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Contraceptivos
Professor: Rafael Quesado Vidal
2011
Breve história sobre contracepção
A teoria de Malthus.
Malthus observou que o crescimento populacional, entre
1650 e 1850, afirmando que o crescimento populacional
funcionava conforme uma progressão geométrica 1 < 2
< 4 < 8 < 16 < 32 < 64 < 128... enquanto que a produção
de alimentos, mesmo nas melhores condições de
produção dos setores agrícolas só poderiam alcançar o
crescimento em forma de uma progressão aritmética 1 <
3 < 5 < 7 < 9 < 11 < 13 < 15.
Breve história sobre contracepção
Isso ira gerar uma superpopulação onde não haveria
alimento suficientes para todos.
Malthus sugeriu como controle as seguintes medidas.
1. A sujeição moral de retardar o casamento.
2. A prática da castidade antes do casamento.
3. Ter somente o número de filhos que se pudesse
sustentar.
Direitos sexual e reprodutivo
Surgiu a partir da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, sendo ele universal e inerente as condições
da pessoa;
Direitos sexual e reprodutivo
Marcos referenciais internacionais
Entre os marcos referenciais internacionais que definem os
direitos sexuais e os direitos reprodutivos, destacam-se duas
conferências promovidas pela Organização das Nações Unidas
(ONU):
1. Conferência Internacional sobre População e
Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo, em 1994, que
conferiu um papel primordial à saúde, aos direitos sexuais e aos
direitos reprodutivos, abandonando a ênfase na necessidade de
limitar o crescimento populacional como forma de combater a
pobreza e as desigualdades, focalizando-se no desenvolvimento
do ser humano.
2. IV Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em
Pequim, em 1995, em que se reafirmaram os acordos
estabelecidos no Cairo e avançou-se na definição dos direitos
sexuais e direitos reprodutivos como Direitos Humanos.
Direitos reprodutivos
O direito das pessoas decidirem, de forma livre e
responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos
desejam ter e em que momento de suas vidas.
O direito de acesso a informações, meios, métodos e
técnicas para ter ou não ter filhos.
O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre
de discriminação, imposição e violência.
Direitos sexuais
O direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência,
discriminações e imposições, e com total respeito pelo corpo do(a)
parceiro(a).
O direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
O direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha,
culpa e falsas crenças.
O direito de viver a sexualidade, independentemente de estado civil,
idade ou condição física.
O direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
O direito de expressar livremente sua orientação sexual:
heterossexualidade homossexualidade, bissexualidade.
O direito de ter relação sexual, independentemente da reprodução.
O direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez e de doenças
sexualmente transmissíveis (DST) e Aids.
O direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e
atendimento de qualidade, sem discriminação.
O direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.
Tipos de métodos contraceptivos
São cinco.
1. Métodos Comportamentais;
2. Métodos de Barreira;
3. Dispositivo Intra-Uterino (DIU);
4. Contracepção Hormonal;
5. Contracepção Cirúrgica.
Características de eleição do método
Eficácia.
Efeitos secundários.
Aceitabilidade.
Disponibilidade.
Facilidade de uso.
Reversibilidade.
Proteção à Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e infecção pelo HIV.
Camisinha Masculina
********** |*******|
Período Período
“seguro” fértil
Atenção
Em situações inesperadas de não uso de nenhum
contraceptivo reduz um pouco o risco de gravidez.
Inclui a participação do homem na prevenção da
gravidez.
Desvantagens
É um método que favorece a dor pélvica e tensão em
alguns homens.
A eficácia deste método é baixa, oferece alto risco
de gravidez, pois a lubrificação que o pênis solta,
mesmo sem o gozo, já contém espermatozóides.
Exige retenção constante da ejaculação o que, para
alguns homens, pode gerar tensão ou ansiedade.
Em muitas vezes não dá tempo da mulher atingir o
prazer.
Anticoncepcional Oral (pílula)
Existem vários tipos de
pílulas, com diferentes
combinações de
hormônios, de dosagens
alta ou baixa, que servem
para evitar a ovulação da
mulher. Por isso tem
eficácia de 98,5% para evitar
a gravidez, já que os
espermatozóides não
encontram óvulos para
fecundar.
Ação
Inibe a ovulação;
Muda a consistência do muco cervical;
Efeitos secundários
Alterações do humor;
Náuseas, vômitos;
Pirose;
Cefaléia;
Tonteira;
Sangramento intermenstrual;
Mastalgia.
Benefícios
Redução da freqüência de cistos ovarianos;
Redução de ciclos com hipermenorrágia;
Redução da anemia.
