PADRÃO COPENE f > 1/ano 1/ano > f > 1/10 1/10 anos > f > 1/10 anos > f > f < 1/106 anos
anos 1/104 anos 1/106 anos
MATRIZ SEVERIDADE x FREQÜÊNCIA PARA OS ESTUDOS DE PERIGOS Esperada uma ou mais Esperada uma ocorrência A ocorrência do cenário A ocorrência do cenário Falha mecânica de vasos de
APP*** - HAZOP - FMEA ocorrências do cenário a do cenário na vida útil do depende de uma falha depende de múltiplas pressão. Falhas múltiplas de
cada ano de operação do sistema (única) humana ou de falhas no sistema, humana sistemas de proteção.
sistema equipamento. ou de equipamento

BAIXA
- Pequeno dano à saúde das Pessoas ou ao Meio Ambiente;
- Pequeno efeito, contornável, na Operação do sistema.
MODERADA
- Danos controláveis ao Pessoal, Ambiente, Equipamentos. JUSTIFICAR
(Perdas de Produção) ACEITO
-Sistema opera com alguma restrição
- Princípio de Incêndio (debelado por um único agente NÃO ACEITO
(Segurança ou Meio Ambiente)
extintor)
- Perdas de até US$ 100 mil
CRÍTICA
- Uma ou algumas Vítimas Fatais JUSTIFICAR ACEITO
(Perdas de Produção) (Perdas de Produção)
- Grandes danos ao Meio Ambiente ou às Instalações
- Incêndio restrito a um único ponto (linha, vaso, tanque)
- Explosão ou Nuvem Tóxica onde o Raio de Segurança é < ACEITO
1.000 m** NÃO ACEITO NÃO ACEITO (Segurança ou Meio
(Segurança ou Meio Ambiente, requer AQR*
- Grande comprometimento da produção (Requer estudo de Confiabilidade para Perda de
Produção) Ambiente, requer para confirmação)
- Perdas entre US$ 100 mil e US$ 3 milhões
Requer medidas decorrentes de AQR* para os AQR*)
- Exige ações imediatas para evitar seu desdobramento em
catástrofe aspectos de Segurança e Meio Ambiente)

CATASTRÓFICA ACEITO ACEITO


(Perdas de Produção) (Perdas de Produção)
- Várias Vítimas Fatais
NÃO ACEITO NÃO ACEITO
- Danos irreparáveis (custo/tempo) às Instalações
(Segurança ou Meio (Requer confirmação com
- Grande Incêndio (dominó) Ambiente, requer AQR* e Plano de
- Explosão ou Nuvem Tóxica com Raio de Segurança >= AQR*) Emergência para
1.000m** Segurança ou Meio
Ambiente)
(*) AQR = Análise Quantitativa de risco
(**) Raio de segurança é a maior distância alcançada pelo nível de sobrepressão de 0,3 psig ou pela concentração tóxica equivalente ao IDLH
(***) Para Análises de Perigo em Serviços utiliza-se matriz de riscos semelhante a esta, porém com algumas alterações.
Funções
 Questão 1: Funções
Quais são as funções e padrões de desempenho associados desejados para
o ativo no seu contexto operacional atual (funções)? Os critérios
específicos que o processo deve satisfazer são:
 O contexto operacional do ativo deve ser definido.
 Todas as funções do ativo/ sistema devem ser identificadas (todas as
funções primárias e secundárias, incluindo as funções de todos os
dispositivos de proteção).
 Todas as descrições de função devem conter um verbo, um objeto, e
um padrão de desempenho (quantificado em todos os casos em que
isto possa ser feito).
 Padrões de desempenho incorporados às descrições de função devem
ser o nível de desempenho desejado pelo dono ou usuário do ativo/
sistema no seu contexto operacional.
Tipos de Funções
 Todo item tem usualmente mais de uma função dentro
de um sistema

 Estas funções se dividem em:

 Principais (ativas)
 Secundárias (passivas)
Funções Principais
 São a razão básica para a existência de um item

Item: Bomba
Função principal: Bombear água de um reservatório

Item: Reator químico


Função principal: Aquecer 100 kg do produto X da
temperatura ambiente até o ponto de
evaporação ( 130ºC) em 1 hora
Funções Secundárias

 São menos óbvias do que as principais, mas suas falhas


podem ter sérias consequências - às vezes mais sérias do
qua a falha da função principal

Item: Bomba de amônia


Função principal: Bombear amônia do tanque para o reator
Função secundária: Conter a amônia