Nomes
Neovlar;
Megestran;
Microdiol;
Microvilar;
Ciclo 21;
Triquilar;
Minipílula: Micronor e Nortrel.
Importante
Os anticoncepcionais hormonais devem ser
utilizados com indicação médica, pois podem
trazer prejuízos à saúde se usados indevidamente.
Não devem ser usados por mulheres com mais de 35
anos e fumantes são contra-indicados para quem
teve trombose, neoplasias, diabetes insulino
dependentes, para mulheres com hipertensão
arterial, hepatites, com problemas cardiovasculares,
glaucoma, entre outros.
Dependendo do tipo de hormônio que é feita, a pílula
não deve ser utilizada por mulheres que estejam
amamentando, pois reduz a quantidade de leite
materno. Nestes casos, existe uma única indicação,
a minipípula , que só contém progestágeno para uso
contínuo.
Como Usar
Tomar diariamente, de preferência no mesmo horário, iniciando
conforme a bula ou a recomendação médica.
Caso haja esquecimento:
Um comprimido: tome o comprimido esquecido assim que
lembrar, mesmo se for junto com o próximo comprimido.
Continue tomando o resto normalmente.
Mais de um comprimido: conte quantos comprimidos sobraram
na cartela.
Se sobraram 7 ou mais, jogar fora os esquecidos e continuar
tomando até o fim da cartela, começar nova cartela após 7
dias.
Se sobraram menos de 7 comprimidos, continuar tomando até
o fim da cartela e começar outra cartela sem intervalo.
Nos dois casos é necessário o uso de preservativo, por no
mínimo 7 dias.
Vantagens
O implante sub-cutâneo é um
método a base de hormônios
artificiais, que não permite que a
mulher ovule, desta forma não
há gravidez.
Ele é introduzido por um
medico(a) sob a pele da mulher,
e vai liberando doses de
hormônios diárias no organismo
por vários anos.
Importante:
Os anticoncepcionais hormonais devem ser
utilizados com indicação médica, pois podem
trazer prejuízos à saúde se usados indevidamente.
Não devem ser usados por mulheres com mais de 35
anos e fumantes são contra-indicados para quem
teve trombose, neoplasias, diabetes insulino
dependentes, para mulheres com hipertensão
arterial, hepatite, com problemas cardiovasculares,
glaucoma, entre outros.
Não deve ser utilizado por mulheres que estejam
amamentando, pois reduz a quantidade de leite
materno.
Como Usar
Procurar orientação médica para a sua colocação.
Vantagens
A mulher não precisa se preocupar com a
utilização de métodos no dia-a-dia.
Quando suspenso o uso dessa pílula vaginal, os
ovários voltam à função normalmente.
Desvantagens
É contra indicado para mulheres com mais de 35
anos e fumantes.
Não previne contra as DST/AIDS.
Reduz o ciclo menstrual com o passar do tempo e
tende a suprimi-lo (a mulher passa a não menstruar
mais).
Seu uso não pode ser interrompido
instantaneamente, é necessário procurar um médico
para retirar o implante.
Muco ou Billings
É uma forma de evitar a gravidez que
observa a umidade natural da vagina,
procurando identificar os dias férteis,
em que a mulher solta o óvulo.
Dessa forma, ela evita ter relação
sexual nesse período para que não
ocorra gravidez.
Importante
Toda mulher tem normalmente uma lubrificação na
vagina que é incolor e tem um cheiro agradável que é
natural.
Quando há algum corrimento contínuo, ou amarelado
ou de qualquer outra cor não é possível verificar o
período fértil pelo muco.
Além da lubrificação natural, a própria excitação
sexual aumenta a lubrificação vaginal, deixando-a mais
consistente, por isso o muco observado não deve ser
o da calcinha, mas o do próprio corpo em momentos
em que não haja excitação sexual.
Por ser um método que exige uma atenção
constante do próprio corpo e que só deve ser feito
em uma situação de plena saúde dos órgão
reprodutivos e sexuais, pode causar alguns erros de
interpretação, visto que fatores como o uso de
calças apertada, calcinhas de lycra e presença de
infecções vaginais podem confundir a observação
do muco.
Por isso é mais utilizado para quem deseja
engravidar, para saber exatamente quando manter
relações sexuais com maior chance de fecundação.
Como utilizar
Observar, diariamente, a presença ou ausência
de fluxo mucoso mediante sensação de secura
ou umidade da vulva.
Analisar as características do muco, de acordo
com a seguinte descrição: pegajoso, turvo,
elástico, claro, transparente ou sensação
escorregadia.
Como utilizar
Fase pré-ovulatória
Ao término da menstruação, pode começar uma
fase seca ou com secreção igual e contínua na
aparência e na sensação que dura, em geral, dois,
três, ou mais dias. O casal pode ter relações
sexuais nos dias da fase seca, em noites alternadas
(para que o sêmen não prejudique a observação do
muco cervical). Às vezes o muco aparece na
própria menstruação ou logo no primeiro dia de seu
término, especialmente nos casos em que o período
menstrual é longo e o ciclo é curto.
Como utilizar
Fase ovulatória:
Havendo fluxo mucoso, e/ou sensação de
lubrificação, o casal deve abster-se de relações
sexuais, quando não deseja a gravidez. O último dia
de sensação vulvar de umidade lubrificante chama-
se Ápice.
O dia Ápice indica que a ovulação já ocorreu, está
ocorrendo ou vai ocorrer até aproximadamente 48
horas. Nessa fase, o casal deve abster-se de todo
contato genital para evitar a gravidez.
Como utilizar
Fase pós-ovulatória
Na 4ª noite após o dia Ápice a mulher entra
no período de infertilidade, que dura mais ou
menos duas semanas. Nesse período, o
casal pode ter relações sexuais pois os
indicadores do período fértil (muco e
ovulação) já ocorreram.
Vantagens
Este método não tem efeitos colaterais.
Permite um melhor conhecimento do corpo feminino
e ciclo menstrual e período fértil, além de ensinar a
mulher a tocar-se.
Favorece a participação do homem no planejamento
familiar, fazendo com que ele acompanhe os ciclos
de fertilidade e a menstruação da mulher.
Este método é muito utilizado por quem deseja
engravidar, sendo um método auxiliar no tratamento
da infertilidade.
Desvantagens
Exige disciplina em estar atenta ao próprio corpo e
abstenção de relações ou uso de camisinha nos dias
que indiquem fertilidade.
Mulheres com ciclo menstrual irregular não devem
utilizar este método.
Mulheres que apresentam inflamações crônicas, com
presença constante de corrimento, não têm como
verificar de forma correta os dias em que ocorre a
presença do líquido (muco).
Não previne contra as DST/Aids.
Não é recomendado para adolescentes, pois pode
ocorrer falhas e gravidez.
OBS: Corrimento (secreção com odor e cor) é sinal
de inflamação.
Deve ser avaliado por um especialista de saúde
(ginecologista).
Laqueadura ou
Ligadura de Trompas
ou Esterilização
feminina
Trata-se de uma cirurgia feita na mulher, que
corta e/ou amarra as suas trompas uterinas,
impedindo a passagem do óvulo.
Dessa forma, quando ocorre a relação sexual, o
espermatozóide não encontra o óvulo, evitando
assim a fecundação e gravidez.
Importante
A esterilização cirúrgica exige indicação médica e só
pode ser realizada em mulheres com mais de 25
anos ou pelo menos dois filhos e que já passaram
por grupos educativos, pelo menos 60 dias antes de
demonstrar desejo de se operar, para conhecer os
outros métodos contraceptivos, pois ela é
irreversível e não pode ser desfeita.
Está regulamentada pela Lei 9.263, de 1996. art.226
da Constituição Federal).
A esterilização não poderá ser feita em momentos
de aborto ou parto, a menos que novas gestações
ofereçam risco de vida para a mulher ou futuros
bebês.
Este método não é recomendado para mulheres
jovens e para aquelas que ainda desejam ter filhos
Quando for realizada através de laparoscopia (corte
no umbigo da mulher) oferece recuperação mais
rápida e menor risco para a mulher.
A menstruação continua a ocorrer normalmente
após a cirurgia.
É necessário procurar ajuda médica em caso de:
febre, secreção vaginal mal cheirosa, falta de
menstruação e alterações na cicatrização após a
cirurgia.
Como Realizar
Para realizar a laqueadura é necessário procurar um
serviço de saúde e passar pelos pré-requisitos
necessários a sua realização: idade mínima e/ou
quantidade de filhos, reunião de Planejamento
Familiar e entrevista com assistente social.
Vantagens
A mulher não precisa mais utilizar outros meios para
evitar a gravidez.
A possibilidade de falha é muito rara.
Desvantagens
Trata-se de uma cirurgia, portanto com os mesmos
riscos que qualquer outra, exigindo exames pré-
operatórios, internação e anestesia.
A cirurgia é definitiva e irreversível, pois o retorno
favorece gravidez nas trompas e não é
recomendado.