Falha funcional principal: Perda de vazão


Falha funcional secundária: Perda da integridade
(vazamento externo)
Funções e Contexto Operacional
 É fundamental explicitar o contexto operacional ao se
descrever as funções de um item

única titular reserva

A B C
 A função principal da bomba A é transferir líquido de
um ponto para outro por si só
 A função principal da bomba B é fazê-lo na presença
de um stand by (bomba C)
Funções e Contexto Operacional
 O contexto operacional é o contexto no qual o ativo é operado.
 O mesmo hardware nem sempre requer a mesma política de
gerenciamento de falha em todas as instalações.
 Por exemplo, uma bomba única em um sistema geralmente precisará
de uma política de gerenciamento de falha diferente de uma bomba
que é uma entre várias unidades redundantes num sistema. Uma
bomba que movimenta fluidos corrosivos geralmente precisará de uma
política diferente de uma bomba que movimenta fluidos benignos.
 A presença de redundância (ou meios alternativos de produção) é uma
característica do contexto operacional que deve ser detalhada quando
se definem as funções de um item
 A FMEA deve assegurar que as funções dos dispositivos de proteção
estão identificadas.
O que é uma Falha?
 É a “inabilidade” de um sistema / componente em
cumprir uma de suas funções de projeto.

Falha do Sistema
Causada por ...

Falha(s) de
Efeitos Subsistema(s) ou Erro Humano
Ambientais Interface(s)
Causada(s) por...

Falha(s) de
Componente(s)
Causada(s) por...
Falha Funcional
 É a inabilidade de um item em atender o desempenho
desejado num dado contexto operacional

Um alto consumo de óleo numa turbina de avião pode


não ser problema em um vôo curto, mas este mesmo
consumo pode esgotar o combustível num vôo longo
Falha Funcional
 Se a função principal de uma máquina é empacotar 75
sacos/min de balas com 25 +- 1 g de peso.
 Qualquer desempenho fora deste padrão deve ser
considerado falha.

 Máquina para totalmente


 Sacos com mais de 251 g
 Sacos com menos de 249 g
 Menos de 75 sacos/min
Falhas Funcionais
 Questão 2: Falhas funcionais
De que formas pode ele falhar em atender completamente suas funções
(falhas funcionais)? Esta questão tem apenas um critério específico:
Todos os estados falhos associados a cada função devem ser
identificados.
 Se funções estão bem definidas, listar falhas funcionais é
relativamente fácil.
 Por exemplo, se uma função é “manter a temperatura do sistema
entre 50 C e 70 C,” então falhas funcionais devem ser:
Incapacidade de elevar temperatura do sistema acima da ambiente,
incapacidade de manter a temperatura do sistema acima de 50 C,
ou incapacidade de manter a temperatura do sistema abaixo de 70
C.
Modos de Falha
 Maneira pela qual a falha é observada (MIL-Std 1629
A)
 Efeito pelo qual a falha é observada em um
componente (IEC Std 812)
 Efeito pelo qual se percebe que a falha ocorreu (IEEE
Std 500)
 Descreve as variações do estado de um componente que
resultam da ocorrência da falha (OREDA)
Modos de Falha
 Questão 3: Modos de falha
O que causa cada falha funcional (modos de falha)?
A comunidade MCC usa o termo “modo de falha” para se
referir ao evento que causa a falha funcional.
 Todos os modos de falha de probabilidade razoável de
causar cada falha funcional deve ser identificado.
 O método usado para decidir o que constitui um modo
de falha de probabilidade razoável deve ser aceito pelo
dono ou usuário do ativo.
 Modos de falha devem ser identificados a um nivel de
que torne possivel identificar uma politica apropriada
de gerenciamento de falhas.
Modos de Falha
 Listas de modos de falhas devem incluir falhas que
aconteceram anteriormente, modos de falha que estão
sendo prevenidos pelos programas de manutenção
existentes, e modos de falha que ainda não tenham
ocorrido mas que são entendidos como possíveis no
contexto operacional.
 Listas de modos de falha deveriam incluir qualquer
evento ou processo que tem probabilidade de causar uma
falha funcional, incluindo deterioração, erro humano seja
causado por operador ou mantenedor, e defeitos de
projeto.
Modos de Falha
 Em geral, os modos de falha estão relacionados com as
seguintes situações:
 Operação prematura
 Falha em operar num tempo especificado
 Falha em parar de operar num tempo especificado
 Falha durante a operação
 O processo de antecipar, prevenir, detectar ou corrigir
falhas é aplicado aos modos de falha individuais
 A manutenção é realmente especificada ao nível dos
modos de falha.
Exemplos de Modos de Falha

ruptura (falha estrutural) falha fora da tolerância (alta) falha em conectar


entupimento falha fora da tolerância (baixa) operação inadvertida
falha em permanecer numa atuação falsa operação intermitente
posição
falha em abrir/ falha fechada indicação errada operação errática
falha em fechar/ falha aberta fluxo restrito curto (elétrico)
vazamento interno falha em parar aberto (elétrico)
vazamento externo falha em partir fuga (elétrica)
Causas
 Possíveis mecanismos físicos ou químicos, erros de
projeto, defeitos de qualidade, ou outros processos que
são a razão básica para a ocorrência do modo de falha
 sobretensão
 corrosão
 falta de lubrificação
 Muitas vezes, existe mais de uma causa para cada
modo de falha.
Efeitos das Falhas
 Consequências que um modo de falha impõe na
operação, função ou estado de um componente ou
sistema
 ruído excessivo
 perda de potência
 vazamento (sistema)
 Um modo de falha pode ter mais do que um efeito,
assim como o mesmo efeito pode resultar de diferentes
modos de falha.
Efeitos das Falhas
 Questão 4: Efeitos das Falhas
O que acontece quando cada uma das falhas ocorre?
 Efeitos de falhas devem descrever o que aconteceria se
nada for feito para antecipar, prevenir ou detectar
uma falha.
 Incluem toda informação necessária para suportar a
avaliação das consequências das falhas, por ex. Qual a
evidência de que a falha ocorreu? O que acontece de
adverso a pessoas; ao ambiente; à produção? Qual o
dano físico decorrente da falha? Que fazer para
restaurar o sistema após a falha?
 Modelos de FMECA geralmente descrevem efeitos de
falhas em termos de efeitos ao nível local, ao nível do
subsistema e ao nível do sistema.
Formulário de FMEA - Uma Opção
FMEA POTENCIAL
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E SEUS EFEITOS
Tipo de FMEA (Projeto ou Processo): Nome do Projeto/Descrição: Data (Orig.):
Responsabilidade: Preparado Por: Data (Rev.):
Equipe Núcleo: Data (Chave):
FMEA de C
O D O D
Projeto(Item l Causa Responsa
Modo de Efeito(s) S c e R Ações S c e R
/Função) a Potencial/ Controles bilidade e Ações
Falha Potencial da e o t P Recomen e o t P
FMEA de s Mecanismo Atuais Data Final Tomadas
Potencial Falha v r e N dadas v r e N
Processo(Função/ s da Falha Prevista
r c r c
Requisito) e

Listar cada componente do sistema (FMEA de Sistemas)


ou Listar os itens de maior importância
ou Listar cada etapa do processo

Outra opção é focalizar apenas num certo tipo de defeito (por


exemplo, a partir de uma análise de Pareto)
Formulário de FMEA - Uma Opção
Determine as maneiras pelas quais as coisas podem dar errado

Pelo menos um efeito do modo de falha

Uma ou mais causas do modo de falha


No mínimo um método de prevenir
ou detectar a causa

FMEA de C
O D O D
Projeto(Item l Causa Responsa
Modo de Efeito(s) S c e R Ações S c e R
/Função) a Potencial/ Controles bilidade e Ações
Falha Potencial da e o t P Recomen e o t P
FMEA de s Mecanismo Atuais Data Final Tomadas
Potencial Falha v r e N dadas v r e N
Processo(Função/ s da Falha Prevista
r c r c
Requisito) e

Severidade x Ocorrência x Detecção (SOD) = Número de Prioridade Qto a Risco (RPN)


RPNs são calculados e ranqueados. Ações devem ser tomadas para altos RPNs e
altos valores de severidade (especialmente quanto a segurança ).
Formulário de FMEA - Uma Opção
 Ações Recomendadas: O objetivo é instituir ações que
reduzam os valores de frequência de ocorrência,
severidade e/ou probabilidade de detecção dos modos
de falha com maiores RPNs.
 As equipes devem focar em atividades que levem à
prevenção de defeitos (ex. reduzir a frequência de
ocorrência), ao invés de melhorar os métodos de detecção.
 A redução de severidade requer uma revisão do projeto e/ou
do processo. Podem não haver ações recomendáveis.
 Uma FMEA pode incluir mudanças de projeto mesmo
depois de iniciada produção.
FMEA - Tipos mais frequentes

 Aplicações de FMEA de Projeto (e Manutenção) incluem:


 componente, sub sistema e sistema principal

 Aplicações de FMEA de Processo incluem:


 montagem, máquinas, estações de trabalho, gages,
treinamento de operadores e teste

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