Várias mulheres se arrependem de não poder
engravidar mais, anos após a realização da cirurgia,
apesar de no momento da operação terem tido
certeza da escolha.
Este método não protege contra as DST/Aids.
Vasectomia ou Esterilização
Cirúrgica Masculina
Trata-se de uma pequena
cirurgia feita no homem, que
corta e amarra seus canais
deferentes.
Dessa forma, os
espermatozóides produzidos
não são expelidos durante a
ejaculação, evitando a
gravidez.
Importante
A esterilização cirúrgica masculina exige indicação
médica e só pode ser realizada em homens com mais
de 25 anos ou pelo menos dois filhos e que já
passaram por grupos educativos, pelo menos 60 dias
antes de demonstrar desejo de se operar, para
conhecer os outros métodos contraceptivos, pois ela
é irreversível e não pode ser desfeita.
Ela está regulamentada pela Lei 9.263, de 1996. art.226
da Constituição Federal).
Os canais deferentes são tubos finos que saem dos
testículos, que ficam dentre do saco escrotal, assim, o
corte é feito no saco, não sendo necessária nenhuma
operação mais profunda no resto do corpo.
Através deste método o homem deixa de ser fértil
devido a ausência de espermatozóides no sêmen.
Eles continuam a ser produzidos porém, são
reabsorvidos pelo organismo.
O homem não perde a ereção, nem a ejaculação e
nem a capacidade sexual é afetada.
Após a cirurgia é necessário dois dias de repouso e
uso de camisinha nas primeiras relações sexuais,
para que os espermatozóides, que já tenham
passado pelos canais deferentes, sejam expelidos.
É importante que o homem faça espermograma (de
contagem de espermatozóides no sêmen) após a
cirurgia para ter certeza que não há mais
espermatozóides.
Dessa forma, sua eficácia é de 100% contra a
gravidez.
A tentativa de religar os canais para reverter a
esterilização quase sempre tem poucas chances de
sucesso.
É necessário procurar ajuda médica caso ocorra
febre, sangramento, dor forte ou edema (inchaço)
após a cirurgia.
Como utilizar
Procurar um serviço
de saúde ou
profissional
solicitando a
inclusão nos
processos previstos
por lei para a sua
realização.
Vantagens
Este método não altera o desempenho sexual.
Favorece a participação do homem na contracepção.
A cirurgia é simples, com anestesia local e pode ser
realizada em consultório não havendo necessidade
de internação.
Não há mais necessidade de uso de outros métodos
contraceptivos.
Desvantagens
Por ser uma cirurgia, necessita de exames pré
operatórios.
A cirurgia é de difícil reversão por isso deve ser uma
escolha bem pensada.
Há muitos casais que se arrependem ou homens
que casam com novas parceiras que desejariam ter
filhos.
É necessário o uso de outro método contra a
gravidez nas próximas ejaculações após a cirurgia.
Este método não protege contra as DST, inclusive a
AIDS.
Contracepção de Emergência
É um método contraceptivo PARA SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIA que pode ser usado até 5 dias depois
que a relação sexual já aconteceu e houve risco de
gravidez. Quanto mais rápido é o uso maior a
eficácia.
Recomendado para casos de estupro, problemas
com o método de uso regular (falha da camisinha,
expulsão do DIU, deslocamento do Diafragma), e
eventual relação sem proteção.
É feito a base de doses fortes de hormônios
(levonorgestrel) que impedem a ovulação e a
mobilidade dos espermatozóides no útero,
impedindo a fecundação e, conseqüentemente, a
gravidez.
Ele pode ser usado na forma de dose pronta (com
eficácia média melhor, contra a gravidez de 99,9%)
ou através de doses combinadas (método YUSPE) a
partir de pílulas anticoncepcionais orais (com
eficácia média contra a gravidez de 96,8%).
Importante
Não é um método para ser usado com freqüência, só
em situações de emergência, pois usado
regularmente ou com repetição pode desregular o
ciclo menstrual e facilitar uma gravidez.
Quando tomado regularmente tende a falhar mais
que os outros contraceptivos de uso regular.
Deve ser utilizado quando houve falha da camisinha
feminina ou masculina, relação com o diafragma
deslocado, relação sem uso de qualquer método
contraceptivo ou em caso de estupro.
Quanto mais cedo for tomada maior sua eficácia
contra a gravidez.
O efeito após 5 dias é mínimo, seu maior efeito é nas
primeiras 72 horas depois da relação sexual.
Não funciona para as relações sexuais mantidas
depois que for tomada (só protege das anteriores).
A contracepção de emergência não é abortiva, por
isso ela não causa sangramentos.
Como utilizar a Contracepção de
Emergência?
Tomar até 5 dias (120 horas) no máximo após a
relação sexual, após esse período, ela pouco
funciona.
Se ainda não tiver passado os 4 dias, de preferência
deve ser usada a dose pronta, de 1 ou a de 2
comprimidos, que é distribuída gratuitamente em
postos de saúde de algumas cidades brasileiras ou
vendida em farmácias.
NA DOSE PRONTA
Disponível em alguns postos de saúde ou farmácias 1
comprimido a base de levonorgestrel com os nomes
comerciais: - Postinor Uno (Laboratório Aché) - Pozato Uni
(Laboratório Libbs) OU 2 comprimidos a base de
levonorgestrel com os nomes comerciais: - Postinor 2
(Laboratório Aché)
- Pilem (Laboratório União Química)
- Pozato (Laboratório Libbs)
- Nogravide (Laboratório Hebron) - Minipil2-Post
(Laboratório Sigma Pharma)
- Diad (Laboratório Simed)
- Poslov (Laboratório Cifarma) - Prevyol (Laboratório
Legrand/Sigma Pharma) Caso não consiga adquirir a dose
pronta veja como elaborar a dose combinada, (método
Yuzpe)
Dose Combinada
Tomar o comprimido o quanto antes, logo que for
possível após a relação sexual.
O primeiro comprimido deve ser tomado o quanto
antes, logo que for possível, pois quanto mais cedo
for ingerido maior eficácia tem contra a gravidez.
O segundo pode ser tomado junto com o primeiro
ou após 12 horas após o primeiro.
Caso haja vômitos até duas horas após sua
ingestão, é preciso repetir o uso da dose. Se o
vômito se repetir a pílula pode ser colocada dentro
da vagina para absorção direta.
É aconselhável tomar os comprimidos sempre junto
com a ingestão de leite e/ou alimentos para evitar
náuseas, enjôos, vômitos ou dor de cabeça.
Não costuma haver sangramentos com o uso da
contracepção de emergência, porque ela não é
abortiva, é preciso esperar a menstruação vir
normalmente (pode atrasar ou adiantar uns dias).
Depois de tomar a contracepção de emergência, é
preciso usar a camisinha em todas as relações
sexuais até a menstruação vir, pois ela não protege
para a frente, só da relação sexual que já ocorreu. A
menstruação pode adiantar ou atrasar alguns dias
da data prevista.
Escolha um método contraceptivo para uso regular.
Tomar a contracepção de emergência repetidamente
desregula a menstruação e facilita a gravidez.
NA DOSE COMBINADA: a dose combinada só deve
ser usada quando não há condições de tomar a dose
pronta. A dose combinada (método YUSPE) pode ser
feita com as seguintes pílulas anticoncepcionais
orais (uma das marcas abaixo):
- Pílulas de Baixa Dosagem (Nordete, Microvlar e
Levordiol): - 1ª dose: 4 comprimidos logo que
possível - 2ª dose: 4 comprimidos, 12 horas após a
1ª dose
- Pílulas de Média Dosagem (Neovlar, Evanor e
Normamor):- 1ª dose: 2 comp. logo que possível- 2ª
dose: 2 comp. 12 horas após a 1ª dose
Vantagens
O único método contraceptivo que pode ser
utilizado pela mulher após a relação sexual.
No caso de falha do método, não causa efeitos
colaterais (teratogênicos) no feto.
Não é abortiva, previne o aborto Previne a Gravidez
Não-Planejada como mais uma opção contraceptiva.
Desvantagens
Os comprimidos possuem alta concentração de
hormônios e só devem ser utilizados em casos de
emergência.
Em mulheres que amamentam, pode diminuir a
quantidade do leite materno.
Os comprimidos podem causar efeitos colaterais
leves como: náuseas, vômitos, tontura, desconforto
nas mamas e dor de cabeça. (Para minimizar as
náuseas tome os comprimidos após comer algum
alimento).
A menstruação pode adiantar ou atrasar alguns dias.
O uso repetitivo em um mesmo ciclo menstrual,
protege menos contra a gravidez do que os outros
métodos.
Medicamentos, como barbitúricos e alguns
antibióticos, podem reduzir a eficácia deste método.
Não previne contra as DST/Aids.
Referência
BRASIL. Assistência em Planejamento
Familiar. Manual técnico. 4ª Ed. Brasília-DF,
ano 2002.
BRASIL. Saúde Sexual e Saúde
Reprodutiva. Cadernos de Atenção Básica.
Brasília-DF, ano 2009.